380: Educação: experiências, narrativas e métodos | |
Debatedor: Paula Land Curi | |
Data: 29/10/2020 Local: Sala 04 - Rodas de Conversa Horário: 08:00 - 10:00 | |
ID | Título do Trabalho/Autores |
11838 | RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM, FRENTE AO TRABALHO INTERPROFISSIONAL E SUAS IMPLICAÇÕES EM UM PROJETO DE EXTENSÃO Kathelly Oliveira Andrade, Aline Joyce Santana Oliveira, Ana Luiza Andrade Santos, Jeová Bispo da Trindade Júnior, Luíla Bittencourt Marques Oliveira, Luiz Gustavo Vieira Cardoso, Nathalia Rosa Silva RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM, FRENTE AO TRABALHO INTERPROFISSIONAL E SUAS IMPLICAÇÕES EM UM PROJETO DE EXTENSÃOAutores: Kathelly Oliveira Andrade, Aline Joyce Santana Oliveira, Ana Luiza Andrade Santos, Jeová Bispo da Trindade Júnior, Luíla Bittencourt Marques Oliveira, Luiz Gustavo Vieira Cardoso, Nathalia Rosa Silva
Apresentação: O processo de formação em saúde no Brasil se dá, em uma grande maioria, de forma tradicional, na qual, cada curso da saúde estuda isoladamente de outras áreas e são direcionados a trabalhar mono profissionalmente. Dessa forma, o PET - Saúde (Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde), tem como tema central o trabalho e ensino interprofissional, no qual, os envolvidos têm a possibilidade de aprender com profissionais e discentes de diferentes cursos da saúde com uma prática integrativa. A interprofissionalidade é uma importante ferramenta para o cuidado ao indivíduo e a comunidade, devido a prática colaborativa de diversos profissionais, dispostos a articular seus saberes para resolução dos problemas enfrentados e centrar seu conhecimento em favor do indivíduo. Embora esta didática não seja trabalhada durante a formação em enfermagem, o PET vem de encontro a esta perspectiva e preenche uma lacuna na formação dos discentes, oferecendo oportunidades de exercitar seu conhecimento e habilidades junto a estudantes e profissionais de formações distintas. O resumo tem como objetivo apresentar as produções e vivências dos estudantes de enfermagem na atuação no PET/Saúde - Interprofissionalidade, de modo que sejam discutidas diferentes perspectivas de formação profissional e seus impactos na atuação dos estudantes e dos profissionais inseridos na rede de serviço em saúde. Trata-se de uma vivência vinculada ao projeto de extensão “Pet-Saúde - Interprofissionalidade”, considerando a atuação de cinco estudantes de enfermagem em um período de 10 meses, inseridos em cinco eixos distintos do projeto, sendo eles: (01) Doenças negligenciadas (sífilis, hanseníase e chagas); (02) Políticas públicas e cuidados das doenças crônicas - Foco em Obesidade; (03) Corpo sujeito: a arte na produção da saúde mental; (04) Controle ambiental e prevenção de acidentes com animais peçonhentos e arboviroses; (05) Educação interprofissional e práticas colaborativas na produção do cuidado integral ao idoso na Atenção Primária à Saúde. As ações são desempenhadas em quatro Unidades de Saúde da Família (USF), uma Policlínica de Atenção Básica, um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), o Centro de referência para tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, o Centro de referência para hanseníase e a Secretaria Municipal de Saúde do município de Vitória da Conquista-BA. As atividades exercidas comum aos eixos foram: oficinas, cursos e reuniões para especialização sobre a educação interprofissional e sobre temas específicos de cada eixo; territorialização das áreas de abrangências das unidades supracitadas; reuniões de planejamento e discussão das vivências; visitas domiciliares com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e com os demais profissionais das unidades; auxílio nas atividades regulares dos serviços de saúde; desenvolvimento de ações com a comunidade. Especificamente no Eixo 1, o objetivo principal é trabalhar a interprofissionalidade nas questões das doenças negligenciadas, de forma a analisar os padrões epidemiológicos e operacionais relativos à vigilância, prevenção e controle da sífilis congênita, hanseníase e doença de chagas no território de uma equipe de USF, sendo já realizado levantamento de pacientes com sífilis, hanseníase e doença de chagas, oficinas sobre interprofissionalidade com a equipe da USF, além de visitas e busca ativa. Além disso, busca desenvolver ações transversais em contato com outros eixos do PET direcionados ao fortalecimento do programa de imunização com o intuito de ampliar as coberturas vacinais. No Eixo 2, os principais objetivos são controle da obesidade e o empoderamento da população sobre a doença. Foram realizadas a antropometria da população e das escolas relativas à área da policlínica; oficinas, peças teatrais, reuniões com os pais; e participações em eventos comumente realizados na comunidade, com os temas: alimentação saudável e prática de atividade física como carro chefe no controle e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Além disso, a criação de um banco de dados com o quantitativo de pessoas em situação de vulnerabilidade nutricional com o objetivo de direcionar o atendimento da unidade. Referente ao Eixo 3, a proposta é trabalhar a interdisciplinaridade voltada para o cuidado na saúde mental, voltada para usuários de uma USF e um CAPS do município. As atividades envolvem a produção de peças de artesanato, origami, música, desenho, pintura, contação de história e o teatro. O estímulo da percepção do sujeito como indivíduo autônomo, independente do grau de sofrimento mental, mostra a necessidade e a importância do desenvolvimento de grupos terapêuticos nas unidades contempladas com o programa. O Eixo 04, por sua vez, objetiva realizar o controle ambiental dos acidentes com animais peçonhentos e arboviroses, por meio do trabalho interprofissional. Dessa forma, o eixo busca entender a real situação do território, compreender quais fatores sociais, históricos e biológicos provocam o aumento da prevalência dos animais peçonhentos e mosquitos Aedes aegypti, que, consequentemente, aumentam os acidentes e a quantidade de pessoas doentes. Nesse intuito foram realizadas ações nos ambientes da Secretaria Municipal de Saúde e na USF de trabalho do eixo, como territorialização, visitas domiciliares, construção de linha histórica com dados epidemiológicos do território e início da construção de um mapa de risco do bairro. O eixo 5 tem como proposta trabalhar a interprofissionalidade em ações de cuidado à pessoa idosa. Suas atividades vão desde a visita domiciliar, que busca entender a complexidade do sujeito biopsicossocial, a também dinâmicas, grupos e feiras de saúde com temas voltados ao interesse da melhor idade. O eixo tem como foco a prevenção e promoção de saúde dessa população, que devido aos seu determinantes sociais está submetida à grande vulnerabilidade. Dessa forma, propõe juntamente com a Diretoria de Atenção Básica utilizar uma das USFs como projeto piloto da implementação da Política de Saúde da Pessoa Idosa. Assim, a participação nesta edição do PET possibilita um olhar mais ampliado às diversas situações e problemáticas da saúde ao entender que apesar de cada profissão ter sua especificidade, existem situações de saúde que são complexas e que demandam um trabalho integrado, que atenda às necessidades apresentadas pela comunidade. O projeto se estende para além da relação interprofissional, mas atinge também usuários e seu núcleo familiar e a comunidade, e fortalece o vínculo com o serviço de saúde e consequentemente promove a articulação entre serviços distintos do SUS (Sistema Único de Saúde). Ademais, o engajamento no PET lança um desafio com a inserção profissional dos alunos nas unidades: a responsabilidade de ter uma voz ativa para a realização de atividades que beneficiem a comunidade sob a preceptoria de profissionais já inseridos no serviço. Por isso, o preceptor exerce um papel fundamental nesse processo, tendo em vista que é o elo entre alunos e o serviço, bem como mediador das relações interpessoais, possibilitando aos alunos um amadurecimento e construção de uma visão crítica do campo. É notório a importância do programa PET-Saúde na formação da enfermagem tendo em vista a particularidade de poder trabalhar a articulação dos serviços do SUS com a realidade das comunidades associado ao trabalho de educação interprofissional, ainda durante o processo de formação acadêmica. O projeto permite aos discentes o desenvolvimento de estratégias de saúde mais efetivas, considerando que ainda as unidades contempladas compartilhem de um mesmo território, existem necessidades singulares de cada uma destas, o que estimula um olhar mais apurado para que o trabalho possa atingir positivamente todo o grupo envolvido no processo. É possível reconhecer que ainda há por meio dos profissionais uma certa resistência nas mudanças que estão sendo fomentadas, mas que gradualmente têm conseguido alcançar espaço devido aos resultados já alcançados. |
12025 | PERFIL DOS INGRESSANTES NO CURSO DE EXTENSÃO - “CONSTRUINDO COLETIVAMENTE A PERSPECTIVA DA INTERPROFISSIONALIDADE NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DE MACAÉ: RELATO DE EXPERIÊNCIA KARLA SANTA CRUZ COELHO, Eduarda Guimarães dos Santos de Santana, Andressa Ambrosino Pinto, Ingrid Schmidt de Souza, Rafaela Abreu dos Santos PERFIL DOS INGRESSANTES NO CURSO DE EXTENSÃO - “CONSTRUINDO COLETIVAMENTE A PERSPECTIVA DA INTERPROFISSIONALIDADE NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DE MACAÉ: RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: KARLA SANTA CRUZ COELHO, Eduarda Guimarães dos Santos de Santana, Andressa Ambrosino Pinto, Ingrid Schmidt de Souza, Rafaela Abreu dos Santos
Apresentação: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) - Interprofissionalidade na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Campus Macaé, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Macaé (RJ), constitui uma iniciativa do Ministério da Saúde (MS) para qualificação dos profissionais da saúde, em conjunto com a formação de estudantes de graduação da área da saúde, em ações de práticas de iniciação ao trabalho. Considerando que, a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) atribui ao MS à função de articular junto ao Ministério da Educação (MEC), estratégias de indução a mudanças curriculares nos cursos de graduação na área da saúde, visando à formação de profissionais com perfil adequado à Atenção Básica, se faz importante a inserção do alunado em projetos, como o PET-Saúde- Interprofissionalidade, com foco na Educação Interprofissional (EIP) e nas práticas colaborativas. Objetivo: Apresentar o perfil dos participantes do Curso de Extensão, promovido pelo PET – Saúde Interprofissionalidade e Observatório de Macaé, em 2019. Resultado: e/ou impacto: No Curso de Extensão, realizado, a partir da parceria entre integrantes do PET – Saúde Interprofissionalidade (alunos, docentes, tutores e preceptores) e docentes do Observatório de Macaé, intitulado: “Construindo Coletivamente a Perspectiva da Interprofissionalidade na Rede de Atenção à Saúde de Macaé”, os ingressantes puderam por meio de dinâmicas compartilhar seus saberes, afetos e práticas colaborativas, a partir dos olhares e vivências interprofissionais a cada encontro no dado Curso de Extensão. Denotou-se o seguinte perfil dos ingressantes do Curso de Extensão: faixa etária 20 – 50 anos, sexo predomínio feminino (35) e 05 homens, alunos de diferentes cursos (enfermagem, farmácia, nutrição e medicina), profissionais de saúde também de diferentes áreas, que atua Rede de Saúde de Macaé (psicólogas, assistentes sociais, enfermeiras e etc.). Quanto ao interesse no curso: a maioria revelou que almejava aprender novos métodos, outras formas de se pesquisar, e de para trabalhar em equipe. Com as ferramentas propostas no curso, essas expectativas foram contempladas (diário de campo, usuário-guia e etc.). Considerações finais: Desse modo, o Curso de Extensão, possibilitou a elaboração de estratégias para o fortalecimento da formação de profissionais na área da saúde, voltadas para a interprofissionalidade, assim como foi importante o leque de aprendizados e trocas para os graduandos. Destarte, todos os ingressantes, puderam aprender, apreender e multiplicar novas abordagens, diferentes metodologias, e ferramentas para o trabalho e para a pesquisa no campo da saúde, tendo como eixo estruturante e transversal a interprofissionalidade. |
11824 | EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: VIVENCIANDO PRÁTICAS INTERPROFISSIONAIS E COLABORATIVAS NO CUIDADO EM PSORÍASE Valéria Leite Soares, Esther Bastos Bastos Palitot, Kátia Rau de Almeida Callou, Maria Júlia Guimarães Oliveira Soares, Jessica Francis de Carvalho Nascimento, Paula Soares Carvalho, Alessandra Rachel Vieira de Souza, Jefferson Polari de Souza Filho EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: VIVENCIANDO PRÁTICAS INTERPROFISSIONAIS E COLABORATIVAS NO CUIDADO EM PSORÍASEAutores: Valéria Leite Soares, Esther Bastos Bastos Palitot, Kátia Rau de Almeida Callou, Maria Júlia Guimarães Oliveira Soares, Jessica Francis de Carvalho Nascimento, Paula Soares Carvalho, Alessandra Rachel Vieira de Souza, Jefferson Polari de Souza Filho
Apresentação: O projeto de extensão do Programa de Bolsas de Extensão (PROBEX) “Promovendo a conscientização acerca da psoríase e a melhora na qualidade de vida de seus portadores”, desenvolvido pelo Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), vinculado ao Departamento de Promoção da Saúde, desenvolve ações multidisciplinares, com a finalidade de disseminar conhecimentos e práticas acerca da psoríase para a comunidade, acadêmicos e profissionais de diferentes cursos da área da saúde e humanas. O projeto iniciou em 2014 e a cada ano tem ampliado suas ações no cuidado a saúde das pessoas acometidas, esclarecimento sobre a doença, atividades em parceria com a Associação de Pessoas com Psoríase do Estado da Paraíba, audiência pública na Câmara dos Vereadores do Município de João Pessoa, outras. Os participantes do projeto são docentes e discentes da UFPB, universidade proponente e da Faculdade Internacional da Paraíba; profissionais do Centro de Referência em Psoríase da Paraíba (CRPP) vinculado ao Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW/UFPB) e profissionais externos. É composto por uma pluralidade de núcleos profissionais - Medicina, Enfermagem, Terapia Ocupacional, Odontologia, Farmácia, Psicologia, Pedagogia e Nutrição - que interagem no cuidado ao usuário e promovem educação em saúde. A psoríase é uma doença imunomediada, crônica, com manifestações cutâneas escamativas e inflamatórias geralmente nas áreas do couro cabeludo, e áreas de atrito do corpo, provocando prurido e dor. As lesões na pele promovem preconceito e estigma aos acometidos. Alguns relatam ter perdido seus empregos, abandono por parte de seus companheiros/as, a praticarem esporte e atividades de lazer, além das atividades de vida diária. A doença afeta a qualidade de vida do paciente e sua autoestima, despertando sentimentos como medo, frustração e depressão. Somado a esses fatores temos as comorbidades com outras doenças crônicas como: síndrome metabólica, artrite psoriásica, diabetes, doenças cardiovasculares, outras. É uma doença de alto custo para o Sistema Único de Saúde (SUS) quando exacerbada. Medicações, exames, envolvimento de vários profissionais e possíveis internações são geradoras de custo. Objetivo: relatar sobre as experiências no projeto de extensão “Promovendo a conscientização acerca da psoríase e a melhora na qualidade de vida de seus portadores” no ano de 2019. Desenvolvimento: As atividades foram desenvolvidas em diferentes espaços - CRPP, serviço de porta aberta do SUS; atenção primária/Programas de Saúde da Família PSFs; nos espaços das Universidades supracitados; na rua e; Câmara dos vereadores no período de março a dezembro de 2019. No Centro de Referência, foram realizadas rodas de conversas dialogadas para esclarecimento aos pacientes e familiares sobre a doença, alimentação, cuidados com a pele, comorbidades, medicamentos, assim como, momentos de conversas sobre suas dificuldades de participação social e enfrentamento das situações de estigma e preconceito. A participação dos extensionistas nos atendimentos junto aos profissionais do CRPP também aconteceram. A equipe é composta por 2 médicas, 1 enfermeira e 1 técnica de enfermagem, 2 terapeutas ocupacionais. Assim, entender como ocorre o atendimento multiprofissional, como a equipe trabalha e utiliza a rede de serviços público no SUS e intersetorial para além das aulas teóricas, é de relevância significativa. Cabe ressaltar que todos aprendem, pois, a troca de conhecimentos entre profissionais, acadêmicos e pacientes ocorre de forma dinâmica e colaborativa. Durante o Período de execução foi realizado o encontro “Café, arte e psoríase”, com dermatologista do Rio Grande do Sul, falando de suas experiências, novos fármacos e avanços em pesquisa. Entre uma fala e outra a sua música nos envolveu. No dia 29 de outubro se comemora o Dia Mundial de Conscientização da Psoríase e na Paraíba e em João Pessoa, o dia estadual e municipal. Especificamente nesse mês as atividades do projeto se intensificam com uma programação dinâmica e diversa. Palestras foram realizadas nas universidades envolvidas sobre a psoríase, sua clínica, repercussões nas pessoas acometidas; campanha de conscientização na rua; audiência pública na Câmara dos vereadores; visitas aos PSFs com rodas de conversa no período de acolhimento; oficina de culinária para estudantes, pacientes, familiares e profissionais do CRPP; oficina de auriculoterapia, outras atividades. As palestras foram realizadas pelos profissionais do CRPP e professores envolvidos no projeto. A interação com o público presente foi positiva pois, as falas partiram de suas indagações e dúvidas. Na semana do dia 29 extensionistas, pacientes, Membros da Associação e outros colaboradores se encontram em local de maior circulação de pessoas. Foi ofertado lanche, distribuição de folder e alguns brindes. Os participantes se colocam a disposição para esclarecer dúvidas sobre a psoríase e seu tratamento. Os participantes do projeto acreditam que dar voz aos profissionais, pacientes e seus familiares em uma audiência pública na Câmara dos os Vereadores, proporciona visibilidade para garantia de direitos quanto a tratamento, acessibilidade, condições de atendimento nos serviços públicos e proposição de políticas públicas em saúde e assistência social. Cerca de 6 PSFs integrados foram visitados pelos extensionistas, que se dividiram em pequenos grupos, para realizar rodas de conversas no momento de acolhimento. A cronicidade da doença, sua manifestação, o impacto na vida das pessoas acometidas, as questões de preconceito e estigma e o não contágio, foram temas abordados, além de informar sobre o serviço prestado no CRPP. A prática da auriculoterapia foi introduzida no serviço por 3 discentes extensionistas, graduandos de Terapia Ocupacional, que são terapeutas holísticos. A atividade foi realizada em uma manhã. Os pacientes receberam atendimento considerando os protocolos que indicavam significância para a Psoríase e para as demandas de dores articulares, estresse, insônia, ansiedade, outros. Os profissionais de Saúde do Centro de Referência também experimentaram a Auriculoterapia. A sensação de bem-estar e relaxamento foram recorrentes no discurso durante e/ou na finalização das aplicações nos pacientes e profissionais contemplados. Nesse contexto, o serviço reconhece a prática e, favorece o encaminhamento dos pacientes para os 3 Centros de Referência de Práticas Integrativas existentes no Município de João Pessoa, via rede SUS. Resultado: Os projetos de extensão universitária promovem na academia e na comunidade movimentos de interação e integração de conhecimentos e práticas na realidade dos territórios e serviços. Ações educativas, assistenciais e políticas foram realizadas para esclarecer e conscientizar a pessoa acometida e a sociedade sobre a psoríase. Os extensionistas perceberam que pessoas com psoríase, necessitam de atenção no que se refere a sua saúde física, mental e participação social. Diante da diversidade de situações que a doença produz, as ações do projeto objetivaram minimizar o impacto da patologia nos acometidos, despertar nos pacientes a importância de gerir e gerenciar seu autocuidado e maior esclarecimento da população. O seu cunho político teve a pretensão de reverberar melhorias na assistência em saúde, garantia de direitos, favorecendo o cuidado, bem-estar e qualidade de vida das pessoas com psoríase. Como também, verificou-se o quão é importante a participação social dos sujeitos nas discussões e busca de resoluções de seus problemas de saúde. Considerações finais: O projeto integralizou práticas de diferentes núcleos profissionais e proporcionou conhecimentos para além da sala de aula, na realidade dos serviços e no contexto social. Foi capaz de proporcionar a vivência de profissionais e extensionistas na perspectiva de práticas interprofissionais e colaborativas, na perspectiva dos princípios do SUS. Neste ano de 2020, o projeto está sendo reeditado por considerar sua relevância de impacto social, pelo seu entrelace com a formação universitária pública responsável e por favorecer a saúde pública de qualidade. |
12018 | GRUPO TUTORIAL TRANSTORNO MENTAL GRAVE DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO PARA A SAÚDE/INTERPROFISSIONAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA DOS MONITORES Jonathan Guedes da Silva, Tiago Braga do Espírito Santo, Maria Carolina Califrér Falcão de Alcantara Prazeres, Erildo Wolfgramm, Bruna Ferreira de Souza, Mirley Rodrigues de Souza, Laura Magaldi Teixeira Leite, Laura Magaldi Teixeira Leite, Julia Reis Lousao, Julia Reis Lousao GRUPO TUTORIAL TRANSTORNO MENTAL GRAVE DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO PARA A SAÚDE/INTERPROFISSIONAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA DOS MONITORESAutores: Jonathan Guedes da Silva, Tiago Braga do Espírito Santo, Maria Carolina Califrér Falcão de Alcantara Prazeres, Erildo Wolfgramm, Bruna Ferreira de Souza, Mirley Rodrigues de Souza, Laura Magaldi Teixeira Leite, Laura Magaldi Teixeira Leite, Julia Reis Lousao, Julia Reis Lousao
Apresentação: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-SAÚDE) é uma iniciativa interministerial entre os Ministérios da Saúde e Ministério da Educação, através da portaria MS/MEC nº 1.802/2008. Em 2019, iniciou-se a nona edição do programa, com a proposta de mudanças curriculares para os cursos de graduação na área da saúde, focalizada na interprofissonalidade, sendo chamado de PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONAL. Por todo o país foram aprovados 120 projetos de universidades e secretarias municipais. Os projetos aprovados dão centralidade aos processos de Educação Interprofissional (EIP) entre professores, graduandos, trabalhadores, gestores e usuários da Atenção Primária à Saúde, assim como fomentar a integração ensino-serviço, a diversificação de campos de atuação, construção interprofissional e por conseguinte integral da assistência permitindo uma formação mais dinâmica e próxima da realidade dos serviços e das demandas complexas da população. “O PET-Saúde/Interprofissionalidade aplica bases teóricas e metodológicas da EIP - estilo educacional que tem como finalidade formar profissionais mais aptos para o trabalho colaborativo em saúde - para promover mudanças curriculares alinhadas às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para todos os cursos de graduação na área da saúde, além das iniciativas que utilizam práticas de Educação Permanente” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019). Na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) optou-se pela subdivisão em temas (Transtorno Mental Grave, Obesidade, Cuidados Paliativos, Aleitamento Materno e Álcool e Outras drogas). Este trabalho é o relato da experiência dos bolsistas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) durante o primeiro ano de inserção na nona edição do programa, no grupo que possui como temática o Transtorno Mental Grave (TMC). Objetivo: relatar a experiência de atuação dos bolsistas no PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONAL nos dispositivos de saúde mental da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), presentes na área programática 2.2 (AP 2.2), Zona Norte do município do Rio de Janeiro. Desenvolvimento: Participam do referido grupo tutorial alunos dos cursos de enfermagem, psicologia, educação física, odontologia e medicina. A inserção se deu em três unidades parceiras da AP 2.2, a saber: duas Clínicas da Família e um Centro de Atenção Psicossocial II. Em cada unidade há a colaboração de um ou dois preceptores, trabalhadores dos serviços quem, vinculados ao projeto, tem a função de acompanhar a atuação dos bolsistas nos dias de campo. Cada bolsista foi alocado em dupla nos campos de atuação. A atuação se deu de forma inicial em um diagnóstico situacional do território, no intuito de conhecer os serviços de saúde ao qual os usuários estão vinculados ou podem vir a vincular-se, produzindo uma rede de cuidado. Nesse processo os bolsistas também se familiarizaram com as unidades disponíveis para a inserção prática do programa. Em um segundo momento foi desempenhado uma atividade que ficou chamada pelo grupo de ‘gestão de lista’ ou ‘gestão de contatos’, termo utilizado para se referir a organização dos nomes dos usuários levando em consideração a frequência da ida desses a unidade, território, data da última visita domiciliar, forma de contato e qual foi a última demanda que o levou a ir até a unidade. A partir dessa lista, organizada em planilha, os monitores entraram em contato para marcar o retorno dos usuários a unidade. Quando esses retornavam, e em casos marcados pela equipe, os monitores acompanharam os atendimentos e consultas, com a autorização do usuário. Em umas das unidades, houve um aprofundamento no processo: foi solicitado que cada uma das 6 equipes sinalizasse três usuários com Transtorno Mental Grave (TMC). Posteriormente foi aplicado um questionário com o objetivo de entrevistar um profissional técnico e um Agente Comunitário de Saúde (ACS) de cada equipe, para assim observar a visão desses trabalhadores acerca dos mesmos usuários, identificando as semelhanças e diferenças nos relatos. Em um terceiro momento, os monitores foram ao território acompanhar a prática de visita domiciliar dos usuários em questão. Destaca-se que, naquele momento aquela Clínica da Família possuía 6 equipes. Contudo, atualmente, o serviço conta apenas com 5 equipes, tendo em vista a redução de quantitativo da força de trabalho na área da Atenção Básica, promovida pela política da Prefeitura do município do Rio de Janeiro. Em outra unidade os monitores acompanharam o matriciamento da unidade e, de acordo com o caso, o usuário era encaminhado para algum outro atendimento em uma unidade parceira. Todo esse processo era discutido tanto nas reuniões do grupo ampliado (envolvendo todos os grupos temáticos), quanto nas reuniões do grupo de TMC. Em ambos os espaços, foi conferido ao debate a abordagem integral dos casos em uma perspectiva interprofissional. Como forma de subsidiar o trabalho, foi realizado um curso de Educação Interprofissional em Saúde, elaborado em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Rede Brasileira de Educação e Trabalho Interprofissional em Saúde (ReBETIS) e disponibilizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem do SUS (AVASUS). Após a conclusão do curso, foi realizada uma discussão com todos os participantes do PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONAL acerca do tema estudado. Nessa mesma direção, foram abordados outros temas em discussões com todo o coletivo do programa. Destes, destacam-se o debate realizado acerca do conceito de clínica ampliada e seus sentidos para a atenção primária à saúde. Considerações finais: O Brasil por meio de um chamado da Organização Pan-Americana da Saúde /Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), elaborou um plano de ação para a implementação da Educação Interprofissional em saúde, sendo um dos componentes desse plano de ação o PET SAÚDE/INTERPROFISSIONAL. O projeto tem se apresentado como um terreno fértil às discussões da assistência integral em saúde, uma vez que os encontros no grupo ampliado e de tutorial TMC só atingiram uma integridade no momento que as profissões construíram juntas o processo de trabalho contribuindo com diferentes, e complementares, saberes e práticas de suas profissões. Contudo houveram limitações, principalmente a conjuntura política no município do Rio de Janeiro, o redesenho da atenção primária, com a demissão em massa de trabalhadores da saúde, afetou a dinâmica de trabalho dos profissionais e, consequentemente repercutiu no programa. Uma das unidades parceiras chegou a perder duas de suas três equipes permanecendo com o mesmo território, o que levou a precarização do processo de trabalho da unidade e saturou de demandas os preceptores. Outro momento, dado o acirramento do desmonte da Estratégia Saúde da Família (ESF) e da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), com os salários atrasados três meses, os trabalhadores, nos seus direitos, entram em greve, o que também se apresentou como limite na inserção e atuação dos monitores nos dispositivos de saúde. As visitas domiciliares ficaram inviabilizadas, interrompendo processos importantes como a continuidade do acompanhamento dos casos. |
11958 | DIÁLOGOS E SILÊNCIOS PARA O CUIDADO DE SI LUCIA CONDE OLIVEIRA DIÁLOGOS E SILÊNCIOS PARA O CUIDADO DE SIAutores: LUCIA CONDE OLIVEIRA
Apresentação: A Organização Mundial de Saúde define saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência de doença ou enfermidade”. Qual o significado desse conceito na contemporaneidade? A Lei Orgânica da Saúde define: os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País. Desta forma, as condições materiais no capitalismo globalizado, as desigualdades sociais e em particular as iniquidades produzidas no Brasil afetam diretamente a saúde e a vida cotidiana. A pressão exercida pela agitação cotidiana e as exigências do cumprimento de muitas obrigações fazem com que o sujeito não tenha tempo para ocupar-se de si, ou seja, dedicar um tempo para o conhecimento de si, da verdade do que se é, do que se faz e do que se é capaz de fazer, das consequências de suas escolhas, como diria Epicuro filosofar. O ocupar-se de si fez parte da cultura antiga grega e romana e foi sofrendo transformações ao longo da história humana. Assim, em um mundo acelerado, onde as noções de tempo e espaço sofreram transformações radicais, o sujeito acredita não ter tempo para cuidar de si. Ao mesmo tempo em que diferentes processos vêm provocando o adoecimento, as pessoas não têm tempo para dedicar-se a cuidar da saúde, não se pensa sobre os sentidos do adoecimento. Esse trabalho relata a experiência do projeto de extensão Diálogos e Silêncios para o Cuidado de Si que vem sendo desenvolvido desde de julho de 2019, na Universidade Estadual do Ceará. O projeto tem como objetivo proporcionar diálogos a partir de diferentes contribuições teóricas para o cuidado de si e vivenciar alternativas individuais e coletivas para a promoção da saúde nas dimensões física, emocional, mental e espiritual. E ressignificar a ideia do cuidado de si na contemporaneidade. Desenvolvimento: Os participantes do projeto são estudantes da graduação e pós-graduação; professores e funcionários da Universidade e comunidade local. O projeto funciona com encontros semanais para o desenvolvimento dos diálogos e das vivências práticas do cuidado, criando um espaço de troca de experiências de cuidado de si. Em um primeiro momento, os participantes compartilham suas vivências e acontecimentos da semana, e as repercussões do encontro anterior nas suas práticas de cuidado. Em seguida, são feitas leituras de textos pequenos sobre questões relacionadas as práticas de cuidado de si. Após esse movimento mais mental, desenvolve-se uma prática, que pode ser de meditação, relaxamento, movimentos corporais, automassagem etc. Resultado: O grupo tem funcionado como espaço de escuta e de pensar estratégias simples para o cuidado de si. Os participantes relatam que o grupo tem ajudado a promover um encontro consigo mesmo e melhorar as relações interpessoais. Informaram que decidiram fazer/voltar uma atividade física. Considerações finais: Os participantes estão desenvolvendo estratégias de cuidar de si, não só na dimensão física, mas mental, emocional e espiritual. E isso tem contribuído para melhoria da qualidade de vida e ampliação, dentro da Universidade, de espaços de socialização e encontro com o outro. |
11950 | RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A VANTAGEM DA EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL NO AMBIENTE ACADÊMICO E PROFISSIONAL DA ÁREA DA SAÚDE SAMUEL BASTOS CORREA DE FIGUEIREDO, ALINE MARQUES COLONEZE RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A VANTAGEM DA EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL NO AMBIENTE ACADÊMICO E PROFISSIONAL DA ÁREA DA SAÚDEAutores: SAMUEL BASTOS CORREA DE FIGUEIREDO, ALINE MARQUES COLONEZE
Apresentação: O presente relato de experiência versa sobre o impacto da educação interprofissional no universo de estudantes e profissionais da área da saúde. Objetivo: Apresentar as melhorias e as vantagens da educação interprofissional tanto na formação quanto na atuação do profissional da saúde. Desenvolvimento: Através da aprovação junto ao Ministério da Saúde o Centro Educacional Serra dos Órgãos – Teresópolis (RJ) passou a ofertar ao corpo discente e profissionais da saúde o programa PET-SAÚDE, que dentre suas inúmeras vertentes, preza pela interprofissionalidade. Neste diapasão, sob a tutela de coordenadores selecionados em seu corpo docente, os selecionados do programa são apresentados aos diversos eixos da educação interprofissional, seja de maneira teórica, seja de maneira prática em campo de atuação.É mister salientar que, até mesmo pela primazia da interprofissionalidade, os participantes selecionados para o programa são discentes e profissionais de diferentes áreas da saúde. Resultado: Devido aos conceitos aprendidos e aplicados sobre Educação Interprofissional no programa PET-SAÚDE, tanto os acadêmicos quanto os profissionais puderam perceber significativa melhora em sua atuação. Ao aprendermos com profissionais de áreas diferentes das nossas, podemos compartilhar experiências e olhares que nos permitiram desenvolver valores e competências mais amplas que aperfeiçoaram nossa atuação em nosso campo. Além disso, nesta integração, ao aprendermos sobre as outras profissões nos tornamos mais aptos a exercermos o trabalho em equipe, colaborativo, dotando de maior qualidade a nossa assistência aos usuários da rede pública de saúde. Certamente, a partir deste aprendizado podemos perceber que a educação uniprofissional é sinônimo de ineficiência, pois ela induz a fragmentação do trabalho em saúde, tendo como uma de suas consequências a exposição do paciente a atos repetitivos, o que amplia as possibilidades de erros, e consequentemente reduz a capacidade de resolver as queixas, o que aumenta consideravelmente os custos em saúde do governo. Sem contar que a mesma causa uma divisão de tarefas tão consolidada que gera, entre outras consequências, a forte especialização em saúde.Temos a concepção de que a única forma de revertemos este quadro atual da saúde é a educação interprofissional. Considerações finais: Através da educação interprofissional podemos romper os paradigmas das profissões, inserir a colaboração no processo de trabalho e na formação em saúde, desenvolver competências para o trabalho em equipe e transportar o paciente no centro do cuidado, melhorando a qualidade de vida e de saúde das pessoas. A partir deste modelo de educação, que reza pela colaboração, reduzimos as possibilidades de erros, aumentamos a capacidade resolutiva dos profisssionais e diminuímos os custos em saúde. |
11889 | SIMULAÇÃO CLÍNICA NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PARTO: RELATO DA EXPERIÊNCIA Oracio Carvalho Ribeiro Júnior, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Tatiane Silva de Araújo, Suzana Maria da Silva Ferreira, Franciane de Paula Fernandes, Lucas Moraes Izel SIMULAÇÃO CLÍNICA NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PARTO: RELATO DA EXPERIÊNCIAAutores: Oracio Carvalho Ribeiro Júnior, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Tatiane Silva de Araújo, Suzana Maria da Silva Ferreira, Franciane de Paula Fernandes, Lucas Moraes Izel
Apresentação: No contexto da enfermagem é histórico a utilização de ferramentas práticas para o ensino das competências necessárias a uma formação adequada do enfermeiro. Neste contexto surge o ensino por simulação que busca por meio de um ambiente artificial e controlado recriar uma situação real para praticar, aprender, validar, testar ou desenvolver a compreensão das dinâmicas ou ações humanas, com alto grau de interatividade e realismo ao participante. A prática de simulação no ensino das competências clínicas do enfermeiro com foco nas habilidades psicomotoras, cognitivas, interpessoais e ético/legais é precedida por algumas fases, dentre as quais, pode citar: o embasamento teórico, as habilidades técnicas para então planejar o desenvolvimento de um cenário. A descrição deste cenário deve ser realizada de acordo com um objetivo e deve facilitar a obtenção de resultados positivos no processo de aprendizagem. Para tanto, faz-se necessário adotar um modelo que possa incluir: o facilitador, os participantes, a prática educacional, o desenho das características da simulação e os resultados. Este modelo apresenta ainda subcomponentes para cada um dos componentes supracitados; destaca-se aqui os relacionados ao desenho das características da simulação, que incluem: objetivos, fidelidade, resolução de problemas, suporte para estudantes e participante, sugestões, pensamentos e reflexões durante o debriefing. Desta forma, o presente estudo busca mostrar uma experiência exitosa no ensino de enfermagem no atendimento ao parto normal por meio de tais ferramentas que aproximam o acadêmico da realidade objetivada, imprescindível no ensino das competências no contexto da saúde materno-infantil, em especial na obstetrícia. Objetivo: Relatar a experiência docente vivenciada com a utilização da simulação clínica no processo de ensino-aprendizado referente à assistência ao parto normal sem distócia em uma instituição de ensino privada na cidade de Manaus. Desenvolvimento: As atividades aconteceram durante os períodos letivos de 2019 com acadêmicos de enfermagem do Centro Universitário do Norte, situada na cidade de Manaus. Na referida instituição a disciplina de saúde da mulher é ofertada no quinto período do curso, após os acadêmicos já terem tido todos os conteúdos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. Para que o método de ensino fosse implementado foi necessário a implementação de algumas etapas. No primeiro momento houve a sistematização dos conteúdos fundamentais sobre assistência ao parto em sala de aula para que os alunos pudessem ter com contato inicial com a temática. Este momento foi desenvolvido por meio de uma aula expositiva-interativa e por meio de uma metodologia jigsaw onde puderam reforçar em pequenos grupos a leitura e compreensão do material fornecido. Para este momento utilizou-se a diretriz nacional de atenção ao parto normal do Ministério da Saúde, as recomendações da Organização Mundial da Saúde para uma experiência positiva no parto, bem como, revisões sistemáticas extraídas da biblioteca cochrane sobre os diversos temas que envolvem a assistência ao parto baseada em evidências. No segundo momento os acadêmicos foram divididos em grupos de 6 para uma aula na enfermaria, onde foram abordadas as habilidades técnicas indispensáveis para um cuidado adequado à mulher durante o trabalho de parto. Foram elaborados roteiros de habilidades onde os acadêmicos puderam observar, a princípio, observar o docente executando as técnicas de acordo com o roteiro previamente entregue a cada acadêmico. Em seguida todos treinaram exaustivamente as técnicas sob supervisão até que adquirissem segurança na execução das mesmas. As técnicas abordadas foram as seguintes: exame tocológico obstétrico, manobras de palpação de Leopold, uso dos métodos não farmacológicos para o alivio da dor, manuseio do recém nascido logo após o parto, uso dos instrumentais para correção de lacerações de períneo, aferição de dinâmica uterina, verificação dos batimentos cardiofetais com sonar doppler. No terceiro momento foi elaborado pelo docente um cenário de simulação clínica onde os acadêmicos atuaram como enfermeiros para prestar a assistência ao parto normal a uma cliente e seus familiares. Para a execução deste momento foram conjugados simuladores de parto e atores, que foram acadêmicos finalistas do curso de outro turno. A turma foi acomodada na sala dos expectadores para que o cenário pudesse então acontecer. Foram convidados dentro da turma três alunos que quisessem atuar no cenário, onde prontamente obteve-se estes. Conforme protocolo próprio dos cenários de simulação, os atores e os três acadêmicos receberam o briefing (informações necessárias para que a cena acontecesse). Na sequencia iniciou-se o cenário, onde os acadêmicos puderam exercitar os conhecimentos teóricos e as habilidades técnicas, agregadas com a capacidade de estabelecer uma comunicação efetiva com a parturiente, seu esposo e a doula, ali representados. O cenário transcorreu em duas etapas: a primeira referente ao atendimento inicial da usuária e avaliação clínica, com aplicação dos métodos não farmacológicos; a segunda etapa no contexto da assistência ao parto e aos cuidados imediatos ao recém nascido. Não houve necessidade de intervenção docente pois, o cenário ocorreu conforme planejado. Após este momento, todos os alunos foram reunidos na sala dos expectadores para o momento do debriefing, onde por meio de uma discussão guiada pelo docente os acadêmicos realizaram trocas de experiência acerca do momento expectado e como poderiam melhorar a atuação dos alunos dentro do contexto. Neste momento foram retomados vários conceitos abordados anteriormente em sala e também aqueles sobre as técnicas executadas na enfermaria. Resultado: Percebe-se que a realização do ensino do conteúdo de atenção ao parto por meio da simulação possibilitou aos acadêmicos um aprofundamento dos conteúdos, técnicas e aplicação práticas dos mesmos. Percebeu-se pelas falas no debriefing que houve significação para a vida profissional de cada um os conteúdos abordados e, portanto, assimilação do conhecimento inerente e aquisição da competência relacionada nas diretrizes curriculares nacionais do curso. Ainda foi possível verificar um alto rendimento na avaliação somativa sobre as questões que relacionaram os temas trabalhados no cenário. Considerações finais: Foi possível perceber que a utilização do cenário de simulação para o ensino do papel do enfermeiro na atenção ao parto figurou-se como metodologia inovadora, que possibilitou maior interação entre os participantes, replicando experiência do cotidiano real do enfermeiro, facilitando assim, os processos de ensino-aprendizagem. Além de melhorar o rendimento dos acadêmicos na disciplina pois, tornou o conhecimento significativo e, portanto, libertador. |
12295 | RELATOS DA PASSAGEM PELAS TRÊS ESFERAS DA GESTÃO DA ATENÇÃO BÁSICA POR EX-RESIDENTES Hannah Carolina Tavares Domingos, MICAELA MARQUES SANTANA ALVES, SOFIA NADER DE ARAÚJO, CAROLINA BERNARDO BORGES, NATHÁLIA DE MOURA ZILLE CARDOSO, RAQUEL NIGRE LEAL COSTA, ROBERTA GONDIM DE OLIVEIRA, BRUNA DE MELO SOUZA BATISTA RELATOS DA PASSAGEM PELAS TRÊS ESFERAS DA GESTÃO DA ATENÇÃO BÁSICA POR EX-RESIDENTESAutores: Hannah Carolina Tavares Domingos, MICAELA MARQUES SANTANA ALVES, SOFIA NADER DE ARAÚJO, CAROLINA BERNARDO BORGES, NATHÁLIA DE MOURA ZILLE CARDOSO, RAQUEL NIGRE LEAL COSTA, ROBERTA GONDIM DE OLIVEIRA, BRUNA DE MELO SOUZA BATISTA
Apresentação: A pós-graduação em Gestão da Atenção Básica nos moldes de residência da ENSP/FIOCRUZ acontece a partir da vivência em três campos da gestão: a esfera municipal, estadual e federal. No primeiro momento fomos aportados com conteúdo teórico e conceitual da gestão em saúde e em seguida vamos para campo vivenciar a prática do serviço. Desenvolvimento: A experiência nos campos nos possibilitou vivenciar aproximações teórico-práticas da gestão nos diferentes aspectos políticos, técnicos, econômicos e sociais. Além disso, pudemos experienciar as possibilidade e desafios do dia a dia do gestor. A partir de nossa inserção junto as equipes de trabalhadores nos três âmbitos da gestão, passamos a nos integrar na elaboração de políticas, pareceres técnicos, materiais técnicos de suporte à assistência e as gestões municipais, planejamento da saúde nas diferentes esferas, financiamento da Atenção Básica, implementação de ações, participação de reuniões intersetoriais e com diferentes áreas das secretarias de saúde, participar dos espaços de tomada de decisão, apoio aos gestores, manuseio do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica para a implementação do e-SUS, monitoramento, avaliação dos dados, levantamento sobre a situação de saúde nas bases de dados, dentre outras atividades. Resultado: A oportunidade de transitar pelas diferentes esferas agregou experiências importantes acerca da função gestora e suas responsabilidades e desafios. Pudemos perceber que há lacunas de formação em gestão da saúde e que este aprimoramento pode potencializar o planejamento das ações de saúde e a direcionalidade das políticas com a compreensão do papel do gestor e da possibilidade de atuação em diferentes frentes de articulação política. O olhar de fora que o pós-graduando favorece é o de aproximar-se e perceber a organização do processo de trabalho e as relações pré-estabelecidas, à correlação de forças políticas e tentar contribuir com a equipe com propostas e análises. Também por estarmos imersos, o distanciar-se desses espaços num processo reflexivo coletivo de supervisão possibilitou ressignificar o lugar da gestão e a nossa prática. Além disso, como em certos lugares havia um corpo profissional reduzido, agregamos força de trabalho qualificada, devido o nosso aporte teórico-prático da vivencia da residência Multiprofissional em Saúde da Família (pré-requisito desta pós graduação) e também na própria experiência nas três esferas. Considerações finais: Acreditamos que este modelo de pós-graduação promove a formação em ato dos profissionais de saúde para atuação na gestão do SUS a partir de vivências práticas e que isto deveria ser mais incentivado. A gama de experiências vividas, juntamente ao aporte teórico e a supervisão de campo, nos trouxe um arcabouço inestimável que muito tem a agregar na atuação profissional tanto no âmbito da gestão como na compreensão do aparelho gestor e seus desafios, de modo que possa contribuir nos processos de trabalho nas unidades de saúde e no controle social. |
12292 | SIMULAÇÃO DE SESSÃO TUTORIAL PARACALOUROS EM UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA COM METODOLOGIA ATIVA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Rodrigo Alex de Souza Galdino, Maria Eduarda Silveira Bührnheim, Davi Gabriel Barbosa, Daniel Oliveira da Costa, Vinicius de Paula Ueoka dos Anjos Barros, Letícia Lima Branco, Nilo Cesar Raiol de Lima, Luiz Fernando Leite da Silva Neto SIMULAÇÃO DE SESSÃO TUTORIAL PARACALOUROS EM UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA COM METODOLOGIA ATIVA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Rodrigo Alex de Souza Galdino, Maria Eduarda Silveira Bührnheim, Davi Gabriel Barbosa, Daniel Oliveira da Costa, Vinicius de Paula Ueoka dos Anjos Barros, Letícia Lima Branco, Nilo Cesar Raiol de Lima, Luiz Fernando Leite da Silva Neto
Apresentação: As metodologias ativas, de início, causam um impacto negativo em muitos indivíduos, por conta do receio e do medo de não terem prática com essa nova dinâmica de ensino. Isso é observado nos indivíduos que adentram em universidades com metodologia PBL (Lição baseada em Problemas), por exemplo, os quais estão acostumados com método tradicional, onde a transmissão do conhecimento é chamada de passiva. Devido a esse fato, foi criado uma simulação por meio dos acadêmicos de medicina da universidade do Estado do Pará onde retrata, na prática, a sessão tutorial com o intuído de gerar nos calouros, antes do início oficial do curso, certa adaptação com o método. A sessão tutorial assume o aluno como protagonista do processo de aprendizagem, fomentando, desse modo, o desenvolvendo de sua autonomia. Esta prática nas ciências da saúde contribui para o desenvolvimento do raciocínio clínico, bem como da educação continuada do profissional de saúde, desenvolvendo habilidades de trabalho em equipe, liderança de grupo e postura humanista em relação a situações do estágio, internato e na prática profissional, o que evidencia sua grande relevância no contexto educacional. Assim, esse trabalho objetivou esclarecer o funcionamento da metodologia ativa por meio de sua prática na simulação das sessões tutoriais que ocorrerão e melhorar a comunicação e habilidade de se expressar, abordando a temática do SUS como forma de incentivo a discussão. Desenvolvimento: A atividade da simulação de sessão tutorial ocorreu durante a SeCal (Semana do Calouro) da Universidade do Estado do Pará, a qual é uma programação que acontece durante os 5 dias úteis para recepcionar os recém acadêmicos. O objetivo principal da simulação de sessão tutorial é esclarecer o funcionamento da metodologia ativa por meio de sua prática, ou seja, através de simulação das sessões tutoriais que ocorrerão 2 vezes na semana. Para isso, os indivíduos aprovados no curso de medicina foram divididos em 6 salas de tutoria do Bloco A do Campus II da Universidade do Estado do Pará. Para compor esse cenário, houve a presença de um tutor-ator, um coordenador-ator e dois participantes-atores, que foram representados por veteranos da faculdade e que explicaram os métodos de avaliação do grupo e individual antes do início de cada tutoria e, para retificar, ao final também. O primeiro momento, ocorrido no dia 10 de fevereiro de 2020 às 15:00, foi caracterizado como abertura do problema tutorial, ou seja, os calouros receberam uma folha em que possui uma narração de uma situação em que a problemática é voltada para os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), para os níveis de atenção em saúde, para a equipe multiprofissional e, por fim, para o tecido epitelial em que ocorreu uma integração entre os conhecimentos da tutoria com outras áreas de estudo, como o laboratório morfofuncional. Sendo assim, houve o brainstorming, ou seja, um conjunto de conhecimentos prévios e hipóteses que foram debatidos durante a discussão, durando aproximadamente 2 horas. Com isso, montou-se os objetivos a serem estudados baseados nos temas da discussão. No fechamento do problema tutorial, ocorrido no dia 14 de fevereiro de 2020 às 8:00, os calouros retornaram para as mesmas salas de tutoria em que permaneceram no dia 10 de fevereiro para debater com base nos objetivos formados sobre o que foi aprendido durante o estudo entre os dias da abertura e do fechamento, durando aproximadamente 2 horas e 30 minutos. Para a garantia da uniformidade entre as tutorias, foi disponibilizado um manual do evento que contém orientações gerais e específicas para as 3 funções diferentes que os veteranos exerceram na tutoria, com o objetivo de haver uma linearidade entre as informações e dicas repassadas para os calouros entre as diferentes tutorias. O Sindicato dos Médicos do Pará (SINDMEPA) apoiou o evento por meio de doação de pastas, canetas e papéis de anotação para o desenvolvimento da atividade. Resultado: A partir da realização da atividade observou-se uma mudança de padrão entre o primeiro e o segundo dia de simulação da sessão tutorial quanto ao comportamento dos participantes. De acordo com o que foi observado, percebeu-se que durante o encontro inicial, boa parte dos estudantes mostraram-se inseguros em relação à metodologia ativa adotada pela universidade, além de relatarem dúvidas quanto ao funcionamento das sessões tutoriais, como por exemplo: onde encontrar as referências utilizadas para o estudo, funções de cada membro da mesa, quais ações são passíveis de perda de pontuação, entre outros questionamentos. Além disso, foram identificadas lacunas quanto ao conhecimento sobre o Sistema Único de Saúde, sobretudo em relação aos seus princípios e diretrizes, e os níveis de atenção. No decorrer da dinâmica, notou-se um desnível em relação à participação dos acadêmicos quanto à discussão do problema, enquanto uns apresentaram uma maior desenvoltura quanto ao poder de fala e à expressão de ideias, outros mostraram-se mais tímidos e/ou resguardados. Por outro lado, durante o segundo encontro, momento em que já havia sido desenvolvido um estudo prévio, notou-se uma evolução quanto ao desempenho dos participantes, não só em relação à habilidade de expressar pensamentos e abordar o conteúdo necessário, mas também quanto aos critérios mínimos avaliados durante as sessões, como poder de síntese, criticidade e organização das informações transmitidas. Vale ressaltar que, embora houvesse momentos de silêncio entre um objetivo traçado e outro, notou-se um maior equilíbrio quanto ao número de falas, além da participação mais assídua dos indivíduos, havendo assim, uma melhor comunicação entre eles e o enriquecimento da discussão. Considerações finais: Por fim, a atuação da ação desenvolvida foi proveitosa tanto para os calouros quanto para os veteranos do curso. Para os calouros, proporcionou a oportunidade de ter um primeiro contato com a metodologia ativa dentro da universidade, além de possibilitar que dúvidas fossem sanadas antes do início do período letivo. Além disso, proporcionar uma maior integração entre ambos os grupos de estudantes, criando uma melhor relação dos novos alunos com os alunos veteranos, melhorando assim a ambiência na universidade e possibilitando o fortalecimento de laços. Ademais, os estudantes foram estimulados a desenvolver habilidades de fala e comunicação, didáticas de estudo individual e coletivo, assim como, de empatia. Algumas das qualidades as quais são essenciais para o exercício da profissão médica, algo proporcionado com muita facilidade pelas metodologias ativas. |
12266 | EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL EM SAÚDE: EXPERIÊNCIAS NO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO PARA A SAÚDE (PET-Saúde) EM UMA UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DE SANTA CATARINA Carla Dacroce, Thobyas Itamar Tomasi, Richard Alecsander Reichert, Bárbara Martini, Divandra Aparecida Busatto, Rafael Silva Fontenelle, Elizana da Silva, Luís Henrique Domingues EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL EM SAÚDE: EXPERIÊNCIAS NO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO PARA A SAÚDE (PET-Saúde) EM UMA UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DE SANTA CATARINAAutores: Carla Dacroce, Thobyas Itamar Tomasi, Richard Alecsander Reichert, Bárbara Martini, Divandra Aparecida Busatto, Rafael Silva Fontenelle, Elizana da Silva, Luís Henrique Domingues
Apresentação: A complexidade e a dinamicidade dos processos de saúde-doença implicam na necessidade de aprimoramento dos serviços e da formação profissional no campo da saúde a fim de melhorar a qualidade de atenção e cuidado à população. Para isso, são necessárias inovações no processo de formação dos profissionais. O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) é uma iniciativa do Ministério da Saúde que objetiva uma maior inserção de estudantes na prática profissional, contribuindo com a formação acadêmico-profissional para atuação nos serviços. Em sua nona edição, tem como eixo central a Educação Interprofissional em Saúde, com foco no desenvolvimento de ações voltadas ao trabalho interprofissional, envolvendo docentes, estudantes, profissionais, gestores e usuários. O objetivo geral do programa é promover conhecimento teórico e prático a respeito da interprofissionalidade. Para tanto, a proposta é a integração ensino-serviço em prol de mudanças no processo de formação em saúde, atentando-se para as reais necessidades da população. Na Universidade do Vale do Itajaí (Univali), uma das instituições selecionadas para a realização do PET-Saúde/Interprofissionalidade, propõem-se ações de inserção, contato e atendimento à população e projetos de pesquisa e intervenção com o intuito de inserir estudantes em contextos diversificados de atuação. São realizadas reuniões mensais intergrupos, discussões de casos com equipes multi/interprofissionais e inserção dos alunos em serviços especializados. O programa conta com acadêmicos de diversas áreas da saúde, sendo elas: educação física, enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, nutrição, odontologia e psicologia. As principais atividades realizadas são: participação em interconsultas, reuniões de discussão de casos e reuniões de média e alta complexidade; pesquisas voltadas para a temática interprofissionalidade; e planejamento de intervenções junto a comunidade em geral. Dentre os principais resultados observados, pode-se ressaltar: maior compreensão sobre os fluxos do Sistema Único de Saúde (SUS) e a lógica de funcionamento dos serviços, além de conhecimento teórico-prático sobre interprofissionalidade em saúde. Dessa forma, o PET-Saúde/Interprofissionalidade proporciona vivências que possibilitam aproximação e diálogo com a realidade, facilitando a aplicação de princípios como integralidade, universalidade e equidade. Tendo como base os princípios do SUS e a lei 8.080/90, percebe-se a importância dessa iniciativa, uma vez que os profissionais contam com experiências mais amplas de atendimento e trabalho em equipe. Essas iniciativas propiciam espaços de reflexão, socialização do conhecimento, desenvolvimento de senso crítico e proatividade e compromisso com a comunidade, possibilitando o trabalho cooperativo entre estudantes de diversas áreas do conhecimento, assim contribuindo com a formação de profissionais-cidadãos e práticas cada vez mais integrativas de atenção e cuidado à saúde. |
6070 | EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL NA ATENÇÃO À SAÚDE DO IDOSO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROJETO DANÇANDO COM IDOSOS Chrystiane Bacelo Barbosa Pereira, Ana Carolina Luppi De Nardi, Fabiana dos Santos Paixão, Juliana da Silva Secchin, Larissa da Silva Almeida, Fabíola dos Santos Dornellas Oliveira EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL NA ATENÇÃO À SAÚDE DO IDOSO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROJETO DANÇANDO COM IDOSOSAutores: Chrystiane Bacelo Barbosa Pereira, Ana Carolina Luppi De Nardi, Fabiana dos Santos Paixão, Juliana da Silva Secchin, Larissa da Silva Almeida, Fabíola dos Santos Dornellas Oliveira
Apresentação: O envelhecimento populacional é mundial e esta fase gera grandes transtornos em decorrência das mudanças que ocorrem no organismo (diminuição da força, massa muscular, flexibilidade, mobilidade articular, massa óssea) e para muitas pessoas essas mudanças são de difícil aceitação. Para minimizar os impactos negativos do envelhecimento, promover a manutenção da capacidade funcional e a participação no convívio familiar e social, a atividade física é um fator de importância que contribui para um envelhecimento saudável, sendo um tema de discussão relevante. Diante disso, a dança vem ganhando espaço por desenvolver a coordenação motora, agilidade, ritmo e percepção espacial, desperta e aprimora a musicalidade corporal de forma natural, permitindo uma melhora na autoestima e a ruptura de diversos bloqueios psicológicos, possibilita o convívio e aumento do rol de relações sociais, tornando-se uma opção de lazer e promovendo a melhora da qualidade de vida. A atenção integral a esses indivíduos continuam sendo um desafio, com isso, tem sido cada vez mais ofertado aos alunos de graduação, a educação interprofissional, que proporciona a capacitação de estudantes de diferentes cursos da área da saúde, na perspectiva do aprendizado colaborativo, bem como do trabalho em equipe, visando à integralidade do cuidado em saúde. Diante disso, o objetivo deste trabalho é relatar a experiência de uma acadêmica de fisioterapia ao participar do projeto de extensão interprofissional denominado “Dançando com Idosos” ao qual contou com a participação de outras acadêmicas de enfermagem, fisioterapia e medicina. Desenvolvimento: O projeto conta com a participação de um grupo de idosos ativos, ocorre uma vez por semana, durante uma hora, na Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM, onde é realizada a aferição de pressão arterial antes e após os exercícios, inicialmente ocorre o aquecimento com alongamentos e na sequência é elaborada a prática da dança onde são realizadas coreografias que englobam equilíbrio, coordenação, movimentos ritmados, agilidade. Além de proporcionar discussão de artigos científicos, aprendizado de recursos fisioterapêuticos diferenciados e educação interprofissional, onde alunos de diferentes profissões aprendem com, a partir e sobre o outro para melhorar a colaboração e a qualidade do cuidado. Resultado: Com a excelente participação dos idosos no desenvolvimento da dança, observamos não apenas a melhora no cinético-funcional, mas também da autoestima, prazer em realizar atividades em conjunto, proporciona um melhor convívio social e torna o idoso mais autônomo e autoconfiante. Além disso, a participação Interprofissional nos permite, de aprender juntos de forma interativa e cooperativa e analisando as melhores formas de cuidar do paciente como um todo. Com o propósito de avançar na perspectiva da colaboração, como benefício para a melhoria na qualidade da atenção à saúde do grupo de idosos. Considerações finais: Por fim, é gratificante percebermos o desempenho e motivação do grupo, bem como a melhora na autoconsciência, diminuição do isolamento, aumento da comunicação e sentimentos de bem-estar. Ademais, percebemos que o trabalho interprofissional e em conjunto proporciona para todos, idosos e acadêmicos, um relacionamento que ultrapassa os limites da área da saúde. |
6016 | RELATO DE EXPERIÊNCIA DE MONITORIA EM MORFOLOGIA FUNCIONAL Ursula Tatiane de Farias Hounsell Almeida, Juliana Pinheiro Pereira, Thiago Celeira de Sousa, Karen Margareth Vieira da Silva Franco RELATO DE EXPERIÊNCIA DE MONITORIA EM MORFOLOGIA FUNCIONALAutores: Ursula Tatiane de Farias Hounsell Almeida, Juliana Pinheiro Pereira, Thiago Celeira de Sousa, Karen Margareth Vieira da Silva Franco
Apresentação: A monitoria tem sido determinada como modelo formador para a educação médica por integrar atividades didáticas, teóricas e práticas junto aos discentes para complementaridade no processo de aprendizado durante a formação médica. O monitor como facilitador do conhecimento, uma vez que já cursou o módulo, auxilia o professor no processo ensino-aprendizagem, assim como os discentes, por apresentar uma visão peculiar sobre as dificuldades relacionadas ao conteúdo, além de rever os temas favorecendo a sua aprendizagem ao mesmo tempo em que colabora com as atividades diárias. O programa institucional de monitoria visa incentivar a formação acadêmica extracurricular, assim como à formação de profissionais competentes para que possam assumir futuramente a responsabilidade com a educação e o ensino. Objetivo: Descrever a experiência de monitoria no laboratório de morfologia funcional. Relato de experiência: O morfofuncional compõe o eixo atenção e educação em saúde, que aborda organismo humano e seu funcionamento, envolvendo conceitos de anatomia, fisiologia, histologia e radiologia e diagnóstico por imagem, além de correlacionar os conteúdos com as situações-problema discutidas durante os módulos. As atividades foram desenvolvidas por meio de diferentes formas de metodologias ativas, no qual eram disponibilizados roteiros semanais, conforme a programação elaborada pelos professores. Os roteiros eram entregues no dia para os monitores, no entanto, estes já tinham conhecimento prévio sobre os temas abordados no decorrer das semanas e deveriam sanar as dúvidas que surgissem junto as turmas. O desenvolvimento das atividades se deu durante o período de março a junho de 2018, sendo realizadas com as subturmas do 5º semestre de medicina do UNIFAMAZ. Neste período do curso são explorados os módulos de urologia/nefrologia, hematologia e psiquiatria. Durante os horários de aula, verificou-se uma baixa procura por parte dos acadêmicos junto aos monitores. Dessa forma, estes optaram em passar pelas bancadas dos alunos para realizar perguntas sobre o roteiro do dia e assim auxiliar as possíveis dúvidas, bem como orientar sobre as literaturas disponíveis e sugerir métodos de estudo. Nos momentos de interação com os alunos, percebeu-se que alguns possuíam certo receio da explicação dos monitores, necessitando também dos professores. Porém, a maioria dos alunos sentiam-se à vontade e com maior liberdade para fazer perguntas sobre os conteúdos. Para estimular ainda mais a integração monitor-aluno, foram desenvolvidas atividades de revisão antes do período de provas. A produção dos materiais, questões e devolutivas foi realizada entre os monitores e os professores, com o intuito de inserir as experiências vividas previamente, bem como elucidar a importância do uso de métodos ativos durante a formação acadêmica para o desenvolvimento de competências úteis para a prática médica. Resultado: Obteve-se boa aceitação por grande parte dos alunos nas interações, porém alguns se sentiam inseguros com as explicações feitas pelos monitores. A vivência da monitoria permitiu o desenvolvimento de habilidades didáticas e fortalecimento de vínculos sociais entre os alunos. Considerações finais: O desenvolvimento da metodologia proposta levou os estudantes a refletirem mais sobre os objetivos apresentados durante as interações em sala de aula, permitindo uma rica experiência de aprendizagem para os monitores. |
6048 | EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE A IMPORTÂNCIA DO RASTREIO DE SÍNDROMES GERIÁTRICAS EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS Bárbara Cybelle Monteiro Lopes, Cintia Cristina Carvalho Costa, Elisa Mami Suzuki, Kassiane Couto Costa, Elizabeth França Freitas, Daiane Sousa Fernandes EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE A IMPORTÂNCIA DO RASTREIO DE SÍNDROMES GERIÁTRICAS EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOSAutores: Bárbara Cybelle Monteiro Lopes, Cintia Cristina Carvalho Costa, Elisa Mami Suzuki, Kassiane Couto Costa, Elizabeth França Freitas, Daiane Sousa Fernandes
Apresentação: As Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) são locais para residência coletiva, que podem ser instituições governamentais ou não, destinadas a indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, nas quais se encontram idosos com vínculos familiares fragilizados, em situações de negligência familiar, sofrendo abusos, maus tratos e outras formas de violência, na maioria das vezes com a capacidade de autonomia e independência prejudicados. Diante de todo o contexto de cada indivíduo residente destas ILPIs é evidente os impactos que estes idosos acabam por sofrer, o que leva diretamente a fatores de risco e declínio de várias funções afetando o psicológico, funções fisiológicas e aparecimento de patologias. O Sistema único de assistência social- SUAS-, que se caracteriza como política pública e direito social destaca-se por abranger as necessidades do idoso institucionalizado, constituído pelo conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios no âmbito da assistência social, é imprescindível a atuação de profissionais que promovam e medeiem esse processo nas instituições. A saúde do idoso é determinada pelo funcionamento harmonioso de quatro domínios funcionais: cognição, humor, mobilidade e comunicação1. A perda dessas funções resulta nas síndromes geriátricas, que são condições de saúde que afetam a capacidade da pessoa idosa de gerir a própria vida, interferindo na sua funcionalidade para realizar tarefas cotidianas. São elas: Imobilidade, Instabilidade Postural, Insuficiência familiar, Incapacidade cognitiva e Incontinência, sendo o instrumento de rastreio primordial para a identificação destes achados e o alcance de um diagnóstico preciso2. Para o aprendizado e entendimento das necessidades inerentes ao idoso, é indispensável o olhar clínico, análise do quadro de cada indivíduo, para identificar com precisão os achados baseados no tratado de gerontologia, dessa forma podemos refletir os problemas de saúde enfrentados pelo idoso, e prestar os cuidados de enfermagem direcionado a esta população, através do uso de escalas, índices e testes. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem, durante as práticas da atividade curricular Atenção Integral a Saúde do Adulto e do Idoso no rastreio as síndromes geriátricas, por meio de atividade lúdicas que promovem a interação com os idosos. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência. O estudo foi realizado em uma Instituição de Longa Permanência em Marituba (PA), no mês de abril de 2019. Seccionado em três momentos de suma relevância em termos carreadores de aprendizagem e conhecimento, onde os estudantes estiveram incluídos no amplo cenário que tange as síndromes geriátricas, suas causas e consequências na autonomia e independência da pessoa idosa institucionalizada. Nesse contexto, primeiramente os alunos foram conduzidos a Instituição de Longa Permanência e ao chegar no local ocorreu a recepção do grupo por parte de alguns idosos ali presentes com um lanche saudável constituído por frutas, bolo, café e leite, além de um preparo especial e singular dos alimentos para os indivíduos com deficiências físicas e empecilhos que dificultariam esse momento, ou até torná-lo improvável. Em seguida, o grupo se reuniu em prol da discussão acerca das principais síndromes geriátricas existentes e questões referentes ao caso clínico enviado previamente como um estudo solicitado, abrangendo os principais instrumentos de rastreio de cada síndrome e característica diretas que permeiam o idoso institucionalizado. Dessa forma, com a discussão efetiva tornou-se possível compreender a forma de análise, rastreio e condições favoráveis ao evidencia-las. Outrora, necessitou-se da divisão do grupo em dois para realizar ação educativa referente aos estímulos cognitivos, foco e atenção. A priori denominou-se por “Quem sou Eu?”, nesse os indivíduos houve que acertar por meio de mímicas, e as respostas foram colocados na parte frontal da face com papel e fita adesiva, os idosos mediavam e obtinham uma resposta; o segundo subgrupo precisou adaptar o jogo salientando a forma que concerne o uso de objetos para o “Quem sou Eu?”, objetos esses de reconhecimento tátil e olfativo, pois com os demais idosos foram inspecionadas deficiências físicas que caso os acadêmicos utilizassem a primeira forma a dinâmica provavelmente não seria consolidada nos objetivos traçados. Por conseguinte emerge o momento no qual cada acadêmico esteve com um indivíduo idoso para então efetivar o rastreio das síndromes, nesse momento o diálogo e cuidado holístico foram imprescindíveis para o estabelecimento de vínculo e o uso de escalas e testes como instrumentos de possíveis diagnósticos de riscos para síndromes geriátricas e o presença das mesmas, logo após fez-se a exposição sobre os achados e escores evidenciados com os instrumentos de rastreio. Resultado: Destarte, ao operacionalizar o rastreio das síndromes geriátricas o desafio primário baseou-se na forma de como deixar os idosos confortáveis para então ceder no delinear de ações. Posteriormente, o cuidado singular para com os idosos acamados, deficientes físicos e os mais agitados e inquietos tornou-se de suma relevância na obtenção efetiva e compreensiva dos escores por meio dos instrumentos de rastreio constituintes da avalição geriátrica ampla. Dentre as síndromes evidenciadas pelos acadêmicos, destaca-se a Incapacidade Cognitiva, haja vista o estado de institucionalização e formas de incentivo das áreas cerebrais ainda não serem investidas amplamente, como também a Incapacidade Postural, além do processo de senescência contribuir para a instalação dessa síndrome as mínimas formas de estímulos em melhora do quadro também a ratificam como empecilho na saúde do idoso. Outrossim, a experiência na ILPI além dos conhecimentos adquiridos e reforçados, aprendizagem por intermédio do trabalho em grupo, consolidação individual ao efetuarem o rastreio, o que acrescentou no crescimento acadêmico e um futuro profissional, também vale salientar observações à precariedade e insuficiência de incentivos, formas de atividades que intensifiquem o foco, à cognição e à atenção dos indivíduos idosos para um envelhecimento ativo e valorizado, o que atingiu o grupo de acadêmicos de maneira ímpar ao que condiz intensa necessidade de intervenção nesse cenário de institucionalização. Considerações finais: Diante da experiência vivenciada na instituição de longa permanência para idosos, concluímos que é de suma importância o rastreio de síndromes geriátricas pois são instrumentos capazes de identificar principais riscos e problemas de saúde, elaborar estratégias de promoção de saúde e desenvolver atividades de tratamento e reabilitação, sendo esta a melhor estratégia para manter ou recuperar a qualidade de vida de idosos. As atividades educativas aplicadas e entretenimento com exercícios foram essenciais para analisar a cognição, humor, mobilidade e comunicação através de testes e escalas. Neste sentido, é fundamental que os profissionais da saúde tenham conhecimento sobre o processo de envelhecimento para que seja identificado corretamente quando houver sinais e sintomas característicos do surgimento de síndromes geriátricas proporcionando tratamentos adequados. Dessa forma, esta experiência contribuiu significativamente, tanto para a qualidade de vida dos idosos institucionalizados, como também para o nosso aprendizado. Deve-se, portanto realizar a avaliação geriátrica e ficar atentos à identificação e tratamento das síndromes, principais responsáveis pela perda da autonomia e independência. Referências: 1. Moraes E N. Princípios Básicos de Geriatria e Gerontologia. Belo Horizonte: Coopmed, 2008. 2. Freitas, EV. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 3 Ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan: 2014. |
6008 | PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DAS PROBLEMÁTICAS DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA SEGUNDO O PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Juliana Pinheiro Pereira, Emily Souza de Araújo, Gabriel Fazzi Costa, Leda Elane Galhardo da Cunha, Líbia Daniella Castro Carnaúba, Marcelina Ribeiro da Silva, Marta Gorete Sodré Miranda, José Efrain de Medeiros Alcolumbre PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DAS PROBLEMÁTICAS DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA SEGUNDO O PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.Autores: Juliana Pinheiro Pereira, Emily Souza de Araújo, Gabriel Fazzi Costa, Leda Elane Galhardo da Cunha, Líbia Daniella Castro Carnaúba, Marcelina Ribeiro da Silva, Marta Gorete Sodré Miranda, José Efrain de Medeiros Alcolumbre
Apresentação: A atenção primária em saúde é a porta de entrada dos sistemas de saúde, constituindo-se como facilitadora da comunicação entre a população e os serviços prestados, garantindo o acesso universal e integral, conforme preconizado no Sistema único de Saúde (SUS). Em 1994, houve a implantação do Programa de Saúde da Família, através da instituição de uma equipe multiprofissional responsável por uma população em determinado território e a utilização de práticas inovadoras voltadas para a família e comunidade. Posteriormente, o programa tornou-se Estratégia Saúde da Família, e alcançou considerável expansão nacional. Contudo, sua implantação apresenta muitos desafios. Em relação ao acolhimento, o excesso de demanda, a ausência de articulação em redes integradas, a ausência de capacitação e de espaços democráticos para reorganizar o processo de trabalho têm colocado em questão sua aplicabilidade. Pode-se citar como outro problema da atenção primária a sua burocratização, devido horários restritos, profissionais administrativos com pouca competência comunicativa e pouca agilidade administrativa perante as atuais tecnologias. Diante deste cenário, surge o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), que tem como pressuposto a educação pelo trabalho e, como premissa, a integração ensino-serviço, através da união da orientação teórica das instituições de ensino superior com as práticas de atenção nos serviços públicos de saúde, em sintonia com as reais necessidades dos usuários do SUS. A proposta é aproximar o estudante de processos de trabalho interprofissionais, não só os específicos de sua área de formação, no período de um a dois anos. O PET-Saúde do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ) está atualmente em sua segunda edição, a qual teve início em abril de 2019. O programa conta com 5 grupos, sendo cada um composto por 1 coordenador de grupo, 3 tutores, 4 preceptores e 12 estudantes. Os cursos participantes são medicina, biomedicina, enfermagem, fisioterapia, odontologia, psicologia, educação física e serviço social. Para o desenvolvimento do PET-Saúde interprofissionalidade, é necessário realizar um planejamento como instrumento interno de gestão, que facilite seu funcionamento e tomada de decisões. Dessa forma, optou-se por utilizar o Método Altadir de Planificação Popular (MAPP), provido de referencial teórico-metodológico, que embasaria cientificamente as ações do grupo. O MAPP consiste na formulação e operação de um plano de ação por diferentes atores, que analisam os problemas propondo soluções e avaliando seus resultados. O MAPP foi inicialmente descrito por seu proponente em 15 passos, porém neste trabalho foram resumidos em 9, para melhor praticidade e aplicabilidade, sendo eles: seleção de problemas; descrição do problema; explicação do problema; seleção de nós críticos; desenho das operações; resultados esperados; definição dos participantes; recursos necessários e responsáveis. O objetivo deste trabalho é descrever a experiência de planejamento estratégico das problemáticas da Unidade de Saúde da Família Cristo Redentor, segundo a aplicação do Método Altadir de Planificação Popular. Relato de Experiência: A atividade foi realizada na Unidade de Saúde da Família (USF) Cristo Redentor, que fica localizada no bairro da Cabanagem, pertencente ao município de Belém (PA). Os participantes foram compostos por agentes comunitários de saúde (ACS) e a comunidade cadastrada na USF Cristo Redentor, que estiverem presentes nos dias da atividade, além dos pesquisadores participantes do PET-Saúde. A atividade foi executada em três etapas: a primeira etapa consistiu em reunião com os ACS da unidade, no dia 22 de agosto de 2019, os quais foram divididos em três grupos, cada um com uma cartolina e um supervisor que era um dos pesquisadores. Cada grupo escreveu na cartolina os problemas que encontraram tanto na unidade (parte física e de serviços) quanto no território abrangido por ela (questão de saneamento, acessibilidade, doenças, entre outros). No final da atividade, todos os problemas foram expostos e os próprios ACS escolheram por votação quais os problemas que consideravam mais relevantes entre os citados. Na segunda etapa, foi realizada uma roda de conversa com a comunidade, no dia 29 de agosto de 2019, na qual foi explicado a finalidade do PET-Saúde interprofissionalidade e desta pesquisa. Após a apresentação, cada pessoa deu a sua opinião sobre os problemas que encontrou na unidade e no território. Por fim, na terceira etapa, os pesquisadores se reuniram para selecionar, entre os problemas expostos, pelo menos dois que possuam melhor governabilidade por parte do PET-saúde. Tais problemas foram organizados conforme o método Altadir de Planificação Popular, para melhor planejamento das ações que serão desenvolvidas a partir dele. Resultado: Na reunião com os ACS, os principais problemas elencados foram: falta de acessibilidade e de materiais de trabalho na unidade, demora para marcação de consultas especializadas, falta de profissionais do setor administrativo e aumento dos casos de hanseníase, tuberculose e infecções sexualmente transmissíveis na comunidade. Na reunião com a comunidade, os principais problemas elencados foram: falta de acessibilidade, demora para marcação de consultas especializadas, falta de sala de vacinação e falta de acompanhamento psicoterapêutico aos pacientes portadores de transtornos mentais. Na reunião dos pesquisadores, foram selecionados dois problemas de melhor governabilidade, sendo organizados conforme o método Altadir de Planificação Popular: o primeiro refere-se a alta prevalência de doenças infectocontagiosas na comunidade atendida pela USF Cristo Redentor, devido tanto a deficiência de informação sobre Saúde Sexual e Reprodutiva entre os adolescentes da USF Cristo Redentor, quanto a deficiência de informação sobre doenças infectocontagiosas por via respiratória. Diante disso, planejou-se realizar projetos de educação em saúde, para sensibilizar os adolescentes da unidade sobre saúde sexual e reprodutiva, assim como sensibilizar a comunidade atendida pela unidade sobre Tuberculose e Hanseníase. O segundo problema refere-se a falta de consultas especializadas, devido demora no agendamento de consultas e o retorno à unidade. Diante disso, planejou-se aumentar a disponibilidade de consultas especializadas para a comunidade, através do estabelecimento de parceria entre a unidade e o ambulatório do UNIFAMAZ, instituição de origem dos pesquisadores, segundo as seguintes etapas: 01. Reunião para o levantamento de informações sobre o ambulatório do UNIFAMAZ (verificar o número de vagas ofertadas e a dinâmica de funcionamento do local). 02. Reunião da Equipe do PET-Saúde na USF Cristo Redentor, para a construção do projeto (apresentar uma logística de atendimento com um certo número de vagas para as Unidades de Saúde do DABEN). 03. Reunião com a SESMA e com a Coordenação do grupo do PET. 04. Reunião da Equipe de PET na USF Cristo Redentor. 05. Reunião SESMAUNIFAMAZPET. 06.Apresentação: do Projeto do PET-Saúde para o Coordenador do Curso de Medicina do UNIFAMAZ. Considerações finais: A partir da experiência vivenciada, observou-se que houve um bom engajamento tanto dos ACS, quanto da comunidade, em relatar os problemas e melhorias desejadas na USF Cristo Redentor. Em contrapartida, percebe-se o quanto as unidades de atenção primária apresentam irregularidades, seja na área estrutural, seja na área de serviço e territorial. O PET-Saúde mostrou-se importante para estimular o raciocínio crítico e o trabalho multiprofissional diante da realidade do SUS na atenção básica, assim como para auxiliar as necessidades dos serviços e da população da USF Cristo Redentor. É necessário estimular mais ações de planejamento estratégico, levando em consideração a visão da comunidade e dos profissionais das unidades de atenção primária. |
6002 | FÓRUM DE INTEGRAÇÃO ENSINO E SERVIÇO: ESPAÇO DE ESCUTA, REFLEXÃO E TRANSFORMAÇÃO. Daila Alena Raenck da Silva, Luiz Fernando Calage Alvarenga, Lisiani Nunes Flores FÓRUM DE INTEGRAÇÃO ENSINO E SERVIÇO: ESPAÇO DE ESCUTA, REFLEXÃO E TRANSFORMAÇÃO.Autores: Daila Alena Raenck da Silva, Luiz Fernando Calage Alvarenga, Lisiani Nunes Flores
Apresentação: No ano de 2017, a partir da sensibilização dos profissionais da rede de saúde do município de Porto Alegre, durante a realização de uma especialização em Preceptoria em Saúde, atrelado a experiência desenvolvida no PET –Saúde Gradua SUS, surge o impulso para a construção de um espaço que permitisse o debate entre os preceptores de um distrito de saúde. Este lugar buscava a qualificação do ato de ensinar nos campos de prática e da valorização dos profissionais que exercem este papel. No entanto, o que se observou foi surpreendente para os organizadores, o fórum que deveria ser exclusivo aos profissionais que exerciam a preceptoria foi ocupado por alunos de graduação e de residência, docentes e tutores. Dessa forma, ele ganhava um novo formato, outra composição e objetivos diferentes. Atualmente, propor-se a discutir as questões relacionadas à integração ensino e serviço em sua totalidade com temas produzidos a partir da emergência colocada pelo coletivo. Sendo assim, busca-se levantar, refletir e encaminhar questões relacionadas à formação profissional para o SUS, a qualificação da preceptoria e tutoria, a educação permanente nos serviços de saúde, a pesquisa em saúde. Desenvolvimento: O PET- saúde Gradua SUS trouxe muitos elementos que subsidiaram ações institucionalizadas para pensar a formação em saúde para o SUS, entre elas a que mais impactou na Gerência Distrital Centro do município de Porto Alegre foi a questão da necessidade de diálogo entre a instituição de ensino superior (IES) e os cenários de prática. Tratando-se nessa experiência da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) que tem como distrito docente assistencial (DDA) a gerência citada anteriormente. A formação dos profissionais de saúde na especialização do Hospital Sírio Libanês em Preceptoria em Saúde definiram a necessidade de um espaço para tratar as questões relacionadas ao ensino e serviço. O formato inicial preconizava os preceptores, pois estes entendiam que a sua tarefa não estava sendo valorizada, nem executada da melhor maneira para uma formação consistente para os alunos. Entretanto, os alunos com diferente dificuldades nos seus cenários de prática, essas tanto vinculadas aos serviços como o acompanhamento por parte da IES perceberam uma oportunidade de apresentar as situações colocadas no cotidiano que criaram entraves para o seu desenvolvimento acadêmico. O primeiro encontro ocorreu em novembro de 2017, e apresentou-se como o um momento de levantamento de problemas oriundos das diferentes perspectivas dos autores envolvidos. Este encontro subsidiou as temáticas para o ano de 2018. Este espaço está mantido e ocorre desde a sua inauguração mensalmente, com duas horas de duração. Para tornar os encontros mais dinâmicos e com potencial para fazer emergir discussões com a participação de todas os envolvidos utiliza-se as abordagens da metodologia ativa. Lançando elementos disparadores nas rodas de conversa que esteja ligado ao cotidiano do atores, como cenas, casos e texto que retratem o tema destacado para a discussão. Em alguns momentos são trazidos convidado com expertise nas temáticas desejadas para disparar a roda de debate. O Fórum é organizado e conduzido pela coordenação de ensino da gerência distrital, uma enfermeira, servidora da secretaria municipal de saúde de do município e um professor, da fisioterapia, da UFRGS. Ambos participantes do PET- Saúde gradua SUS e com grande sensibilidade para temática da integração ensino e serviço. Resultado: Para definir o impacto do encontros do fórum torna-se importante descrever as problemáticas construídas após os encontros e o quanto esses apontamentos estão presentes em diferente cenários de prática pelo país e instituições de ensino superior vinculadas aos territórios. E o mais importante que reconhecer os entraves e a possibilidade de propor encaminhamentos por vezes simples e factíveis para resolução de uma questão que pode impactar, por vez em situações traumáticas em aluno que pode carregar uma visão distorcida do SUS por um acolhimento precário no seu campo de prática. Dessa forma seguem os elementos colocados como primordiais no fórum de integração ensino e serviço para a melhoria da integração ensino e serviço: Distanciamento da instituição de ensino dos campos de prática; Limitações da preceptoria e tutoria; Desconhecimento dos alunos sobre o SUS; Dificuldade de acolhimento das equipes. Diante das problematizações apresentadas o fórum busca debater as dificuldade e pensar coletivamente em estratégia que possam minimizar esses achados ou até modificar os cenários. No ano de 2018 foi eleita a temática do reconhecimento e desenvolvimento de competências essas tanto para os alunos e preceptores, uma temática potente que possibilitou conversar em relação a necessidade da academia estar mais atenta na formação incluindo este olhar e entre elas a comunicação como a condutora principal dos processos seja para a formação ou para o desenvolvimento do trabalho. o No ano de 2019 o grupo elegeu a importância de debater a pesquisa nos serviços de saúde. Essa na perspectiva academia, mas também profissional, a reflexão foi desde a importância para o aluno compreender este universo como o serviço conhecer o seu trabalho a partir do compilamento de dados sejam esses objetivos ou subjetivos. Considerações finais: Percebemos a construção de um espaço potente para o acolhimento das demandas e dos atores que colocam em prática a integração entre os serviços do SUS e a universidade. Entretanto, identificamos uma fragilidade que é a de eminente resolução, a necessidade da participação do controle social. Temos uma lacuna, no que tange a participação dos usuários e estamos e em busca de corrigir essa situação, visto que a adesão dos usuários a este espaço configura uma ampliação do seu potencial e a construção de um caráter de resistência. Dispomos de um espaço que completa em novembro de 2019 dois não de existência, configurando-se como uma ferramenta institucional de diálogo da integração ensino e serviço, como um produto de um projeto importante na indução da formação para o SUS e para a qualificação do trabalho nos serviços de saúde públicos e um principalmente um espaço para se debater as reais necessidades dos atores envolvidos e a reivindicação por encaminhamentos que sejam capazes de trazer a solução ou amenizar as questões colocadas. Em suma, retratando o Fórum de Integração Ensino e Serviço temos um dispositivo de debate, reflexão, encontro, construção, desconstrução e reconstrução. |
5990 | VIVENCIAS DO USO DAS METODOLOGIAS ATIVAS NA CONSTRUÇÃO DO PERFIL DE PRECEPTORIA NO SUS ADRIANE DAS SILVA, CYNTHIA DAS NEVES SILVA, SOLANGE DAS NEVES SILVA VIVENCIAS DO USO DAS METODOLOGIAS ATIVAS NA CONSTRUÇÃO DO PERFIL DE PRECEPTORIA NO SUSAutores: ADRIANE DAS SILVA, CYNTHIA DAS NEVES SILVA, SOLANGE DAS NEVES SILVA
Apresentação: O tema abordado é o uso das metodologias ativas de ensino no exercício da preceptoria no SUS, com a proposta de reflexão do processo de trabalho, reestruturação do processo de ensino-aprendizagem e de vida. Objetivo: relatar as experiências vivenciadas da preceptoria, apresentando a contribuição das metodologias ativas de ensino-aprendizagem. Desenvolvimento da experiência: as atividades propostas no curso mostraram a importância de desenvolvermos estratégias que problematizem a realidade vivenciada no nosso cotidiano, para a construção de soluções possíveis e construtivas. O uso das metodologias ativas na formação de preceptores para o SUS, possibilitou a (des) construção de conceitos que estavam enraizados desde nosso processo de formação inicial, a partir da troca de saberes e vivencias no exercício da preceptoria. Resultado: As metodologias ativas surgem no cotidiano de desenvolvimento das ações de preceptoria como proposta de mudanças na sua maneira de ensinar e aprender, para transformação de nossa prática profissional, pois auxilia na educação dos preceptores, para o planejamento, análise, implementação e avaliação na perspectiva do aluno. Cabe ressaltar, que as mudanças na prática educativa proporcionaram a transformação do aluno da consciência ingênua, para a aprendizagem ativa, possibilitando autonomia aos estudantes, a partir da reflexão e intervenção no cenário de prática. Considerações finais: ao introduzir as metodologias ativas de ensino-aprendizagem na prática da preceptoria, proporcionando a problematização do cotidiano das unidades de saúde do SUS, vivenciamos a reflexão, o diálogo, o desenvolvimento de competências que nos permitem o planejamento educacional em cenários de aprendizagens significativas e intervenção nos problemas que estão presentes no ambiente de aprendizagem, além de contribuir nos processos de gestão. |
5675 | ESCUTA E ESCRITA PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE Liliane Oraggio Cocchiaro ESCUTA E ESCRITA PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDEAutores: Liliane Oraggio Cocchiaro
Apresentação: A coleta de dados para esta pesquisa foi feita durante as Oficinas de Corpo, Escuta e Escrita – Experimentos Textuais Formativos, ministradas pela pesquisadora e uma turma de vinte alunos dos cursos da pós-graduação de diversas áreas da saúde, matriculados na UNIFESP, Campus Baixada Santista, e envolvidos com projetos de escrita. Durante o segundo semestre de 2019, nesses encontros foi possível praticar a escuta e a escrita como atividades corporais, foi possível detectar e minimizar bloqueios de expressão e compartilhar questões sobre a expressão oral e escrita diante das equipes formadas por profissionais nos serviços de saúde ou diante das pessoas que buscam práticas de cuidado. Objetivo: Aprimorar a expressão oral e escrita de forma que a clareza se mantenha em todos os níveis de comunicação na área da Saúde. Neste Congresso Internacional seria pertinente apresentar esse processo de pesquisa, explicitar como foi feito o trabalho nas Oficinas e mostrar os efeitos destas práticas nos profissionais de saúde envolvidos na coleta de dados. |
6077 | A PERCEPÇÃO E VIVÊNCIA DO ACADÊMICO DE ENFERMAGEM NA PARTICIPAÇÃO DE UMA ATIVIDADE FILANTRÓPICA RELACIONADA A UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA CRISTINA RIBEIRO MACEDO, CLAUDIA SOUZA DOURADO, AMÉLIA TOLEDO DA SILVA, MARIANA RIBEIRO MACEDO, RAQUEL VICENTINI OLIVIERA, MARIANA GUERRA PAGIO, POLIANA WARMOCK SOARES, LAYLLA RIBEIRO MACEDO A PERCEPÇÃO E VIVÊNCIA DO ACADÊMICO DE ENFERMAGEM NA PARTICIPAÇÃO DE UMA ATIVIDADE FILANTRÓPICA RELACIONADA A UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIAAutores: CRISTINA RIBEIRO MACEDO, CLAUDIA SOUZA DOURADO, AMÉLIA TOLEDO DA SILVA, MARIANA RIBEIRO MACEDO, RAQUEL VICENTINI OLIVIERA, MARIANA GUERRA PAGIO, POLIANA WARMOCK SOARES, LAYLLA RIBEIRO MACEDO
Apresentação: O espaço acadêmico detém uma grande responsabilidade no sentido de apresentar e preparar o aluno para as mudanças dos paradigmas sociais que veem ocorrendo na humanidade, faz-se necessária a formação de profissionais com o olhar ampliado acerca do cuidado das comunidades, seja no âmbito social, biológico ou ambiental. Ações de responsabilidade social integradas a métodos pedagógicos ocorridos no espaço acadêmico, favorecem a construção do conhecimento baseado em experiências individuais ou coletivas. Objetivo: Descrever a percepção e vivência dos acadêmicos de enfermagem na participação de uma atividade filantrópica relacionada a um projeto de extensão em uma maternidade escola. Método: Relato de experiência a partir da percepção dos acadêmicos de enfermagem da EMESCAM com a realização de um bazar na maternidade escola. Resultado: A compreensão por parte dos acadêmicos quanto a ação desenvolvida foi identificada no contexto do projeto da academia como uma ação holística no processo ensino-aprendizagem. Na percepção dos acadêmicos, toda a construção e desenvolvimento do projeto, contribui para empreender reflexões acerca do consumo responsável, unindo esforços no alcance de um objetivo único. O compartilhamento sustentável propiciou a aproximação com os profissionais da maternidade escola, as pessoas que realizavam aquisições no bazar, compartilhavam com os seus pares estimulando o uso do espaço. Considerações finais: O processo ensino-aprendizagem suplanta os muros da academia, a aquisição de competências que irão determinar a formação profissional, poderá ocorrer de forma não convencional em ações não necessariamente de cunho científico, o tom acadêmico ocorre a partir da valorização e discussão que surge a partir do ato. Oportunizar aos discentes a vivência de uma atividade que representa a sustentabilidade, integrando ensino e serviço, proporciona despertamento da consciência acerca da responsabilidade social. |
6821 | FORMAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA NO BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA: POSSÍVEIS INFLUÊNCIAS PARA ATUAÇÃO NO SUS CONSIDERANDO AS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS (DCN) DE 2018 Giannina Espírito-Santo, Renata Veloso Vasconcelos de Andrade, Júlia Aparecida Devidé Nogueira, Dais Gonçalves Rocha FORMAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA NO BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA: POSSÍVEIS INFLUÊNCIAS PARA ATUAÇÃO NO SUS CONSIDERANDO AS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS (DCN) DE 2018Autores: Giannina Espírito-Santo, Renata Veloso Vasconcelos de Andrade, Júlia Aparecida Devidé Nogueira, Dais Gonçalves Rocha
Apresentação: A Saúde Coletiva na formação em Educação Física (EF) tem recebido atenção nos últimos tempos, principalmente após a publicação da Política Nacional de Promoção da Saúde, em 2006. Torna-se relevante debater sobre a formação em saúde coletiva, com ênfase na Promoção da Saúde e Equidade, nos cursos de graduação de Educação Física-Eixo Saúde e possíveis influências na atuação no SUS. Como referencial teórico-metodológico de análise, nos aproximaremos de Nogueira e Bosi (2017, p. 1913) a partir dos tensionamentos das diferentes abordagens na EF. Desenvolveram essas ideias através do que elas chamaram de “campo científico” e “núcleos de saberes”, sendo a Saúde Coletiva um campo “institucionalizado, legitimado e cientificamente consolidado com três núcleos fundamentais: Epidemiologia; Ciências Sociais e Humanas; e Políticas, Planejamento e Gestão”, demonstrando as vinculações realizadas pela EF a esses núcleos. Apontam que a EF tem vinculação com o primeiro núcleo através da naturalização do risco e do sedentarismo. Quando a EF se apropria da cultura corporal, cresce o núcleo das Ciências Sociais e Humanas (CSH), pois estas olham o objeto de maneira multidimensional. O terceiro núcleo surge mais recentemente a partir da inserção, como prioridade, da atividade física nas políticas públicas e nos programas destinados à sua adesão. Trata de estudo de natureza qualitativa, do tipo análise documental, realizado em 2019, a partir de um levantamento realizado no portal e-MEC. Foi possível localizar a existência de 90 cursos de Bacharelado em Educação Física (BACEF). Para realização da análise dos cursos, considerando a formação em Saúde Coletiva e Saúde Pública, foram utilizados os seguintes critérios em relação as disciplinas oferecidas (disponíveis nas matrizes e/ou projeto pedagógico de curso (PPC): as que tiverem a palavra saúde no nome;as relacionadas às práticas corporais integrativas, alternativas ou holísticas;todas que tiverem “epidemiologia” no nome; que contenham na ementa questões relativas à saúde coletiva; e os estágios que tiverem ementa relacionada às práticas de saúde. É importante ressaltar que várias instituições não disponibilizaram em seus portais os PPC e as matrizes. A Região Norte possui três cursos, dois no Amazonas e um no Pará. Nas ementas, localizadas em apenas uma Instituição de Ensino Superior (IES), a abordagem ficou centrada nos núcleos da Epidemiologia e das Políticas, Planejamento e Gestão. Na Região Nordeste foram localizados mais cursos de bacharelado em Educação Física – 11 no total. É interessante destacar que na Bahia, embora tenha 41 cursos de licenciatura em Educação Física, não foi possível localizar no portal e-MEC nenhum de bacharelado. Os cursos são voltados para o núcleo da Epidemiologia (comportamento de risco/sedentarismo), com algumas exceções de disciplinas isoladas que, de maneira geral, constam como eletivas ou optativas. Pode-se citar em destaque a Universidade Estadual da Paraíba e a Universidade Federal de Pernambuco, pois ambas apresentam em suas matrizes mais disciplinas voltadas para a Saúde Coletiva nos núcleos Ciências Sociais e Humanas e Políticas, Planejamento e Gestão. A maior concentração de cursos de BACEF – 32 no total – está na Região Sudeste. Foi possível evidenciar que constam disciplinas relacionadas às Políticas de Saúde no Brasil e ao Sistema Único de Saúde (SUS), entretanto, em sua maioria, elas estão relacionadas ao comportamento de risco/sedentarismo. Duas questões devem ser destacadas: no Rio de Janeiro as universidades não apresentam estágios supervisionados curriculares voltados para atuação no SUS e apenas a Universidade Federal do Rio de Janeiro trabalha em uma disciplina a perspectiva ampliada da saúde (no núcleo Ciências Sociais e Humanas e de acordo com Ferreira, Castiel e Cardoso, 2011, dentro do olhar da Nova Promoção da Saúde), mas não está relacionada à Saúde Pública; e a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) foi a única a ter um projeto pedagógico realmente voltado para a Saúde Coletiva, tendo inúmeras disciplinas obrigatórias com abordagens das Ciências Sociais e Humanas e das Políticas de Saúde no Brasil, estando bem articuladas com práticas no território de maneira interdisciplinar e intersetorial. A Região Centro-Oeste possui três IES com BACEF (com Projeto Pedagógico de Curso e/ou matrizes de disciplinas). Dentre elas, é interessante destacar a Universidade Federal de Goiás, que tem 10 disciplinas voltadas para a saúde – dessas, seis têm abordagem em Saúde Coletiva e Promoção da Saúde, embora às vezes haja uma perspectiva prescritiva e relacionada ao comportamento de risco/sedentarismo. Na Região Sul algumas IES não disponibilizaram as informações sobre PPC e Matriz, dificultando a análise. Das 17 IES ativas, 10 tinham algum tipo de informação. Duas tinham apenas as grades curriculares. Foi possível evidenciar, que a maioria está centrada no núcleo Epidemiologia, com algumas poucas abordagens no núcleo Políticas, Planejamento e Gestão. Para finalizar, foi possível evidenciar que os núcleos Epidemiologia e Políticas, Planejamento e Gestão predominaram em relação às interfaces das disciplinas dos cursos pesquisados. É interessante ressaltar que Andrade (2018), partindo dos núcleos propostos por Nogueira e Bosi (2017) nas produções sobre práticas corporais e atividade física (PCAF) e SUS, verificou que o núcleo Políticas, Planejamento e Gestão se aproxima do núcleo Epidemiologia, no que denomina modo enunciativo “PCAF, gerencialismo eficaz e discurso prescritivo na operacionalidade da prevenção”, articulado ao modelo biomédico-epidemiológico, que lhe é inerente. Esse cenário demonstra pouca afinidade com a perspectiva da Nova Promoção da Saúde, como atribuída por Ferreira, Castiel e Cardoso (2011) e na Política Nacional de Promoção de Saúde (PNPS) revista. De acordo com os dados encontrados pode-se inferir que as DCN de 2004 pouco favoreciam para o desenvolvimento de abordagens em Saúde Coletiva e Saúde Pública nos cursos de BACEF. Por outro lado, as novas DCN não parecem que irão contribuir para a modificação desse cenário. Este fato pode ser corroborado pela análise realizada por Freitas, Oliveira e Coelho (2019), onde apresentaram as disrupturas na formação em EF a partir das novas DCN. Os autores apontaram que a formação (dimensões educativas) está caminhando de acordo com o mercado. Ressaltaram que o acadêmico precisa adquirir competências para “se tornar gestor de si mesmo e empreendedor”, o que vai na contramão da fundamentação em Saúde Coletiva e das diretrizes da PNPS. |
8387 | O PAPEL TRANSFORMADOR DE FUTUROS ENFERMEIROS A RESPEITO DA HANSENÍASE. Michelle Muniz da Cruz, Maria Regina Bernardo da Silva, Halene Cristina Dias Armada e Silva, Fábia Maria Sales Barbosa, Jaqueline Izabel da Silva, Isabele Correia Afonso Alves O PAPEL TRANSFORMADOR DE FUTUROS ENFERMEIROS A RESPEITO DA HANSENÍASE.Autores: Michelle Muniz da Cruz, Maria Regina Bernardo da Silva, Halene Cristina Dias Armada e Silva, Fábia Maria Sales Barbosa, Jaqueline Izabel da Silva, Isabele Correia Afonso Alves
Apresentação: Em virtude da falta de conhecimento da hanseníase, a atuação do enfermeiro e aplicação da abordagem no ambiente escolar é de extrema relevância para que esse profissional identifique os conhecimentos precedentes e o dissemine através de estratégias de educação em saúde, com os quais será realizada a ação de educação com vista na prevenção, diagnóstico e tratamento precoce, a fim de amenizar os impactos causados que afetam na qualidade de vida das pessoas acometidas. Alguns fatores têm contribuído dificultando no controle da hanseníase, destacando-se o conhecimento, com base não só nos profissionais atuantes e como também no baixo nível de instrução em algumas escolas que oferecem cursos na área de saúde, onde a consciência sobre a hanseníase tem sido negligenciada mesmo nos países endêmicos, e para contribuir e enfrentar é necessário, melhor formação dos profissionais da área de saúde, seja na graduação e na prática profissional. A hanseníase, doença identificada como lepra desde os tempos provectos na bíblia, é considerada enfermidade crônica, infecciosa, transmissível, sendo acometida por reações de pele, e nervos periféricos e podendo ocasionar incapacidades físicas, onde podem ser diminuídas, sendo elas reconhecidas de maneira prévia o seu diagnóstico. Nessa perspectiva, pode-se afirmar que o enfermeiro está entre os profissionais de saúde que mais está em contato direto nos programas como na atenção básica (AB) e centros de atendimento aos pacientes portadores da hanseníase, colaborando mediante uma atuação dinâmica junto ao paciente e seus familiares, podendo influir decisivamente no controle da endemia. Objetivo: Identificar o conhecimento de graduandos sobre hanseníase de uma Universidade privada da zona oeste do Rio de Janeiro. Método: Estudo de campo tipo dissertativo com abordagem quantitativa onde utilizou-se uma entrevista estruturada. Resultado: Participaram 86 acadêmicos de enfermagem sendo a prevalência os do 5º período 43,02% (37), mas poucos 36,5% (31 souberam os tipos de tratamento; 72,10% (62) afirmam corretamente o modo de transmissão, vias aéreas; mas somente 44,18% acreditam que na primeira dose deixa de transmitir a doença; e 79,7% (68) relataram corretamente os sintomas da doença. Portanto, constatou-se que, apesar de 90,70% (78) dos graduandos terem ouvido falar da hanseníase, ainda existem lacunas de conhecimento em relação as formas de transmissão, diagnóstico precoce e tratamento da doença. Considerações finais: O baixo nível de conhecimento sobre a doença dificulta o controle da hanseníase sendo necessário conscientizar os graduandos a buscar informações fora do campus como também a universidade implementar na graduação meios que corroborem com a temática para que o profissional de enfermagem possa ser capaz de lidar e conhecer sobre a hanseníase. |