432: Ações de Educação em Saúde no âmbito Atenção Básica
Debatedor: Juliana Braga Rodrigues de Castro
Data: 31/10/2020    Local: Sala 03 - Rodas de Conversa    Horário: 13:30 - 15:30
ID Título do Trabalho/Autores
6649 EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Rosália cardoso da Silva, Sabrina de Lucas Ramos Necy, Atílio Rodrigues Brito, Ana Júlia Góes Maués, Rebeca Prata Meireles, Fernanda Cristina Silva da Silva, Luana Gomes de Lima Martins, Ingrid Magali Souza Pimentel

EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Rosália cardoso da Silva, Sabrina de Lucas Ramos Necy, Atílio Rodrigues Brito, Ana Júlia Góes Maués, Rebeca Prata Meireles, Fernanda Cristina Silva da Silva, Luana Gomes de Lima Martins, Ingrid Magali Souza Pimentel

Apresentação: A educação em saúde pode se caracterizar como um conjunto de atividades que sofrem diversas influências do meio com a finalidade de proporcionar a melhoria na qualidade de vida e saúde de um indivíduo. Com isso é um método que visa construir e viabilizar novas formas de conhecimento, que pode estar atrelado à mudança positiva muitas vezes do hábito de vida de uma população ou comunidade. Aliado a isso é de suma importância sua utilização em campanhas como, por exemplo, a do outubro rosa que representa uma luta mundial contra o câncer de mama podendo proporcionar ao público feminino um conhecimento ainda maior a respeito do mesmo e melhora no processo do autocuidado. Objetivo: O objetivo deste estudo se baseou em descrever as experiências de acadêmicas de enfermagem da Universidade do Estado do Pará relacionada à ação alusiva ao outubro rosa realizada em uma Estratégia de Saúde da Família, abrangendo a temática do carcinoma de mama, para demonstrar a importância do conhecimento no assunto além de melhorar o processo de autocuidado da mulher. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, em que as acadêmicas se utilizaram da educação em saúde para a abordagem da temática em questão, confeccionando todo o material que seria necessário para abordagem do assunto de forma dinâmica e de fácil compreensão por meio das tecnologias leve como, por exemplo, cartazes, jogos de memória, perguntas e respostas, além da preparação e decoração da sala (auditório) onde foi realizada a ação. As acadêmicas além de se preocuparem com a estética também centraram em valorizar a temática, evidenciando e ressaltando a precisão do tema para o momento oportuno. Resultado: e Discussões: Inicialmente nos apresentamos e começamos a relatar sobre o carcinoma de mama e colo de útero, com a apresentação de cartazes ilustrativos a respeito do assunto abordado, em seguida foi aberto um espaço para a dinâmica de perguntas e respostas onde percebemos o real entendimento sobre o que estávamos falando em vista da quantidade de respostas assertivas que obtivemos aliado a atenção que o público demonstrava. No decorrer da ação realizamos também a dinâmica do jogo de memória, onde as participantes se mostraram bastante participativas. Ao final tiramos algumas dúvidas que nos foram indagadas, distribuímos lembrancinhas e demos nossos agradecimentos. Considerações finais: Diante do exposto é possível concluir que a educação em saúde é uma forte ferramenta a ser utilizada pelos profissionais da saúde, tendo em vista, principalmente o fácil acesso e compreensão dos assuntos que queiram ser abordados através do uso da mesma. Na ação foi possível observar, a dinamização e interesse, por parte dos participantes, do que foi exposto, além de proporcionar para as acadêmicas um mútuo conhecimento por meio do diálogo educador- educando.

6831 O VÍNCULO COM O USUÁRIO ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Gustavo Nunes de Mesquita, Ana Lucia Naves alves, Luiz Henrique dos Santos Ribeiro, Laisa Marcato Souza da silva, Daiela Marcondes Gomes, Julia Gonçalves Oliveira

O VÍNCULO COM O USUÁRIO ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

Autores: Gustavo Nunes de Mesquita, Ana Lucia Naves alves, Luiz Henrique dos Santos Ribeiro, Laisa Marcato Souza da silva, Daiela Marcondes Gomes, Julia Gonçalves Oliveira

Atualmente, a estratégia saúde da família (ESF) configura como o maior precursor assistencial no País considerado como um eixo estratégico reorganizador do Sistema Único de Saúde (SUS), carregando enorme potencial para estruturar de forma consistente a atenção primária à saúde no Brasil, apontado por sua extensão e cobertura, como um modelo a ser seguido. A realização das ações de educação em saúde na equipe trate-se de uma competência de todos os profissionais envolvidos. Desse modo, o enfermeiro tem nessa oportunidade buscado desenvolver a autonomia do usuário para que essa educação possa ser a transformação através do empoderamento de suas ações refletindo no processo saúde-doença. Portanto, este estudos tem como objetivo relatar a percepção do acadêmico de enfermagem envolvido na criação do vinculo entre usuário e estratégia saúde da família. Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência, elaborado no estágio extracurricular, no décimo período do curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário de Barra Mansa - UBM no ano de 2018 em um município de pequeno porte do interior Paulista. A implantação das atividades educativas nos serviços ofertados nas unidades de saúde destina refletir favoravelmente na vida do usuário que vai a procura de alguma informação, serviço e atendimento em saúde. No que tange ao conceito de autogestão é um processo dinâmico e ativo, requerendo conhecimento, atitude, disciplina, determinação, comprometimento, autorregulação e auto-eficácia para gerir a doença, na busca de um viver saudável. Todos esses fatores devem ser levados em conta nas abordagens educativas em saúde, pois assim, fica demonstrado que a sala de espera se trata um espaço excelente para a realização de ações de promoção à saúde. Nesse sentido, ao considerar as necessidades da clientela presente, a sala de espera garante um cuidado mais centrado na humanização e acolhimento. Além de refletir diretamente numa aproximação entre a comunidade e os serviços de saúde e alcançar tanto a demanda espontânea quanto a programada. Ao participar da rotina das unidades de saúde, torna possível compreender a importância dos espaços direcionados para a educação em saúde, promovendo e estimulando o autocuidado. Portanto, conclui-se que durante o período da prática nos estágios foi revelada a relevância no fortalecimento do atendimento humanizado de forma que o usuário receba o cuidado integral e holístico, desprendendo de burocratização e costumes de modelos hegemônicos de saúde na forma como atender o usuário. O acolhimento ao usuário reflete diretamente na relação da equipe, serviços ofertados a comunidade, criando vínculo no qual a integralidade é cumprida.

8032 PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE POR MEIO DE OFICINAS DE BANHO DE OFURÔ.
stephanne barboza monteiro, Aline Barros Barbosa, Antônio Carlos Monteiro Monteiro, Brênelly Emanuelli Dias, Moana Silva, Ana Rosa Pontes

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE POR MEIO DE OFICINAS DE BANHO DE OFURÔ.

Autores: stephanne barboza monteiro, Aline Barros Barbosa, Antônio Carlos Monteiro Monteiro, Brênelly Emanuelli Dias, Moana Silva, Ana Rosa Pontes

Apresentação: Entende-se sobre Práticas Integrativas e Complementares (PICS) como tratamentos que utilizam recursos terapêuticos, baseados em conhecimentos tradicionais e voltados para prevenção de diversas patologias e agravos. A eficácia do uso dessas práticas é evidenciada a partir de estudos científicos, os quais mostram os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares. Esse tipo de abordagem busca estimular os mecanismos naturais da prevenção de agravos e recuperação da saúde, por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase, não só, na escuta acolhedora e no desenvolvimento do vínculo terapêutico, como também, na integração do ser humano com o meio ambiente e dentro da sociedade. Como exemplo dessas práticas tem-se o banho de ofurô, o qual atua como uma técnica de relaxamento, que possibilita diversos efeitos positivos para o recém nascido e para a mãe, pois ele aprofunda o vínculo materno-infantil, permitindo a diminuição do estresse e proporciona o aumento da tranquilidade e do conforto, o que contribui, diretamente, para o ganho de peso do bebê e, ainda, estimula o relaxamento dos músculos e dilatação dos vasos. Dessa forma, essa ferramenta, auxilia, não apenas, nos aspectos físicos, mas também, na promoção da saúde integralizada e humanizada para a assistência dos neonatos, levando em consideração todas as particularidades que as Práticas Integrativas e Complementares preconizam para a prevenção e tratamento de patologias. Dentro dessa perspectiva, a educação em saúde representa um importante instrumento facilitador para a capacitação da comunidade, contribuindo para a promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida da população, principalmente no âmbito da Atenção Primária em Saúde (APS), pois contribui para o desenvolvimento de conhecimentos e atitudes favoráveis ao cuidado da saúde no âmbito individual e coletivo. Deste modo, o presente trabalho tem como objetivo descrever a experiência de acadêmicos na condução das ações de educação em saúde na Atenção Básica, por meio de oficinas de banho de ofurô, com enfoque na redução da utilização de fármacos como forma de alívio de dores e desconfortos em crianças. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, tipo relato de experiência, desenvolvido por acadêmicos da Universidade Federal do Pará (UFPA), sob a supervisão da enfermeira coordenadora da equipe de saúde da Estratégia de Saúde da Família (ESF) Dr. Everaldo Araújo, situada na cidade de Abaetetuba, no estado do Pará, no mês de dezembro de 2019, durante a imersão no projeto de extensão Multicampi Saúde da Universidade Federal do Pará, intitulado “Atenção à saúde da criança”, tendo como público alvo as mães e crianças que realizam acompanhamento no programa de Aleitamento Materno Exclusivo (PROAME). Nesse programa funciona o projeto “Papo de mãe”, o qual tem por objetivo encontros mensais, somado às consultas de rotina, nos quais são desenvolvidas oficinas sobre diversos temas de interesse materno, direcionadas principalmente às mães primigestas, sendo estas as maiores portadoras de dúvidas referentes a essa nova fase da vida. Durante as oficinas estiveram presentes 18 mães, todas acompanhadas de seus filhos, os quais tinham idade entre 0 e 4 meses. Nesse sentido, o primeiro tema a ser abordado foi a utilização do banho de ofurô, como forma terapêutica não farmacológica, para alívio da dor, desconforto e irritabilidade do recém nascido. A escolha dessa temática foi resultado da observação do grande número de crianças com relatos, por meio das mães, de irritabilidade e desconforto, desencadeados por cólicas abdominais, resultando em uso frequente de fármacos específicos para alívio desses sintomas. Dessa forma, a equipe multiprofissional iniciou o primeiro encontro com a explanação clara e acessível à comunidade presente, enfatizando pontos importantes como: o que se trata o banho de ofurô, como surgiu e seu histórico, seu objetivo, seus benefícios e sua técnica. Por conseguinte, a equipe solicitou que os participantes realizassem a técnica dentro do processo prático, para melhor compreensão e destreza durante o desenvolvimento dessa atividade. Algumas demonstraram receio, por se tratar de uma técnica pouco ou não conhecida no meio, no entanto, no decorrer da oficina, mães e filhos foram se aprimorando, aperfeiçoando-se e adequando-se à técnica, sempre com o auxílio técnico e emocional de toda a equipe. Durante esse momento, cada mãe foi direcionada a um balde, posterior a isso, realizaram a imersão de seus respectivos filhos dentro do balde e, logo de imediato ficaram impressionadas ao observarem o relaxamento e conforto das crianças. A oficina teve a duração de 1 hora de abordagem teórica sobre a temática e trocas de experiências entre a equipe e as participantes e 20 minutos de prática. Infere-se que, durante a experiência, a equipe levou em consideração as vivências, opiniões e individualidade de cada mãe, proporcionando, assim, o estreitamento de vínculo e maior acolhimento para esse momento. Além disso, para alcançar tais premissas utilizou-se cinco baldes, toalhas, almofadas para conforto das mães e reprodutor multimídia, para a reprodução de sons de ninar, com o intuito de maximizar a prática, através da adequação do ambiente, deixando-o mais confortável para a criança. Resultado: A vivência levou à equipe a percepção da importância da criação de estratégias, principalmente, na Atenção Básica, que busquem práticas educativas em saúde, abordando temas relevantes dentro de cada realidade e de cada programa. Uma vez que, percebeu-se como resultado dessa experiência, que poucos minutos de imersão no balde de ofurô, as crianças ficaram mais tranquilas, com cessamento do choro e, em alguns casos, adormecimento durante o banho. Além disso, como consequência indireta dessa prática, houve uma melhoria na sucção durante o processo de aleitamento, melhoria na manutenção da “pega”, aumento na qualidade do sono e repouso da criança, seguindo-se para tranquilidade tanto para a mãe, quanto para o bebê, contribuindo com o aumento do vínculo afetivo familiar. Percebeu-se o alcance do objetivo desta prática, com promoção de uma experiência enriquecedora para todos os participantes, com a notória satisfação e envolvimento de todas as mães participantes mediante a abordagem da temática realizada. Considerações finais: As PICS, dentro da atenção primária são fundamentais para a transformação de um modelo de saúde assistencialista em um atendimento integral e humanizado ao recém nascido. Dessa forma, com foco na redução do uso de fármacos, o cuidado proporcionado pela hidroterapia do banho de ofurô, permite que unidade básica de saúde assegure a assistência à saúde das crianças, com técnicas pouco invasivas e capazes de possibilitar o seu desenvolvimento adequado. Essa restrição exclui a participação da Enfermeira participante (preceptora). Portanto, incluir termos que a incluam é importante. O relato da experiências será dos alunos e não da preceptora, assim basta colocar o nome dela no trabalho.

8240 CÂNCER DE PRÓSTATA: A NECESSIDADE DA PROMOÇÃO DE PRÁTICAS EDUCATIVAS DE INCENTIVO À PREVENÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA
Eva Rita Ribeiro Medeiro Maia, Ana Francisca Ferreira da Silva, Marcus Vinícius Souza e Silva, Júlia Fialho Cauduro, Natasha Maranhão Vieira Rodrigues, Carla Grisolia, Rômulo Geisel Santos Medeiros, Andreza Aguiar Ximenes

CÂNCER DE PRÓSTATA: A NECESSIDADE DA PROMOÇÃO DE PRÁTICAS EDUCATIVAS DE INCENTIVO À PREVENÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA

Autores: Eva Rita Ribeiro Medeiro Maia, Ana Francisca Ferreira da Silva, Marcus Vinícius Souza e Silva, Júlia Fialho Cauduro, Natasha Maranhão Vieira Rodrigues, Carla Grisolia, Rômulo Geisel Santos Medeiros, Andreza Aguiar Ximenes

Apresentação: Com aproximadamente 70.000 novos casos anuais, o câncer de próstata é considerado uma expressiva preocupação à saúde pública. No entanto, é possível reduzir sua taxa de mortalidade, uma vez que, quando diagnosticado durante a fase inicial, o tratamento torna-se mais eficaz. Assim, destaca-se a importância da participação ativa dos brasileiros no controle dessa doença, através da busca pelos exames específicos, como recomendado pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer). Em incentivo à tal prática, realizou-se uma ação educativa de promoção de saúde voltada aos usuários da Unidade Básica de Saúde (UBS) Morro da Liberdade, em Manaus. Relatou-se a experiência de conscientização sobre a prevenção do câncer de próstata, que fomentou o acesso à informação na Atenção Básica, em prol de incentivar a busca pelo rastreamento desimpedido. Desenvolvimento: Por três visitas, os alunos revezaram-se em duplas e, no turno da manhã, conduziram ações de educação em saúde ao público-alvo composto por: homens aguardando atendimento, acompanhando familiares e até mesmo nos arredores do local. As pessoas eram abordadas individualmente de forma a ficarem à vontade sobre a temática. A linguagem foi coloquial, próxima à realidade popular. Cada usuário recebeu um folder retirado da página virtual da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), que abrangeu o tema de forma clara e visual. Durante o discurso, destacou-se a definição da próstata, a epidemiologia e o rastreio da doença e, principalmente, a necessidade de ser realizado o exame de toque retal anualmente, caso o indivíduo estivesse incluso no grupo de risco: população do sexo masculino com mais de 50 anos. Ademais, houve um alerta aos sintomas característicos desse câncer, de forma que, caso sejam reconhecidos, ocorra a busca imediata pela UBS. Em seguida, foram esclarecidas as dúvidas dos usuários. Resultado: Observou-se que, apesar da maioria dos envolvidos ter conhecimento sobre o a necessidade do rastreamento, poucos sabiam a frequência adequada, bem como a existência de outros exames de rastreio, como o Antígeno Prostático Específico (PSA). Notou-se a dificuldade em conseguir-se consulta com o urologista pelo Sistema Único de Saúde (SUS), visto que o tempo de espera chega a ultrapassar um ano, não cumprindo, assim, o prazo esperado para o diagnóstico precoce. Uma realidade frequente é a busca por consultas particulares, quando há condições, e o retorno à UBS após o toque retal. Além disso, poucos homens apresentaram receio em falar do tema, havendo grande receptividade ao aprendizado. Considerações finais: Como segunda principal causa de óbitos dentro da oncologia masculina, o combate ao câncer de próstata necessita que a UBS realize seu rastreio de forma eficaz. A fim de respeitar o prazo cabível, é imprescindível diminuir o tempo de espera na rede pública, com a solução alternativa de conceder permissão ao médico de família e comunidade em realizar o exame. Ademais, a experiência possibilitou aos acadêmicos maior proximidade à comunidade, desenvolvendo a comunicação com o usuário e a visão desse como um indivíduo passível de dúvidas e anseios.

9649 CONSTRUÇÃO COLETIVA DAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM GRUPOS DE GRÁVIDAS NA ATENÇÃO BÁSICA
Luana Caroline Nunes Fernandes, Kathellen Cristine Soares Pereira, Celsa da Silva Moura Souza

CONSTRUÇÃO COLETIVA DAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM GRUPOS DE GRÁVIDAS NA ATENÇÃO BÁSICA

Autores: Luana Caroline Nunes Fernandes, Kathellen Cristine Soares Pereira, Celsa da Silva Moura Souza

Apresentação: A construção coletiva possui relevância no desenvolvimento de competências colaborativas como pilares para o efetivo trabalho em equipe e para a formação de futuros profissionais, além da produção dos serviços de saúde e promoção do cuidado. Por isso, o objetivo era desenvolver práticas educativas abordando temas relacionados a saúde da gestante com enfoque de educação em saúde nas Unidades Básicas de Saúde. Desenvolvimento: As técnicas de ensinagem mais utilizadas nas atividades foram mapas conceituais, tempestades de ideias e rodas de conversas. Durante o período de agosto de 2018 a agosto de 2019 para fortalecer o pré-natal com o grupo de grávidas em duas (2) Unidades Básicas de Saúde.  As práticas iniciavam após um “quebra-gelo”, em que a grávida ou acompanhante respondia uma pergunta acerca do tema que seria abordado, conforme suas experiências pessoais ou de conhecidos. Em todas as atividades as participantes mostravam ter em comum dúvidas e expectativas quanto à maternidade. Outro fato relevante foi a grande participação de familiares no papel de acompanhantes durante a realização das atividades na UBS. No andamento das práticas outros temas e questionamentos eram abordados. Foi satisfatório perceber o impacto resultante das ações promovidas, além do interesse de todos os envolvidos nas atividades e a importância das ações interprofissional no atendimento à comunidade. Resultado: Durante as práticas educativas foi possível observar a importância das atividades de extensão para a comunidade acadêmica, as participantes das ações e o alinhamento dos profissionais das unidades de saúde, uma vez que suas ações geram contribuições para a promoção de saúde. Um fato que os discentes evidenciaram como positivo foi a maior adesão do pré-natal e período de puerpério das participantes, além de estimular a formação de futuros profissionais mais implicados com as transformações necessárias à sociedade. Considerações finais: As ferramentas de educação em saúde são essenciais na promoção do bem-estar da comunidade. Diante disso, projetos que realizem interações entre os profissionais das unidades, graduandos e a comunidade podem gerar impactos positivos de acordo com a necessidade da formação acadêmica e da sociedade.

11309 AURICULOTERAPIA NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA TERAPIA ALTERNATIVA
Tayana de Sousa Neves, Camila de Almeida Silva, Tainã da Silva Lobato, Franciane de Paula Fernandes, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Marylin Neves Nogueira

AURICULOTERAPIA NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA TERAPIA ALTERNATIVA

Autores: Tayana de Sousa Neves, Camila de Almeida Silva, Tainã da Silva Lobato, Franciane de Paula Fernandes, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Marylin Neves Nogueira

Apresentação: A Auriculoterapia é um procedimento utilizado em atendimentos para vários tipos de problemas de saúde, após avaliação clínica realizada pela equipe de saúde da família. O Ministério da Saúde incentiva a capacitação da equipe para realização desta técnica, pois a disponibilidade deste serviço nas Unidades Básicas de Saúdebeneficia a integração entre os profissionais de saúde e propicia a concretização do cuidado no território, conforme as diretrizes do SUS. O objetivo do estudo foi proporcionar conhecimento e benefícios sobre a auriculoterapia. Desenvolvimento: A capacitação ocorreu em umas das salas da instituição de ensino da Universidade do Estado do Pará em Santarém nos dias 11 e 12 de outubro de 2019, no qual o público escolhido foiprofissionais enfermeiros atuantes em unidades de estratégia e saúde da família no município de Santarém, sendo no primeiro dia utilizado para parte teórica da temática com palestrantes capacitados para ministrar e no segundo dia foi destinado para parte prática por meio de materiais adequados que facilitaram a atividade como também a aplicação de um formulário para melhor ser avaliado o projeto. Ao término das atividades foram oferecidos lanches com intuito de confraternização da oficina aplicada. Resultado: A capacitação proporcionou benefícios para os profissionais pelo oferecimento de aulas teóricas, materiais didáticos e práticas que facilitaram o aprendizado como possível divulgação da técnica nas unidades básicas de responsabilidade do público da pesquisa. Considerações finais: Dentro daperspectiva de aprendizagem obteve-se interação entre o teórico e prático adquirindo experiências e contribuindo para formação dos profissionais de saúde para melhor interação multiprofissional e cuidados terapêuticos que abordam alguns problemas de saúde dos pacientes. Do mesmo modo, a oficina proporcionou atualização de curriculum lattes no contexto de curso complementar de curta duração.

9002 PROJETO TEFÉ ATIVA E SAUDÁVEL: IMPACTO DO INCENTIVO À ATIVIDADE FÍSICA PARA A POPULAÇÃO DE TEFÉ, AMAZONAS
Robson de Souza Silva, Adriano Araújo Fernandes, Bruno Henrique Figueiredo Cortezão, Heloíse Terezinha Alves Guimarães, Lidiana Cordeiro Dias, Maria Adriana Moreira

PROJETO TEFÉ ATIVA E SAUDÁVEL: IMPACTO DO INCENTIVO À ATIVIDADE FÍSICA PARA A POPULAÇÃO DE TEFÉ, AMAZONAS

Autores: Robson de Souza Silva, Adriano Araújo Fernandes, Bruno Henrique Figueiredo Cortezão, Heloíse Terezinha Alves Guimarães, Lidiana Cordeiro Dias, Maria Adriana Moreira

Apresentação: A atividade física desempenha um papel decisivo, não apenas pela sua contribuição para o equilíbrio e balanço energético, mas também reduz os riscos de doenças associadas à obesidade. O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência da implantação do projeto “TEFÉ ATIVA E SAUDÁVEL”, com o intuito de promover um programa de atividades físicas para promoção à saúde, prevenção e combate a inatividade física da população tefeense. O projeto tem apenas 6 meses de vida. É coordenado por um profissional de Educação Física e executado pelos profissionais do Núcleo Ampliado à Saúde da Família da Secretaria Municipal de Saúde da cidade de Tefé, Amazonas. As atividades são realizadas durante cinco dias da semana, com uma hora e meia de duração, divididas em quatro partes: aquecimento e alongamento com os fisioterapeutas, treinamentos variados com os profissionais de educação física, danças com ritmos variados com uma técnica em dança, e relaxamento final com os fisioterapeutas. A adesão do projeto superou as nossas expectativas, nos primeiros 3 meses já tínhamos mais 350 pessoas participando, após 6 meses já são mais de 950 cadastrados, em média, são de mais 300 pessoas por dia de atividade. Ao realizarmos as avaliações físicas dos participantes do projeto, ficou evidenciado que mais de 80% dos participantes, estava muito acima do peso, evidenciando a impactante realidade da inatividade física presente neste município. Entretanto, ao longo desses seis meses de existência do projeto, resultados como melhora do ânimo, diminuição de estresse, melhora do sono, saída do isolamento e principalmente emagrecimento foram alguns dos importantes resultados alcançados e por fim, acreditamos que muitos outros benefícios serão alcançados ao longo dos próximos meses e consequentemente conseguiremos promover saúde e principalmente combater os diversos agravos crônicos que a cidade apresenta, além de mais qualidade de vida a população tefeense.

8225 A PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DO TABAGISMO NA FORMAÇÃO E NA PRÁTICA DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE: CONTRIBUIÇÕES DA SOCIOCLINICA INSTITUCIONAL
Vilma Vieira Silva, Ana Clementina Vieira de Almeida, Lucia Cardoso Mourao, Juliana Gregório, Lucille Annie Carsten, Fabiola Braz Penna

A PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DO TABAGISMO NA FORMAÇÃO E NA PRÁTICA DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE: CONTRIBUIÇÕES DA SOCIOCLINICA INSTITUCIONAL

Autores: Vilma Vieira Silva, Ana Clementina Vieira de Almeida, Lucia Cardoso Mourao, Juliana Gregório, Lucille Annie Carsten, Fabiola Braz Penna

Apresentação: Estudo que traz como objeto “a formação de profissionais de saúde nas ações de promoção e prevenção junto a tabagistas na Estratégia Saúde da Família”. Problematiza as dificuldades na realização de ações de promoção e prevenção voltadas ao tabagismo, considerando os centros formadores, os serviços de saúde e a sociedade em geral. Objetivo: Analisar os fatores que interferem na prática de promoção e prevenção desenvolvidas por profissionais de saúde junto a tabagistas, considerando seu processo formativo e suas atividades junto a fumantes na Estratégia da Saúde da Família; Identificar como tem sido abordada na formação dos profissionais de saúde a prática de promoção e prevenção junto a tabagistas; Listar as ações que os profissionais de saúde consideram prática de promoção e prevenção relacionadas ao tabagismo; Buscar juntamente com os participantes, estratégias relacionadas ao tabagismo e que possam ser aplicadas nos serviços de saúde e no processo de formação, proposta de produto deste estudo. Método: Trata-se de uma pesquisa intervenção com abordagem qualitativa, tomando como referencial teórico metodológico a Análise Institucional na modalidade Socioclínica Institucional das práticas profissionais. Escolhe como cenário uma Unidade da Saúde da Família de um município de Niterói/Rio de Janeiro e como participantes profissionais de saúde da referida unidade. Elege como dispositivos da coleta de dados dois encontros nos moldes da Socioclínica Institucional, um diário para anotações do pesquisador e as anotações nas atas dos grupos de tabagista. A pesquisa foi aprovada pelo CEP/UFF com o número 2.930.317 CAAE 91395518.8.0000.5243. O primeiro encontro aconteceu em outubro de 2018 e compareceram 15 profissionais, e o segundo encontro de restituição em maio de 2019 com 17 profissionais. O material coletado foi transcrito e a produção de dados permitiu evidenciar as características da Socioclínica Institucional e dois eixos de análise. O primeiro “a intervenção Socioclínica Institucional traz para debates a promoção e prevenção do tabagismo na formação e na prática dos profissionais” que se abriu para 03 sub eixos. O segundo a abordagem  Socioclínica Institucional como favorecedora para a busca de estratégias de prevenção ao tabagismo. Resultado: O primeiro eixo evidenciou a falta de ações mais efetivas voltadas ao tabagismo durante a formação; O preocupante envolvimento de crianças e adolescentes no ato de fumar no seio das próprias famílias; As contradições entre o que recomendam os programas oficiais e o que realmente ocorre no cotidiano e as dificuldades e potencialidades dos grupos de tabagismo. O segundo eixo, salienta como o referencial teórico metodológico favoreceu os debates que permitiram pensar em dois produtos que possibilitaram ampliar as ações de promoção e prevenção do tabagismo na formação e capacitação dos profissionais de saúde. Considerações finais: O estudo possibilitou que práticas instituintes relacionadas ao tabagismo fossem assimiladas pelos participantes naquele cenário, qualificando a formação de acadêmicos, preceptores e trabalhadores da unidade.

9973 PRÁTICAS DE CUIDADO A PESSOAS QUE TAMBÉM FAZEM USO DE CIGARRO: EXPERIÊNCIAS DE GRUPALIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE
Lavinia Boaventura Silva Martins, Gerfson Moreira Oliveira, Maria das Graças Prisco, Poliana Lins de V. Raykil, Nelcy Maria Koppe, Luiz Antonio Felizberto, Renata Cardoso de Castro Tourinho

PRÁTICAS DE CUIDADO A PESSOAS QUE TAMBÉM FAZEM USO DE CIGARRO: EXPERIÊNCIAS DE GRUPALIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE

Autores: Lavinia Boaventura Silva Martins, Gerfson Moreira Oliveira, Maria das Graças Prisco, Poliana Lins de V. Raykil, Nelcy Maria Koppe, Luiz Antonio Felizberto, Renata Cardoso de Castro Tourinho

Apresentação: O Sistema Único de Saúde disponibiliza às pessoas que desejam parar de fumar um programa especifico de intensificação de cuidado em diversas unidades básicas de saúde e unidades de saúde da família (USF). O programa foi desenvolvido pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e, frequentemente, a sua operacionalização é de responsabilidade das equipes de atenção básica à saúde. Neste contexto as práticas assistenciais do programa são permeadas por trocas de informações e experiências, se constituindo como uma atenção ampliada e enriquecedora para usuários, familiares, comunidades, estudantes e profissionais envolvidos.      O objetivo deste trabalho é relatar uma experiência de grupalidade de usuários participantes do programa de intensificação de cuidados a pessoas que também fazem uso de cigarro, desenvolvido pela equipe de saúde da USF do Candeal Pequeno, Salvador, Bahia, em parceria com a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), através do componente curricular Prática Interprofissional em Saúde. Desenvolvimento: O trabalho foi desenvolvido em equipe composta por médica, enfermeira, odontóloga, agente comunitária de saúde e auxiliar administrativo, com apoio de um docente e uma média de dez alunos de diferentes cursos de graduação em saúde da EBMSP. O programa consta de três etapas: avalição clínica multiprofissional, terapia medicamentosa e grupo de apoio com orientações impressas em cartilhas distribuídas pelo MS. As atividades foram realizadas na própria USF em tempo médio de 90 (noventa) minutos, uma vez por semana por um período de dois meses. Nas primeiras quatro semanas são trabalhados temas específicos trazidos pelas cartilhas do MS, nas três seguintes temas escolhidos pelos participantes e no último encontro é realizada avaliação e encerramento. As metodologias adotadas são rodas de conversa, atividades vivenciais com metodologias ativas, dinâmicas de grupos, recursos lúdicos e da arte terapia. Resultado: Através das vivências a equipe pôde compreender as dificuldades que os participantes do grupo tinham para cessar o uso do cigarro, assim como as superações diárias de cada um deles, através do que era compartilhado. As principais dificuldades no tratamento foram relacionadas aos quadros de associação entre alimentos, bebidas e cigarro, vivências de situações celebrativas, estresse diário, estigma social e sintomas de abstinência. Como recursos que favoreciam adesão, apontaram apoio de amigos e familiares e demais participantes do grupo, uso de adesivo de nicotina, medicamentos e efeitos da política pública que regulamento o uso de tabaco em espaços públicos. Além disso, em diversos momentos os usuários reconheceram a importância do grupo de apoio nesse processo de cessação do tabagismo e/ou da adoção de medidas de redução de danos. Considerações finais: A experiência com o grupo no contexto da atenção básica tem sido observada como estratégia potente de cuidado em saúde. Todos os sujeitos envolvidos aprendem sobre a importância da escuta, do acolhimento, da relação empática e, principalmente, a compreensão do processo de cuidado compartilhado, não só nos seus aspectos clínicos, como na sua dimensão psicossocioambiental e política, já que múltiplos fatores determinam o modo de vida, saúde e adoecimento.

9109 A PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS DE UMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) DE BELÉM (PA) SOBRE O TESTE RÁPIDO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Fernanda Barreto Gangorra Alho, Etiane Prestes Batirola Alves, Beatriz Modesta Moreira, Adrielly Cristiny Mendonça Fonseca, Amália Bastos Oliveira, Erika Daniely Vaz de Aquino

A PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS DE UMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) DE BELÉM (PA) SOBRE O TESTE RÁPIDO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Fernanda Barreto Gangorra Alho, Etiane Prestes Batirola Alves, Beatriz Modesta Moreira, Adrielly Cristiny Mendonça Fonseca, Amália Bastos Oliveira, Erika Daniely Vaz de Aquino

Apresentação: Teste rápido é um teste sorológico que detecta Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) como o vírus da imunodeficiência humana (HIV), Sífilis, Hepatites B e C. Dessa maneira, é uma estratégia que possibilita o diagnóstico precoce e, consequentemente, o início do tratamento em tempo oportuno dessas doenças, proporcionando assim maior resolubilidade e qualidade no atendimento, principalmente em segmentos populacionais mais vulneráveis. Objetivo: Procurou-se observar se os usuários/as apresentavam conhecimento sobre o Teste Rápido e as patologias detectadas pelo mesmo, com o intuito de visualizar deficiências acerca da temática e explicitar as ISTs. Abordando seus sintomas, tansmissibilidade, diagnóstico, tratamento e a importância dos Testes Rápidos como forma de prevenção. Método: Descrever um relato de experiência de uma ação educativa com os usuários de uma Estratégia Saúde da Família (ESF) em Belém (PA). Diante disso, foi realizado uma sala de espera pelos participantes do PET/Interprofissionalidade para 15 usuários que aguardavam por consultas de Enfermagem e Médica. Inicialmente foi indagado se os mesmos tinham conhecimento sobre o Teste Rápido e a diferença entre HIV/AIDS. Em seguida esclareceu-se o que é, quais patologias são detectadas e como é realizado o Teste. Fez-se a diferença entre HIV/AIDS, abordou-se sobre as demais patologias detectadas pelo teste (sífilis, hepatites B e C) e a ética por parte dos profissionais. Para finalizar foram elucidados mitos e verdades sobre as doenças, deu-se também oportunidade para os usuários tirarem algumas dúvidas, as quais foram sanadas. Resultado: Foi notório o interesse por parte dos usuários que participaram da ação quando foram solicitados. Dos 15 usuários presentes, 10 (66,66%) não tinham nenhum conhecimento do que era Teste Rápido e 5 (33,33%) já tinham ouvido falar, porém não sabiam explicar. Em relação à diferença entre HIV/AIDS, 8(53,33%) presumiam serem termos equivalentes e 7 (46,66%) compreendiam que são definições diferentes, sendo que destes apenas 1 pessoa tentou diferenciá-los, citando o potencial de agressão como característica definidora. E por fim, 2 usuários comentaram sobre experiências com familiares portadores de HIV/AIDS e sobre os preconceitos vivenciados pela própria família. Considerações finais: Diante disso, nota-se que é de suma importância esclarecer como sucede a realização do teste-rápido em uma sala de espera, salientando as ISTs que são detectadas no teste, além de esclarecer as dúvidas dos usuários acerca destas doenças. Vale ressaltar que, é de grande relevância a confidencialidade do profissional que está realizando o teste, para que o usuário se sinta seguro ao responder o questionário que lhe será cedido.

6446 A SALA DE ESPERA INVERTIDA PARA A PREVENÇÃO DO CÂNCER DE BOCA.
Pettra Blanco Lira Matos, Andrea Cristina Marassi Lucas, Samela Stefane Correa Galvão, Ana Maria Baia Cardoso, Lucas de Oliveira da Silva, Adalberto Lírio de Nazaré Lopes, Gabriel Macola de Almeida, Liliane Silva do Nascimento

A SALA DE ESPERA INVERTIDA PARA A PREVENÇÃO DO CÂNCER DE BOCA.

Autores: Pettra Blanco Lira Matos, Andrea Cristina Marassi Lucas, Samela Stefane Correa Galvão, Ana Maria Baia Cardoso, Lucas de Oliveira da Silva, Adalberto Lírio de Nazaré Lopes, Gabriel Macola de Almeida, Liliane Silva do Nascimento

Apresentação: No campo da saúde, espaços físicos e sociais são utilizados para a promoção e educação em saúde. Dentre eles, destaca-se a sala de espera. Compreende-se como sala de espera o espaço físico que permite explorar situações e facilitar a troca de experiências do saber popular com os saberes dos profissionais, enquanto usuários do sistema de saúde aguardam atendimentos. Este espaço reservado pode oportunizar aos usuários o desenvolvimento de habilidades de comunicação e interação, bem como desenvolver ferramentas de autocuidado e empoderamento social. Vários autores ilustram metodologias e técnicas para execução de atividades com caráter recreativo e voltadas para orientações educacionais em saúde. Elas permitem aos usuários entrarem em contato com seus medos, dúvidas e necessidades; além de aumentar o vínculo de suas famílias e amenizar o desgaste físico e emocional do tempo de espera ao serviço desejado. O espaço da espera configura momento de esclarecimento, de modo que a sala de espera assume a essência da prática da educação em saúde com direcionamento a uma reflexão crítica, diálogo e favorecimento da manutenção da saúde com empoderamento dos usuários perante sua própria saúde e assim, fortalecendo sua autonomia; por intermédio de discussões a respeito dos processos do cotidiano da saúde das pessoas. As atividades em sala de espera na atenção primária são consideradas atividades coletivas e assim inseridas no e-sus, contabilizando produção e impactando no processo de trabalho e efetividade das equipes de saúde; porém as ações de educação em saúde ainda são escassamente visíveis nas unidades de saúde, apesar de atualmente existir uma consistente base teórica. Imerso neste contexto, pretende-se relatar uma experiência de educação em saúde desenvolvida pela equipe de saúde bucal, na sala de espera de uma unidade básica da rede de saúde do município de Ananindeua – Pará/Brasil. Desenvolvimento: A experiência foi realizada na Unidade Básica de Saúde (UBS) Nova Águas Lindas, no bairro Águas Lindas, na cidade de Ananindeua – PA/Brasil, e envolveu os profissionais da unidade, residentes em saúde da família e estagiários de cursos de graduação em enfermagem e medicina. Foi uma experiência que ocorreu no período de férias escolares, julho de 2017, no qual há um aumento na demanda dos serviços oferecidos na UBS e no intuito de dispor desta maior procura, foi proposto pela gerência da UBS a realização de um ciclo de atividades educativas na sala de espera, para transformação do tempo ocioso da espera em momentos de vivências construtivas. Então inicialmente foi realizado uma reunião dos profissionais da UBS para planejamento das ações com definição de temas e organização de cronograma de atuação, onde a equipe médica definiu abordar a temática de hipertensão e diabetes, a equipe de enfermagem o tópico de infecção urinária e a equipe de saúde bucal ficou com o tema de câncer de boca, em virtude de apresentar um o alto índice no Estado. Para a execução se verificou qual o dia da semana com maior procura de usuários para uma abrangência mais significativa, ficando uma equipe definida em cada semana. A equipe de saúde bucal optou pelo uso da sala de espera invertida para que os usuários se tornassem protagonistas e aprendessem de forma mais autônoma, se opondo ao modelo tradicional de assistência à saúde, com a realização de uma atividade de aprendizagem interativa em grupo que busca a reflexão direta dos usuários e não usar o tempo para ações apenas expositivas; assim foi apresentado o tema do câncer de boca por meio da construção de um cartaz pelos próprios usuários que estavam presentes na UBS no dia da atividade, para isso foi disponibilizado tesoura, cola, cartolina e diversos folhetos com informações variadas sobre o câncer bucal e os usuários foram convidados para realizar a montagem de um cartaz com as informações as quais julgavam mais importante a respeito do tema. Participam deste momento um total de 17 usuários, homens e mulheres, que selecionaram as seguintes informações: o que é o Câncer de boca, como descobrir, ilustração do autoexame bucal, principais fatores de risco e áreas mais afetadas. A partir disso, se conduziu uma conversa com o principal propósito de esclarecer dúvidas colocadas pelos próprios usuários. No final da atividade o cartaz foi fixado em uma parede utilizada como mural na UBS. Resultado: A dinâmica na sala de espera invertida se demonstrou uma atividade atraente aos usuários presentes na UBS e possibilitou a aproximação deles com os profissionais da equipe de saúde bucal. A participação dos usuários foi bastante ativa com opiniões, dúvidas e vivências reveladas, permitindo o desvelamento de alguns conceitos pré-estabelecidos; no entanto um discreto número de usuários não demonstrou interesse em participar da atividade, focando apenas na busca de serviço especifico ofertado. Para que a sala de espera se tornasse realmente um espaço de educação em saúde foi relevante o entusiasmo da equipe na condução da prática; para superar os desafios da intensidade do barulho existente na sala e o cuidado necessário com a disposição do mobiliário a fim de favorecer a ação e ainda de que os usuários se sentissem a vontade para interagir e com mais consciência de sua saúde. O desenvolvimento de atividades torna a sala de espera um ambiente mais agradável; pois substitui a angústia e a ansiedade da espera por sentimentos de curiosidade e bem-estar, além de ser uma ocasião agradável ao exercício da sensibilidade de escuta para profissionais que são habituados em mais falar que ouvir as demandas reais e gerais dos usuários. Considerações finais: A sala de espera invertida revelou ser uma alternativa interessante de despertar a atenção dos usuários no desenvolvimento de educação em saúde, possibilitando condições de conhecer a realidade da comunidade a partir dos relatos de histórias vividas, de hábitos revelados por meio do diálogo do tema a partir de sua realidade cotidiana. Assim, o ambiente da sala de espera se estabelece como um espaço potencial de realização de atividades educativas, proporcionando a troca de saberes para que os usuários fortaleçam o exercício do autocuidado; com o aprimoramento de informações para tomada de decisões para melhor qualidade de vida, e dessa forma devendo ser visualizada muito mais do que um espaço de espera por um determinado serviço de saúde.

6495 AÇÃO DE SAÚDE DO NOVEMBRO AZUL COMO ESTRATÉGIA A SAÚDE DO HOMEM EM UM SERVIÇO DE SAÚDE
Joici Carvalho Barata, Carla Camilly Pontes dos Santos, Gisele de Brito Brasil, Hugo Vinicius Rodrigues da Silva, Manuela Cristina Gouveia do Amaral, Milena Cardoso de Lima, Ricardo Luiz da Silva Saldanha, Willame Oliveira Ribeiro Junior

AÇÃO DE SAÚDE DO NOVEMBRO AZUL COMO ESTRATÉGIA A SAÚDE DO HOMEM EM UM SERVIÇO DE SAÚDE

Autores: Joici Carvalho Barata, Carla Camilly Pontes dos Santos, Gisele de Brito Brasil, Hugo Vinicius Rodrigues da Silva, Manuela Cristina Gouveia do Amaral, Milena Cardoso de Lima, Ricardo Luiz da Silva Saldanha, Willame Oliveira Ribeiro Junior

Apresentação: A saúde do homem ainda apresenta desafios, sendo uma dificuldade para todos os níveis de assistência do Sistema Único de Saúde, dentre eles a atenção primária, o primeiro nível assistencial de saúde. Com o grande índice de mortalidade do câncer de próstata, se estabeleceu o mês de Novembro como alusivo ao combate do câncer. Dessa maneira, o Novembro azul inserido de forma massiva na atenção primária com estratégias de educação em saúde é de suma importância na contribuição para o diagnóstico precoce, resultando na diminuição das taxas de mortalidade, além de gerar incentivo para qualidade de vida dos homens. Objetivo: Relatar uma experiência de atividade educativa com foco na disseminação de informações sobre o câncer de próstata e desmistificação estabelecida sobre o exame de toque. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo em relato de experiência resultante de uma ação de educação em saúde realizado no mês de Novembro de 2019, para profissionais de uma escola pública na cidade de Belém, Pará. Os acadêmicos iniciaram com distribuição de panfletos com informações básicas sobre o câncer de próstata, os quais eram distribuídos ao início da conversa, questionários para avaliar o conhecimento do público antes e depois da ação, e, por fim, laços na cor azul como incentivo para o Novembro azul. Resultado: Foram abordadas em média 20 pessoas, sendo o público majoritariamente feminino, contou-se com professores, coordenador, diretora, secretária e seguranças da escola. Em todos os momentos os funcionários foram bem receptivos e faziam seus questionamentos acerca do assunto, mostrando interesse sobre a temática, bem como os próprios profissionais relataram a importância de passar a informação para as pessoas de sua convivência. Considerações finais: Assim, os acadêmicos puderam falar sobre um tema que é considerado um tabu na sociedade masculina, além disso, a ação em forma de roda de conversa pode proporcionar uma atividade mais dinâmica e interativa. Dessa forma, as informações podem se propagar, gerando no público alvo o interesse na busca de cuidados.

7684 O IMPACTO DO PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONALIDADE NO GRUPO DE TABAGISMO EM UMA CLÍNICA DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Luana dos Santos Pifano, Luana Gabrielli do Carmo Vieira, Diogo Pereira Motta, Thayane Roza Bahia, Renata de Paula Alves Ventura, Hellen Glória Bandeira da Silva, Juliana Ribeiro Manhães da Silva, Juliana Veiga Cavalcanti

O IMPACTO DO PET-SAÚDE/INTERPROFISSIONALIDADE NO GRUPO DE TABAGISMO EM UMA CLÍNICA DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Luana dos Santos Pifano, Luana Gabrielli do Carmo Vieira, Diogo Pereira Motta, Thayane Roza Bahia, Renata de Paula Alves Ventura, Hellen Glória Bandeira da Silva, Juliana Ribeiro Manhães da Silva, Juliana Veiga Cavalcanti

Apresentação: O presente trabalho é um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado a partir do processo de trabalho desenvolvido no Grupo de Tabagismo em uma  Clínica da Família (CF) localizada no bairro Realengo, no Rio de Janeiro, por alunos dos cursos de graduação de Terapia Ocupacional, Fisioterapia e Farmácia, profissionais da saúde e docentes, integrantes do subprojeto intitulado "O cuidado da pessoa tabagista na Atenção Básica: uma visão interprofissional", componente do PET-Saúde/interprofissionalidade SMS-RJ/IFRJ. Objetivo: Este estudo busca relatar a percepção dos integrantes sobre os impactos de sua inserção no Grupo de Tabagismo realizado na CF, e os desafios enfrentados diante da atual situação da Atenção Primária à Saúde no município do Rio de Janeiro. Desenvolvimento: O Grupo de Tabagismo existente na CF atua de forma interprofissional com a presença semanal dos seguintes profissionais do serviço: odontologista, enfermeiro e farmacêutico, além da participação de educador físico e agente comunitário da saúde. Com a inserção do PET-Saúde/interprofissionalidade na referida unidade de saúde passaram a compor, semanalmente, a equipe interprofissional da atividade em grupo: profissionais e/ou estudantes de profissões diferentes, como Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Durante as reuniões do grupo são realizadas avaliações relacionadas aos variados fatores biopsicossociais relacionados com o tabagismo, utilização de cartilhas indicadas pelo Ministério da Saúde e a aplicação de adesivo transdérmico de nicotina em pacientes aptos. A metodologia proposta pelo Ministério da Saúde (MS) prevê seis encontros, sendo quatro deles reuniões em grupo, com frequência semanal e, pelo menos, dois encontros de manutenção e suporte. O Grupo de Tabagismo realizado na CF, fruto deste estudo, é estruturado por seis sessões, sendo o primeiro dia apenas para anamnese clínica, e os dias posteriores para a utilização das seguintes cartilhas propostas pelo MS: “ Entender o porquê se fuma e como isso afeta a saúde”; “Os primeiros dias sem fumar”; “Como vencer os obstáculos para permanecer sem fumar”; “Benefícios obtidos após parar de fumar”. Posteriormente, os últimos encontros têm a finalidade de manutenção, configurando um espaço para tirar dúvidas, concretizar conquistas e finalizar os encontros. A utilização do adesivo transdérmico de nicotina é feita naqueles que se mantiveram em abstinência por 24hs. Esses usuários retornam a clínica semanalmente para recolocar o adesivo, diminuindo a porcentagem de nicotina presente, gradativamente, de modo que alcance a cessação. O PET-Saúde/interprofissionalidade está direcionado para ações que integram o ensino-serviço-comunidade, tendo como pressuposto a educação pelo trabalho no âmbito da Atenção Primária à Saúde. O subprojeto “O cuidado da pessoa tabagista na Atenção básica: uma visão interprofissional” tem como base a interprofissionalidade que está relacionada à prática colaborativa e compartilhamento de saberes, tendo como um dos seus objetivos ampliar as discussões acerca do tabagismo por meio de intervenções educativas em saúde. Desse modo, o subprojeto teve inserção na unidade para potencializar as ações voltadas para o controle do tabagismo. Algumas das ações educativas realizadas na clínica foram nas datas comemorativas do Dia Mundial Contra o Tabagismo e Dia Nacional de Combate ao Fumo, além da abordagem dos fumantes ativos e passivos nas consultas de enfermagem e na Academia Carioca. Tais intervenções possibilitaram fornecer informações e promover a conscientização dos usuários sobre os danos do tabaco, além da divulgação do Grupo de Tabagismo. Após isso, pode-se perceber um aumento do número de pessoas interessadas em participar do grupo, assim como a adesão das mesmas. A interprofissionalidade sempre esteve presente no grupo desde a sua formação com atuação de diversos profissionais, agregando conhecimentos por meio de abordagens e visões de suas determinadas profissões. No entanto, após a inserção do PET foi possível aprimorar as práticas interprofissionais, ampliando o conhecimento para o cuidado e proporcionando integração entre demais profissionais, fortalecendo o trabalho em equipe e possibilitando o desenvolvimento de competências colaborativas que levam a um melhor cuidado em saúde para o usuário. Após a chegada do subprojeto, algumas mudanças foram feitas na divulgação, documentação, registro e nas dinâmicas do dia a dia do grupo, mas mantendo a base proposta pelo MS e a sua organização. Uma das intervenções realizadas foi o automonitoramento, por meio de um auto registro diário, com o objetivo de proporcionar um conhecimento, ao usuário, em relação ao seu comportamento de fumar, identificando os horários e as situações ambientais relacionadas ao hábito. Essa ação foi associada a um desafio semanal, apresentado ao usuário como uma estratégia para a diminuição progressiva dos cigarros fumados diariamente. Adicionalmente, foram realizadas orientações sobre métodos para auxiliar na fissura da abstinência ao cigarro, como exercícios respiratórios para promover relaxamento, além da inclusão de práticas de meditação. Resultados Após a chegada do subprojeto e a revisão das dinâmicas, percebe-se que houve renovação dos ânimos e incremento das interações interprofissionais. O grupo obteve uma procura acima do esperado devido a divulgação realizada pelos próprios pacientes e pela unidade de saúde. Diante deste contexto, foi necessário a realização de cadastro de usuários para ingresso no grupo seguinte. Foi percebida procura da CF por usuários residentes em bairros mais distantes, por esta ser referência para a cessação do tabagismo. E isto foi  reconhecido e citado pelo Coordenador Geral deste PET como exemplo de procura por usuários. Porém, associado a isso, o município do Rio de Janeiro vem atravessando uma fase de importantes cortes orçamentários para a saúde pública, em especial no âmbito da Atenção Primária à Saúde, o que tem proporcionado uma sensação de desmonte da estrutura de cuidado em saúde. Adicionalmente, desde o início do trabalho do PET houve duas trocas da organização social administradora da área programática de saúde onde está localizada a CF. Dessa forma, questões como atraso de salários, instabilidade profissional, falta (ou redução) de profissionais, falta de insumos e greve dificultaram  a realização dos grupos, impactando diretamente na assiduidade dos usuários e o trabalho da equipe como um todo. Esses desafios que surgiram no decorrer das atividades causaram impactos negativos na atuação da equipe do PET. Diante da instabilidade profissional e da greve que perpassou a unidade, não foi possível a inserção de outros profissionais da unidade nas atividades do subprojeto para colaborarem na divulgação, captação de novos participantes e acompanhamentos dos usuários que passaram pelo grupo, além de contrapor um dos objetivos do subprojeto que é implementar essas atividades na rotina da unidade, de forma que após findar o PET, os profissionais continuem a realizar as ações estabelecidas. Outro dilema enfrentado foi a falta de insumos na unidade, de forma temporária, pois diante da ausência do adesivo transdérmico de nicotina a permanência das atividades, como a abertura de um novo grupo foi colocada a prova, devido a crença dos usuários de que a cessação está atrelada ao uso do adesivo. Portanto, a equipe buscou outras estratégias de auxílio à cessação do tabagismo para apresentar aos usuários e manter a vigência do grupo. Considerações finais: A parceria entre ensino e serviço no Grupo de Tabagismo da Clínica da Família mostrou benefícios tanto para crescimento de alunos e profissionais quanto para os usuários trazendo ganhos em conhecimento e números de adeptos, apesar das dificuldades encontradas pelos profissionais e usuários do SUS da Atenção Primária em Saúde no município do RJ.

7779 MOSTRA CULTURAL SOBRE PROPAGANDAS DO CIGARRO: REFLEXÕES HISTÓRICAS E ATUAIS
Roseane Vargas Rohr, Samantha Moreira Felonta, Letícia do Nascimento Rodrigues, Amanda Anavlis Costa, Welington Serra Lazarini, Fátima Maria Silva

MOSTRA CULTURAL SOBRE PROPAGANDAS DO CIGARRO: REFLEXÕES HISTÓRICAS E ATUAIS

Autores: Roseane Vargas Rohr, Samantha Moreira Felonta, Letícia do Nascimento Rodrigues, Amanda Anavlis Costa, Welington Serra Lazarini, Fátima Maria Silva

Apresentação: O tabagismo é uma epidemia global e esforços são envidados para cessação do hábito de fumar, incluindo medidas que neutralizem a publicidade do tabaco. O uso de imagens nas campanhas publicitárias do cigarro tende a influenciar o consumo mesmo em detrimento a saúde. Por meio da arte é possível desenvolver um olhar crítico e sensível sobre temas que influenciam a saúde, incluindo o tabagismo. Relatar a experiência de duas mostras sobre as estratégias publicitárias para o aumento do consumo do cigarro, evidenciando as medidas de controle e seus resultados no Brasil. Desenvolvimento: A mostra cultural temática estrutura-se a partir de um tema gerador definido pelo estudante. Em dezembro de 2014 foi realizada a mostra cultural “Estratégias publicitárias para o aumento do consumo de cigarros ao longo da história” no Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Espírito Santo, utilizando 15 imagens publicitárias da base de dados da Standford Research into the impact of Tobacco Advertising (SRITA), ampliadas e exibidas ao público. Inspirados nessa mostra, organizou-se uma segunda mostra exibida em 9 de agosto de 2019, em uma unidade de saúde da família de Vitória, Espírito Santo, durante ação educativa voltada para a saúde do homem, utilizando 10 imagens publicitárias selecionadas intencionalmente para o público masculino, também exposta no Departamento de Enfermagem. A apropriação do tema, por meio de leituras subsidiaram o trabalho. Resultado: As imagens selecionadas denunciam estratégias para influenciar comportamentos e atitudes para o aumento do consumo do cigarro. Personalidades ligadas ao esporte, arte, saúde, ciência, além de crianças, família e figura do Papai Noel foram utilizadas nas publicidades, com destaque para o slogan “leve vantagem em tudo” atrelado à imagem de um esportista e, os cowboys da Marlboro. Impressiona a estratégia da mídia influenciando o consumo de cigarros no público infantil, utilizando a imagem dos Flinstones, de Hanna e Barbera, bem como produtos que indiretamente, incentivaram o fumo, como as canetinhas Sylvapen, com estojo e formato similar ao maço com cigarros e os cigarros de chocolate. A mostra evidenciou as seis medidas MPOWER de controle do tabaco, destacando o 2º lugar atualmente ocupado pelo Brasil, tornando-se referência internacional. A análise das publicidades antigas e o contexto atual, com as medidas de proibição da propaganda são parte integrante de uma política maior de redução do fumo no país. Considerações finais: As mostras despertaram o senso crítico e reflexivo dos visitantes, e a exibição em unidade de saúde ampliou as ações do projeto para a comunidade, cumprindo o papel da extensão universitária. As imagens são um recurso potente para o processo educativo em saúde, sendo fundamental estabelecer uma reflexão histórica e perceber os impactos de ações do passado no tempo presente. Por meio da arte é possível desenvolver um olhar crítico e sensível sobre o tema.

6662 EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO À SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Fernanda Cristina Silva da Silva, Ana Júlia Góes Maués, George Pinheiro Carvalho, Gabriela Xavier Pantoja, Laíze Rúbia Silva Correa, Gisele de Brito Brasil

EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO À SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Fernanda Cristina Silva da Silva, Ana Júlia Góes Maués, George Pinheiro Carvalho, Gabriela Xavier Pantoja, Laíze Rúbia Silva Correa, Gisele de Brito Brasil

Apresentação: A educação em saúde constitui-se como uma ferramenta de aprendizagem dos indivíduos, grupos, comunidades e sociedade a respeito dos diversos mecanismos envolvidos no processo saúde-doença. Desta forma, esta prática emerge como um instrumento fundamental na promoção à saúde da população, principalmente, no que se refere a crianças e adolescentes, haja vista que são seres sociais em formação de conhecimentos e mentalidade, logo, contribuindo para a melhora da qualidade de vida individual e coletiva da sociedade. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem frente a ações de educação em saúde com crianças e adolescentes de um projeto de extensão. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo de abordagem descritiva do tipo relato de experiência, realizado a partir da vivência dos acadêmicos de enfermagem em um projeto de extensão executado na cidade de Belém do Pará, durante os meses de março a julho de 2018. Os encontros do projeto ocorriam quinzenalmente, de modo que em cada encontro era abordada uma temática distinta. A faixa etária do público-alvo distribuía-se de 8 a 15 anos de idade, nesse sentindo, os participantes eram divididos em 6 grupos por faixa etária. Vale frisar que as temáticas de saúde abordadas foram: anatomia do corpo e dos órgãos, higiene corporal, educação sexual, lavagem correta das mãos e alimentos, entre outras. Durante as ações de educação em saúde, os acadêmicos elegiam uma dinâmica para abordar a temática, objetivando facilitar o processo de aprendizagem das crianças e adolescentes frente ao novo conhecimento. Resultado: Ao início do projeto, observou-se que havia déficits de conhecimentos das crianças e adolescentes a respeito das temáticas de saúde abordadas, especialmente, relacionados à anatomia e higiene corporal, implicando diretamente no autocuidado e qualidade de vida desses indivíduos. A partir dessa constatação, os acadêmicos buscaram novos meios de transmitir tais informações, por intermédio de jogos de perguntas e respostas, quebra-cabeças adaptados, ilustrações e desenhos, fazendo com que houvesse melhoras significativas no aprendizado do público alvo. Dessa maneira, percebeu-se ao término do projeto a evolução de aprendizado do público envolvido, tendo em vista que dominavam facilmente as dinâmicas propostas, bem como demonstraram estar transmitindo os conhecimentos adquiridos com outras pessoas, tais como amigos e família. Considerações finais: Diante disso, entende-se que a educação em saúde é uma ferramenta imprescindível para a promoção da qualidade de vida das pessoas, pois permite a inserção e empoderamento delas perante o processo saúde-doença, isto é, auxilia em tornar o indivíduo protagonista do seu cuidado. Ademais, tais experiências mostram-se enriquecedoras para os acadêmicos, uma vez que permitiu maior contato com o meio social e promoveu a diminuição entre o arco teoria e prática.

7134 PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO DISPOSITIVO DE PROMOÇÃO DE SAÚDE E AUTOCUIDADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Joelma Gama da Silva, Thayana Oliveira Miranda, Maria Adriana Moreira, Tais Rangel Cruz Andrade

PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO DISPOSITIVO DE PROMOÇÃO DE SAÚDE E AUTOCUIDADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Joelma Gama da Silva, Thayana Oliveira Miranda, Maria Adriana Moreira, Tais Rangel Cruz Andrade

Apresentação: O presente trabalho é um relato de experiência sobre a metodologia ativa de cuidado com os adolescentes, fortemente trabalhada pelas equipes de estratégia saúde da família (ESF) nas escolas municipais e estaduais do município de Tefé, a partir do programa saúde na escola. A adolescência é um período marcado por vulnerabilidades em virtude de ser uma fase da vida em que ocorrem mudanças, biológica, fisiológicas e sociais. Além disso, neste período surgem curiosidades sobre o próprio corpo, e dúvidas e descobertas a respeito da sexualidade. Um problema comum na adolescência, é o início prematuro da vida sexual, onde as experiências, muitas vezes, são carentes de orientação e conhecimento prévio acerca de uma prática segura. O desconhecimento sobre as práticas sexuais e o tabu sobre o debate da sexualidade vem contribuindo para o aumento da suscetibilidade dos jovens às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), e à gravidez precoce. Segundo estimativas da OMS, mais de um milhão de pessoas adquirem uma IST diariamente, ressaltando que as infecções assintomáticas afetam particularmente jovens. As ISTs têm se destacado como um problema de saúde pública, agravando-se nos últimos tempos, principalmente entre os adolescentes, por estarem iniciando suas experiências sexuais, muitas vezes, sem proteção. Outros fatores que também podem contribuir para a relação sexual desprotegida são: baixa renda familiar; baixo grau de escolaridade; dificuldade de acesso ao serviço de saúde; falta de informação e diálogo, seja em casa ou na escola; caracterizando a ausência de diálogos sobre a temática, e vergonha em tratar o assunto. As informações sobre sexo seguro são discutidas entre os próprios jovens, muitas vezes erroneamente, através de informes veiculados pela mídia, os quais nem sempre são compreendidas claramente, o que traz a necessidade de uma abordagem educativa assertiva e de qualidade. O adolescente deve ser orientado, desde cedo, a se prevenir das vulnerabilidades, por meio de um diálogo aberto que permita sua expressividade e esclarecimentos de dúvidas. O programa saúde na escola é uma estratégia de grande importância para a integração da saúde no espaço escolar beneficiando o desenvolvimento de práticas educativas visando à promoção da saúde e, consequentemente, prevenindo doenças. A tríade: profissionais da saúde, familiares e escola devem caminhar, lado a lado, no sentido de buscar a transformação de suas realidades através da informação, sensibilização e empoderamento, principalmente nas questões relacionadas à saúde sexual e reprodutiva. O debate sobre sexualidade ainda é visto como tabu o que favorece a vulnerabilidade da população adolescente, tornando-os mais susceptíveis às infecções sexualmente transmissíveis. Sendo assim, o presente relato tem por objetivo apresentar a experiência vivenciada pela equipe de enfermagem da ESF junto aos adolescentes de uma escola pública de Tefé sobre a temática das ISTs. Desenvolvimento: Trata–se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, vivenciado pela equipe da ESF da unidade básica de saúde Maíra Fachini. Participaram desta atividade, 1.002 adolescentes, na faixa etária de 12 a 18 anos. Os encontros tiveram como cenário as salas de aulas de uma escola pública da Zona Norte da cidade de Tefé – AM, e ocorreram no período de Maio de 2019. Buscou-se desenvolver na experiência a metodologia de Educação em Saúde que teve como ponto de partida a ideia de promoção de saúde frente às infecções sexualmente transmissíveis, visto que educar em saúde é uma estratégia que proporciona, dentre outros objetivos, a autonomia no autocuidado. O desenvolvimento do trabalho deu-se nas seguintes etapas metodológicas: levantamento bibliográfico; elaboração de materiais para dinâmicas; realização de dinâmicas e roda de conversa. No levantamento bibliográfico utilizou-se Manuais do Ministério da Saúde, artigos científicos pesquisados na Biblioteca Virtual em Saúde-BVS, nos bancos de dados da BIREME, LILACS MEDLINE e SciELO. Os temas de fundamentação trabalhados foram: sexualidade e infecções sexualmente transmissíveis, além de dinâmicas em grupo e adolescência. Esta etapa mostrou-se bastante potente, pois a equipe se qualificou para promover o cuidado, fortalecendo os processos de educação permanente. As atividades desenvolvidas nas dinâmicas de grupo tiveram o intuito de socializar e problematizar os assuntos temáticos a serem discutidos, de forma criativa, com liderança e trabalho em equipe. Além disso, permitiu conduzir o público alvo ao alcance de novas percepções em seu desenvolvimento, permitindo a explanação do conteúdo que aprenderam, tendo condições de dialogar e contextualizar com seus conhecimentos prévios. Assim, compreender onde se deseja chegar com as dinâmicas em grupo e propiciar um ambiente diferenciado para o público que se quer atingir, pode facilitar o ensino-aprendizado, uma vez que promove criação de vínculo entre educador/educando. A operacionalização de todos os temas seguiu a seguinte metodologia: o enfermeiro responsável pela equipe apresentava brevemente o assunto a ser abordado e, em seguida, propunha a dinâmica do balão recheado, onde estes eram compostos de brindes (chocolates) e perguntas com os seguintes temas: Sexualidade, IST, Gonorreia, HIV/AIDS e Sífilis. Os balões recheados de perguntas foram oferecidos aos adolescentes, os que se sentiam confortável compartilhavam a opinião à luz de seu conhecimento prévio sobre o tema proposto. Após todos os temas serem debatidos na dinâmica, formou-se uma roda de conversa para esclarecimento das dúvidas que emergiram durante a dinâmica introdutória, além de demonstração da utilização correta dos métodos preventivos de barreiras. Resultado: As atividades realizadas foram bem aceitas pelos alunos, que tiveram atuação participativa. O adolescente traz consigo muitas dúvidas, algum conhecimento, e experiência de vida prévia, mesmo que de forma errônea. Logo, o tema proposto foi bastante desafiador e de extrema importância para minimizar riscos à saúde, tendo em vista este público alvo. Com as dinâmicas percebeu-se que os adolescentes tinham vida sexual ativa, e muitas adolescentes do grupo, já eram mães. A atividade permitiu aos profissionais uma aproximação da realidade e do contexto social dos adolescentes. Notou-se a carência de informação em falar de saúde sexual e reprodutiva de forma clara e com diálogo aberto, por isso foi oportuno para colocar em prática os saberes teórico-científica, promovendo vínculo entre equipe de saúde e Comunidade. No decorrer da experiência pode-se observar, mediante aos relatos na roda de conversa, que em casos de dúvidas as adolescentes procuravam orientações com amigas ou na internet, onde muitas das vezes adquiriam informações erroneamente ou mal compreendidas. A roda de conversa permitiu a percepção de como atuar na sensibilização e na promoção de uma vida sexual segura, através da explanação sobre o uso de métodos contraceptivos, e principalmente o uso da camisinha de forma correta, em todas as relações sexuais. Abordar a autonomia e o autocuidado, através da sensibilização destes adolescentes, é contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico, e a responsabilidade dos mesmos, para uma prática sexual segura. Considerações finais: A experiência vivenciada possibilitou à equipe de saúde a compreensão do contexto social e das vulnerabilidades dos adolescentes de uma instituição pública de ensino em Tefé. Também permitiu troca de saberes e experiências entre adolescentes e os profissionais envolvidos no processo de promoção à saúde, o que fortalece através das atividades desenvolvidas a atuação permanente da escola e da saúde na informação sobre sexualidade e infecções sexualmente transmissíveis, para minimizar os fatores de riscos, mediante orientações pertinentes à realidade dos jovens.

8144 EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE COMO INSTRUMENTO DE PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO AO INSULINODEPENDENTE.
stephanne barboza monteiro, Jamile Pacheco Pacheco, Ana Rosa Pontes

EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE COMO INSTRUMENTO DE PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO AO INSULINODEPENDENTE.

Autores: stephanne barboza monteiro, Jamile Pacheco Pacheco, Ana Rosa Pontes

Apresentação: De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o Diabetes mellitus (DM) caracteriza-se por manifestar grupos heterogêneos de distúrbios metabólicos que apresentam como causa comum a hiperglicemia. Isso ocorre devido a defeitos na ação da insulina, na secreção da mesma ou os dois casos, podendo, portanto, considerar-se como um dos principais problemas de saúde pública mundial. O DM é uma patologia crônica e progressiva, se não controlado pode provocar, a longo prazo, disfunção e falência em vários órgãos. Dessa forma, faz-se necessário, para o bom controle glicêmico, que o paciente acometido por esta patologia, faça o uso de hipoglicemiantes orais os quais estabilizem os valores glicêmicos e, quando necessário, em associação à insulina subcutânea como complemento terapêutico. Vale inferir que, mais da metade dos casos evoluem com a necessidade do uso de insulina. Dentro da prática assistencial, verifica-se o impacto que o DM tem sobre a saúde da população e a dificuldade de adesão dos seus acometidos aos comportamentos preventivos, seja por não aceitação da patologia, seja por escassez de informações da equipe de saúde, as quais se fazem necessárias dentro desse processo do autocuidado. Nessa perspectiva, a assistência de enfermagem para a pessoa com DM deve estar voltada para um processo de educação em saúde que auxilie o indivíduo a conviver melhor com a sua condição crônica, reforce sua percepção de riscos à saúde, mantendo a maior autonomia possível e tornando-se corresponsável pelo seu cuidado. Neste contexto, a educação popular em saúde, conduzida por toda a equipe de saúde, se torna um forte instrumento na condução de práticas as quais intensifiquem a melhoria do autocuidado do paciente, visto que esta torna possível que as pessoas se informem e tenham habilidade para fazer escolhas saudáveis sobre sua vida e, como consequência, contempla o paciente com informações necessárias ao seu tratamento, contribuindo para uma maior adesão e aceitação nesse processo. Uma vez que, esse método educacional proporciona combinações de ações e experiências de aprendizado planejado com o intuito de habilitar as pessoas a obterem controle sobre fatores determinantes e comportamentos de sua própria saúde. Deste modo, o presente trabalho tem como objetivo descrever a experiência de acadêmicas de enfermagem na condução de ações de educação popular em saúde visando a consolidação de informações necessárias no processo de autocuidado do paciente insulinodependente. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, desenvolvido por acadêmicas da Universidade Federal do Pará, sob a supervisão docente. A experiência baseou-se em atividades extensionistas realizadas no projeto intitulado “Promoção de saberes sobre a insulinoterapia subcutânea aos pacientes diabéticos em Unidade Básica de Saúde (UBS) de Belém do Pará”, no período de agosto de 2019, tendo como público alvo os idosos portadores de diabetes mellitus e insulinodependentes cadastrados no Programa Nacional de Hipertensão e Diabetes mellitus (HIPERDIA). A vivência se deu por meio da prestação da assistência aos participantes, e ações de educação em saúde aos grupos com a finalidade de gerar maior responsabilização e fidelização dos pacientes, bem como diminuir e controlar complicações e fatores de risco com usuários diabéticos que faziam o seguimento terapêutico com a aplicação de insulina subcutânea em domicílio. Ademais, foram utilizados alguns métodos recreativos como: boneco confeccionado de pano com as regiões para administração da insulina demarcadas, frascos e agulhas de insulina para simulações, flip-chart e outras técnicas de educação em saúde para melhor elucidação dos usuários do programa. As atividades tiveram enfoque na promoção do autocuidado, protagonismo dos usuários frente à sua própria saúde e prevenção de complicações decorrentes do manejo inadequado das autoaplicações. Dentro dessa perspectiva, os principais direcionamentos das abordagens durante as ações voltaram-se para a explanação sobre a doença e suas possíveis complicações; elucidação de dúvidas a respeito, principalmente dos sintomas e tratamento; importância do monitoramento glicêmico e valores de referência da glicemia; capacitação e/ou aperfeiçoamento dos conhecimentos e técnicas dos usuários para realizarem a prática de autoaplicação da insulina com qualidade; os tipos de insulina e suas unidades; importância da utilização de um rodízio sistemático dos locais de aplicação e a abordagem sobre complicações decorrentes de uma técnica de autoaplicação inadequada e falta de adesão ao rodízio, bem como também o passo a passo da administração correta do hormônio. Durante a experiência, sempre a equipe levou em consideração relatos feitos pelos usuários quanto a fatores os quais poderiam interferir na eficácia do tratamento, como a quantidade de vezes da utilização da mesma seringa e a forma de armazenamento da insulina, para que, a partir dessas informações colhidas fossem realizadas as orientações adequadas. Para alcançar tais premissas, o grupo utilizou, como principal tecnologia do projeto, um boneco demarcado com os locais corretos de aplicação, com o intuito de verificar a técnica do paciente durante a administração da insulina e ao mesmo tempo, realizar a capacitação efetiva ao paciente insulinodependente, levando em consideração seus conhecimentos prévios a respeito do assunto, moldando as orientações e fomentando o cuidado a partir destes. Considera-se, portanto, que na ocasião foi demonstrada a técnica correta de aspiração da insulina, enfatizando a dose em unidades internacionais utilizadas em uma seringa de insulina, técnica de administração, bem como as regiões utilizadas para a autoadministração, fatores estes que podem comprometer o tratamento. Resultado: A vivência nos forneceu, enquanto acadêmicas, maiores conhecimentos sobre a doença e reafirmação da importância de se haver estratégias, principalmente na Atenção Básica, as quais proporcionem ao usuário, segurança na realização do autocuidado, enfatizando o seu protagonismo frente ao seu tratamento. Notou-se que com a abordagem realizada pela equipe, os conhecimentos prévios do paciente foram explorados, ocorreu uma maior motivação para adesão ao tratamento e maior entendimento sobre a terapêutica e a doença, fatores estes que estão diretamente relacionados com um tratamento mais efetivo e como consequência, maior segurança do paciente na realização do autocuidado. Considerações finais: Em suma, torna-se evidente a importância da atuação da enfermagem integrada à equipe multiprofissional, proporcionando atenção e fornecendo conhecimento básico e necessário ao usuário do sistema de saúde, com a finalidade de promover melhorias quanto aos hábitos e estilo de vida dos mesmos. Desta forma, cabe a este profissional o papel de educador, criando ferramentas de educação em saúde para auxiliar esses pacientes a desenvolverem autonomia que requer ao autocuidado.

6689 EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM GESTANTES DA ZONA RURAL DE VIÇOSA-MG: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Lais Sousa da Silva, Renata Oliveira Caetano, Daniel Reis Correia, Débora Mol Mendes, Lara Lelis Dias, Thais Bitencourt Faria, Beatriz Santana Caçador

EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM GESTANTES DA ZONA RURAL DE VIÇOSA-MG: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Lais Sousa da Silva, Renata Oliveira Caetano, Daniel Reis Correia, Débora Mol Mendes, Lara Lelis Dias, Thais Bitencourt Faria, Beatriz Santana Caçador

Apresentação: Em sua definição mais simples, a gravidez é caracterizada pela fecundação do óvulo por um espermatozoide. Entretanto, sabe-se que essa característica pouco revela o que o processo gestacional realmente representa para a mãe e a família, as quais enfrentam intensas alterações físicas, fisiológicas e emocionais. As alterações fisiológicas e físicas no corpo da gestante são as mais evidentes e visíveis que caracterizam a gestação. Entre as modificações fisiológicas, as quais são as primeiras a aparecer, estão o atraso menstrual, os enjoos, as fraquezas, os desmaios, as náuseas e as cefaleias. Já entre as físicas mais marcantes estão os seios aumentados, o crescimento da barriga com o decorrer da gravidez, o inchaço e a elevação do peso. No entanto, não são apenas transformações fisiológicas e físicas que caracterizam o período gestacional, mas também as mudanças no estado emocional, o qual é afetado, principalmente, por oscilações de sentimentos e alta tensão devido à grande expectativa da maternidade e do nascimento do bebê. Logo, para que as mulheres consigam se adaptar a tantas diferenças, apresentadas nesse momento, é necessário que elas tenham total apoio familiar e possam usufruir de um cuidado humanizado que as proporcionem vivenciar de maneira plena e prazerosa a gestação. Além disso, é de suma importância que as gestantes mantenham o acompanhamento de pré-natal, o mais adiantado possível, para garantir o desenvolvimento saudável da gestação e do bebê. Por conseguinte, é evidente que a abordagem das gestantes com relação a essas mudanças durante a gravidez e o cuidado com o bebê após o nascimento é diferente de acordo com a cultura do local habitual. Portanto, a vivência no projeto de educação em saúde, proporcionada pela disciplina Enfermagem, Saúde e Sociedade II, com gestantes da zona rural objetivou colocar os graduandos de enfermagem em atuação para o ensino e a aprendizagem com o ciclo de vida proposto. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiências de discentes do segundo período do curso de enfermagem, da Universidade Federal de Viçosa, que, por meio da prática educativa com gestantes do distrito Cachoeira de Santa Cruz, buscaram abordar os temas “A caracterização dos três trimestres gestacionais” e “A desromantização do aleitamento materno”, além de discutir sobre mitos e verdades atrelados aos assuntos, por intermédio de uma roda de conversa nos dias 25 de Outubro de 2019 e 11 de Novembro de 2019, respectivamente. Os objetivos do grupo com o projeto de educação em saúde foram apresentar as gestantes da zona rural alguns conhecimentos, atividades e dificuldades enfrentadas frente ao tema gravidez. Por conseguinte, o grupo idealizou dois projetos que consistem em demonstrar situações e observações constatadas pelos alunos enquanto foi realizado o estudo com base em artigos e referências bibliográficas. Para o primeiro dia, foi esperada a adesão das grávidas ao trabalho, de modo que obtivéssemos a presença e a participação de nossas convidadas. Assim, desejávamos conhecer e criar um vínculo inicial com as participantes por meio de uma breve dinâmica de apresentação. Ademais, para o primeiro projeto de educação em saúde, criamos formas de evidenciar o desenvolvimento fetal e demonstrar para as mamães exemplos palpáveis com características semelhantes aos seus bebês em cada mês. Com isso, esperávamos que as gestantes entendessem o significado das temáticas apresentadas como forma de compreender um pouco da evolução que estava ocorrendo em seus úteros. Em segundo plano, forneceríamos materiais e ajuda para confecção de envelopes artesanais para a caderneta da gestante. Para o segundo dia, o grupo buscou esclarecer os aspectos que levam a romantização do aleitamento materno, além de tentar desmistificar essa situação, por meio da transmissão de alguns conhecimentos, mitos, tabus e verdades sobre esse processo pós-parto, a fim de levar segurança às lactantes, mesmo diante das dificuldades que elas podem enfrentar durante a amamentação, para a nutrição de seus bebês. E, a partir disso, ouvir depoimentos, dúvidas e preocupações referentes ao assunto para integrar as gestantes ao projeto. Após a abordagem, ofereceríamos como gratidão à participação e interesse das mães em disponibilizar seu tempo, um chá de fraldas, o qual foi idealizado e seria realizado pelo grupo. Portanto, acreditávamos que com o projeto poderíamos criar um vínculo com as grávidas, além de proporcionar impactos positivos na vida dessas pessoas que possam agregar informações e aprendizado a suas gestações e futuro aleitamento, sem que sejam apenas meras teorias passageiras, para que o desenvolvimento desse período seja ainda mais saudável e melhor aproveitado. Resultado: A atividade proposta para o primeiro dia, infelizmente, não obteve a adesão do público-alvo, assim, não foi concretizada. Com isso, os acadêmicos notaram a necessidade da realização de uma visita domiciliar às grávidas para oficializar o convite ao segundo dia. Dito isto, um aluno se disponibilizou a encontrar e a incentivar as mamães da comunidade a comparecerem no próximo encontro, afirmando o desejo dos alunos de concluírem a intervenção de educação em saúde com as gestantes. A partir dessa estratégia, alcançamos nove participantes para o segundo dia do projeto, no qual foi tratado sobre a amamentação. No decorrer dessa prática, com variadas dinâmicas, notamos que as gestantes possuíam um conhecimento prévio sobre o assunto, devido à maioria já ter outros filhos, o que gerou uma excelente discussão construtiva, com trocas de experiências, tanto para as mães quanto para nós, alunos. Por fim, realizamos um chá de fraldas para as convidadas com intuito de confraternizar, presenteá-las e agradecer a presença de cada uma, o que gerou grande alegria e contentamento a nós do grupo ao vermos todo o nosso trabalho, dedicação e objetivos serem concretizados com êxito. Considerações finais: Com o presente projeto conseguimos notar a importância da criação de vínculo com o público-alvo para a adesão ao trabalho. Durante todo o momento da realização do projeto de educação em saúde ficamos satisfeitos com a interação das gestantes com o grupo, ao se sentirem à vontade para relatarem suas experiências vivenciadas em outras gestações e tirarem as dúvidas relacionadas às abordagens. Além disso, foi perceptível o contraste entre o que é notório na teoria estudada e evidenciada com o que realmente acontece na prática relatada pelas mamães, com isso compreendemos que o projeto não serviu apenas para transmitirmos informações, mas sim para trocarmos conhecimentos mutuamente.

7599 EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM ADOLESCENTES NA ESCOLA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Larissa Murta Abreu, Jorge Luiz Lima da Silva, Natália Viana Marcondes da Silva, Giulia Lemos de Almeida

EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM ADOLESCENTES NA ESCOLA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Larissa Murta Abreu, Jorge Luiz Lima da Silva, Natália Viana Marcondes da Silva, Giulia Lemos de Almeida

Apresentação: A escola abriga uma multiplicidade de indivíduos que possuem pensamentos, culturas e costumes distintos, sendo um ambiente que merece destaque no que tange às práticas de educação em saúde. A educação em saúde desenvolvida no ambiente escolar muito se relaciona a saúde escolar, de forma que temas relacionados à saúde devem ser abordados constantemente neste âmbito, objetivando que os adolescentes sejam protagonistas e participantes do seu processo de cuidado. Os públicos adolescente e infantil possuem especificidades condizentes com a faixa etária e necessidades físicas e emocionais distintas dos demais indivíduos em outras fases de vida. Dessa forma, é necessário que o profissional enfermeiro, como potencial educador em saúde, realize uma aproximação com esse público, respeitando e considerando suas experiências de vida e saberes construídos e desconstruídos ao longo do tempo. Por meio de uma escuta ativa e empática e a partir da apropriação dos conceitos de integralidade e humanização em saúde, os profissionais se tornam capazes de promover uma aproximação que culmina com a formação de vínculo, estabelecendo uma relação para que os sujeitos sejam capazes de expressar suas dúvidas e questionamentos relacionados à saúde e bem-estar. Dessa forma, os profissionais enfermeiros ganham destaque quando inseridos no espaço escolar, mantendo contato com crianças e adolescentes e percebendo suas demandas. A partir disso, surge a necessidade de compreender como a educação em saúde com o público adolescente pode ser transformadora e benéfica para o mesmo. Diante dessa ótica, este estudo objetivou descrever ações desenvolvidas sobre educação em saúde e aos primeiros-socorros e higiene do corpo humano, além de temas ligados à adolescência, como drogas, violência e gravidez, entre outros, demandas surgidas dos próprios estudantes de escolas públicas em Niterói- RJ com base no conhecimento teórico da disciplina de Saúde Coletiva. Desenvolvimento: a presente pesquisa se utiliza de metodologia descritiva, exploratória, com abordagem qualitativa, do tipo de relato de experiência realizada em escola na cidade do Rio de Janeiro – RJ. Por se tratar de relato de experiência, não houve a aplicação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Entretanto, foi solicitada a autorização prévia da diretoria da escola para realização da intervenção. Os temas escolhidos pelos adolescentes e pré-adolescentes foram: violência no trânsito e primeiros socorros. As atividades foram realizadas em dois momentos, no primeiro, houve cinco encontros, sendo quatro visitas ao colégio e outra para construir material didático de apoio. Em segundo momento, houve quatro encontros com atividades com os adolescentes. As atividades acerca da violência no trânsito e demais problemáticas como álcool, drogas, direção e adolescência, foram desenvolvidas com alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental do turno da manhã. Ainda, as atividades acerca dos primeiros socorros e de educação em saúde foram realizadas com alunos do 3ª e 5ª ano do ensino fundamental. Palestras e dinâmicas extraclasses foram utilizadas para fixar os conteúdos como: jogos educativos, questionários e dramatizações, sendo essas atividades lúdicas e aproximadoras do contexto escolar. Resultado: percebeu-se que os alunos do primeiro grupo submetidos a dramatização participaram bastante, alcançando o objetivo da atividade, destacando assuntos como gravidez na adolescência, bullying, participação da mãe na alimentação, a política como instrumento de mudança da realidade escolar, sexo (por acharem que este seria o tema da apresentação), relação pai e filho, relação com amigos, percepção acerca da escola e do papel que a escola exerce na educação dos alunos, as consequências dos atos, respeito ao próximo, e outros. O segundo grupo era composto de alunos de faixa etária menor, o que dificultou a concentração na peça, diminuindo a compreensão do real sentido da mesma. Foi possível abordar alguns conceitos, contando com a participação de alunos, mas, ainda assim, a comunicação foi mais difícil, em relação ao primeiro. Analisando os dois grupos, percebemos que os alunos apresentaram dificuldade em expressar suas ideias, demonstrando carência de argumentação e de vocabulário. Outras atividades foram desenvolvidas com os jovens,  abordando a temática  da gravidez na adolescência, Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e drogas. Uma das graves problemáticas que circundam os assuntos sobre a gravidez e as ISTs se dá na falta de conhecimento em relação ao uso correto de preservativos, resultando em altos índices de gravidez na adolescência. Nessa perspectiva, questões acerca da higiene pessoal foram pautadas, visto que boa higiene engloba a prevenção de doenças e também a manutenção da saúde. A atividade de promoção de asseio pessoal pode contribuir para redução de doenças infectocontagiosas, mais frequentes em crianças em ambientes escolares. Durante as atividades, notaram-se expressões como euforia, cabeça baixa, mãos geladas, isolamento, nervosismo. Analisando a reação dos alunos, percebeu-se que alguns alunos apresentavam-se agitados, tímidos, com baixa autoestima e até mesmo problemas psíquicos que podem advir da falta de estrutura familiar, por viverem em situação de risco. Desta forma, foi observado questões sociais que precisam ser trabalhadas para evitar essa vulnerabilidade. Levando em consideração esses aspectos, ao final de cada atividade realizada, o grupo se reunia, junto com o professor orientador e com o monitor, onde era relatado as percepções a respeito das atividades realizadas e ocorria troca de experiências. Dessa forma, dando início à análise crítica para a construção da discussão e análise da atividade teórico-prática. Considerações finais: A atividade teórico-prática realizada nas escolas, permitiu aos acadêmicos vivenciarem realidades novas e essenciais para o seu bom desenvolvimento como profissionais da área da saúde, tendo em vista que, enquanto enfermeiros, também atuarão em seu futuro profissional como educadores. Destaca-se a fundamental ação do enfermeiro no ambiente escolar para a promoção da saúde de todos os envolvidos nesse contexto, partindo de seu papel como educador. De fato, a educação em saúde é essencial para tornar os indivíduos mais responsáveis e autônomos quanto ao alcance e a manutenção de seu estado de saúde. Nota-se que no ambiente escolar existe uma série de fatores e determinantes que devem ser analisados, e que influenciam diretamente na realidade vivida pelos alunos, de forma que,  como educadores, os profissionais de saúde têm papel fundamental na conjugação desses fatores, levando em consideração a história vivenciada por cada indivíduo. Foi possível compreender as competências que o enfermeiro deve desempenhar, atuando também como educador, visando à educação como canal condutor de desenvolver suas potencialidades, em sua condição de sujeito dinâmico, além de aplicar estratégias eficientes para contribuir com a formação e compreensão da saúde da sua comunidade. 

7708 PRÁTICAS INTEGRATIVAS E EDUCAÇÃO EM SAÚDE: DIALOGANDO COM OS JOVENS DE UM COLETIVO DE FORTALEZA
Sara Catarina Bastos Calixto, Michell Ângelo Marques

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E EDUCAÇÃO EM SAÚDE: DIALOGANDO COM OS JOVENS DE UM COLETIVO DE FORTALEZA

Autores: Sara Catarina Bastos Calixto, Michell Ângelo Marques

Apresentação: O presente trabalho é um relato de experiência realizado em um coletivo de uma comunidade do município de Fortaleza entre os meses de abril e maio de 2019 em que foram abordadas as práticas integrativas e como estas podem auxiliar no contexto biopsicossocial do ser humano. Os métodos terapêuticos não convencionais são práticas milenares utilizadas por diversos povos e culturas no cuidado, manutenção e recuperação da saúde. Com uma fundamentação muitas vezes associada à tradição e aos costumes, o uso dessas práticas populares demonstrava grande aceitação pela resolutividade e efetividade nas suas aplicações. A incorporação das chamadas Práticas Integrativas e Complementares de Saúde, na rede pública de saúde brasileira está em lenta expansão. Além das recomendações da Organização Mundial de Saúde para que os países elaborem políticas que considerem o acesso a estas práticas, há um contexto mundial favorável a isso, devido, entre outros fatores, ao abalo da biomedicina nas suas relações com os usuários, a sua tendência ao uso abusivo de tecnologias duras, a seus efeitos iatrogênicos e a uma significativa "desumanização”; das suas práticas profissionais. Complementarmente, parte do crescimento da procura social pelas PICCS deve-se a méritos próprios: reposicionam o paciente como centro do paradigma médico; consideram a relação curador-paciente como elemento fundamental da terapêutica; buscam meios terapêuticos simples, menos dependentes de tecnologia científica dura, menos caros e, entretanto, com igual ou maior eficácia nas situações comuns de adoecimento; e estimulam a construção de uma medicina que busca acentuar a autonomia do paciente, tendo como categoria central a saúde e não a doença. Dessa forma o uso de práticas integrativas e complementares de saúde preocupando-se com o cuidado holístico das pessoas proporciona uma atenção também social podendo melhorar as formas como o indivíduo cuidam do seu bem-estar biopsicossocial. Com isso o objetivo deste trabalho é relatar a experiência dos autores na participação de atividades de extensão desenvolvidas com os jovens pela Liga de Cuidado Espiritual em Saúde da Universidade Federal do Ceará (LACES) no coletivo Natora presente em uma comunidade do município de Fortaleza sobre práticas integrativas de saúde. A atividade de extensão consistiu na realização de capacitações em formato de roda de conversa nas quais foram propiciados momentos de escuta e troca de saberes, no que abrange a apresentação de aspectos teóricos básicos sobre as práticas integrativas em saúde e seu cuidado integral à pessoa e como estas podem auxiliar no contexto biopsicossocial do ser humano. A metodologia de trabalho contou também sessões de musicoterapia durante encontros. Tal prática foi incluída nas atividades visto a opção por uma relação teórico prática e pela proximidade que os jovens relataram da música. Os encontros contavam com a participação de 4 extensionistas e o professor orientador do projeto como facilitadores debate e o público composto pelos membros de um coletivo de jovens moradores em uma comunidade de baixa renda de Fortaleza. Participaram das atividades, em média, 15 pessoas de ambos os sexos, com idades entre 18 e 23 anos. Foram realizados 2 encontros grupais de educação sobre as práticas integrativas, no período entre abril e maio de 2019, aos sábados no período diurno. Foram levantadas as principais dúvidas que os jovens tinham sobre as práticas integrativas e as atividades que íamos realizar, que foram esclarecidas no decorrer dos encontros, com utilização de estratégia participativa, associados a vários recursos didáticos. A experiência permitiu planejar orientações compreensíveis e significativas aos jovens. Durante os encontros observamos a interação que os jovens desenvolveram com os membros da Liga de Cuidado Espiritual em Saúde e como conseguimos criar vínculos usando musicoterapia e desenvolvendo rodas de conversa entre os participantes. Observamos que o conhecimento deles sobre as práticas integrativas ainda era restrito devido  ao pouco contato dos mesmos com essas práticas e devido a isso, eles trouxeram muitas dúvidas. A música foi uma forma de mostrar como essas práticas funcionavam e como elas podem ajudar estabelecer um cuidado e uma comunicação. Desse modo, os integrantes do coletivo ficaram muito empolgados em levar para os jovens da comunidade um apoio social e psicológico, aliado a isso, percebeu-se que o espaço foi também proveitoso como uma forma de conhecimento de uma área profissional que pudessem atuar no futuro. No final dos encontros foram observados impactos positivos para os jovens e para os membros da LACES, que eles relataram sentirem maior conhecimento sobre as práticas integrativas e motivados a participar dos cursos que a liga oferta durante o ano relacionados a essa área. Para os membros da LIGA foi um momento de profundo aprendizado e partilha de conhecimentos, pois conseguimos entrar em uma realidade social muitas vezes esquecida com relação a promoção de saúde e vivenciar como as atividades de extensão e as práticas integrativas e complementares de saúde podem proporcionar ao nosso aprendizado. O objetivo de conseguir integração e mostrar a importância das práticas integrativas mostrando como estas podem ajudar a realidade socioeconômica e psicológica e como estas também podem ajudar outros jovens que também estão inseridos nesse mesmo contexto. Desse modo podemos perceber como as atividades de extensão e as interações que vão além da universidade podem nos proporcionar conhecimentos e vivências práticas que estudamos melhorando nosso desenvolvimento tanto profissional como pessoal pelas partilhas de saberes que estas nos proporcionam. Também podemos perceber a importância de atuar em vários contextos sociais mostrando a importância de atividades de educação em saúde como ferramenta de atuação social tão importante para a área da saúde e que muitas vezes esquecida pelos profissionais dificultando a interação com outros contextos sociais. Além disso, a importância para os alunos da graduação que muitas vezes não tem a oportunidade de adentrar nesses contextos e quando se tem essa oportunidade nos mostra como essa  inserção é importante e como ela pode contribuir para o aprendizado fora da sala de aula e para os diálogos que ela possa vir a proporcionar como forma de ampliar os conhecimentos e conectar os acadêmicos em territórios muitas vezes esquecidos e  que fazem parte do contexto social e econômico da região e que precisam ser valorizados pelos profissionais e futuros profissionais.