423: Cuidados com a saúde do trabalhador
Debatedor: Erick Rodrigues de Souza Alves
Data: 28/10/2020    Local: Sala 11 - Rodas de Conversa    Horário: 16:00 - 18:00
ID Título do Trabalho/Autores
8336 RELAÇÃO ENTRE TEMPO DE TRATAMENTO E SITUAÇÃO DE ENCERRAMENTO EM USUÁRIOS NOTIFICADOS COM TUBERCULOSE EM UM MUNICÍPIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Lucas Fernandes Gonçalves, Mary Ann Menezes Freire

RELAÇÃO ENTRE TEMPO DE TRATAMENTO E SITUAÇÃO DE ENCERRAMENTO EM USUÁRIOS NOTIFICADOS COM TUBERCULOSE EM UM MUNICÍPIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Autores: Lucas Fernandes Gonçalves, Mary Ann Menezes Freire

Apresentação: A tuberculose é uma doença que historicamente se perpetua nos territórios do Brasil, possuindo relação íntima com determinação social, seu potencial de transmissão e a manifestação de sinais e sintomas. Possui epidemiologia diversa entre os municípios e múltiplas formas de ser enfrentadas, ainda mais com a diversidade dos serviços de saúde e seus respectivos profissionais. O acompanhamento do usuário com tuberculose requer vinculação, adesão e, prioritamente, dose supervisada para que o encerramento seja por cura. As práticas de cuidado se reinventam pela potência profissional e pelas singularidades dos usuários, sendo essenciais de serem reconhecidas e valorizadas. Logo, refletir sobre o tempo de tratamento médio de um usuário diagnosticado com tuberculose é central para também ressignificar as atuações profissionais, convergindo para atingir o tempo esperado de cura. Desenvolvimento: É um recorte da dissertação de mestrado acadêmico do Programa de Pós Graduação em Enfermagem na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, do tipo descritivo, utilizando análise de dados secundários do Sistema de Informação de Doenças Notificáveis, dos anos de 2015 a 2017, em um município do Estado do Rio de Janeiro. Para se determinar a duração do tratamento, foram feitos cálculos com a diferença entre a data de início e de encerramento do tratamento, desconsiderando os casos na base de dados sem data registrada. O intervalo de dias foi dividido pelo número de casos no ano para calcular a média do tratamento, caracterizado também por seu tipo de entrada e/ou de encerramento. Resultado: A média do tratamento de todos os casos foi de 197,2, 192,2 e 162,7 dias, de 2015 a 2017, respectivamente. Sabendo que o esquema básico dura em média 180 dias, mostra duração acima do esperado. Ao estratificar o tipo de entrada dos casos, o caso novo dura mais que todos os tipos de entrada, 198,2, 202 e 160,6 dias no período estudado. Mostra como comprovado em outros estudos, que taxa de cura em casos novos é maior e a duração de tratamento mostra mais vinculação e duração. Ao olhar casos que entraram como reingresso pós abandono, notamos 161,4, 107 e 161 dias como duração de tratamento, muito inferior aos casos novos e a média de todos os casos. Mostra que há clara vulnerabilidade e necessidade de elaboração de estratégias especificas em caso de retorno pós abandono e nova tentativa de tratamento. E quando o abandono acontece novamente em um caso de reingresso pós abandono? Se dá, em média, 47 dias, 54 dias e 131 dias, de 2015 a 2017, após a nova tentativa de tratamento. Um desafio, onde propor o novo, reconhecendo e mitigando as vulnerabilidades, e produzir algo novo. Considerações finais: A produção do cuidado ocorre no dia a dia, nos serviços de saúde capilarizados pelos territórios e tem potência de adesão e vinculação. Reconhecer as vulnerabilidades para o abandono faz parte da atuação profissional e permite o novo, o singular.

8413 SAÚDE DO TRABALHADOR: CUIDANDO DE QUEM CUIDA
Gaby Maria Carvalho de Freitas Azevedo, Lara Maria Taumaturgo Dias Correia, Xiankarla de Brito Fernandes Pereira

SAÚDE DO TRABALHADOR: CUIDANDO DE QUEM CUIDA

Autores: Gaby Maria Carvalho de Freitas Azevedo, Lara Maria Taumaturgo Dias Correia, Xiankarla de Brito Fernandes Pereira

Apresentação: O termo Saúde do trabalhador refere-se a um campo que visa compreender as relações entre trabalho e o processo saúde/doença, dessa forma considerando os mesmos como processos dinâmicos estreitamente articulados com os modos de desenvolvimento produtivo da humanidade em determinado processo histórico. A estratégia de saúde do trabalhador tem como dever favorecer a prevenção de agravos e praticar promoção à saúde. Neste contexto, destaca-se a importância desta intervenção baseada nas principais dificuldades encontradas ao se trabalhar com profissionais da equipe que integram a UBS, como também aos próprios usuários do eixo de saúde mental desta unidade. Objetivo: Criação de um “grupo de saúde do trabalhador” onde serão trabalhados diversos temas com foco no trabalho em equipe, na mudança de estilo de vida e nas relações interpessoais. Realizar a avaliação cardiovascular e perfil de saúde/doença de cada profissional de saúde e esclarecer os direitos e deveres de cada profissional de saúde. Método: A primeira reunião teve como objetivo uma avaliação inicial desses indivíduos para se iniciar um plano de cuidados futuros. Foram iniciados prontuários individuais de cada membro da equipe para acompanhamento e monitorização. As abordagens dos temas trabalhados no grupo foram realizadas com dinâmicas interativas (discussões em roda, bambolê, jogos, balões de ar, vídeos ilustrativos, entre outros) em reuniões quinzenais no âmbito da unidade básica de saúde. O apoio de profissionais como educador físico para aulas de ergometria e alongamentos também fizeram parte das reuniões. Outro foco abordado no grupo é a capacitação e educação permanente da equipe, onde a todos se tornam multiplicadores de conhecimento e tem uma qualificação do cuidado da comunidade. Resultado: O grupo teve boa adesão pela equipe. O perfil de saúde realizado mostrou um grau de sobrepeso e obesidade em setenta e nove por cento da equipe. Houve melhora nos hábitos de vida dos participantes, muitos aderiram ao exercício físico regular. Os temas trabalhados trouxeram melhorias no fluxo de trabalho da equipe, inclusive nas reuniões de planejamento onde se tinha grande conflito, agora são realizadas de forma mais objetiva e concreta. As relações interpessoais vêm sendo trabalhada, apesar de ainda haver conflitos. Algo visto durante as reuniões foi a grande desmotivação de todos com seu trabalho. Grande parte é consequência de uma rede de saúde caótica associado a uma falta de estrutura o que leva a uma baixa resolutividade e pouca autonomia. Considerações finais: O trabalho realizado no grupo teve uma boa aderência, mas ainda não foi total. Uma parte dos funcionários se recusou a participar, quando o ideal seria a inclusão de todos para uma melhor resposta do trabalho em equipe. A valorização do profissional é algo que trouxe bastante motivação e que trouxe maiores resultados no trabalho diário da equipe. Desta forma, investir em saúde do trabalhador é de suma importância. A formação do grupo trouxe uma grande ferramenta para a melhoria do trabalho e do cuidado, não só da equipe, mas como da comunidade. Uma equipe bem cuidada vai trabalhar melhor sua comunidade.

8422 OS IMPACTOS DOS AGROTÓXICOS PARA A SAÚDE PÚBLICA NA PERSPECTIVA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA ATENÇÃO BÁSICA
LEANDRO DA SILVA PAUDARCO, Gabriella Pimentel Marques, Cinoélia Leal de Souza, Elaine Santos da Silva, Diana Êmily Mendes Guimarães, Adson da Conceição Virgens, Denise Lima Magalhães, Sandy Hellen Rodrigues de Souza

OS IMPACTOS DOS AGROTÓXICOS PARA A SAÚDE PÚBLICA NA PERSPECTIVA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA ATENÇÃO BÁSICA

Autores: LEANDRO DA SILVA PAUDARCO, Gabriella Pimentel Marques, Cinoélia Leal de Souza, Elaine Santos da Silva, Diana Êmily Mendes Guimarães, Adson da Conceição Virgens, Denise Lima Magalhães, Sandy Hellen Rodrigues de Souza

Apresentação: Cada vez mais os holofotes têm se voltado para a relação entre saúde e meio ambiente, principalmente a partir da década de 1970, após maior repercussão sobre a poluição, suas influências na qualidade de vida dos indivíduos e seus impactos na saúde pública. Nesta perspectiva temas relacionados às questões ambientais têm trazido preocupações crescentes por colaborar com aumento dos problemas de saúde, tornando os indivíduos alvos de agravos relacionados à contaminação do ar, água e solo, dentre eles os agrotóxicos, que são usados no meio ambiente de diversas formas prejudicando a saúde dos seres vivos. Para tanto, o debate sobre o fator dos agroquímicos na saúde coletiva se destaca pelo fato do agravante da contaminação ambiental que interfere no processo de saúde/doença da população e suas relações de agravantes sociais. Nesta visão os agrotóxicos são caracterizados como produtos químicos, usados em maior número na agricultura por produtores rurais com intuito de melhorar a produtividade. Entretanto, o uso indiscriminado pode causar impactos sobre o ambiente modificando a estrutura e fertilidade do solo, também prejudicando a saúde humana, através de intoxicações intestinais, problemas de cunho respiratório, entre outros. Segundo os dados disponibilizados pelo Sistema de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX), no ano de 2015 houve 3.337 casos notificados de intoxicação por agrotóxicos agrícolas e 1.987 de agrotóxicos domésticos, sendo na região nordeste 562 e 110 respectivamente, evidenciando a necessidade de se programar ações que favorecem o desenvolvimento sustentável, além de contribuir diretamente para a saúde coletiva. Nesta proposta a atenção básica (AB) surge como estratégia de modificar as práticas em saúde através da educação como forma de sensibilização, cuja finalidade de contribuir na promoção da saúde e da qualidade de vida, tendo como papel a compreensão do processo de saúde doença em determinada área e território, além de seus fatores determinantes e condicionantes para propor medidas de prevenção da realidade social, contribuindo na mudança no perfil epidemiológico situacional. Diante disso, o objetivo desse estudo, foi identificar a percepção dos profissionais da saúde sobre os impactos causados pelos agrotóxicos à saúde pública em Guanambi (BA). Desenvolvimento: Estudo com abordagem qualitativa exploratória, sendo entrevistados 25 profissionais de saúde atuantes na Estratégia de Saúde da Família (ESF) da cidade de Guanambi (BA). Anterior à coleta, foi apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A coleta de dados ocorreu através de entrevistas individuais com duração média de 15 minutos, utilizando um questionário semiestruturado, composto por questões que versavam sobre saúde, meio ambiente, agrotóxico e orientações a população. Para análise dos dados seguiu os princípios da metodologia de Bardin (2011) que consistiu em três etapas: a primeira foi à ordenação dos dados coletados, seguindo com a identificação dos profissionais por número e posterior transcrição, e a terceira e última etapa, a classificação desses resultados por eixos temáticos para serem analisados e discutidos. Subsequente, foram definidas duas categorias para análise: agrotóxicos como fatores condicionantes para o surgimento de patologias e a relevância das orientações sobre o uso dos agrotóxicos. O tratamento desses resultados ocorreu de forma minuciosa seguindo o tema principal, a exposição dos resultados e a discussão dos mesmos.  Todas as fases deste projeto de pesquisa foram realizadas em consonância com as questões ético-legais da resolução n. 466/12 do Conselho Nacional de Saúde que regulamenta as pesquisas envolvendo seres humanos no Brasil. O projeto faz parte da pesquisa intitulada “As relações entre saúde e meio ambiente nas práticas de promoção à saúde”, foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) sob o protocolo CAAE: 79882217.8.0000.0055. Resultado: O grupo de entrevistados foi composto por 25 profissionais de saúde do sexo feminino, atuantes nas ESF da cidade de Guanambi, localizada no interior do sudoeste da Bahia. A faixa etária variou entre 20 a 70 anos, no qual 44% pertencem ao grupo de 41-50 anos, em que 64% atuam há mais de 07 anos na unidade em estudo. Percebe-se que 16% dos profissionais da AB pouco compreendem como o uso indiscriminado dos defensivos agrícolas podem afetar a saúde dos indivíduos, sendo imprescindível que estes tenham conhecimento sobre os reais impactos dos agrotóxicos ao meio ambiente. Além das falas mostrarem um conhecimento superficial dos profissionais da saúde frente ao agravo que os agrotóxicos podem gerar no organismo vivo e majoritariamente se restringir a ações de lavagem das mãos e higienização dos alimentos, não contemplando a transcendência da temática sobre a importância da sensibilização sobre os perigos dos agrotóxicos na saúde coletiva. Ficando evidente uma descontinuidade da proposta da ESF no sentido de trabalhar o cuidado e assistência de acordo à necessidade territorial. Por tanto, atenção básica é o principal meio de informação coletiva, resultando em usuários conscientes sobre assuntos que envolvam o ambiente no qual está inserido, bem como a relação com a saúde individual e pública, empoderando-os para atuarem de forma participativa nas mais diversas vertentes entre saúde e meio ambiente. Considerações finais: Torna-se imprescindível que os profissionais da saúde saibam identificar e notificar os casos de intoxicação por agrotóxicos, bem como a disseminação de informações que propiciem maior conhecimento sobre os mesmos, os agravos para a saúde, às manifestações clínicas e principalmente, as formas corretas de realizar as prevenções. Nesta perspectiva, o presente estudo evidenciou uma desagregação sobre a ótica do profissional da atenção básica no quesito de compreender as relações estabelecidas entre saúde e meio ambiente, com uma denotação restritiva a compreensão do ser biologicista, baseada em aspecto curativista, e de poucas relações entre os riscos dos agrotóxicos à qualidade de vida e do ambiente. E que tal percepção dos profissionais de saúde quanto aos impactos que os agrotóxicos geram a saúde pública revelou-se superficial o que reverbera em pouca ou nenhuma ação efetiva. Por ser essa uma temática transversal e interdisciplinar, estudos e discussões que a abordem de diversas áreas se tornam indispensáveis e essenciais uma vez que podem significar uma possibilidade de mudança e aprofundamento do tema. Havendo a necessidade que os profissionais do campo da saúde, sabendo da complexidade do tema compreendam e assumam a responsabilidade como sendo importantes peças educativas referente ao que pode prejudicar o bem-estar e a qualidade de vida da população.

8496 A IMPORTÂNCIA DAS VACINAS: EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PAIS E CRIANÇAS EM UMA ENFERMARIA PEDIÁTRICA
Jéssica Eloy Cunha Gonzalez, Cristiane Pache Amorim, Jaqueline Silveira Coene, Ingrid Cristhine da Silva Santos, Marisa Rufino Ferreira Luizari

A IMPORTÂNCIA DAS VACINAS: EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PAIS E CRIANÇAS EM UMA ENFERMARIA PEDIÁTRICA

Autores: Jéssica Eloy Cunha Gonzalez, Cristiane Pache Amorim, Jaqueline Silveira Coene, Ingrid Cristhine da Silva Santos, Marisa Rufino Ferreira Luizari

Apresentação: O corpo humano quando afetado por infecções de qualquer etiologia, responde com dois mecanismos, um de imunidade natural/inata e outra de imunidade adquirida/adaptativa. A imunidade inata são os mecanismos que o organismo disponibiliza imediatamente, na tentativa de cessar a infecção ou impedir que a mesma se desenvolva. Já a imunidade adquirida que acontece ao longo de um tempo, é a produção de anticorpos contra algum tipo de infecção específica, essa imunidade pode ser gerada a partir de uma exposição do organismo ao ambiente, mas também pode acontecer por meio dos imunobiológicos, conhecidos como vacinas. As vacinas no Brasil são utilizadas para prevenir doenças desde o século XIX, o Ministério da Saúde formulou o Programa Nacional de Imunizações (PNI), que foi regulamentado em 1975, e o país atualmente busca reforçar os investimentos em inovação tecnológica e manter as políticas públicas em saúde, para continuar introduzindo novos tipos de vacinas. O PNI disponibiliza o calendário vacinal que permite a prevenção da população contra alguns tipos de doenças/infecções e realiza a divulgação de informações. Quando falamos em crianças, são os pais/responsáveis os que precisam dessas informações, para que essa prevenção em saúde seja efetiva. As vacinas disponíveis para o calendário da criança de 2018 são: BCG, Hepatite B, Pentavalente, Pneumocócica 10 valente, VIP (Vacina Inativada da Poliomielite), VOP (Vacina Oral da Poliomielite), Meningocócica C, VORH (Vacina oral de Rotavírus humano), Febre Amarela, Tríplice viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola), DTP (Difteria, tétano e coqueluche), Hepatite A e Tetra viral (ou tríplice viral + Varicela). Observa-se ainda hoje, na prática de saúde, o pouco conhecimento dos pais/responsáveis sobre o processo de vacinação e o receio pelos mitos que permeiam essa temática. A compreensão do calendário vacinal é imprescindível para a adesão ao esquema vacinal, por isso, os profissionais de enfermagem devem ser educadores em saúde no momento da vacinação, transmitir informações fundamentais referentes a prevenção de doenças e efeitos adversos, bem como a realização de ações dinâmicas e lúdicas para educação em saúde e contribuir para a percepção das famílias sobre a importância da imunização. Objetivo: Sensibilizar sobre a importância da vacinação infantil por meio de educação em saúde para pais e crianças em uma enfermaria pediátrica de um hospital de grande porte. Orientar sobre as precauções, contraindicações, eventos adversos, informar sobre o calendário básico de vacinação e as complicações pelo não cumprimento deste. Método: Realizou-se uma educação em saúde por acadêmicas de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A atividade ocorreu em outubro de 2018, em um hospital de grande porte em Campo Grande (MS). No primeiro momento, houve a captação das crianças e responsáveis para participação da dinâmica, no qual, passamos em cada enfermaria comunicando o início da ação na brinquedoteca da pediatria do hospital. Em um segundo momento ocorreu o acolhimento, em que cada integrante do grupo se apresentou para os participantes e conhecemos as crianças e responsáveis que participaram da ação. Explicamos qual a intenção da dinâmica e de que forma cada um poderia participar. No terceiro momento, os participantes receberam denominações em placas de folha sulfite, que foram grudadas em suas roupas, sendo estes rótulos dos integrantes do processo de imunização. Foram estas as denominações: anticorpos; os mecanismos de estímulo para defesa; organismos que causam doenças e vacina. Os responsáveis e as crianças então, deram vida ao processo de imunização. No quarto momento, explicamos e perguntamos aos participantes o que eles conheciam sobre as vacinas e as doenças. Em um quinto momento ocorreu a dinâmica de finalização, onde as crianças e responsáveis avaliaram a ação realizada através de depoimentos. Algumas crianças precisavam receber medicação ou tomar banho, portanto, dispensamos os participantes. Por último, fomos até os leitos e realizamos a distribuição de folhetos contendo o calendário vacinal de 2018, em que nestes continham os itens: nome da vacina, doenças preveníveis e a idade para receber as doses e seus reforços. Conferimos a carteirinha de vacinação das crianças, aproveitando para alertar os profissionais do setor a respeito de doses próximas ou atrasadas, e realizar a orientação individualmente para os responsáveis que não puderam participar da dinâmica por conta de algumas condições das crianças. Os recursos materiais utilizados foram: placas de folha sulfite, cartolinas, canetinhas, cartazes impressos e o calendário vacinal de 2018 do Ministério da Saúde. Resultado: Observou-se a curiosidade e interesse por parte das crianças e dos responsáveis. A condução da dinâmica foi realizada com efetiva participação das crianças, responsáveis e das integrantes do grupo, no qual simularam o mecanismo de ação da vacina, desde o momento da aplicação até adquirir a imunidade. Alguns disseram que o assunto foi importante e outros se mostraram alerta por terem aprendido o quanto a vacina pode prevenir doenças graves. No início, as crianças demonstraram medo e não queriam receber a denominação “vacina” para participar da dinâmica, entretanto, posteriormente percebemos que as crianças começaram a participar mais, dando importância à atividade e consequente à vacinação, o que pode minimizar a resistência a aplicação. Os pais perceberam que o propósito da vacina é benéfico e que, a dor da aplicação é um incômodo necessário comparando às várias vantagens desta forma de prevenção. Alguns participantes relataram experiências negativas em relação a vacina e outros descreveram o momento de forma positiva, o diálogo compartilhado enriqueceu a atividade, por permitir que cada participante falasse sobre seus conhecimentos e experiência prévia do assunto. Resultado: Conseguimos sensibilizar as crianças e seus pais sobre a importância das vacinas, por meio da atividade lúdica e dinâmica, a qual permitiu melhor compreensão do assunto. Percebemos que a atividade além de muito atrativa, foi de suma importância para agregar informações atualizadas às famílias presentes. Ações de educação em saúde como a desenvolvida, conseguem mostrar o avanço dos programas de vacinação em todo o território e que salvam vidas de milhares de crianças, evitando doenças imunopreveníveis. A atividade realizada obteve relevância, por mostrar que a vacina é a estratégia de intervenção com o melhor custo-benefício até hoje aplicada em saúde pública, demonstrando a necessidade de mais ações educativas com esse enfoque.

8584 OS DESAFIOS DO FAZER SAÚDE DE QUALIDADE EM UMA ILHA DE BELÉM (PA): UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Nathália Oliveira de Souza, Pedro Vitor Rocha vila Nova, Carlos Leonardo Figueredo Cunha, Julielen Larissa Alexandrino, Valéria Gabriele Caldas Nascimento, Wanderson Santiago de Azevedo Junior

OS DESAFIOS DO FAZER SAÚDE DE QUALIDADE EM UMA ILHA DE BELÉM (PA): UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Nathália Oliveira de Souza, Pedro Vitor Rocha vila Nova, Carlos Leonardo Figueredo Cunha, Julielen Larissa Alexandrino, Valéria Gabriele Caldas Nascimento, Wanderson Santiago de Azevedo Junior

Apresentação: Trata-se de um relato de experiência vivida por acadêmicos de enfermagem em uma unidade básica de saúde que, apesar de estar localizada em uma ilha as margens da baia do Guajará e enfrentar vários desafios infra estruturais, consegue atender a sua população adscrita dentro dos critérios do Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde (UBS) sobre infraestrutura. Objetivo: Relatar visita a UBS da Ilha do Combú e esforço dos profissionais de saúde lá atuantes de levar atendimento de qualidade à comunidade ribeirinha. Desenvolvimento: Para realizar a visita à UBS na ilha do Combu é necessário fazer uma travessia de barco de um porto em Belém até a outra margem da baia e percorrer ainda mais um trajeto por meio do canal que leva até a unidade, o único meio de transporte para atender a comunidade são os barcos e o porto de atracação da unidade estava com avarias o que poderia complicar ainda mais o acesso dos usuários. Porém a unidade disponibiliza salas e serviços, de forma até mais completa que algumas UBS da capital, o que prioriza-se na PNAB 2017 e no Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde com salas de coleta de exames, portas adequadas para deficientes físicos, farmácia climatizada, sala de saúde bucal e outros quesitos de importância para seu funcionamento; além de que a visita tinha como proposito observar o treinamento das Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) em parceria com a Universidade Federal do Pará para gerar dados à uma tese de mestrado. Resultado: Mesmo com as dificuldades de deslocamento, a unidade e os profissionais conseguem atender a população de forma completa, com organização e disposição de levar saúde de qualidade até para aqueles que não conseguem mais sair de suas casas, foi possível observar também a disponibilidade dos profissionais de saúde estarem abertos à educação continuada o que agrega para o bom funcionamento e atendimento da UBS. O que mais chamou atenção foi a comparação entre como um gestor da ilha e das unidades da capital pode ter com o estudo do que se preza para um bom funcionamento de unidades básicas de saúde e de como esse olhar pode mudar todos que estão ligados a ela. Considerações finais: Em meio a vários rios e dificuldades de locomoção, não impedem de que pessoas comprometidas, profissionais empenhados e com a ajuda da comunidade o serviço prestado seja o melhor possível. Por que se forma um vinculo de confiança entre o prestador e o usuário de saúde e também os percalços externos não deixam que um serviço da melhor qualidade possível seja fornecido a quem precisa, dessa maneira inspira quem ainda está na academia a luta por condições melhores para seu trabalho, acreditar na saúde de qualidade do serviço publico com exemplos como esse e luta pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde.

8587 CUIDADO COM A SAÚDE SOBRE DUAS RODAS: O CASO DOS MOTOTAXITAS DA CIDADE DE TEFÉ/AM
Roberto cabral, Josiane Medeiros, Adriana Moreira, Thainá Barbosa, Heidiany Medim

CUIDADO COM A SAÚDE SOBRE DUAS RODAS: O CASO DOS MOTOTAXITAS DA CIDADE DE TEFÉ/AM

Autores: Roberto cabral, Josiane Medeiros, Adriana Moreira, Thainá Barbosa, Heidiany Medim

Apresentação: A profissão de mototaxista pode ser definida como o serviço de transporte individual remunerado de passageiros em motocicletas. Assim, os mototaxistas são os profissionais responsáveis pela condução do veículo para o transporte dos passageiros. É importante destacarmos que a cidade de Tefé (AM) não dispõe de transporte público, sendo os mototaxitas a principal modelagem de transporte para os tefeenses. Os mototaxistas se popularizaram na década de 90, tendo seu sindicato fundado em 1996, hoje Tefé possui 1.000 (mil) mototaxista, dividido em três associações, a profissão é regularizada no município, pela lei municipal N° 14 de Novembro de 2019, para prestar o serviço de mototaxista dentro município, o permissionário deverá atender os seguintes requisitos, possuir, no mínimo 21 (vinte e um ) anos de idade, estar habilitado na categoria A, por pelo menos 2 (dois) anos, ser aprovado em curso de especializado, na forma regulamentada pelo CONTRAN, comprovar domicílio fixo na cidade de Tefé (AM) há pelo menos 02 (dois) anos, dentre outras exigências. Diante desse cenário, este estudo torna-se importante devido à necessidade de subsidiar criação de políticas públicas que propiciem a melhoria das condições de trabalho e consequentemente da saúde dos mototaxistas de Tefé. A motivação para a realização desta pesquisa deu-se com base na verificação do crescente número de acidentes de trânsito envolvendo mototaxistas, informações essas obtidas através das fichas de notificação de acidente de trabalho de mototaxista no Hospital Regional de Tefé e avaliados pela equipe técnica do Centro de Referência Saúde do Trabalhador (CEREST) e encaminhadas para serem lançadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Deste modo, gerou-se grande preocupação com as possíveis doenças ocupacionais e que intervenções poderiam ser feitas a fim de garantir saúde a esses trabalhadores. Sabendo que a prevenção é menos onerosa, realizarmos um projeto voltado para o cuidado com a saúde sobre duas rodas: o caso dos mototaxistas da cidade de Tefé (AM) com a finalidade de avaliar a situação de saúde de um ponto de vista integral dos mototaxistas. Com o desafio de conhecer a realidade do trabalhador mototaxista e de buscarmos estratégias que possam minimizar os problemas futuros de saúde, acreditamos ser o grupo de profissionais onde há grande chance de danos à saúde laboral decorrente de suas atividades por isso a preocupação de um projeto voltado para esses profissionais. Dessa maneira, o projeto teve como objetivos realizar um levantamento sobre as condições de saúde de um ponto de vista integral dos mototaxista de Tefé; identificar as principais queixas e problemas de saúde que acometem os mototaxista; verificar como as condições de trabalho podem estar afetando a qualidade de vida desses trabalhadores e divulgar resultados com propostas práticas de enfrentamento das possíveis dificuldades encontradas. Desenvolvimento: O estudo foi realizado no município de Tefé (AM), há 523 km da capital Manaus e com população de 61. 453 habitantes conforme o censo de 2010. O CEREST Tefé é um Centro que tem a finalidade de realizar estudos e pesquisas que visam ao conhecimento do trabalho e das condições de saúde de trabalhadores, incluindo suas dificuldades, riscos de acidentes e doenças. Diante disso, foi realizado um levantamento sobre a situação dos mototaxistas e verificou-se que o municípios possui um sindicato com 1.000 (mil) mototaxistas associados. Em um segundo momento realizarmos reunião com o presidente e membros da diretoria do sindicato para apresentar o projeto e solicitar a sede do mesmo como espaço para o desenvolvimento do projeto. Após essa primeira reunião com a diretoria, o projeto foi apresentado aos mototaxistas associados, onde ficou pactuado que o projeto aconteceria dois dias na semana, segunda e sexta e que seriam avaliados 15 (quinze) mototaxistas por dia, que seria agendado pelo sindicato, nesses dias a equipe técnica do CEREST chegava as 06h: 50min da manhã para começar organizar o local para promover saúde, através de educação em saúde, com os temas “O que é  CEREST”?, “- Equipamento de Proteção Individual (EPI)”, “Importância do Protetor Solar”,  “Lesão Esforço Repetitivo e Doença Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (LER/DORT) -  e Ginastica Laboral” e avaliações,   o horário de chegado dos mototaxista era as 7h, após organizados, iniciava as educações em saúde, realizado pelo enfermeiro, médico e fisioterapeuta que duravam cerca de 30min, durante o estudo, para melhor avaliação do perfil dos mototaxistas foi confeccionada uma ficha de atendimento com  dados pessoais e cartão SUS, bem como investigar acidente de trabalho, após preenchimento da ficha,  era aferido a Pressão Arterial, verificado glicemia capilar, peso e altura para calcular índice de massa corporal, após todo esse processo o mototaxista era encaminhado para uma consulta médica. O estudo foi realizado de junho a agosto de 2019 e os dados foram analisados pela equipe técnica do CEREST. E ao final foi entregue cartas personalizadas aos trabalhadores com orientações de prevenção como a importância do uso do protetor solar, reposição de água e eletrólitos, por meio da ingestão frequente de água e suco. Resultado: Em 3 (três) meses de pesquisa, dos 1.000 (mil) mototaxitas associados,  123 foram avaliados, destes 26 (vinte e seis)  relataram já terem sofrido algum acidente de trabalho, 5 (cinco)  relataram hipertensão e 2 (dois) diabetes mellitius, e  no momento da avaliação estavam com P. A e Glicemia alterada, foi prescrito medicação e foram encaminhados para suas respectivas unidades de saúde,   14 (quatorze) durante o projeto foram identificados com pressão arterial alterada, 19 (dezenove) apresentavam glicemia capilar alterada, esses relataram não serem hipertensos ou diabéticos e nunca fizeram exame e acompanhamento  para identificar tal patologia,  e foi solicitados exames e encaminhados para acompanhamento na suas respectivas unidades de saúde, 52 (cinquenta e dois) apresentaram sobrepeso e 17  (dezessete) obesidade, alertando para o risco do sedentarismo, que aumenta o risco de doenças cardiovasculares. No que se refere à avalição medica, 45 mototaxitas relaram histórico familiar de doenças crônicas, como pressão arterial e diabetes, e 25 (vinte e cinco) dor lombar decorrente do trabalho. Durante os atendimentos de acordo com a necessidade, eram solicitados exames laboratoriais e encaminhamentos a outros profissionais. Os mototaxista participantes, demonstraram conhecer a importância do projeto, enfatizando a educação em saúde como ferramenta importante, pois,  duvidas eram esclarecidas sobre temas que são benéficos ao seu cotidiano, como utilização dos  Equipamento de Proteção Individual (EPIs), que previne os riscos relacionados a segurança e o uso do protetor solar, que protege contra a raios ultravioleta, visto que a cidade de Tefé apresenta altas temperaturas principalmente no verão. Considerações finais: As atividades desenvolvidas por meio do projeto, revelaram como a saúde dos mototaxitas da cidade de Tefé necessita de maior atenção, pois os próprios trabalhadores em sua maioria desconheciam sua situação de saúde. Inciativa como esta desenvolvida pela Secretaria Municipal de Saúde por meio do CEREST de olhar para a saúde desse grupo de trabalhadores tão importante quando pensamos a questão da mobilidade urbana na cidade de Tefé, pois são estes que predominantemente transportam crianças, jovens, adultos, idosos a qualquer momento, demonstra a importância de se ampliar o projeto investindo mais na promoção e prevenção da saúde desses trabalhadores.

8661 APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE SEPSE POR ENFERMEIRO: UM DIFERENCIAL NO CUIDADO EM UM PRONTO ATENDIMENTO
Rejane de Souza Barros Campos, Liney Maria Araújo, Marcelo Picinin Bernuci, Joseph Rodrigues Rosa, Lucas França Garcia, Stefânia Pinto Mota, Flavia Helena Ramos

APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE SEPSE POR ENFERMEIRO: UM DIFERENCIAL NO CUIDADO EM UM PRONTO ATENDIMENTO

Autores: Rejane de Souza Barros Campos, Liney Maria Araújo, Marcelo Picinin Bernuci, Joseph Rodrigues Rosa, Lucas França Garcia, Stefânia Pinto Mota, Flavia Helena Ramos

Apresentação: Sepse é definida como uma síndrome de resposta inflamatória sistêmica decorrente de uma infecção também conhecida como, Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS), considerada doença grave, pois leva a disfunção orgânica aguda e altos índices de morbimortalidade. Necessita das expertises da equipe de multiprofissional assistente para um diagnóstico rápido e preciso, pois, em muitos casos as pessoas apresentam manifestações clínicas passam despercebidos ou são confundidas com outras patologias. A sepse atinge diversas pessoas, indiscriminadamente, sendo considerada como um problema de saúde mundial. Em muitos casos às manifestações clínicas passam despercebidos ou são confundidas com outras patologias. Originada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários, as infecções que comumente estão associadas à sepse circulam nos meios comunitários sem aventar no profissional a ideia inicial de um diagnóstico de sepse, a exemplo podem ser oriundas de uma infecção perceptível ou não como pneumonia, infecção urinária, endocardites, meningites, intra-abdominal, como as infecções dos procedimentos hospitalares relacionadas a cateteres. A sua evolução com distintos estágios clínicos de um mesmo processo fisiopatológico, dificulta para a equipe cuidadora o diagnóstico, é um estado de adoecimento abrupto, exigindo dos cuidadores percepção e intervenção precoce. Publicações cientificas denotam a falta de conhecimento dos sinais e sintomas da SIRS pelos profissionais da saúde e leigos, contribuindo para que cerca de 20 milhões de pessoas no mundo sejam atingidas por este agravo, resultando em elevado número de óbitos. Nota-se que, a vida das pessoas ceifadas em decorrência da sepse estão ficando “rotineira” no meio hospitalar. Para além da vida humana, são muitos os ônus circunspectos ligados diretamente à sepse que o doente deverá arcar, o primeiro diz respeito ao seu universo pisco/social/econômico. Inclusive no seu período de internação hospitalar pode se agravar, adquirindo outras comorbidades decorrentes deste processo saúde-doença. O outro ponto são os custos monetários exorbitantes relacionados ao tratamento do doente, que, quanto maior a sua estadia no hospital, maior necessidade de medicamentos e profissionais especializados para a sua recuperação. Antes ao exposto acima, em Cuiabá um hospital da Rede particular da Saúde, capacitou os enfermeiros da Instituição para um reconhecimento precoce das manifestações clínicas da SIRS, bem como, da abertura do protocolo proceder o acionamento da equipe médica nesses casos. A capacitação desses profissionais possibilitou a aplicabilidade desse protocolo, observou-se uma integralidade do cuidado ao indivíduo focado na intervenção precoce do agravo. A implantação do protocolo teve grande relevância no exercício do cuidado diário do enfermeiro, que o motivou a apresentação este relato de experiência. Desenvolvimento: Tendo como ponto de partida que as funções básicas do profissional enfermeiro, esta sustentada nos verbos cuidar e atentar (da preposição atenção), que independentemente de sua especialidade, essas palavras o define, o pronto atendimento de um hospital particular de Cuiabá, partiu dessa prerrogativa para garantir a melhor prática assistencial, capacitando os profissionais enfermeiros para o reconhecimento precoce das manifestações clínicas da SIRS, com autonomia para  abertura do protocolo da respectiva síndrome e o acionamento da equipe médica. Essas estratégias estão baseadas em evidências científicas, o que contribui significativamente para uma assistência precisa e condutas pontuais. Foram as elevadas incidências, alto custo e mortalidade nesta Instituição, que provocou nos profissionais o desafio para o aprimoramento do conhecimento teórico, ancorada nas novas diretrizes a partir de definições e critérios diagnósticos para a sepse e o choque séptico. Elaborada em 2016 pela Society of Critical Care Medicine (SCCM) e European Society of Critical Care Medicine (ESICM), com a finalidade de identificar e tratar em tempo oportuno à doença, visando garantir a melhor prática assistencial e a diminuição dos óbitos. A sepse é uma síndrome complexa causada pela resposta inflamatória de origem infecciosa, caracterizada por manifestações múltiplas, que podem levar a falência de órgãos ou mesmo a morte. Dessa forma é necessário a identificação rápida do quadro séptico pelos profissionais da saúde, com tratamento imediato e adequado, resultando em maior sobrevida e melhor prognóstico do paciente. No contexto do pronto atendimento de emergência, cabe aos enfermeiros à responsabilidade de identificar os sinais e sintomas, planejar a assistência de enfermagem individualizada, garantindo um cuidado com excelência para promoção de um melhor prognóstico. Os exames laboratoriais, para prosseguimento diagnóstico devem ser realizados, no entanto as manifestações clínicas do paciente são de extrema valia e desencadeadora de medidas de proteção precoce a vida. O simples despertar do enfermeiro para a SIRS no cuidado e atenção as alterações dos sinais vitais como, Temperatura, Frequência cardíaca, Frequência respiratória e ou PaCO2, estabelece uma correlação com a identificação de disfunção metabólica ou da homeostasia, indicativas de comprometimento sistêmico e de órgãos, aqui se estabelece um chamamento de alerta para a equipe multiprofissional, com abertura burocrática, imediato do protocolo propriamente dito. A equipe de enfermeiros contou com a colaboração do Institute for Healthcare Improvement, que elaborou campanhas educacionais voltadas ao reconhecimento precoce, através de pacotes (do inglês bundles) da sepse, apresentando uma assistência mais segura, baseadas em evidências científicas sustentável, que demonstram eficácia quando aplicadas por esses profissionais. Resultado: Tendo como ponto de partida as funções básicas do profissional enfermeiro, esta sustentada nos verbos cuidar e atentar (da preposição atenção), que independentemente de sua especialidade, essas palavras o define, o pronto atendimento de um hospital particular de Cuiabá, visando garantir a melhor prática assistencial capacitou os profissionais enfermeiros para o reconhecimento precoce das manifestações clínicas da SIRS, com autonomia para  abertura do protocolo da respectiva síndrome e o acionamento da equipe médica. É medular que toda equipe credibilize a literatura relacionada à identificação precoce do quadro de sepse pelos enfermeiros emergencistas contribuindo para modificar o cenário atual da instituição. Estas estratégias protocolares estão baseadas em evidências científicas, o que contribui significativamente para uma assistência precisa e condutas pontuais. A presença de profissionais da saúde capacitados em pronto atendimento para a identificação precoce de pacientes sépticos, bem como na adesão da ferramenta são estratégias que garantem um cuidado de excelência e melhor prognóstico. A identificação precoce e tratamento adequado são itens primordiais para o bom desfecho na vida do paciente. Assim, sistematizar esse instrumento clínico de Sepse, para uma condução rápida e exequível favoreceu a instituições hospitalar reduzindo resultados negativos e ocasionando a sua credibilidade da junto à sociedade consumidora de seus serviços. Considerações finais: As evidencias deste estudo apontam que identificação precoce e tratamento adequado são itens primordiais para um prognóstico positivo para a pessoa em sepse. O diferencial está em o profissional enfermeiro na sua rotina diária de cuidar estar atento em associar os sinais, sintomas e exames do paciente ao protocolo clínico de Sepse instituído, conduzindo o paciente nas mais prematuras suspeitas da síndrome. Sabedor que a Infecção é fugaz, o cuidado e atenção ao paciente que possui foco infeccioso (bacteriano, viral, fúngico etc.) suspeito ou confirmado, mesmos sem critérios de SRIS naquele momento, sem apresentar disfunção orgânica, é um paciente eleito à vigilância continua como forma de prevenção. Assim sendo, o enfermeiro representa um papel importante, no tocante a identificação dos sinais e sintomas da sepse, tanto para avaliar risco de infecção como para propôs medidas terapêuticas perante este quadro grave, e de amplas manifestações.

9199 ATUAÇÃO DO COMITÊ MUNICIPAL DE ENFRENTAMENTO E COMBATE ÀS ARBOVIROSES DO MUNICÍPIO DE ICAPUÍ, CEARÁ, BRASIL
Maria Madeleide da Silva, Ana Valéria Rebouças Carneiro, Antônia Fernanda Sousa de Brito, Edson de Andrade Nhamuave

ATUAÇÃO DO COMITÊ MUNICIPAL DE ENFRENTAMENTO E COMBATE ÀS ARBOVIROSES DO MUNICÍPIO DE ICAPUÍ, CEARÁ, BRASIL

Autores: Maria Madeleide da Silva, Ana Valéria Rebouças Carneiro, Antônia Fernanda Sousa de Brito, Edson de Andrade Nhamuave

Apresentação: Este trabalho trata-se de um relato de experiência, cujo objetivo é relatar a vivência do Comitê Municipal de Enfrentamento e Combate às Arboviroses de Icapuí, Ceará, Brasil. O quadro das arboviroses é considerado um desafio para a saúde pública no Brasil. Todos os indivíduos são susceptíveis a essas doenças, pois não existe vacinas com métodos profiláticos e antivirais efetivos para o tratamento, expondo a população ao risco de infecção. As arboviroses são doenças de notificação compulsória, os casos suspeitos e/ou confirmados devem ser de conhecimento da vigilância epidemiológica por meio da ficha de notificação e em parceria com a vigilância sanitária e os Agentes de Combate as Endemias para que juntos elaborem medidas de combate ao vetor. Em meio a situação que o município de Icapuí apresentava nos meses de janeiro a junho de 2019, chegando a um total de trezentos e dez (310) notificações de dengue, cinquenta (50) de chikungunya e sete (07) de zica vírus, onde foi observado o aumento no número de notificações e casos confirmados, segundo dados coletados do boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Icapuí. Decidiu, através de portaria instituir e renovar os membros do Comitê Municipal de Enfrentamento às Arboviroses. O Comitê é uma instância coletiva formada por equipe intersetorial que visa gerenciar e monitorar em parceria com o estado e outros municípios as ações de mobilização, prevenção e controle do mosquito Aedes Aegypti em âmbito municipal para o enfrentamento da dengue, chikungunya e zica vírus. As primeiras ações do comitê foi convocar reuniões de forma descentralizada nas comunidades em que havia o maior número de notificações e casos confirmados com o intuito de mobilizar a população no que diz respeito ao cenário das arboviroses. A partir disso houve a necessidade de realizar mutirões, de porta em porta, com propósito de reforçar a importância da prevenção, combate e controle do vetor, realizando ações de educação, distribuição de sacos de lixo e hipoclorito. Após essas ações foi possível constatar que entre os meses de julho à outubro houve uma redução das notificações onde foram observados: cento e setenta e um (171) casos confirmados de dengue, doze (12) de chikungunya e dois (02) de zica. Assim, o comitê municipal encontra-se ativo com reuniões mensais e/ou extraordinárias, quando esta for solicitada, para discutir assuntos pertinentes a essa temática, realizando ações de educação em saúde para manutenção e permanência do comitê. As ações do comitê foram incorporadas ao evento "Saúde na Comunidade". Esse evento tem como propósito realizar ações de saúde nas comunidades mais distantes dos pontos de atenção à saúde ofertando serviços de lazer, educação e saúde para a comunidade. Diante deste contexto observa-se uma redução nos casos notificados e confirmados a partir de um processo que vem se construindo no cenário epidemiológico das arboviroses no respectivo município. Vale ressaltar que o propósito dessas ações visa repercutir nos meses subsequentes, a fim de diminuir os casos notificados e garantir o controle dos casos confirmados nos períodos chuvosos do mês de janeiro a abril de 2020.

9244 ZOONOSES: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
Themis Goretti Moreira Leal de de Carvalho, Juliane Gruhn Bonatto, Catherine Kochhann, Mylena Stefany Silva dos Anjos, Nathália Arnoldi Silveira, Fernanda Ajalla Costa, Roberta Hoefling Neves, Larissa Castro de Moraes

ZOONOSES: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

Autores: Themis Goretti Moreira Leal de de Carvalho, Juliane Gruhn Bonatto, Catherine Kochhann, Mylena Stefany Silva dos Anjos, Nathália Arnoldi Silveira, Fernanda Ajalla Costa, Roberta Hoefling Neves, Larissa Castro de Moraes

Apresentação: A integração de animais domésticos no ambiente familiar proporciona diversos benefícios aos seres humanos, entretanto também pode provocar danos à saúde, visto que animais podem ser fontes de doenças. Estas doenças, chamadas zoonoses, são transmitidas de diversas formas, e uma delas se dá através do descarte inadequado dos animais após sua morte. Desta forma, o destino destes animais deve ser um procedimento preventivo, visando a eliminação de possíveis agentes causadores de doenças. Diante desta premissa, o presente estudo teve como objetivo geral, verificar qual o destino dado aos animais domésticos quando morrem. Método: Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa do tipo descritivo que se desenvolveu com alunos do ensino fundamental (8º e 9º ano) e ensino médio (1º, 2º e 3º ano) em escolas públicas do município de Tupanciretã, RS. Os dados foram coletados individualmente, por meio de um questionário aplicado a cada sujeito da amostra, durante o período de aula. A análise dos dados foi feita por meio da média, desvio padrão e frequência percentual. Resultado: Foram entrevistados 827 alunos, os quais apresentaram média de idade de 15,44±2,24 anos, sendo 55,3% do gênero feminino. Observou-se que a maioria dos estudantes possuem animais de estimação (86,5%), porém, somente 12,5% dos sujeitos afirmaram saber do que se trata o termo zoonoses. Também foi verificado que, na maioria das vezes, os animais quando morrem são enterrados (98,4%), além disso, foram citados também que os animais são jogados em terrenos baldios (0,7%) e jogados no lixo (0,9%). Os resultados obtidos com a pesquisa, demonstram o pouco conhecimento que proprietários de animais possuem sobre os perigos das zoonoses. Considerações finais: Desta forma, concluiu-se que se faz necessário abordar este tema nas escolas, assim como ressaltar a importância da educação ambiental e em saúde pública, tendo em vista o potencial perigoso que o descarte indevido proporciona.

9290 ESTILO DE VIDA DE AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS DE UM MUNICÍPIO DA REGIÃO NORTE DO ESTADO DO CEARÁ
MARCOS PIRES CAMPOS, Francisco Willian Melo de Sousa, Maria Idelânia Alves da Silva, Letícia de Sousa Tomaz, Tatiane Sousa Paiva, Ingrid Kelly Morais Oliveira, Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes Neto, Francisco Marcelo Leandro Cavalcante

ESTILO DE VIDA DE AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS DE UM MUNICÍPIO DA REGIÃO NORTE DO ESTADO DO CEARÁ

Autores: MARCOS PIRES CAMPOS, Francisco Willian Melo de Sousa, Maria Idelânia Alves da Silva, Letícia de Sousa Tomaz, Tatiane Sousa Paiva, Ingrid Kelly Morais Oliveira, Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes Neto, Francisco Marcelo Leandro Cavalcante

Apresentação: Por muito tempo os Agentes de Combate às Endemias (ACE), foram reconhecidos como “guarda da SUCAM”, entre outras denominações. Hoje os mesmos tem grande relevância no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS), haja vista as atividades de vigilância, prevenção e controle de zoonoses, arboviroses que desenvolvem no território de atuação, colaborando na promoção à saúde da população. Os ACE desenvolvem ações de grande relevância social e sanitária, dentre elas: visitas para orientação e busca ativa de focos peridomiciliares e intradomiciliaes; identificar e encaminhar vetores coletados para os laboratórios de referência; desenvolver atividades de vigilância em saúde, eficazes e adequadas às diferentes realidades locais e suas aplicações; atuar na busca de vetores e executar a aspersão de pesticidas; dentre outras. Objetivo: Avaliar os hábitos de vida de Agentes de Combate às Endemias de um município do interior do Ceará. Método: Pesquisa descritiva, do tipo estudo de caso, desenvolvida no município de Sobral– Ceará – Brasil, durante o período de novembro de 2019, com 56 Agentes de Combate às Endemias. A coleta das informações foi realizada por meio de um questionário semiestruturado. Os dados coletados foram sistematizados em planilhas do Excel® e organizados de forma tabular, e analisados estatisticamente segundo frequências absolutas e percentuais. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa local, com parecer nº 1.344.066, e faz parte de uma pesquisa maior intitulada “Doença, labor e trabalho no semiárido cearense: avaliação do perfil dos acidentes e da mortalidade por causas relacionadas ao trabalho na Zona Norte do Ceará”. Resultado: Os dados sociodemográfico dos ACE são apresentados, primeiramente, quanto ao sexo, observou-se que a maioria são do sexo masculino, que nesta amostra representaram (96,4%). A faixa etária prevalente foi a de 36 a 50 anos (42,9%), seguido dos 26 a 35 anos (41,1%). Quanto ao estado civil a maioria são casados (55,4%). Com relação à cor/raça, mais da metade se autodeclaram pardos (62,5%), seguidos dos que se declaram pretos (14,3%). A respeito do grau de escolaridade observou-se que a maioria dos trabalhadores apresentavam o ensino médio completo (42,8%). No tocante ao tempo de atuação, mais da metade exercia o trabalho entre um e três anos, (57,1%). No que se refere à renda familiar, os que ganham entre um a três salários mínimos representa (92,8%). Em relação aos hábitos de vida dos ACE, 3,6% são fumantes, e 46,6% ingerem bebida alcoólica com frequência; 80,4% praticam alguma atividade física diariamente. Segundo estudo realizado por Dias e Marcolino, evidenciaram que metade dos ACE praticavam alguma atividade física diariamente, declarando inclusive fazer academia, 41,7%, revelou fazer alguma prática física, mesmo que seja em dias alternados e 8,3%, não pratica nenhuma atividade. Considerações finais: Apesar da grande maioria dos ACE realizarem atividade física, estes ainda apresentam hábitos que afetam sua saúde a exemplo do tabagismo e do etilismo, e quando na associação com os produtos químicos da rotina de trabalho, podem potencializar os efeitos destes no organismo.

9388 A PERSPECTIVA EDUCACIONAL DA MEDICINA DO TRABALHO DIANTE DOS DESAFIOS DA ATIVIDADE MINERADORA
Sarah de Farias Lelis, Ives Vieira Machado, Natália Bahia de Camargos, Estêvão Vasconcelos Marinheiro Lopes, Gabriela Maciel dos Reis

A PERSPECTIVA EDUCACIONAL DA MEDICINA DO TRABALHO DIANTE DOS DESAFIOS DA ATIVIDADE MINERADORA

Autores: Sarah de Farias Lelis, Ives Vieira Machado, Natália Bahia de Camargos, Estêvão Vasconcelos Marinheiro Lopes, Gabriela Maciel dos Reis

Apresentação: Trata-se de um relato de experiência de uma visita à reserva de mineração da empresa USIMINAS, em Itatiaiuçu-MG, no segundo semestre de 2019, por estudantes do curso de Medicina da UFSJ Campus Centro-Oeste. A visita propunha motivar um diálogo pautado em estratégias biossociais e abordagens integradas dentro da Medicina do Trabalho, a fim de ampliar a percepção de estudantes de graduação quanto ao seu papel naquela ocupaçãoExposição Ambiental, Saúde do Trabalhador, Promoção da saúde; Mineração, bem como descrever os diversos fatores associados às patologias da atividade laboral exercida pelos trabalhadores de mineradoras, tendo em vista os desafios da Saúde Coletiva e as necessidades das populações e dos ecossistemas. Desenvolvimento: A base atual da Promoção de Saúde propõe o estabelecimento de intersetorialidade com questões de desenvolvimento econômico, ambiente de trabalho e saúde, buscando qualidade de vida para o trabalhador. Nesse ínterim, destaca-se, também, o conceito de Saúde Ambiental, o qual é determinado, sobretudo, por fatores do meio ambiente que possam causar danos aos indivíduos. Dentro do ambiente laboral, como nas mineradoras, essa relação fica evidente, o que suscita a importância da Medicina do Trabalho e da Saúde Coletiva nesse contexto. A visita à mineradora iniciou pelas áreas de exploração mineral ativas, sendo clara a visualização do esquema de exploração ali realizado, onde partes do terreno montanhoso eram removidos por caminhões desenhados para manejar grandes pesos de terra, sendo que mesmo distante, era clara a potência sonora produzida por tais máquinas. Os trabalhadores desse setor tinham grande responsabilidade quanto ao material carregado e não podiam estar com níveis de consciência rebaixados por sono ou substâncias, já que tal função era perigosa e exigia atenção. Também deveriam usar corretamente os EPIs (Equipamento de Proteção Individual) descritos para suas atribuições, pois acidentes com máquinas de tal porte podem ser fatais; ademais a proteção sonora era indispensável no canteiro de obras. Em um segundo momento, a experiência se voltou para a operacionalização necessária para manejar todo o maquinário na região. Assim, em uma sala de operação eram executados programas altamente complexos e detalhados por alguns funcionários que fiscalizavam e controlavam remotamente todos os caminhões e demais sistemas da mineradora, já que era preciso cuidado para evitar congestionamentos, viagens desnecessárias ou até mesmo fiscalizar se os trabalhadores que operavam as máquinas estavam em estados alterados de consciência. Esses informes eram quase todos processados de forma automatizada, mas mesmo assim era indispensável o acompanhamento em tempo real e vinte e quatro horas por funcionários em rotação de turno, para garantir a eficiência do serviço e, principalmente, a segurança dos trabalhadores em campo. Posteriormente, os estudantes foram guiados até uma das barragens de acúmulo de rejeitos do minério. A empresa demonstrou o esquema de segurança e monitoramento e apresentou os potenciais riscos aos quais os funcionários estavam submetidos por conta da proximidade com a barragem. Além da chance de rompimento, aquela também contém substâncias potencialmente tóxicas. A barragem apresentada era a mais moderna desse sítio de mineração, pois foi desenhada para conter os resíduos de forma diferente das construídas anteriormente. Teoricamente, esse fato garantiria um risco de rompimento desprezível em comparação às outras. Mesmo assim, devido aos eventos com barragens ocorridos em 2015 e 2019 – em Barra Longa e em Brumadinho- essa também seria desativada em breve. De acordo com os dados recebidos, das três barragens que ocupam esse sítio da empresa, uma delas já está sendo esvaziada e seus rejeitos, reaproveitados; outra está em uso, mas com previsão de desativação nos próximos anos e a mais moderna delas será a última a ser desativada por apresentar menor risco para as proximidades. Resultado: Nessa experiência, alguns pontos foram relevantes para a compreensão da importância da saúde do trabalhador, tanto para o funcionário como para toda a operacionalização necessária da mineração. Primeiramente, fica evidente que o esquema de redundância de segurança adotado era fundamental para evitar acidentes, já que duas pessoas voltadas para a função reduzem drasticamente a possibilidade de falha humana durante o processo. Isso ficou explícito na sala de controle, em que câmeras dentro das máquinas de transporte observavam se um trabalhador apresentava, por exemplo, sono ao conduzi-la. Também as políticas internas de promoção à saúde eram extremamente minuciosas, principalmente em relação aos trabalhadores em atividade de maior risco. Além disso, ficou evidente a necessidade do uso do EPI, sobretudo para os trabalhadores próximos das máquinas de exploração e deslocamento de minerais, especialmente a proteção sonora, já que a potência do som das máquinas era alta. Vale ressaltar, todavia, que os esforços da empresa são, a princípio, de adaptação do ambiente ao trabalhador, ou seja, busca-se diminuir o ruído da máquina ao máximo para, posteriormente, adequar o EPI. Ademais, há possíveis efeitos no meato auditivo, já que o uso do EPI obstrui o canal, favorecendo a proliferação de microrganismos e processos inflamatórios. Também era reforçado o uso de capacetes de proteção em caso de quedas, já que muitos funcionários trabalhavam a certa altura do solo. Outro EPI indispensável era o óculos de proteção, evitando o contato dos olhos com poeira ou detritos que são liberados constantemente na atividade mineradora, podendo causar irritação, infecções e até cegueira. Sob a perspectiva da atuação dos profissionais de saúde naquela realidade, notou-se primazia para estratégias educativas para os trabalhadores, como o autoconhecimento dos possíveis problemas de saúde que poderiam ter, bem como para a atuação dos determinantes aos quais os trabalhadores eram expostos, por exemplo, a partir do uso de máscaras, para evitar possíveis danos pulmonares devido à poeira. Além da educação em saúde promovida pela empresa, os programas de saúde eram amplos e diversificados: desde acompanhamentos mensais com ortopedistas até programas de auxílio a familiares. As estratégias de saúde apresentadas pela USIMINAS se mostraram voltadas para o bem-estar do funcionário, primando pela saúde acima do conceito de ausência de doença ao promover, também, acompanhamento psicológico a funcionários tabagistas que desejavam parar de fumar. Esses, embora não apresentassem alguma doença, teriam uma saúde melhor se aderissem aos planos ofertados. Vale pontuar aqui que funcionários com necessidade de cuidados de média e alta complexidade decorrentes do trabalho nas mineradoras recorrem, em geral, ao Sistema Único de Saúde (SUS) por assistência, o que pode gerar maior sobrecarga ao âmbito público, situação agravada pelas consequências biossociais de desastres ambientais para as populações vítimas do rompimento de barragens, aumentando ainda mais a demanda pelo SUS em suas diversas esferas. Considerações finais: Em suma, esse manejo dos fatores de exposição e dos cuidados do próprio indivíduo para autoconhecimento de seus problemas de saúde é fundamental para afastar o tradicional modelo “hospitalocêntrico”. Nesse sentido, a prevenção tem primazia em relação ao surgimento ou agravamento de patologias, sendo mais barato e de maior resolutividade para os serviços de saúde, o que evita a necessidade de auxílio especializado em saúde, de forma a integrar a percepção dos trabalhadores sobre os riscos e sobre o processo de saúde-doença ao qual estão expostos. No entanto, ainda há obstáculos para a saúde coletiva no modelo minerador vigente. Institui-se, então, o questionamento: há como conciliar a lógica capitalista com o progresso em políticas ambientais a fim de abrandar o risco e sobrecarga de doenças e agravos e garantir um meio ambiente ecologicamente balanceado?

9486 ANÁLISE TEMPORAL SOBRE INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS NA BAHIA
Kelly Albuquerque Oliveira, Abimael de Souza Barreto

ANÁLISE TEMPORAL SOBRE INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS NA BAHIA

Autores: Kelly Albuquerque Oliveira, Abimael de Souza Barreto

Apresentação: A utilização indiscriminada de agrotóxicos tem causado impactos significantes para a Saúde Pública pois envolve vários riscos à saúde, dentre esses se destacam os riscos ocupacionais, tais como: as doenças crônicas, os problemas reprodutivos, as intoxicações agudas e os danos ambientais. O perigo na utilização dos agrotóxicos está relacionado ao desconhecimento sobre os efeitos que estes poderão acarretar a saúde do agricultor. Isso é evidenciado com o grande número de casos notificados de intoxicação por agrotóxicos de uso agrícola no Brasil, em torno de 4.436 apenas no ano de 2011, destes casos, 110 evoluíram ao óbito. Analisar a tendência temporal dos casos de intoxicações por agrotóxicos de uso agrícola no Estado da Bahia. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo de natureza quantitativa de abordagem descritiva e exploratória. O cenário do estudo é o Estado da Bahia. Para compor a população do estudo foi considerada todas as notificações registradas de intoxicações por agrotóxicos de uso agrícola no Sistema de Informação de Agravos Notificados (SINAN), no período de 2008 a 2017. Foram aplicados os procedimentos da estatística descritiva e os resultados foram apresentados na forma de gráficos e tabelas. Resultado: O SINAN registrou 2.296 casos e 100 óbitos devido a intoxicação exógena por agrotóxicos na Bahia, no período de 2008 a 2017, com uma média, de 223 casos por ano, onde 60,7% (N= 1.394) compreendem ao sexo masculino e 39,3% (N= 902) ao sexo feminino e com maior ocorrência entre os adultos (1.644 casos, correspondendo a 71,6%). Considerações finais: Os principais fatores associados a ocorrência de intoxicação exógena devido ao uso de agrotóxicos são: o sexo masculino, idade com média de 30 anos, de baixa escolaridade, da raça/cor da pele parda e que o passar dos anos o número de casos de intoxicação foi crescendo gradativamente. Nesse sentindo, é necessário que os profissionais de saúde atuem na disseminando de ações e medidas preventivas, empregando uma abordagem lúdica e com linguagem de fácil e adequada para que as pessoa expostas aos agrotóxicos consigam compreender e, assim, elas terão a oportunidade de dar prosseguimento as suas atividades laborais, sem colocar em risco sua saúde, e usar os agrotóxicos necessários da forma responsável e segura, como indicado pela legislação vigente.

9555 AGROTÓXICOS E A DETERMINAÇÃO DA MORBIDADE E MORTALIDADE NA SAÚDE HUMANA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
PAMELA MOREIRA WEINHARDT, GUILHERME SOUZA CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE

AGROTÓXICOS E A DETERMINAÇÃO DA MORBIDADE E MORTALIDADE NA SAÚDE HUMANA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Autores: PAMELA MOREIRA WEINHARDT, GUILHERME SOUZA CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE

Apresentação: O Brasil é, na atualidade, o maior consumidor de agrotóxicos, devido à intensa atividade agrícola do país e o modelo de produção adotado. O Paraná se destaca no país, como um dos maiores produtores agrícolas e, também, um dos maiores consumidores de agrotóxicos. Inúmeros estudos comprovam a morbidade e mortalidade para a saúde humana em consequência da exposição aos agrotóxicos. Objetivo: O presente estudo pretende conhecer os resultados da investigação científica sobre o uso de agrotóxicos e sua relação com a morbidade e mortalidade. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo de revisão sistemática que se realizou no período de 2014 a 2018, acerca desse tema, em base de dados científicos Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e US National Library of Medicine National Institutes of Health (PubMed). Resultado: Foram encontrados nas bases de dados selecionadas 666 estudos e destes excluídos 600 e incluídos 66 que abordam a morbidade e mortalidade humana em consequência do uso de agrotóxico. Principais agravos: alterações referentes ao sistema auditivo, sistema cardiovascular, sistema digestório, sistema endócrino, sistema hematopoiético, sistema imunológico, sistema linfático, sistema musculoesquelético, sistema nervoso, sistema reprodutor, sistema respiratório, sistema tegumentar, sistema urinário, com destaque para os diversos tipos de cânceres, as doenças neurológicas, as alterações do desenvolvimento e as relacionadas à saúde mental. Considerações finais: Na literatura científica está fartamente descrita a nocividade dos agrotóxicos para a saúde humana. É indispensável a realização de estudos que verifiquem a viabilidade econômica da produção livre dos venenos, bem como sobre a determinação social da persistência do uso de agrotóxicos e suas consequências.

9598 SAÚDE DOS POLICIAIS MILITARES: UM ESTUDO DE REVISÃO
Bruna de Andrade Hees de Aveiro, Camila Mamede Ferraço, Victhória Haira Barbosa, Maria Luiza De Barba, Raquel Juliana de Oliveira Soares

SAÚDE DOS POLICIAIS MILITARES: UM ESTUDO DE REVISÃO

Autores: Bruna de Andrade Hees de Aveiro, Camila Mamede Ferraço, Victhória Haira Barbosa, Maria Luiza De Barba, Raquel Juliana de Oliveira Soares

Apresentação: No Brasil, a Polícia Militar atua na preservação da ordem pública e vigilância e é de responsabilidade do governo Estadual. A profissão necessita de dedicação integral, as vezes ocupando a vida pessoal e social dos profissionais. No quesito ambiente de trabalho, muitas vezes são insalubres e desfavoráveis, podendo levá-los ao adoecimento, uma vez que nem sempre há proteção devida nesses ambientes. Objetivo do estudo: Identificar a produção científica sobre o adoecimento de Policiais Militares no Brasil. Método: Revisão Integrativa. Critério de inclusão foi estabelecido: artigos completos de acesso aberto, publicados em português, no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2019. Critérios de exclusão: teses, dissertações, monografias. O levantamento de dados se deu no período de outubro a dezembro de 2019, através das bases de dados Scientific Electronic Library Online, Biblioteca Virtual em Saúde e PubMed. Foram utilizados os descritores: “Polícia”, “Trabalho”, “Doença” e os termos: “Policial Militar” e “Polícia Militar”. Foram encontrados 8 estudos que atenderam aos objetivos do estudo. Resultado: pode-se observar que o policial militar está exposto a situações que interferem diretamente na sua saúde. A rotina estressante e a carga horária extensa contribuem diretamente para o surgimento de fatores de risco de determinadas doenças. A hipertensão arterial e obesidade que são os principais fatores de risco para ocorrência de doenças cardiovasculares, estão menos presentes na classe dos policiais, provavelmente devido ao treinamento exigido pelas corporações. Analisando ainda a proporção de doenças musculoesqueléticas em membros inferiores nos integrantes da polícia militar, sua prevalência foi maior em indivíduos que estão expostos à exercícios de alta carga, repetição e força, sendo os lugares mais acometidos joelho, tornozelo e pé. Quando comparados aos policiais que operam na área administrativa, estes apresentaram menos queixas relacionadas a lesões musculares. Em relação ao acometimento psicológico da classe de policiais militares, estudos mostraram que apesar dos policiais não mostrarem significativo desenvolvimento da Síndrome de Burnout, esses profissionais estão em situação de risco para o desenvolvimento da doença. Realizando uma comparação com o adoecimento de policiais militares do sexo feminino, foi possível perceber que a principal queixa das mulheres é o estresse por ter que conciliar trabalho e tarefas domésticas. Os sintomas psicológicos estão mais citados que os sintomas físicos, e o principal destaque se fez aos problemas com a hierarquia, alta demanda de trabalho e preconceito de gênero enfrentado dentro da corporação. Considerações finais: As demandas operacionais de trabalhadores da segurança pública interferem diretamente na saúde individual e coletiva da corporação, trazendo assim consequências para toda a sociedade. Através desse estudo, observamos que que os policiais em diferentes estados brasileiros enfrentam riscos e prevalências de doenças semelhantes e em relação às mulheres policiais é importante ressaltar que as cobranças e discriminação de gênero e assédio são problemas graves que precisam ser mais estudados e enfrentados. Contemplar a saúde do policial no Brasil, entretanto, não se limita a oferecer serviços de suporte e estrutura, mas somados a isso: melhores condições de trabalho, melhores salários, esobretudo, a educação na capacitação dessa classe profissional.

9827 ACEITABILIDADE DA MERENDA EM ESCOLAS PARTICIPANTES DO PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR EM SANTARÉM, PARÁ
Jamile Brito de Monte, Larissa Luana Silveira Pereira, Raissa Vasconcelos Rego, Marina Smidt Celere Meschede

ACEITABILIDADE DA MERENDA EM ESCOLAS PARTICIPANTES DO PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR EM SANTARÉM, PARÁ

Autores: Jamile Brito de Monte, Larissa Luana Silveira Pereira, Raissa Vasconcelos Rego, Marina Smidt Celere Meschede

Apresentação: O termo Merenda Escolar, é mais popularmente conhecido, com início datado em 1950, considerada uma ação de suplementação alimentar do Governo Federal no campo das políticas sociais e assistenciais. É um dos maiores programas na área de nutrição escolar no mundo, garantindo a permanência dos estudantes nas escolas e reduzir a desnutrição infantil no Brasil. Em 1979, este termo passou a ser denominado de Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), procurando atender às necessidades nutricionais dos estudantes durante sua estadia na escola, contribuindo no crescimento, desenvolvimento e rendimento escolar. É uma política pública destinada estrategicamente à garantia e melhoria da alimentação dos alunos da rede pública de ensino, através da aquisição de alimentos de empresas privadas e da agricultura familiar local. Assim, objetivou-se coletar dados acerca da aceitabilidade da merenda oferecida em duas escolas localizadas nas comunidades de São Braz e Irurama em Santarém, Pará. Para verificar a aceitação das preparações servidas nas escolas, utilizou-se o manual do teste de aceitabilidade do PNAE, disponibilizado pelo Ministério da Educação. Na aplicação dos testes priorizou-se as preparações que possuem maior frequência no cardápio semanal. Realizado um teste por preparação. Para que o alimento/preparação seja aceito a amostra deve apresentar porcentagem maior ou igual 85% nas expressões “gostei/adorei”. Caso o índice de aceitabilidade seja menor que 85% o responsável pela alimentação escolar poderá retirar a merenda ou optar pela alteração/modificação do cardápio. O teste foi realizado primeiramente pelos discentes do projeto de extensão e posteriormente a pedagoga ficou responsável pelo teste. A aceitação de um alimento pelos estudantes é importante para determinar a qualidade do serviço prestado em relação ao fornecimento da alimentação escolar. Evitando o desperdício de recursos públicos na compra de gêneros alimentícios rejeitados. A quantidade de alunos que responderam ao teste foi: São Braz 122 e em Irurama 181 escolares. Após a aplicação do teste na escola São Braz foi possível observar que das preparações avaliadas somente o vatapá atingiu 85% considerado satisfatório/aceito pelos escolares. Nota-se que o arroz, feijão e ovo e o arroz, feijão e picadinho tiveram boa aceitabilidade atingindo 84% e 74%, respectivamente. A boa aceitabilidade dessas preparações relaciona-se com questões culturais locais, pois o arroz é um alimento muito comum na região norte. Merendas envolvendo macarrão obtiveram conceitos insatisfatórios: macarronada com molho de tomate 48%, macarronada com sardinha enlatada 33%, o suco com bolacha atingiu 40%. Na escola de Irurama, as preparações contendo arroz também obtiveram maior aceitabilidade pelos escolares. Sopa de feijão com charque 79% e o risoto de frango 73%, já a sopa de feijão com charque apresentou somente 54% de aceitabilidade. Questões econômicas podem diminuir a aquisição deste alimento pelas famílias. Recomenda-se que além dos alimentos que fazem parte da cultura local, novos alimentos sejam inseridos no cardápio das escolas. A construção de hortas, educação alimentar e capacitações das auxiliares de cozinha precisam ser trabalhadas de modo que a merenda fique mais saborosa e palatável.

9935 BREVE ANÁLISE DAS CAUSAS DE INAPTIDÕES DOS DOADORES DE SANGUE DO SERVIÇO MUNICIPAL DE HEMOTERAPIA DE MACAÉ
Fabiana Paschoal dos Santos, Marcelle Cristina da Costa Correia

BREVE ANÁLISE DAS CAUSAS DE INAPTIDÕES DOS DOADORES DE SANGUE DO SERVIÇO MUNICIPAL DE HEMOTERAPIA DE MACAÉ

Autores: Fabiana Paschoal dos Santos, Marcelle Cristina da Costa Correia

Apresentação: Este resumo é parte da pesquisa realizada pela estagiária do curso de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense, Campus de Rio das Ostras, sob a supervisão da Assistente Social integrante do quadro de servidores do Serviço Municipal de Hemoterapia de Macaé, como requisito da disciplina de Estágio II (SMHM), tendo como objetivo analisar o perfil dos doadores de sangue atendidos na referida instituição, sob a perspectiva do Serviço Social na saúde, tendo como recorte os candidatos inaptos à doação de sangue. Vislumbrando refletir sobre os principais fatores associados à inaptidão temporária e permanente destes candidatos, buscaremos trazer alguns apontamentos em torno da realidade da instituição. O SMHM tem como órgão fiscalizador a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que regulamenta a obtenção, testagem, processamento e Controle de Qualidade de Sangue e Hemocomponentes para uso humano. Realizamos cerca de 16 a 25 coletas por dia e fornecemos hemocomponentes - concentrado de hemácias, plasma fresco congelado e concentrado de plaquetas - para os seguintes Hospitais: Irmandade São João Batista, Pronto Socorro Municipal, Unidade de Emergência Pediátrica, Hospital Municipal da Serra, UTI Nicola Albano, Hospital Público Municipal Fernando Moreira - HPM, Hospital da Unimed Costa do Sol, Pronto Socorro Aeroporto, Hospital Municipal Ana Moreira (Conceição de Macabu) e Hospital Municipal Carlito Gonçalves (Carapebus). Eventualmente atendemos Quissamã, Rio das Ostras e Casimiro de Abreu. Estes hemocompontes são utilizados no tratamento de algumas doenças, em cirurgias eletivas e emergenciais. A população usuária atendida são os doadores voluntários de sangue, homens e mulheres na faixa etária de 16 (dezesseis) anos a 69 (sessenta e nove) anos, desde que a primeira doação tenha ocorrido até os 60 anos, os pacientes das unidades de saúde que recebem as bolsas de sangue e hemoderivados, e os usuários hemofílicos. Após passarem pela triagem, os doadores são encaminhados para coleta, e seu sangue passará por uma série de testes, inclusive sorológicos, tais como: pesquisa de anticorpos irregulares, sorologia para Lues, sorologia para Doença de Chagas, sorologia para HIV, pesquisa de anticorpos de Hepatite (HBs Ag, Anti-HCV, Anti-HTLV-1-2, Anti-HBc) e pesquisa de Hemoglobina S. No caso de algum exame apresentar resultado positivo, o doador é chamado para coleta de nova amostra de sangue, para nova testagem. Caso o resultado seja confirmado, notificamos a Vigilância Epidemiológica do Município, convocamos o doador para comparecimento ao Serviço de Hemoterapia, no qual o mesmo receberá as devidas orientações e encaminhamento para o devido tratamento. O Serviço Social no Hemonúcleo (SMHM) é responsável pela captação de doadores de sangue, para isso realiza contatos com hospitais públicos e privados, visitas institucionais, visitas a pacientes internados na Irmandade São João Batista, atendimentos aos familiares dos pacientes internados, atendimentos sociais aos doadores, orientações para empresas e comunidades acerca da doação de sangue, e também notificamos a Vigilância Epidemiológica os casos soro reativos. 2 Desenvolvimento: A Hemoterapia surgiu no Brasil como questão de política pública somente na década de 1980, juntamente como o interesse social, motivada pela preocupação do sistema de saúde em vigência em torno dos casos de contaminação sanguínea que vinham aumentando cada vez mais, pois, até esta década, este serviço era prestado através da remuneração da doação, deixando os pacientes transfusionais passíveis de infecções e doenças. Esta política, ao longo dos anos, registrou importantes avanços na busca de um serviço que oferecesse para seus usuários um produto com segurança e qualidade. Realizamos um estudo transversal com abordagem quantitativa, utilizando-se dos dados obtidos com base nas Fichas de identificação dos doadores de sangue, Formulários de notificação à Vigilância Epidemiológica dos doadores sororreativos e nos Relatórios mensais de Informação de Produção Hemoterápica do período de Janeiro a Agosto de 2019. Resultado: Os dados foram obtidos através das fichas, formulários e relatórios, com o total de 3002 doadores, sendo 515 casos de inaptidão ao longo dos meses. Foram obtidos dados como: sexo, idade, aptidão e inaptidão. Ao tratar sobre as inaptidões presentes no momento da triagem, foi percebido que alguns dos fatores que mais se repetem estão ligados à falta de conhecimento sobre o que é necessário para realizar uma doação de qualidade, sendo, felizmente, inaptidões temporárias e que, portanto, após um determinado momento, o candidato poderá retornar para realizar a doação sanguínea tomando os devidos cuidados para que não haja nenhum risco de transmissão de infecções ou doenças. Encontramos um alto índice de candidatos que apresentaram lesões cutâneas na triagem, com 102 casos, seguido de coleta insuficiente com 73 casos e de desistência, contendo 48 casos. Verificou-se que o total de mulheres e homens doadores é semelhante, tendo uma pequena margem de acréscimo dos homens sendo 55,33% dos doadores. Em relação à idade, os doadores de 18 a 29 anos predominam com 1.018 doadores, e em segundo lugar os de 30 a 39 anos com 925 doadores, predominando na doação de sangue. Doadores de 40 a 49 anos aparecem em terceiro lugar com 640, sendo em quarto os doadores de 50 a 59 anos com 335 e em ultimo os idosos, com 84 doadores. Ao longo deste período foram 27 casos de inaptidão por Sífilis. Torna-se importante enfatizar este fator devido ao grande aumento destes casos durante os últimos anos em todo o Brasil. No que se refere à detecção destes casos, além da preocupação intensa com o descuido no uso de preservativos, observa-se por outro lado um aprimoramento da Vigilância Epidemiológica, e consequentemente um aumento das notificações dos casos. Considerações finais: A partir desses resultados, cabe aqui retomar sobre a importância da difusão do conhecimento, chamando a atenção para o fator da desistência dos doadores, como sendo uma problemática que também pode estar fortemente ligada ao sucateamento dos serviços públicos, pois devido ao quantitativo reduzido de profissionais no setor de Recepção e de Triagem, os doadores acabam tendo que esperar muito tempo para serem atendidos, sendo este um dos principais fatores elencados como motivo para desistência da doação de sangue. Assim, os impactos da ofensiva neoliberal que visam a precarização do trabalho e o sucateamento dos recursos estatais como estratégias de desresponsabilização governamental perante as instituições públicas repercutem diretamente no serviço prestado a população. 5 REFERÊNCIAS BRASIL, Ministério da Saúde. Manual de Orientação para Promoção da Doação Voluntária de Sangue. Brasília, DF, Ministério da Saúde, 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução – RDC N. 20, de 10 de abril de 2014. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo. Brasília, DF, abr. 2014. CORREIA, Marcelle Cristina da Costa. Plano de Estágio Supervisionado II. Rio das Ostras, RJ, 2019. CORREIA, Marcelle Cristina da Costa. Análise Institucional: Estágio I. Rio das Ostras, RJ, 2019. MURTA, Rosângela Bittencourt; OLIVEIRA, Renata G. Procedimento Operacional Padrão: Captação de Doadores. Serviço Municipal de Hemoterapia de Macaé. Macaé, RJ, 2001. BRASIL, Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico: Sífilis 2018. Disponível em: http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/Boletim_sifilis_0611.pdf. Acesso em: 9 dez. 2019.

10165 QUEIMADAS NA AMAZÔNIA E IMPACTOS NO SUS
Andreina Maciel, Gabriele Pimentel Sinimbu, Amanda da Silva Melo, Priscilla Mendes Cordeiro

QUEIMADAS NA AMAZÔNIA E IMPACTOS NO SUS

Autores: Andreina Maciel, Gabriele Pimentel Sinimbu, Amanda da Silva Melo, Priscilla Mendes Cordeiro

Apresentação: As queimadas na Amazônia são eventos recorrentes principalmente entre os meses de julho e setembro, e normalmente decorrem devido ao tipo de uso do solo, como o desmatamento de áreas e queima de vegetação para o preparo da terra para o plantio ou pastagem. Segundo dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), houve aumento de 83% no número de focos de incêndio florestal entre janeiro e agosto de 2019 comparado ao mesmo período de 2018. A queima da madeira pode criar uma diversidade de gases e aerossóis prejudiciais à saúde, que atingem o aparelho respiratório inferior, sendo crianças mais propensas a desenvolver problemas respiratórios por meio da inalação desses gases. Objetivo: Fazer uma analogia entre o aumento das queimadas na Amazônia e o impacto causado no Sistema Único de Saúde (SUS). Método: Trata-se de uma pesquisa narrativa realizada por discentes do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas. Resultado: Tratando-se da saúde infantil, um estudo realizado pela Fiocruz e coordenado pelo ICICT (Instituto de Comunicação e Informação em Saúde) identificou que, em 2019, o número de crianças internadas com problemas respiratórios nas áreas mais afetadas pelas queimadas dobrou, causando um custo excedente de R$ 1,5 milhão no SUS. Além disso, viver em lugares próximos aos focos de incêndio aumenta em 36% o risco de internação por problemas respiratórios. A pesquisa também chamou atenção para o aumento de internações em algumas cidades do interior dos estados do Pará, Rondônia e Mato Grosso, o qual foi cinco vezes maior que o esperado. Ressalta-se que o chamado “material particulado” (resíduo tóxico gerado por queima) pode atingir grandes cidades por meio do vento e causar mais problemas de saúde na população. Considerações finais: Tendo em vista as problemáticas abordadas, torna-se evidente a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) na assistência às vítimas afetadas pelos incêndios nas florestas da Amazônia. As mortes e internações foram as ocorrências mais graves e evidentes dos problemas de saúde causados pelas queimadas, porém, não foram os únicos, outros eventos adversos como atendimentos de emergência também se fizeram recorrentes e apesar do forte impacto que causaram ao SUS, este sistema de Saúde buscou da maneira mais efetiva prestar assistência a toda a população afetada, proporcionando um acesso universal, sem discriminação. Entendendo-se a importância de tal sistema nesse tipo de ocorrência ambiental que afeta a todos, faz-se necessário que este sistema de Saúde receba a devida valorização e apreço, sendo continuamente aprimorado e ampliado para melhor servir a toda a população. Além disso, um hábito de vida envolvendo a sustentabilidade por parte da população, pode colaborar para que as queimadas diminuam, diminuindo assim o impacto no SUS. Referências: Fiocruz. Queimadas na Amazônia causam forte impacto no SUS, Agência Fiocruz de Notícias, 2019. Disponível em:https://agencia.fiocruz.br/queimadas-na-amazonia-causam-forte-impacto-no-sus acesso: 08/02/2020.

10183 AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE PROCESSAMENTO DOS ALIMENTOS A PARTIR DE REGISTRO ALIMENTAR FOTOGRAFADO POR PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL
Ursula Viana Bagni, Thaís Lima Dias Borges

AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE PROCESSAMENTO DOS ALIMENTOS A PARTIR DE REGISTRO ALIMENTAR FOTOGRAFADO POR PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

Autores: Ursula Viana Bagni, Thaís Lima Dias Borges

Apresentação: Pessoas com deficiência visual frequentemente encontram dificuldades alimentares, como a aquisição dos alimentos, o preparo e o porcionamento dos mesmos de forma autônoma, o que pode influenciar suas escolhas alimentares e consequentemente o seu estado de saúde. Assim, torna-se importante avaliar o consumo alimentar desses indivíduos. Entretanto, os inquéritos tradicionais de avaliação da ingestão dietética não se adequam às pessoas com deficiência visual, haja vista que seu baixo protagonismo alimentar dificulta o relato adequado dos alimentos consumidos. Nesse contexto, o registro alimentar fotografado constitui-se em um método alternativo para que o profissional de saúde conheça a alimentação dessa população e auxilie no seu cuidado nutricional. Este estudo comparou o registro alimentar pesado e o registro alimentar estimado a partir de fotografias obtidas por pessoas com deficiência visual. Desenvolvimento: Estudo observacional, individuado e seccional, realizado em duas etapas. Na primeira, 40 pessoas com deficiência visual realizaram o registro alimentar fotografado usando smartphone, seguindo dois protocolos diferentes: foto frontal (câmera a 45º da refeição) e foto aérea (câmera a 90º da refeição). Foram fotografadas três refeições padronizadas (desjejum; almoço/jantar; lanche). Os participantes eram em sua maioria eram cegos (77,5%), do sexo masculino (67,5%) e tinham menos de 40 anos de idade (57,5%). Na segunda etapa ocorreu a análise das fotografias por um painel de juízes composto por 20 nutricionistas, que realizaram um registro alimentar estimado. Os alimentos relatados foram classificados de acordo com o seu nível de processamento (in natura, minimamente processado, processado e ultraprocessado). Em seguida, avaliou-se a frequência de acerto dos juízes, utilizando-se o teste Qui-quadrado. Resultado: Dentre os 13 alimentos presentes nas refeições fotografadas, 11 deles foram corretamente identificados por 100% dos juízes, enquanto o café com leite e o frango grelhado apresentaram frequência de acerto de 90%, em ambos os protocolos. Quanto ao nível de processamento dos alimentos, tanto para a foto frontal quanto para a aérea, os juízes identificaram 100% dos alimentos ultraprocessados, 100% dos processados. Também não houve diferença entre esses protocolos para os acertos dos alimentos dos alimentos minimamente processados (90% vs. 100%, p=0,49) e in natura (90% vs. 75%, p=0,41). Considerações finais: É possível avaliar qualitativamente o consumo alimentar de pessoas com deficiência visual a partir de registro alimentar fotografado pela própria pessoa, utilizando os protocolos específicos para esse público. Os profissionais de saúde são capazes de identificar satisfatoriamente os alimentos processados e ultraprocessados, que são potencialmente danosos à saúde quando consumidos com frequência. Além de proporcionar assistência nutricional mais adequada e alinhada ao Guia Alimentar para a População Brasileira, essa ferramenta pode estimular a autonomia e protagonismo das pessoas com deficiência visual nos serviços de saúde.

10209 HUMANIZAÇÃO NO CUIDADO EM SAÚDE: CONTRIBUIÇÕES DA POLÍTICA E DO MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
Isadora Abreu Rodrigues, Gisela Cordeiro Pereira Cardoso, Cesar Luiz Silva Junior, Patrícia Pássaro da Silva Toledo, Egleubia Andrade de Oliveira, Dolores Maria Franco de Abreu, Celita Almeida Rosario, Maria Aparecida dos Santos

HUMANIZAÇÃO NO CUIDADO EM SAÚDE: CONTRIBUIÇÕES DA POLÍTICA E DO MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

Autores: Isadora Abreu Rodrigues, Gisela Cordeiro Pereira Cardoso, Cesar Luiz Silva Junior, Patrícia Pássaro da Silva Toledo, Egleubia Andrade de Oliveira, Dolores Maria Franco de Abreu, Celita Almeida Rosario, Maria Aparecida dos Santos

Apresentação: A implementação da Política Nacional de Humanização (PNH) vem se apresentando como um desafio significativo para o Ministério da Saúde, pois aposta na humanização das práticas de atenção e de gestão no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Neste contexto, torna-se fundamental a discussão da humanização nos serviços de saúde pública, de forma a oportunizar novos modos de cuidar e de organizar o trabalho, de maneira coletiva e compartilhada. O presente estudo é resultado de uma pesquisa de Iniciação Científica inserida em um projeto maior de desenvolvimento de forma colaborativa do Monitoramento e Avaliação (M& A) do Projeto AcolheSUS, que envolve a qualificação das práticas de gestão e de atenção a partir das portas de entrada do SUS. Trata-se de uma revisão bibliográfica, de abordagem qualitativa, com objetivo de descrever as principais linhas de cuidado contempladas nas Redes de Atenção à Saúde que fazem interface com a Política Nacional de Humanização. Foram utilizadas bases de dados nacionais e internacionais, de acesso aberto, com produções em inglês e português e com textos completos disponíveis. O período de publicação das produções científicas contemplou os anos de 2003 a 2018, visto que a PNH foi idealizada em 2003. Ao final, foram selecionados 61 artigos para leitura completa e fichamento. Entre os principais resultados, destacam-se avanços referentes à valorização e inclusão de gestores, trabalhadores e usuários no processo de produção de saúde. Além disso, considerando que a PNH põe em análise os modelos de atenção e gestão instituídos no SUS, é possível compreender desafios da política em questões relacionadas ao investimento na qualificação dos trabalhadores, ao direito dos usuários, à fragmentação da rede assistencial e do processo de trabalho. Ademais, concluiu-se a importância do reconhecimento das temáticas de ambiência, acolhimento, qualificação profissional e gestão e organização do cuidado como orientadores substanciais à atenção integral e humanizada em saúde, a partir das perspectivas colaborativa e interdisciplinar do Monitoramento e Avaliação em saúde. 

10247 EVOLUÇÃO DO SARAMPO NO BRASIL: ATUAL PANORAMA DA INFECÇÃO
Daiana do Nascimento Pereira, Camila Mendonça de Almeida Senna, Caio Ramos, Lucas de Almeida Figueiredo., Erika Luci Pires de Vasconcelos

EVOLUÇÃO DO SARAMPO NO BRASIL: ATUAL PANORAMA DA INFECÇÃO

Autores: Daiana do Nascimento Pereira, Camila Mendonça de Almeida Senna, Caio Ramos, Lucas de Almeida Figueiredo., Erika Luci Pires de Vasconcelos

Apresentação: O sarampo é uma doença infectocontagiosa, potencialmente grave causada pelo vírus do subgrupo Morbillivirus, este é transmitido por meio de gotículas através da tosse e espirro, além de contato direto com pessoa infectada ou verticalmente de mãe para filho, ainda que lactentes, já tiveram sarampo e foram vacinadas adquirem imunidades passiva conferida por anticorpos transmitidos pela via transplacentária, sendo esta transitória e que perdura somente até o primeiro ano de vida. Sintomas como hipertermia, erupções cutâneas, coriza e conjuntivite, podem variar 7 a 21 dias, desde a data da exposição até o aparecimento do exantema. A única forma de prevenção contra o sarampo é realizada por meio da vacinação- composta pelo vírus vivo atenuado, que abrange não somente o sarampo, como também a rubéola e caxumba, conhecida como Tríplice Viral que deve ser administrada a partir de 06-15 meses a 4 anos de vida, duas doses e após 20 anos de idade até 59 anos deve - se ter mais duas doses completas. Por meio das fichas de notificação, o sarampo pode ser rastreado, obtendo então, estatísticas epidemiológicas de incidência e prevalência, sendo uma doença reemergente no Brasil no ano de 2018, uma vez que já tinha sido considerado erradicado no ano de 2016. Este trabalho buscou apresentar a incidência e reemergência do alto índice de casos de sarampo no Brasil no ano de 2018. Desenvolvimento: A metodologia utilizada foi revisão de literatura com abordagem qualitativa do tipo descritiva, exploratória. Resultado: Devido à falta de informação por parte da população, além dos movimentos anti-vacinas, que influenciam os pais a não vacinar seus filhos por conta de efeitos colaterais e da ideologia de não efetividade da vacina no organismo. Considerações finais: Segundo a Fiocruz, o Brasil recebeu em 2016 o certificado de eliminação do sarampo da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), uma vez que não registrava casos da doença no país. Já até 17 de julho de 2018 dentre os resultados obtidos pela Agência Nacional de Saúde sobre o sarampo, constatou-se que o Brasil apresentou, um total de 10.326 casos confirmados, assim correlacionados: Janeiro a março de 2019, apenas dois estados apresentaram casos confirmados da doença: Amazonas (5) e Pará (23). Visto isso, pretende-se a desmistificação dos movimentos anti-vacina, instruir e capacitar profissionais da área da saúde quanto à intensificação da prevenção e promoção do processo saúde com ênfase na imunização.