434: O cuidado e a promoção da Saúde da População Idosa | |
Debatedor: Vanessa Maria Panozzo | |
Data: 29/10/2020 Local: Sala 05 - Rodas de Conversa Horário: 08:00 - 10:00 | |
ID | Título do Trabalho/Autores |
6195 | EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM IDOSOS SOBRE PREVENÇÃO DE HIV: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Giulia Lemos de Almeida, Larissa Murta Abreu, Thamires Ribeiro da Silva, Gabriella Filippini Silva Ramos, Roberto Schemid Abo Gamem da Cunha, Ana Luísa de Oliveira Lima, Maritza Consuelo Ortiz Sanchez EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM IDOSOS SOBRE PREVENÇÃO DE HIV: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Giulia Lemos de Almeida, Larissa Murta Abreu, Thamires Ribeiro da Silva, Gabriella Filippini Silva Ramos, Roberto Schemid Abo Gamem da Cunha, Ana Luísa de Oliveira Lima, Maritza Consuelo Ortiz Sanchez
Apresentação: Um dos desafios que os profissionais de saúde, os governos e a comunidade científica enfrentam na atualidade é a Síndrome da Imunodeficiência Humana, a AIDS, considerada um dos mais sérios problemas de saúde pública mundial. Embora a maioria dos casos de infecção pelo HIV seja detectada na faixa etária de 15 a 49 anos, tem sido verificado um aumento significativo da taxa de incidência desta infecção na faixa populacional situada acima dos 50 anos. Fato decorrente do aumento da expectativa de vida e do aumento das relações sexuais desprotegidas, associado ao redescobrimento sexual possibilitado pelo consumo de drogas que melhoram o desempenho sexual, próteses para disfunção erétil e reposição hormonal feminina. O tabu conjecturado na sociedade de que o idoso não é sexualmente ativo fomenta a ideia de que esse indivíduo não necessita utilizar preservativo. Prova disso é que mais de 80% dos idosos entrevistados no município de Catanduva em São Paulo não utiliza tal profilaxia por não considerar necessário. Com o objetivo de promover a saúde integral do idoso e prevenir comportamentos de risco, torna-se necessário pesquisar acerca do tema, evitando se restringir a revisões bibliográficas, estimular discussões, fomentar, produzir e difundir informações com a sociedade. Para isso, a educação em saúde pode ser utilizada como eixo principal para prevenção da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana e divulgação de dados científicos, utilizando um diálogo horizontal atrelado ao vocabulário compreensível para o cliente. A educação em saúde com o público idoso visa identificar as informações previamente conhecidas, esclarecer dúvidas e prevenir agravos por meio da troca constante de informações que ocorre no processo. Educação em saúde, que pode ser entendida como quaisquer combinações de experiências de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar ações voluntárias conducentes à saúde. A palavra combinação enfatiza a importância de combinar múltiplos determinantes do comportamento humano com múltiplas experiências de aprendizagem e de intervenções educativas. Na educação em saúde, deve ser utilizada uma linguagem que alcance efetivamente o público alvo. Especialmente para com os idosos, o que pode precisar de esforço, devido a possibilidade de resistência dos mesmos, pois esses temas não foram abordados em sua juventude. O trabalho tem por objetivo relatar a experiência de acadêmicos do curso de graduação em enfermagem, no que diz respeito à educação em saúde sobre HIV na população de idosos, em uma Unidade de Saúde. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos do sexto período da graduação em enfermagem de uma universidade federal sobre educação em saúde com um grupo de idosos em uma unidade básica. O tema central da educação em saúde foi a prevenção da infecção pelo HIV e a ação do grupo se deu no dia 03 do mês de dezembro do ano de 2019. A Organização das Nações Unidas apoiou a decisão de transformar o dia 1 de dezembro no dia internacional de luta contra a AIDS, fornecendo destaque ao tema abordado. Os encontros com o grupo de idosos já ocorriam previamente na unidade, de forma que foram enviados convites para que o público fosse informado sobre a atividade. Os idosos demonstraram-se abertos e solícitos para o encontro, de forma que ao longo do diálogo foram levantadas diversas questões, relacionadas ao uso de preservativos como forma de prevenção da infecção por HIV, diferenças entre HIV e AIDS e formas de transmissão do vírus. Toda a explanação foi acompanhada por meio de um folder educativo previamente preparado, com imagens para que o entendimento do tema fosse facilitado. Além disso, convites para a realização dos testes rápidos de identificação do HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis, como sífilis e hepatites B e C, foram distribuídos ao final da atividade. Resultado: A palestra apresentada utilizou a predominantemente a linguagem formal. Houveram adaptações de termos como “Pênis” e “prepúcio” para que todo o público fosse alcançado. Também ocorreu adaptação da postura dos acadêmicos permitindo que os idosos se sentissem mais à vontade e interagissem melhor com os palestrantes. Durante a atividade, foi evidenciado que as mulheres heterossexuais sofrem pressão dos parceiros para não utilizarem camisinha e possuem curiosidade acerca do preservativo feminino, por isso, o mesmo foi apresentado como um meio de se manter protegida apesar da resistência do parceiro, já que proporciona segurança e autonomia sobre sua decisão de prevenção. Foi reiterado que o uso do preservativo não deve ocorrer apenas na vida reprodutiva, mas sim em toda a vida sexual, uma vez que, além de prevenir a gravidez, protege contra o HIV e outras ISTs. Houveram explanações demonstrando que homens e mulheres desconheciam como utilizar os preservativos, tanto masculino como feminino, além da dificuldade na utilização do lubrificante. Com isso, realizamos demonstração de como os preservativos devem ser colocados e retirados. Diante da inquietação e das dúvidas a respeito do uso do lubrificante foi explicado que, com o envelhecimento, há mudanças naturais referentes ao aparelho genital feminino que podem dificultar a relação sexual, como o estreitamento vaginal e a diminuição das secreções, por isso, ele pode ser uma estratégia para tornar a área lubrificada e evitar dor à penetração, possibilitando uma relação sexual mais prazerosa. Notou-se, também, desconhecimento do grupo quanto à existência e função da Profilaxia pós-exposição (PEP) e pré-exposição (PrEP), sendo esclarecido o seu funcionamento, importância, indicação e local de aquisição no município. Foi observado a importância do tema para os usuários pelo elevado numero de duvidas apresentado. Os usuários foram receptivos e participaram ativamente, mostrando interesse e disposição para dar continuidade aos encontros que abordem a temática da prevenção e promoção de saúde através de rodas de conversa com a equipe multidisciplinar. Considerações finais: Não se deve pensar que ao grupo idoso é dispensável a educação em saúde a respeito de doenças sexualmente transmissíveis. Esse grupo tem necessidades e hábitos assim como os usuários de outras faixas etárias. Constatou-se que as atividades realizadas com o grupo têm profunda importância para a promoção da saúde e prevenção de doenças no contexto da sociedade atual. Se mostra relevante a discussão de temas que abordem a saúde sexual e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, uma vez que percebe-se o conhecimento insuficiente desse público sobre tais temáticas. As ações de educação em saúde são fundamentais para que se desenvolva o autocuidado, que é o objetivo principal a ser alcançado com os idosos que participam das atividades da unidade. |
6481 | AÇÃO DE SAÚDE COMO ESTRATÉGIA DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE HIV/AIDS PARA IDOSOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Joici Carvalho Barata, Felipe Macedo Vale, Gisele de Brito Brasil, Hector Brenno da Silva Cagni, Lorena Santos da Rocha, Manuela Cristina Gouveia do Amaral, Ricardo Luiz da Silva Saldanha, Willame Oliveira Ribeiro Junior AÇÃO DE SAÚDE COMO ESTRATÉGIA DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE HIV/AIDS PARA IDOSOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Joici Carvalho Barata, Felipe Macedo Vale, Gisele de Brito Brasil, Hector Brenno da Silva Cagni, Lorena Santos da Rocha, Manuela Cristina Gouveia do Amaral, Ricardo Luiz da Silva Saldanha, Willame Oliveira Ribeiro Junior
Apresentação: Das 40 milhões de pessoas que vivem com HIV/AIDS, 2,8 milhões tem mais de 50 anos de idade, além disso, pesquisas afirmam que o avançar da idade não diminui ou exclui a libido sexual, por outro lado, o aumento da expectativa e qualidade de vida juntamente com práticas sexuais inapropriadas colocam em risco a saúde sexual dos idosos. Dessa forma, acadêmicos de enfermagem julgaram válido discutir o tema em uma reunião de idosos, que acontece semanalmente em uma igreja evangélica. Com isso, tem-se como objetivo relatar uma ação realizada por acadêmicos de enfermagem entre um grupo de idosas acerca de HIV/AIDS. Desenvolvimento: O trabalho surgiu a partir de um estágio curricular dos acadêmicos em uma Estratégia Saúde da Família, e orientados pela docente responsável elaboraram uma dinâmica de mito e verdade. A atividade proporcionou aos acadêmicos abordar o assunto de forma lúdica, ao passo que, explanavam os aspectos mais comentados sobre HIV/AIDS na sociedade. Assim, os acadêmicos iniciaram entregando plaquinhas verdes e vermelhas às idosas, posteriormente, faziam afirmações as quais elas opinariam como mito ou verdade, em seguida explicavam o porquê das verdades e inverdades, atingindo o total de 10 questões. Resultado: O grupo incluía 20 mulheres idosas que tiveram a oportunidade de se familiarizar com o tema, uma vez que, a maioria das questões apresentadas são falácias populares. Além disso, notou-se o interesse pelo assunto abordado, à medida que perguntavam sobre o tema abordado. Considerações finais: Dessa forma, notou-se a necessidade de espaços como esse, que promovam a expansão de informações verdadeiras sobre a HIV/AIDS, pois na atualidade ainda há preconceito e marginalização dessas pessoas. Nesse ínterim, os futuros enfermeiros puderam levar informações para esse público, esperando que se propaguem na comunidade, excluindo os prejulgamentos resultantes do desconhecimento, sendo de imensa satisfação para os acadêmicos um resultado positivo. |
7165 | O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS COLABORATIVAS A PARTIR DE UMA PROPOSTA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE DE IDOSOS Bruno Costa Poltronieri, Thainá Ferreira Sant’Anna, Nathalie Lima de Oliveira, Carolina Elias, Gabriella Thayna Ferreira Moreira, Mauren Lopes de Carvalho O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS COLABORATIVAS A PARTIR DE UMA PROPOSTA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE DE IDOSOSAutores: Bruno Costa Poltronieri, Thainá Ferreira Sant’Anna, Nathalie Lima de Oliveira, Carolina Elias, Gabriella Thayna Ferreira Moreira, Mauren Lopes de Carvalho
Apresentação: O envelhecimento é algo natural e ininterrupto e tratar sobre suas demandas é algo crucial para a saúde da população em geral, já que o Brasil vivencia uma transição demográfica, a qual estima-se que até 2050 se torne uma nação considerada idosa e não mais adulta. O foco da assistência à saúde para idosos de acordo com a política nacional de saúde da pessoa idosa é independência e autonomia nas atividades de vida diária do idoso, contudo há muitas condições que interferem na funcionalidade do idoso como os fatores biológicos, sociais e psicológicos que muitas são complexas e que requerem ajuda de profissionais que estejam sensíveis a trabalhar e colaborar em equipe, pensando na melhor solução para o idoso assistido. Nesse sentido, a organização mundial de saúde orienta que a formação de futuro profissionais da área de saúde estejam baseadas na educação interprofissional e nas práticas colaborativas. O PET-Saúde/Interprofissionalidade é um programa do Ministério da Saúde que visa fomentar mudanças na formação da graduação no âmbito do Sistema Único de Saúde, neste caso com foco na Educação Interprofissional (EIP) e nas práticas colaborativas (PC), com vistas ao princípio da integralidade da assistência. O objetivo deste trabalho é relatar o desenvolvimento das competências do trabalho colaborativo junto aos estudantes de graduação inseridos em um grupo de trabalho do PET/Interprofissionalidade cujo foco é a promoção da saúde do idoso. Desenvolvimento: O grupo ocorre em uma clínica da família no bairro de Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, e conta com 8 estudantes de graduação dos cursos de Terapia Ocupacional, Fisioterapia e Farmácia, dois docentes dos cursos de Terapia Ocupacional e Fisioterapia e quatro profissionais da clínica da família (duas enfermeiras, uma dentista e uma profissional de educação física). A primeira atividade realizada, incluindo a participação conjunta de todos esses atores, foi a elaboração de uma avaliação do idoso para a participação em um programa com oficinas de cuidado e Dança Sênior. Nesta importante etapa, discentes, preceptores e docentes puderam discutir que aspectos de uma avaliação sensível, porém breve e pouco específica que pudesse ser importante para conhecer e triar os idosos interessados nas oficinas. Assim, constituiu-se uma avaliação com informações básicas sobre o idoso identificação e registro dos problemas de saúde mais comuns ou mais relevantes para aquele idoso e os seguintes componentes foram incorporados: mobilidade e risco de queda, dor, polifarmácia e cognição. Logo após, o grupo se reuniu para realizar o planejamento das oficinas. Para realização das mesmas, chegou-se a um entendimento coletivo que só praticar dança sênior não seria o suficiente para alcançarmos os objetivos estipulados pela equipe e que a própria dança poderia disparar temas pertinentes ao envelhecimento. Assim, o grupo elencou três grandes temas para desenvolver junto com os idosos: as reminiscências de vida, o estabelecimento de vínculos e a educação em dor. No planejamento tinha-se o cuidado dos responsáveis serem sempre de pelo menos duas áreas distintas de formação e de distribuir tarefas a todos, de modo que todos tivessem oportunidade de coordenar uma atividade com idosos. As oficinas de cuidado e dança sênior representavam o espaço onde o planejamento se concretizava, embora nem sempre ocorresse como havia sido pensado. Os estudantes perceberam que imprevistos acontecem, mais ainda quando se aplica a prática centrada nos usuários dando voz aos mesmos, e aprenderam como lidar com isso. No decorrer das oficinas e a medida que o grupo de trabalho buscava se fortalecer, eventos previamente agendados em parceria com a clínica da família ocorreram e houve oportunidade do PET divulgar seu trabalho integrando-se mais aos afazeres da clínica. Além disso, os estudantes dos cursos de fisioterapia, terapia ocupacional e farmácia tiveram a oportunidade de acompanhar brevemente as rotinas de trabalho existentes dos profissionais na clínica da família, até mesmo dos agentes comunitários de saúde e do setor administrativo ampliando assim a sua visão para além do fazer próprio da sua futura profissão. Em paralelo ao fazer colaborativo na prática, os conceitos da EIP e PC foram estudados teoricamente e postos em reflexão com base nas experiências vividas por este grupo de trabalho. Cada participante (discentes, docentes e profissionais de saúde) realizou individualmente o curso Educação Interprofissional em Saúde na plataforma do Ambiente Virtual de Aprendizagem do Sistema Único de Saúde (AVASUS). Posteriormente, as perguntas do próprio material do curso que provocavam a reflexão sobre as práticas em saúde, foram utilizadas como perguntas disparadoras de um debate em formato de roda de conversa. Na ocasião, tanto dos preceptores quanto estudantes e docentes admitiram a existência de aspectos a serem reforçados e estimulados, tais como a dinâmica do trabalho em saúde, o trabalho em equipe de maneira efetiva, experiência de aprendizagem compartilhada e competências colaborativas. Foi unânime a conclusão de que a PC proporciona um trabalho integrado, oferecendo melhor atenção à Saúde. Além disso, a fim de aprofundar os conhecimentos teóricos sobre EIP e PC, o grupo vem realizando seminários com apresentação e debate de artigos e materiais sugeridos pelo curso e outros materiais da literatura científica atual sobre o assunto. Resultado: As atividades realizadas têm provocado importantes reflexões entre os discentes a respeito da sua própria formação, entendendo que ainda há uma grande lacuna no que se refere a EIP e PC. A disponibilidade dos profissionais, o conhecimento sobre o fazer do outro, a importância e valorização de todos os sujeitos, o compartilhamento de experiências e saberes e prática centrada no usuário ainda precisam, na visão dos estudantes deste projeto, de maior sensibilização na graduação. Os estudantes referem-se que por meio das vivências na clínica da família conseguiram aprender na prática sobre o papel dos profissionais, a rotina e demandas da atenção primária, além de estarem aprendendo a escutar e dialogar com o outro para melhor resolução dos problemas e conflitos. Nas atividades junto aos idosos os estudantes tiveram a possibilidade de elaborar, avaliar e discutir conjuntamente com pessoas de áreas diferentes sobre a saúde destes usuários e em conjunto elaborar as oficinas para este público alvo. Esse construir coletivo favoreceu com cada discente pudesse compreender o papel e a atuação do outro, o que pouco ocorre em sala de aula durante a graduação. É importante considerar também que a EIP e PC possuem barreiras para se realizar completamente e por isso uma compreensão mais aprofundada a partir das leituras e debates do material teórico vem servindo como reforço e estímulo à transposição das mesmas. Considerações finais: A experiência ao longo destes 9 meses com o PET-Saúde/Interprofissionalidade tem sido essencial para sensibilizar e motivar discentes, preceptores e docentes em relação a vivência da Educação Interprofissional as competências colaborativas. Vivenciar traz amadurecimento para os estudantes, maior bagagem sobre o funcionamento da atenção primária no município do Rio de Janeiro, os sensibiliza para lidar com trabalho em equipe, favorecendo com que o estudante tenha suas práticas centradas no sujeito para melhor qualidade do cuidado. |
8751 | ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOS Eliza Paixão da Silva, Alessandra Conceição Leal, Ana Clara Lima Moreira, Ariane Salim do Nascimento, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Ianka Carolline da Silva Saldanha, Thamires Pinto Santos, Ana Luisa Lemos Bezerra ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOSAutores: Eliza Paixão da Silva, Alessandra Conceição Leal, Ana Clara Lima Moreira, Ariane Salim do Nascimento, Camilla Cristina Lisboa do Nascimento, Ianka Carolline da Silva Saldanha, Thamires Pinto Santos, Ana Luisa Lemos Bezerra
Apresentação: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são infecções transmitidas, principalmente, por via sexual (mas não exclusivamente), tendo como agentes etiológicos fungos, bactérias, vírus e outros microorganismos, os quais causam infecções como hepatites, gonorreia, AIDS, entre outras. São infecções bastante diferenciadas, as quais causam uma sintomatologia variada, sendo assim, podem ocorrer algumas dificuldades em serem identificadas clinicamente, portanto, é imprescindível que se adotem medidas preventivas das mesmas, para se ter uma qualidade de vida adequada. Toma-se como exemplo a questão do HIV, cuja notificação de casos em idosos no Brasil tem se mantido constante de 2015 à 2018, com cerca de 15% à 16% de casos por ano, representando pessoas com idade de 50 à 64 anos, totalizando 24.561 casos em apenas 4 anos, conforme os dados estatísticos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), demonstrando que mesmo com as medidas do Sistema de Saúde de promoção da qualidade de vida e prevenção de ISTs, os casos se mantém numa mesma média para esta faixa etária, deixando o questionamento se as ações em saúde planejadas, estão sendo, de fato, efetivadas. O objetivo deste estudo é descrever a experiência de acadêmicas de enfermagem na elaboração de uma ação lúdica com idosos, acerca da prevenção de ISTs. Desenvolvimento: Estudo descritivo, de abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência. A ação foi planejada durante as aulas práticas da disciplina Geriatria e Gerontologia de uma universidade de Belém - PA, nas quais o grupo de acadêmicas visitou uma instituição pública de atendimento à idosos do Município, a qual oferece serviços de saúde como consultas, exames, atendimentos em grupo, com profissionais como enfermeiras, médicas, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, psicólogas, entre outros. Durante o primeiro dia de prática, foi observado um cartaz do Ministério da Saúde que incentiva a realização de testes-rápidos para HIV, Hepatite B e C e Sífilis em uma das salas de espera, no entanto, conforme os dias foram passando, percebeu-se que esse não era um tema abordado pelos profissionais da instituição. Com o apoio de estudos do Componente Curricular Doenças Infecciosas e Parasitárias, o grupo notou um índice alto na notificação de casos de ISTs em idosos, o que levou à reflexão das mesmas se poderiam realizar uma atividade com tal temática. Ao contar com o apoio da docente que as acompanhava e da enfermeira responsável pela instituição, as mesmas planejaram uma ação que utilizava uma caixa vermelha contendo frases escritas em papéis - compreendeu-se que devido à dinâmica da instituição, seria melhor realizar a ação com pequenos grupos de idosos nas salas de espera, ao invés de fazer uma ação grande com todos de uma vez. Foram abordados grupos de 3 pessoas, incluindo os idosos e seus acompanhantes, os quais retiravam um papel de dentro da caixa e iniciava uma discussão sobre a frase sorteada, se acreditava que era verdadeira ou falsa e por que. A ação ocorreu em 45 minutos e foram abordadas cerca de 21 pessoas (7 grupos), sendo homens e mulheres, em sua maioria usuários do serviço e alguns acompanhantes. Resultado: Foi observado durante as aulas que os profissionais da instituição não tinham o hábito de realizar ações de sala de espera, o grupo de acadêmicas buscou entender os motivos que levaram à isso e um deles foi a dinamicidade dos atendimentos - a enfermeira informou que assim que uma consulta finaliza, outro paciente entra logo em seguida e os idosos acabam temendo perder aquela consulta, sendo um dos motivos relatados para preferirem não participar de ações deste tipo. Ao realizar a ação com grupos pequenos de três pessoas, reduziu-se esta complicação para os usuários, criando um meio mais acessível para este entrar e sair, a qualquer momento, da atividade. Inclusivamente, alguns relataram que não queriam participar da atividade justamente por medo de perder a sua vez em alguma consulta, visando minimizar isto as acadêmicas garantiram que a qualquer momento o usuário poderia sair da roda. As acadêmicas buscaram criar algum tipo de vínculo com os usuários participantes, se apresentando, perguntando seus nomes, com um aperto de mãos ou algum gesto de conforto para aquele usuário, de modo que ele se sentisse à vontade para participar, visto que a sexualidade ainda é um tabu dentro da sociedade brasileira e que gerações passadas tiveram muito menos liberdade para discutir sobre isso, compreende-se que é um assunto delicado e que precisa ser bem trabalhado para não gerar desconfortos. Neste sentido, mais da metade dos usuários relatou que realizava vários exames, no entanto, não tinha o hábito de realizar testagens para ISTs, pois consideravam que não haviam se exposto à riscos - porém, podem ter se exposto à esses riscos em algum momento da vida, ter contraído o agente etiológico e este estar em seu organismo de forma latente, portanto, realizar a testagem é uma ação de autocuidado extremamente importante. As acadêmicas puderam observar a interação destes idosos com o grupo, por meio da caixinha de afirmações, se sentindo mais abertos para falar sobre aquilo tendo o direcionamento da frase, que funcionou como um catalisador para a discussão em questão. Foi notado também que é necessário conhecer a linguagem científica para fins acadêmicos, porém, ao se deparar com uma população que não tinha contato direto com estes termos, foi necessário realizar um ajuste, sendo assim, algumas vezes o termo “IST” foi substituído durante as falas pelo termo “DST” (ressaltando-se a nova nomenclatura durante tais falas), ou até mesmo pelo termo “doença venérea” que foi referido por uma das usuárias durante a ação, demonstrando que não só devemos conhecer a linguagem da população que estamos trabalhando, mas, também, de acordo com a sua geração e conhecer tanto os termos antigos, quanto os mais novos. Considerações finais: Em consonância aos resultados obtidos nesta experiência, é salutar que o Sistema Único de Saúde possui um grande desafio na sua estruturação: a capacidade de adaptação constante. Para lidar com as mudanças do meio, do território, da tecnologia e da natureza, mas, também, para lidar com o que muda devagar e que não segue a globalização predatória. É necessário, mais do que nunca, aplicar em cada atividade o princípio da equidade, em busca de atender melhor às necessidades de cada usuário do serviço. Por fim, destaca-se que este meio precisa ainda de ser explorado cada vez mais em busca de respostas para ampliar a assistência à pessoa idosa, de modo que sejam protegidos contra as ISTs, em busca de uma adequada qualidade de vida. |
9365 | ATIVIDADE EDUCATIVA PARA TRABALHAR A PREVENÇÃO DE IST'S EM IDOSOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Luiz Philipe de Souza Silva Barbosa, Pedro Paulo Bergamini Braga, Gabriela Miranda Lima, Maria Eduarda Santos Cardoso, Hygor Cabral Silva, Gabriela Maciel dos Reis ATIVIDADE EDUCATIVA PARA TRABALHAR A PREVENÇÃO DE IST'S EM IDOSOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Luiz Philipe de Souza Silva Barbosa, Pedro Paulo Bergamini Braga, Gabriela Miranda Lima, Maria Eduarda Santos Cardoso, Hygor Cabral Silva, Gabriela Maciel dos Reis
Apresentação: As novas tecnologias aliadas aos avanços da ciência e da saúde vem transformando a pirâmide etária do globo. Essa mudança, aliada à baixa natalidade dos países desenvolvidos, resulta no envelhecimento da população em geral, o que vem alertando órgãos de controle mundial, como a Organização Mundial de Saúde (OMS). O Relatório Mundial sobre o Envelhecimento e Saúde aponta que a população idosa é tratada atualmente com conceitos obsoletos e com estereótipos já ultrapassados. Visto isso, é imprescindível que ações de saúde sejam consideradas prioritárias, tendo como foco essa parcela populacional. No que tange à sexualidade, já é consolidado o fato de que os idosos permanecem sexualmente ativos, contudo, por não falarem ou mesmo não conhecerem, praticam, na maioria das vezes, o sexo inseguro e com alta chance de contaminação por alguma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Certos artigos são explícitos em relação ao fato de que os idosos não se enxergam como uma população vulnerável no contexto das infecções sexualmente transmissíveis. Uma revisão de literatura apresentou evidências do aumento da taxa dessas infecções na população de 50 anos ou mais na América do Norte, Austrália, China, Coreia e África Subsaariana. De acordo com o Ministério da Saúde, “No Brasil não existem dados de amplitude nacional sobre a prevalência geral e entre idosos, em particular, dado que muitas delas não têm notificação compulsória. Para o HIV tem sido demonstrado aumento significativo nas taxas entre homens e mulheres na faixa etária de 60 anos ou mais, nos últimos 10 anos, indicando a vulnerabilidade de idosos a sua ocorrência”. As ISTs são problemas de Saúde Pública no Brasil e em outras partes do mundo, devido sua magnitude e dificuldade de acesso ao tratamento adequado. Para intervir nesta realidade, devemos estimular o desenvolvimento de atividades educativas de forma que a população se sinta em condições para identificar meios de contaminação, de prevenção, principais sintomas e negociarem a prática de sexo seguro. Diante disso, estudantes do primeiro período do curso de medicina da Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ), campus Centro-Oeste Dona Lindu, realizaram uma ação de educação em saúde com a população transeunte do centro da cidade de Divinópolis – MG, composta majoritariamente por idosos que praticavam exercício físico na localidade, valendo-se de uma dinâmica e palestra para a explanação do assunto. O objetivo desse texto é relatar a experiência da ação de educação em saúde e apresentar algumas reflexões acumuladas pelos estudantes. Desenvolvimento: No dia 29 de Novembro de 2019, os alunos do 1° período de medicina da UFSJ, realizaram, juntamente com o professor responsável pela disciplina PIESC (Prática de Integração Ensino, Serviço e Comunidade), uma atividade em uma praça pública da cidade de Divinópolis/ MG. A proposta dessa atividade era ampliar as ações de educação em saúde para os moradores da cidade, realizar aferições da pressão arterial e proporcionar aos estudantes uma vivência junto a comunidade. Foram organizados vários grupos que abordariam temáticas diferentes. A fim de se obter tal anseio, um grupo abordou a questão das ISTs, utilizando práticas lúdicas, como um jogo no qual o participante incluiria em uma tabela que continha nove possíveis formas de contágio com ISTs, das quais diversas estavam errôneas, um alfinete nas que considerasse corretas, após essa marcação, os alunos conferiam as respostas e explicavam ao participante porque determinada indagação estava correta ou incorreta. Além disso, em parceria com o Movimento Gay de Divinópolis (MGD), o grupo distribuiu camisinhas e lubrificantes gratuitamente para a parcela populacional que circulava pela localidade, com o intuito de não somente demonstrar a necessidade da ocorrência de relações sexuais seguras, mas, também, propiciar mecanismos para sua efetivação de forma prazerosa. Resultado: Durante a realização da atividade, os idosos aproximavam-se do local, inicialmente, com o intuito de aferirem a pressão arterial, demonstrando curiosidade e receio em perguntar sobre o assunto do stand. Visando, então, deixar essa parcela populacional mais confortável, os alunos prestavam assistência individual e de forma imparcial. Contudo, embora aceitassem com certo receio o diálogo, poucos sentiam-se seguros em pegar os preservativos e lubrificantes, manifestando medo de receber julgamentos. Devido à essa baixa demanda, esses produtos foram distribuídos em uma campanha ostensiva de entrega - que possibilitou a distribuição de 1500 preservativos - e de conscientização nos sinais de trânsito perto da praça pública no centro de Divinópolis. Nas atividades feitas para orientar sobre os meios de transmissão das ISTs, o grupo constatou baixa compreensão dos idosos sobre os comportamentos que podem expô-los ao contágio. Situações em que associavam práticas rotineiras como, por exemplo, compartilhamento de talheres, beijos e contato com suor como possíveis formas de aquisição das infecções não eram esporádicas. Em suma, apesar de terem sido utilizadas ferramentas simples para a análise, foi possível entender que muito ainda deve ser feito para conscientizar e quebrar a resistência da população idosa ao tema, que ainda permanece como um tabu na sociedade mesmo com toda a informação disponível – o que colabora com que essa problemática continue impactando pesquisas e mostrando aumento nos índices de infecções contraídas através da relação sexual desprotegida. Considerações finais: Acreditamos que as famílias e as demais instituições sociais têm importante papel na atenuação dessa problemática. A mídia, por exemplo, pode utilizar-se da forte adesão popular para criar um ambiente no qual esse tema, em parceria com o Ministério da Saúde, seja abordado e difundido em redes sociais, novelas e filmes. Além disso, o ambiente escolar com seu papel educador pode abordar, em disciplinas como biologia e sociologia, a temática. Tais ações, além de contribuir de maneira significativa na atenuação dos tabus e propiciar maior conhecimento à população em relação ao assunto, auxiliará na perpetuação dessa consciência nas gerações futuras. Sabendo-se que a educação em saúde é o melhor método para um processo educativo e informativo, no qual o diálogo favorece o ato de ensinar e compreender os questionamentos que podem surgir, fica claro que os idosos necessitam de momentos como esses, pois os mesmos têm a oportunidade de aprender novos conhecimentos, sanar dúvidas e superar paradigmas de forma informal, sem a necessidade de exposição ou a criação de vínculos - por meio de educação em saúde que consiste em um dos principais elementos da promoção da saúde, uma das estratégias do Sistema Único de Saúde Brasileiro (SUS). E, por fim, deixamos nossa experiência de participação de profissionais da área da saúde, professores e estudantes de medicina em uma prática de ensino aprendizagem extremamente eficiente, cuja teoria sai da sala de aula e é colocada em prática diante da população em forma de educação em saúde. Atividade esta que é sempre prazerosa e elogiada pelos alunos que a realizam, visto que conseguem ver de perto, mesmo que no início do curso, o quanto a população carece desse apoio da universidade, podendo despertar nestes futuros profissionais consciência social e humanitária para se tornarem médicos preocupados com a saúde da comunidade em que estiverem inseridos. |
9530 | METODOLOGIAS ATIVAS COMO FERRAMENTA PARA EDUCAÇÃO E PROMOÇÃO À SAÚDE DO IDOSO Marília Aparecida de Araújo Holanda, Kássia Carvalho Araújo, Cássio da Silva Sousa, Helena Márcia Dias Ripardo, Andréa Carvalho Araújo Moreira METODOLOGIAS ATIVAS COMO FERRAMENTA PARA EDUCAÇÃO E PROMOÇÃO À SAÚDE DO IDOSOAutores: Marília Aparecida de Araújo Holanda, Kássia Carvalho Araújo, Cássio da Silva Sousa, Helena Márcia Dias Ripardo, Andréa Carvalho Araújo Moreira
Apresentação: O envelhecimento é um processo que acarreta inúmeras mudanças fisiológicas, essas alterações estão diretamente relacionadas a fatores biológicos, sociais e psicológicos. Em vista disso, a fim de promover um envelhecimento saudável e a qualidade de vida do idoso é essencial que ações de educação em saúde sejam efetivas, principalmente em grupos. Nessa perspectiva, é notória a necessidade da aplicação de intervenções de educação em saúde como método preventivo e terapêutico na manutenção da saúde do idoso, além de estimular o desenvolvimento da sua autonomia e independência e a busca pela qualidade de vida na terceira idade. Diante disso, o objetivo desse trabalho é descrever a experiência dos acadêmicos de enfermagem no desenvolvimento de ações educativas em saúde, junto a um grupo de idosos de um municípios do interior do Ceará. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência vivenciado por acadêmicos de enfermagem, no período de maio a agosto de 2019 junto a um grupo de convivência de idosos em um município do interior do Ceará. O grupo de idosos possuía 15 participantes. As intervenções de educação e promoção à saúde, desenvolvidas envolviam atividades físicas visando os hábitos saudáveis, educação em saúde e promoção da saúde física e mental. As intervenções realizadas foram planejadas e organizadas por meio da demanda das necessidades e fragilidades identificadas pelos próprios participantes. Utilizou-se como recurso didático para as atividades educativas o uso de metodologia ativas, as quais foram: jogos educativos, dinâmicas, passeios e festas a fim de promover a interação social. Resultado: A partir das intervenções desenvolvidas visando à educação e promoção da saúde física e mental do idoso, os problemas encontrados no grupo foram a presença de doenças crônicas, principalmente, hipertensão e diabetes, dúvidas sobre alimentação saudável e a necessidade de ações voltadas à saúde mental. Diante disso, buscando a prevenção e o controle das doenças crônicas por meio da mudança no estilo de vida dos idosos, promoveram-se ações de atividades físicas (alongamentos, caminhadas, exercícios para coordenação motora) e uma intervenção sobre alimentação saudável na qual os idosos conseguiram sanar dúvidas e trocar informações, resultando na melhora da qualidade de vida do idoso e no desenvolvimento do autocuidado e do bem-estar. Foram efetuadas também ações que proporcionaram a saúde mental dos idosos como passeios, festas e dinâmicas que facilitaram a expressão de sentimentos, angústias e preocupações, resultando em uma escuta ativa e interação grupal. Dessa forma, obteve-se êxito nas ações aplicadas, visto que as temáticas eram essenciais e foram bastante aderidas pelos idosos. Considerações finais: As ações educativas voltadas ao idoso são essenciais, tanto para a promoção da saúde, como também para a formação do enfermeiro, considerando seu papel como educador e cuidador. É notável que os grupo de convivência promove a troca de saberes e experiências e o cuidado coletivo proporcionando um envelhecimento saudável e ativo. Assim, esses espaços são potentes para o desenvolvimento de habilidades interdisciplinares e interprofissionais que ampliam a capacidade de análise e intervenção em saúde. |
9737 | ENVELHECER SAUDÁVEL: ATENÇÃO À SAÚDE DO IDOSO Tayana DE SOUSA Neves, Adjanny Estela Santos de Souza, Yara Macambira Santana Lima, Rafaela Martins Dourado Gonçalves, Helen Soares de Lima ENVELHECER SAUDÁVEL: ATENÇÃO À SAÚDE DO IDOSOAutores: Tayana DE SOUSA Neves, Adjanny Estela Santos de Souza, Yara Macambira Santana Lima, Rafaela Martins Dourado Gonçalves, Helen Soares de Lima
Apresentação: O envelhecimento fisiológico é um processo natural que o ser humano é suscetível percorrer em sua existência. Ao longo desse percurso ocorrem modificações no organismo que associadas ou não a doenças crônicas não transmissíveis tornam frágeis a vida da pessoa idosa, sendo necessário cuidado e ajustes na alimentação e atividade física para melhor qualidade vida. O objetivo do trabalho foi proporcionar atenção interprofissional à saúde do idoso. Desenvolvimento: o projeto ocorreu no dia 06 de novembro, 29 de novembro e 06 de dezembro de 2019 conforme os horários do público de idosos que frequentavam o projeto de hidroginástica fornecido pela prefeitura de Santarém Pará. A ação foi realizada nas dependências da Universidade do Estado do Pará- Campus XII e baseou-se no objetivo do programa Pet-Saúde Interprofissionalidade de elaborar ações concretas com profissionais de diferentes áreas a fim de atender o paciente de forma holística. A programação estabeleceu-se em etapas favorecendo o desempenho das atividades, no primeiro momento aconteceu uma atividade de educação em saúde acerca de hábitos alimentares e seus riscos e benefícios, no segundo momento fez-se uma anamnese como aquisição de informações básicas, de saúde e de hábitos do cotidiano (idade, sexo, hábito de fumar e beber álcool, ingestão diária de copos de água, casos de infarto, casos de hipertensão e diabetes na família e no paciente entrevistado, uso de medicamentos diários e se frequenta atividades físicas regulares), no terceiro momento aferiu-se a pressão arterial e realizou-se teste rápido de glicemia, no quarto momento verificou-se medidas antropométricas e no quinto momento foi realizado atendimento interprofissional (acadêmicos de educação física, fisioterapia, enfermagem e medicina com supervisão de preceptores e tutores do PET-Saúde/Interprofissionalidade). Resultado: Obteve-se um resultado satisfatório com todos os grupos de idosos e, essa evidência foi possível ser avaliada no final com os diversos acadêmicos orientando os possíveis achados durantes as etapas desde alterações da pressão, glicemia, índice de massa corporal, como também dos hábitos alimentares e atividades físicas que quando equivocados eram os principais responsáveis pelas alterações encontradas. Considerações finais: Projetos que visam o bem-estar do cidadão independente da faixa etária, são de extrema relevância pois fortalecem a função dos profissionais de saúde que, acima de tudo, são educadores. A ação abordou um público participativo, no qual, absorveram ao máximo as informações como também indagaram acerca de suas dúvidas quanto a temática abordada. |
9846 | AÇÃO EDUCATIVA DO ENFERMEIRO NA PRÁTICA DE SAÚDE PARA O IDOSO: RELATO DE EXPERIÊNCIA Luciana Emanuelle de Aviz, Jessica de Souza Pereira, Adrielly Cristiny Mendonça Fonseca, Daniel Lucas Costa Monteiro, jessica Lira Teixeira, Hugo de Paulo Garcia Costa, Joseane Magalhães Almeida, Viviane Ferraz Ferreira de Aguiar AÇÃO EDUCATIVA DO ENFERMEIRO NA PRÁTICA DE SAÚDE PARA O IDOSO: RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Luciana Emanuelle de Aviz, Jessica de Souza Pereira, Adrielly Cristiny Mendonça Fonseca, Daniel Lucas Costa Monteiro, jessica Lira Teixeira, Hugo de Paulo Garcia Costa, Joseane Magalhães Almeida, Viviane Ferraz Ferreira de Aguiar
Apresentação: O crescimento da população idosa é um fenômeno mundial, estima-se que esse número alcance 1 bilhão em menos de 10 anos e duplique até 2050, constituindo uma sociedade com mais idosos do que crianças, adolescentes e adultos jovens. O envelhecimento populacional é um triunfo para humanidade, mas também representa um grande desafio para Sistema Único de Saúde (SUS). O envelhecer é muito importante desde que se consiga associar a qualidade de vida aos anos que são conquistados no decorrer da existência desse grupo. Onde, o envelhecimento são os acréscimos que a vida oferece como privilégio de acontecer, tendo um processo que é mais acentuado em países desenvolvidos, a qual tem maiores recursos nos serviços de saúde, dessa forma esse grupo apresenta uma demanda grande de cuidados para terem uma melhor qualidade de vida. Desde modo, o Brasil apresenta um grande desafio na saúde pública desses idosos, tendo em vista a alta prevalência de doenças crônico-degenerativas que podem ocasionar incapacidade funcional. Essas transformações trazem impacto ao sistema público de saúde. Com isso, devemos buscar o desenvolvimento de pesquisas e práticas de saúde com o foco na educação e orientação para que se obtenha melhor qualidade de vida durante o processo do envelhecimento, realizando um acompanhamentos desses idosos com estratégias na atenção básica, para que as demandas de internações sejam menores, visto que quando internado exigem mais recursos, mais cuidados, medicação e ocupação nos leitos público, gerando mais custo, uma vez que isso poderia ser minimizado se as políticas de prevenção e promoção da saúde idoso fossem colocadas em prática em todos as unidades de saúde, identificado os fatores de adoecimento e dando prioridade para reabilitação precoce, afim de intervir nos agravos futuros. A organização Mundial de Saúde (OMS), considera que uma das formas possíveis de promover a saúde e qualidade de vida é a utilização das práticas corporais em grupo onde, a promoção e o cuidado em saúde tem início no acolhimento e, o acompanhamento do idoso se encerra com os cuidados paliativos. Desta maneira, tem-se como objetivo descrever uma experiência vivenciada sobre uma ação educativa quanto a atuação do enfermeiro no processo do envelhecimento e as políticas públicas voltadas a essa população. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência vivenciado por acadêmicos do curso bacharelado de enfermagem do quarto período, em uma Instituição de Ensino Privada, Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ), localizada no município de Belém (PA), realizada no dia 07 de maio de 2019. O público-alvo foi acadêmicos de enfermagem, na faixa etária de 18 a 35 anos, sendo quatro homens e quatorze mulheres, totalizando 18 participantes. A ação educativa foi dividida em três etapas. A primeira etapa iniciou-se com uma revisão bibliográfica nas bases dados online de pesquisas acadêmicas como a Scientific Electronic Library Online (SciELO ), Periódicos do Universitário de Santo Agostinho e revista eletrônica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Delimitou-se os seguintes temas: educação, políticas e práticas de saúde voltadas ao idoso. Foi realizado a leitura dos artigos e elaboração de resumos, a partir dos eixos mais importantes. A segunda etapa constituiu-se na construção de um portfólio, com intuito desenvolver a ação educativa de forma lúdica, usando fotos ilustrativas sobre o tema escolhido, permitindo uma visão geral e detalhada, tornando um instrumento de avaliação e reflexão. O portfólio abrangeu as temáticas como: o envelhecimento, estilo de vida, educação em saúde, e as política de saúde voltadas para esse grupo. O objetivo era abordar sobre os desafios que o profissional de enfermagem tem quando se trata de práticas da atenção do idoso. Quanto as políticas foram dadas ênfase a política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI) e a HumanizaSUS. A terceira etapa envolveu a execução da atividade de educação em saúde, realizada com uma turma de acadêmicos do 4º período noturno de uma Instituição de Ensino Privada. Resultado: Como experiência da ação educativa do portfólio conseguiu-se perceber que os acadêmicos demonstram interesse sobre as temáticas discutidas, de como saber proporcionar saúde, prevenindo as doenças que acomete esses idosos, favorecendo a interação social e a reflexão do autocuidado no seu processo de envelhecimento. Desta maneira, verifica-se a importância dos acadêmicos de enfermagem se apropriarem da temática para que possam, futuramente, como profissionais de saúde, saber quais condutas podem ser desenvolvidas pelo enfermeiro e como identificar o processo do envelhecimento e suas alterações. Percebemos que sobre o processo de envelhecimento existia muitas dúvidas, quanto às doenças crônicas e ao autocuidado, de como esses idosos devem buscar a autonomia. Verificou-se que sobre políticas de saúde do idoso, não tinham um conhecimento aprofundado, cuja políticas enfatizam que a convivência no seio familiar e o suporte para promover a saúde e o bem estar, assim, trazendo novo conceitos como a autonomia, participação, autocuidado e autossatisfação. Considerações finais: O envelhecer é uma realidade, que a maioria da sociedade menospreza, o que reflete na saúde física e psicológica desse idoso. A atividade nos trouxe a possibilidade de conhecer a importância sobre as temáticas aos acadêmicos de enfermagem para que, no âmbito profissional, possam elaborar e criar estratégias que permitam o desenvolvimento de ações preventivas, profiláticas, de tratamento e reabilitação dos idosos. Hoje para que nossos idosos tenham uma assistência com mais qualidade, a população precisa entender que o estado tem responsabilidade com esses idosos, quando cumprir com suas políticas públicas voltadas para esse grupo, quando subsidiar os recursos que lhe são de direito, assim, a família realizara os devidos cuidados promovendo um melhor bem estar a esse idoso. O profissional deve estar sempre buscando capacitação na sua formação para que possam identificar determinadas lacunas acerca do envelhecimento e fortalecendo a autonomia, reduzir dependência familiar para contribuir nesse envelhecimento, com objetivo de proporcionar um atendimento de qualidade e humanizado, estabelecer a relação dialógico-reflexiva sobre a saúde do idoso e a percepção na transformação de vida, além disso, estimular a organização de grupos de idosos para discussão e troca de experiências relativas à sua saúde e como melhorar a qualidade de vida, e sempre respeitando seus valores e costumes. |
10678 | OFICINA EDUCATIVA NA PREVENÇÃO E CONTROLE DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM IDOSOS DE UMA INSTITUIÇÃO RELIGIOSA: RELATO DE EXPERIÊNCIA. DANIEL LUCAS COSTA MONTEIRO, ADRIELLY CRISTINY FONSECA MENDONÇA, LUCIANA EMANUELLE DE AVIZ, JESSICA DE SOUZA PEREIRA, DANDARA DE FÁTIMA RIBEIRO BENDELAQUE, DILENA MARIA COSTA MONTEIRO, VIVIANE FERRAZ FERREIRA DE AGUIAR OFICINA EDUCATIVA NA PREVENÇÃO E CONTROLE DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM IDOSOS DE UMA INSTITUIÇÃO RELIGIOSA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.Autores: DANIEL LUCAS COSTA MONTEIRO, ADRIELLY CRISTINY FONSECA MENDONÇA, LUCIANA EMANUELLE DE AVIZ, JESSICA DE SOUZA PEREIRA, DANDARA DE FÁTIMA RIBEIRO BENDELAQUE, DILENA MARIA COSTA MONTEIRO, VIVIANE FERRAZ FERREIRA DE AGUIAR
Apresentação: Na atual conjuntura nacional, o envelhecimento populacional tem sido uma das questões a serem debatidas no âmbito da saúde pública devido à crescente demanda dessa faixa etária no serviço assistencial de saúde, uma vez que essas diferenças de idade influenciam no custo assistencial. Desse modo, despesas estão diretamente relacionadas a doenças mais prevalentes no idoso as quais apresentam características crônicas, associadas ao elevado grau de morbidade desse grupo que influenciam na maior presença desses em uso do serviço de saúde, maiores taxas de internação bem como na permanência desse estado por um tempo prolongado. Em vista disso, é valido destacar, dentre as doenças crônicas, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), que é uma comorbidade altamente prevalente na população mundial e nacional e que geram um aumento na morbimortalidade principalmente associados à negligência que ocorre tanto por parte da população afetada quando por parte dos serviços de saúde e dos profissionais da área, que em vários casos não orientam da forma adequada os indivíduos a evitar ou controlar seus agravos. Frequentemente a patologia se relaciona a distúrbios metabólicos, modificações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada pelo aparecimento de outros fatores de risco (FR), como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e Diabetes Mellitus (DM). Ademais, o controle da HAS não é tarefa simples, pois, sua característica crônico-insidioso colabora para a não adesão a terapêutica. Nessa perspectiva, estimativas indicam que dois terços dos indivíduos regularmente examinados em serviços básicos de saúde não mantêm a pressão arterial (PA) em níveis pretendidos. Destas, cerca de 30% desenvolvem acidente vascular encefálico e 70%, insuficiência cardíaca congestiva, danos que resultam em novas hospitalizações. No Brasil, informações do sistema de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico (VIGITEL) (2006 a 2014), apontam que a HAS atribuída em adultos, habitantes nas capitais, alternou de 23% a 25%. Entre adultos de 60 a 64 anos, a prevalência foi de 44,4%; de 65 a 74 anos, 52,7%; e a partir de 75 anos, 55%. Os índices de compreensão (22% a 77%), terapêutica (11,4% a 77,5%) e controle (10,1% a 35,5%) variaram muito, dependendo do público estudado. Informações do VIGITEL 2017, referentes à 2016, revelam que 60,9% dos adultos com 65 ou mais anos referiram o diagnóstico de HAS em pesquisa telefônica. Nesse contexto, o objetivo do trabalho foi desenvolver uma oficina educativa referente aos cuidados e aferição da Pressão Arterial nos idosos para prevenção e controle da HAS. Desenvolvimento: Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo relato de experiência, realizada por acadêmicos de medicina e enfermagem de uma instituição Privada de Ensino, no período de 26 à 27 de outubro de 2019. A oficina foi realizada com trinta e dois idosos de uma instituição religiosa, em um bairro localizado na cidade de Belém (PA). O público-alvo se reúne mensalmente no local, desse modo, a seleção dos indivíduos da pesquisa foi feita de forma aleatória sem critérios específicos para avaliação dos dados. Após a avaliação dos idosos, com faixa etária de 60 anos ou mais, foi notável a necessidade de abordar sobre o tema de hipertensão arterial sistêmica e seus agravos, devido as inúmeras dúvidas apresentadas em encontros prévios, além dessa população ser considerada de risco. Mediante esses aspectos, foram realizados debates entre os envolvidos para escolher um método adequado para um melhor ensino-aprendizagem, e assim dividiu-se o projeto em duas etapas. Na primeira etapa da oficina, realizou-se uma roda de conversa, com a abordagem do assunto de forma ampla e simplificada - análise epidemiológica, aspectos clínicos e mecanismos de prevenção e controle dos casos. Para este momento foi utilizado dispositivo audiovisual, e ao final da explanação foi aberto ao diálogo entre os participantes permitindo que todos expusessem seu ponto de vista e sua experiência diante do assunto abordado, permitindo a democratização da exposição de informações e comparando toda teoria clínica aplicada no cotidiano da população. No segundo momento, os idosos foram direcionados a uma sala a qual estavam os discentes para a aferição de PA e posterior orientação de cuidados alimentares e hábitos de vida associados à atividade física e controle emocional, orientando ao acompanhamento médico ambulatorial caso houvesse pressão arterial aferida maior que 120x80 mmHg. Resultado: Durante a apresentação inicial do assunto os idosos estavam prestando atenção além de estarem bastante participativos, comentando entre eles e com os palestrantes curiosidades que não sabiam sobre o assunto, além de compartilharem assuntos que suscitaram em dúvidas e que foram solucionadas logo em seguida, demonstrando a necessidade que estes indivíduos apresentavam diante desse assunto. No segundo momento, percebeu-se a necessidade do diálogo individual com os idosos os quais, após a aferição de pressão arterial, apresentaram inúmeras dúvidas acerca do assunto anteriormente abordado e sobre casos que ocorreram com os familiares que naquele momento não estavam presentes, reforçando a importância de atividades para os idosos e seus familiares. Verificou-se a satisfação dos idosos com a temática e a possibilidade de aprendizagem, além da troca de experiências, permitindo uma troca de diálogo acerca da própria identificação pelo idoso dos seus fatores de risco para a HAS, ressaltando que o bem-estar biopsicossocial é fundamental para o processo de saúde e doença. Considerações finais: Por conseguinte, mesmo com os inúmeros tratamentos farmacoterápicos que garantem o controle adequado da HAS, medidas profiláticas como a atuação em fatores modificáveis da doença favorecem não apenas o controle dos níveis pressóricos, mas também evitam inúmeros novos casos da patologia e, desse modo, minimizando os custos futuros da saúde a nível nacional. Ademais, é notória a necessidade do acompanhamento profissional direcionado e do esclarecimento de dúvidas frequentes dos pacientes garantindo, além da diminuição da morbimortalidade, o aumento na qualidade de vida dos indivíduos envolvidos. Além disso, o grau de aprendizado adquirido tanto pelos discentes, em relação a ambientação profissional, manutenção da prática clínica e compartilhamento de experiências relacionadas à doença; quanto pelos idosos da comunidade no esclarecimento de questionamentos e na avaliação da sua saúde; possibilitou uma maneira de permuta de conhecimentos garantindo o compartilhamento de informações e conhecimentos fundamentais para o controle da HAS em idosos. |
7135 | INFLUÊNCIA DO SEXO NOS DOMÍNIOS DA FUNCIONALIDADE DE IDOSOS ASSISTIDOS POR UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE VITÓRIA-ES Maria Carolina Pereira e Silva, Bruna Zanchetta de Queiroz, Isabelle Gadiolli Verzola, Alessandra Miranda Ferres, Gracielle Pampolim, Luciana Carrupt Machado Sogame INFLUÊNCIA DO SEXO NOS DOMÍNIOS DA FUNCIONALIDADE DE IDOSOS ASSISTIDOS POR UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE VITÓRIA-ESAutores: Maria Carolina Pereira e Silva, Bruna Zanchetta de Queiroz, Isabelle Gadiolli Verzola, Alessandra Miranda Ferres, Gracielle Pampolim, Luciana Carrupt Machado Sogame
Apresentação: O envelhecimento é um processo natural e pode culminar em diversas alterações morfofisiológicas que aumentam o risco de alteração da funcionalidade, limitando a autonomia e tornando o indivíduo mais dependente de auxílio em tarefas cotidianas. A funcionalidade possui aspectos cognitivos, de atividade e participação que devem ser devidamente rastreados com o intuito de direcionar a atenção e o cuidado a este idoso considerando sempre sua individualidade. Entendendo isso, objetivou-se comparar os domínios da funcionalidade entre os sexos em idosos assistidos por uma Unidade de Saúde da Família (USF) de Vitória (ES). Desenvolvimento: O estudo foi realizado com idosos assistidos por uma USF, contando com uma amostra probabilística aleatória com 193 idosos e caracteriza-se por ser quantitativo do tipo transversal. Para avaliar a funcionalidade foi utilizado o instrumento WHODAS 2.0 que caracteriza o idoso com a normalidade ou alteração da funcionalidade em 6 diferentes domínios (cognição, autocuidado, relações interpessoais, atividades de vida diária, participação e mobilidade). Cada domínio possui diferentes números de perguntas, podendo essas serem pontuadas de 1 a 5 e ao final de cada domínio é realizada uma média da pontuação. Para este estudo foi considerado com funcionalidade normal o domínio que apresentou pontuação entre 1 a 1.9 e alterada quando maior ou igual a 2. Realizou-se análise descritiva dos dados e o Teste do Qui-quadrado e Resíduo do Qui-quadrado Resultado: Foi encontrado que dos 193 entrevistados, a maior parte era do sexo feminino (59,5%) e, quando comparado a funcionalidade, observou-se que o sexo feminino apresentou um padrão de normalidade nos domínios cognitivo (74%), autocuidado (87%), relações interpessoais (89,5%), atividades de vida diária (75%), participação (64%) e mobilidade (68%). Fato semelhante foi observado no sexo masculino, onde a funcionalidade se apresentou normal nos domínios cognitivo (75,5%), autocuidado (93,5%), relações interpessoais (84,5%), atividades de vida diária (86%), participação (69%) e mobilidade (81%). A mobilidade se demonstrou estatisticamente significante quando associada ao sexo (p=0,049), apontando, através da análise do resíduo do Chi-quadrado, que o sexo feminino apresenta maior relação com a alteração da funcionalidade e o sexo masculino maior relação com a normalidade no domínio. Considerações finais: As mulheres são mais acometidas funcionalmente possivelmente devido a maior longevidade, e consequentes multimorbidades, culminando numa maior dependência funcional e vulnerabilidade. O domínio relacionado à mobilidade apresentou uma associação significativa com o sexo, o que pressupõe um maior impasse da população feminina na movimentação envolvendo seu domicilio e o ambiente externo quando comparada ao sexo masculino. Tendo em vista a relevância da funcionalidade como indicador de bem-estar geral da saúde para o público senil, se faz necessário que mais saberes sobre o tema proposto sejam realizados para compreendermos a real justificativa para tal significância do gênero feminino. Essa pesquisa contou com apoio financeiro da FAPES e CNPq. |
6028 | GRUPO ATIVIDADE: UMA INICIATIVA MULTIPROFISSIONAL PARA PROMOÇÃO DO ENVELHECIMENTO ATIVO Moema Guimarães Motta, Beatriz - Fileme GRUPO ATIVIDADE: UMA INICIATIVA MULTIPROFISSIONAL PARA PROMOÇÃO DO ENVELHECIMENTO ATIVOAutores: Moema Guimarães Motta, Beatriz - Fileme
Apresentação: O presente projeto foi pensado como resultado do processo de construção de conhecimento sobre a atenção à saúde do idoso desenvolvido durante a disciplina Trabalho de Campo Supervisionado 1-B (TCS1 B), dirigida aos estudantes do segundo semestre do curso de Medicina e que possibilita o acesso dos discentes aos diversos espaços relacionados ao cuidado da saúde. A partir desta aproximação ensino-serviço, surgiu uma parceria que ultrapassou os limites institucionais Uma provocação da equipe de profissionais do Centro de Referência de Assistência Social(CRAS) de Jurujuba para desenvolvermos um projeto de extensão com a população idosa local. O convite foi aceito como uma oportunidade de acesso a um campo de prática para discentes interessados em atuar no campo da saúde coletiva e desenvolver ações coletivas dirigidas a melhoria das condições de vida e saúde dos idosos residentes na comunidade de Jurujuba. Trabalho iniciado em 2018, apresentou boa aceitação pelos participantes que nos solicitaram dar continuidade as atividades, ainda em andamento. Objetivo: Principal: Oportunizar acesso a um campo de prática para discentes interessados em atuar no campo da saúde coletiva e desenvolver ações coletivas dirigidas a melhoria das condições de vida e saúde dos idosos residentes na comunidade de Jurujuba. Objetivo: SECUNDÁRIOS: Estimular a autoestima, autonomia e o protagonismo social dos idoso a fim de contribuir para uma melhor qualidade de vida; Produzir conhecimentos capazes de contribuir para melhoria na atenção integral da saúde da população idosa assistida pelo projeto; Proporcionar espaços de vivência do ato de cuidar com destaque para as dimensões humana, cultural, social e política; Aproximar o discente do mundo do trabalho e contribuir com sua formação acadêmica e para maior integração entre ensino-serviço e pesquisa. Desenvolvimento: Iniciado em 2018, o projeto de extensão conta com a parceria do CRAS de jurujuba que oferece espaço para realização de encontros quinzenais, sexta-feira, no turno da tarde. Apesar do contato inicial com graduandos do curso de medicina, até o momento, o projeto de extensão contou com dois alunos do curso de enfermagem e um da farmácia Os encontros buscam trabalhar temas do campo da saúde de interesse dos participantes, através de atividades lúdicas, roda de conversa, oficinas de estimulação sensorial e cognitiva e também da memória social. Não se exige cadastramento e/ou frequência obrigatória dos idosos. Iniciado com 8 participantes, já contabilizamos em torno de 40 idosos participantes das reuniões. Espaço que nos permitiu debater sobre as mudanças ocorridas após o fechamento das antigas fábricas de sardinhas locais, o desinteresse dos mais jovens pela tradição pesqueira do lugar, as mudanças do papel social do velho na contemporaneidade e os reflexos no modo de levar a vida. Fato que nos impulsionou a iniciar uma pesquisa sobre a qualidade de vida dos idosos, em andamento,Resultado: Os encontros do Grupo Ativa Idade promovem o compartilhamento de vivências com aqueles indivíduos que estão na mesma fase de vida e dividem questões próprias daquele bairro; Promoção de uma dinâmica de ensino-aprendizagem no cotidiano da localidade escolhida e apropriação da temática pelos discentes e docente envolvidos na atividade; Houve aproximação da equipe que desenvolve o projeto com a história social dos participantes e também com a dinâmica de trabalho do CRAS, de grande valor para planejar ações de promoção da qualidade de vida local. Assim foi possível levantar diferentes interesses dos participantes como a oferta de oficinas de smartphones, Aulas de alfabetização, aulas de dança, entre outros; Iniciado um projeto de pesquisa (em andamento) para melhor avaliar a qualidade de vida dos idosos do bairro. E, a consequente aproximação do cotidiano da vida dos idosos pela equipe do projeto. |
10627 | AS MÚLTIPLAS FACES DO ENVELHECIMENTO E OS DESAFIOS PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL: um relato de experiência na Medicina Allana oliveira Lima, Rosimeire Aparecida Manoel Seixas, Ramon Moraes Penha, Julia de Oliveira Braga AS MÚLTIPLAS FACES DO ENVELHECIMENTO E OS DESAFIOS PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL: um relato de experiência na MedicinaAutores: Allana oliveira Lima, Rosimeire Aparecida Manoel Seixas, Ramon Moraes Penha, Julia de Oliveira Braga
Apresentação: O presente resumo é um relato de experiência vivenciada por acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande (MS), os quais entrevistaram idosos em diferentes contextos de cuidado (institucional e comunitário), tendo em vista refletir sobre as relações de cuidado a essa população. O acelerado crescimento populacional, somado à heterogeneidade do processo de envelhecimento, apresentam alguns desafios para a consolidação do cuidado integral à população idosa no Sistema Único de Saúde (SUS). Dentre esses destaca a formação profissional dos profissionais na área da saúde, em especial, no curso de Medicina para atender as necessidades demandadas dessa transição demográfica. Desenvolvimento: Diante disso, no segundo semestre de 2019 foi ofertada uma disciplina optativa (Tópicos Especiais em Saúde IV – Envelhecimento e Saúde), cuja proposta focou-se em abordar as diversas dimensões (biológica, psicológica e social) do envelhecimento humano. As discussões teóricas envolveram desde a constituição do campo da gerontologia, passando pela multidimensionalidade do envelhecimento humano e as relações de cuidado, dentre elas, os aspectos dos cuidados paliativos. Articulada à teoria, a prática dessa disciplina foi organizada em diferentes serviços de atendimento à população idosa, nesse relato especificamente, uma entrevista ocorreu no Hospital Universitário e a outra no Centro de Convivência para Idosos (CCI). Com duração aproximada de 120 minutos, as entrevistas foram norteadas a partir do método da história oral de vida por meio da qual buscou identificar as diversas dimensões e particularidades do processo de envelhecimento, bem como compreender as relações de cuidado em diferentes contextos. Resultado: Esse contato intenso possibilitou o exercício da escuta e de habilidades de comunicação trabalhadas nas aulas. Além disso, pode-se observar as diferenças nas condições de vida/saúde (uma aguardando cirurgia por causa de uma queda e a outra participando de atividades de recreação e lazer) e proximidades (no aspecto cronológico, uma com 73 anos e a outra com 75 anos, respectivamente), as quais possibilitaram compreender a heterogeneidade do processo de envelhecimento e como as condições de vida e as relações sociais implicam na saúde, sobretudo, na autonomia, na capacidade funcional e na própria representação acerca da velhice e do futuro. Ademais, essa experiência permitiu refletir sobre o foco do cuidado na doença, a importância da prevenção (era a segunda queda da idosa internada) e o investimento em serviços que promovam o fortalecimento de vínculos sociais. Considerações finais: O contato com diferentes histórias de vida promoveu a ampliação da visão de mundo dos acadêmicos, a vivência de conceitos tão discutidos na Gerontologia, contribuindo para a formação técnica e humana na Medicina. Destaque para a necessidade em romper com o paradigma de cuidado centrado na doença e na atenção especializada e focar na prevenção e em ações/serviços que promovam a saúde dessa população, de modo a construir um SUS eficiente e sustentável e que se tenha mais vida aos anos. Por outro lado, cabe ressaltar a necessidade da formação médica no âmbito do envelhecimento humano de maneira contínua e transversal. |
10917 | AÇÃO MULTIDISCIPLINAR: MANEJO DA DEPRESSÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO COM O IDOSO (RELATO DE EXPERIÊNCIA) Cássia Rozária da Silva Souza, Yasmin Maria Pereira Lima, Antônio Simeone Correia Leitão, Licia Kellen de Almeida Andrade, Sarah Sannai Almeida de Lima, Yone Almeida da Rocha AÇÃO MULTIDISCIPLINAR: MANEJO DA DEPRESSÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO COM O IDOSO (RELATO DE EXPERIÊNCIA)Autores: Cássia Rozária da Silva Souza, Yasmin Maria Pereira Lima, Antônio Simeone Correia Leitão, Licia Kellen de Almeida Andrade, Sarah Sannai Almeida de Lima, Yone Almeida da Rocha
Apresentação: O termo “revolução da longevidade” retrata o crescimento da população idosa no Brasil e os impactos na saúde e qualidade de vida, aliado à crescente demanda de políticas públicas específicas que visam a senescência e proteção à violação de direitos, de acordo com Leandro-França e Murta (2014) e Sérvio e Cavalcante (2013). Segundo Faísca et al (2019), a depressão é um distúrbio psíquico que atinge frequentemente os idosos, as causas abarcam fatores genéticos, estilo de vida, eventos vitais como luto e abandono, normalmente associado à perda da qualidade de vida, isolamento social, doença e desconsideração3. Para Calha, Arriaga e Cordeiro (2014), nesse cenário o suicídio, definido como ato premeditado de tirar a própria vida, emerge pela ausência de políticas para o processo de envelhecimento humano4. Teve como objetivo promover discussão da temática através de metodologias ativas. Método: Pautado em estratégia descritiva da vivência dos acadêmicos de saúde por ocasião da organização da ação de educação em saúde por meio dos Projetos de Extensão e a Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia do Amazonas, tendo participado 14 idosos. Resultado: A depressão na pessoa idosa deve ser compreendida e discutida por profissionais de saúde para que haja intervenção eficaz junto ao idoso, para tal foi realizado o Circuito de Saúde, mediado por acadêmicos dos cursos da área de saúde (enfermagem, medicina, fonoaudiologia, odontologia, nutrição e psicologia), profissionais enfermeiros e psicólogos, com as etapas: 1) montagem conjunta de mapa mental para contextualizar o tema; 2) roda de conversa mediada por psicólogos; 3) dinâmica “espelho da verdade” e 4) dinâmica “trilha da felicidade”. Tais abordagens permitiram identificar dois casos de depressão e outros em processo entre os idosos que participaram. Considerações finais: é importante a definição de fatores que inferem na sua evolução e que venham a ser difundidos em linguagem acessível para manejo e sua detecção precoce. A aproximação com na população idosa torna acessível ao acadêmico ter uma visão mais realística, sensível e crítica de seu papel em ações positivas e muitas das vezes, multidisciplinares em prol da promoção de saúde e valorização da pessoa idosa. |
11028 | A IMPORTÂNCIA DE ATIVIDADES INTERATIVAS EM ABRIGO PARA IDOSOS EM VULNERABILIDADE SOCIAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Joice de Souza Ribeiro, Camila Carlos Bezerra, Natalie Kesle Costa Tavares, Márcia Helena Costa Pontes, Débora Nery Oliveira A IMPORTÂNCIA DE ATIVIDADES INTERATIVAS EM ABRIGO PARA IDOSOS EM VULNERABILIDADE SOCIAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Joice de Souza Ribeiro, Camila Carlos Bezerra, Natalie Kesle Costa Tavares, Márcia Helena Costa Pontes, Débora Nery Oliveira
Apresentação: Este trabalho visa relatar a experiência vivenciada no Programa de Atenção à Saúde do Idoso (PROASI). Trata-se de um projeto de extensão da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) que realiza atividades semanalmente em um abrigo para idosos em vulnerabilidade social. O abrigo acolhe 10 idosos, sendo que 9 são portadores de distúrbios neurológicos e 4 apresentam também distúrbios psiquiátricos, todos com acompanhamento pelo Centro de Atenção Psicossocial – CAPS. Os sintomas são controlados por meio de cuidados e medicação prescrita pelos médicos. A finalidade das atividades foi contribuir realizando cuidados que dão suporte ao funcionamento psicossocial e facilitam mudanças no estilo de vida. Desenvolvimento: A equipe do PROASI é composta pelos coordenadores e por discentes de enfermagem, fisioterapia, nutrição, educação física, psicologia e medicina. Ao iniciar as atividades foi realizada uma avaliação com os idosos com o objetivo conhecer e coletar informações sobre o histórico de saúde de cada idoso e afim de elaborar um plano de intervenções. Semanalmente a equipe se revezava na visita ao abrigo para desenvolver atividades de reestruturação cognitiva, estimulação cognitiva, treinamento da memória e terapia de recordações. As atividades compreenderam o entretenimento e o desenvolvimento neuropsicomotor dos idosos, desenvolvidas através de jogos, dinâmicas e oficinas. Em uma das atividades, a oficina da memória, os idosos de olhos vendados recebiam frutas e eram estimulados associar o cheiro, o formato, o sabor, ao nome das frutas, buscando assim resgatar a memória olfativa, tátil e gustativa. Outras atividades como: jogos de quebra cabeça,, argolas, pintura, colagem, música, dominó, brincadeiras com bola e leituras também foram realizadas. Além disso, foram desenvolvidas e incentivadas a roda de conversa entre os idosos, cuidadores, acadêmicos para distração e bom convívio entre eles. Resultado: Através dessa equipe, em 2019, foi possível presenciar grande envolvimento e entusiasmo dos idosos nas atividades desenvolvidas. Eles contribuíram de forma eficaz às propostas do programa. Além disso, foi capaz de provocar mudanças e reduzir a monotonia do cotidiano do abrigo. Tendo em vista que os idosos abrigados não possuem vínculo com familiares e não recebem. Aos graduandos foi proporcionado aprendizado, somando à prática na humanização no cuidado de enfermagem e outras áreas da saúde. Isso contribuiu de forma significativa para várias questões. A primeira delas é na experiência profissional. Atrelado a isso, têm-se as reflexões sociais de forma mais intensificada. Por fim é possível constatar quebra de pré-conceitos a respeito de estigmas diante de doenças neurológicas e psíquicas. Considerações finais: O PROASI foi fundamental para a compreensão das implicações que o processo de envelhecimento causa. A enfermagem atrelada a outros cursos da saúde conseguiu proporcionar, cuidado, entretenimento e melhoria na qualidade de vida dos idosos abrigados. |
11099 | RELATO DE EXPERIÊNCIA: APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO ROLETA DE HUMOR E RODA DE CONVERSA PARA IDOSOS EM UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA DE IDOSOS VIVENCIADA POR ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM Raynah Letícia Feitosa Torres, Greyce Kelly Paes de Souza, Rilson Carvalho de Lima, PAULA CHRISTINE FEITOSA DE CASTRO, JÉSSICA KAROLINE ALVES PORTUGAL RELATO DE EXPERIÊNCIA: APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO ROLETA DE HUMOR E RODA DE CONVERSA PARA IDOSOS EM UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA DE IDOSOS VIVENCIADA POR ACADÊMICOS DE ENFERMAGEMAutores: Raynah Letícia Feitosa Torres, Greyce Kelly Paes de Souza, Rilson Carvalho de Lima, PAULA CHRISTINE FEITOSA DE CASTRO, JÉSSICA KAROLINE ALVES PORTUGAL
Apresentação: O Centro de Convivência para Idosos (CCI) é um espaço público que visa oferecer diversas atividades que contribuem no processo de envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e de sociabilidades, no fortalecimento dos vínculos familiares e convívio comunitário, além da prevenção de situações de risco social. O processo de envelhecimento está associado a fatores psicossociais que podem influenciar na qualidade de vida e induzir ao estresse, como a perda de posição social, doenças crônicas-degenerativas e incapacitantes, perda de entes queridos, problemas financeiros, brigas familiares, incapacidade física e falta de companhia. Todos esses fatores podem vir a aumentar o risco para desenvolvimento da depressão, por exemplo. A equipe do CCI tem como objetivo promover aos idosos a realização de atividades que visem melhorar a qualidade de vida por meio de educação em saúde, escuta ativa e qualificada e fortalecimento de vínculos sociais. O termo saúde como já preconizado pela Organização Mundial de Saúde, não se limita à ausência de doença ou enfermidade, e sim ao bem-estar físico, mental e social. Diante disto, o presente trabalho teve como objetivo relatar a experiência na elaboração e aplicação de uma roleta de humor e roda de conversa em um CCI no período de novembro de 2019. Desenvolvimento: A experiência teve início com a divisão da turma do 7° período do curso de enfermagem da Universidade Federal do Amazonas em grupos formados por dez alunos, realizada pelos docentes da disciplina de Saúde do Idoso, que elaboraram diferentes propostas de atividades para serem aplicadas no CCI. O grupo em questão teve como tema “Fatores de estresse que ocorrem com a idade e medidas para enfrentar e lidar com o estresse”. A partir disso, discussões sobre o tema foram abertas, pois a atividade deveria genuinamente explanar o tema e abranger de forma simples e prática todos os idosos. Partindo desse pressuposto, optou-se por elaborar uma roleta de humor em formato oval, simulando fatias de pizza; cada “fatia de pizza” continha uma representação gráfica de uma emoção (feliz, triste, chorando, estressado, apaixonado, sem reação); durante a aplicação da roleta, a participação dos idosos seria fundamental, pois os alunos iriam situar os idosos em situações dramáticas fictícias para que eles abertamente falassem de que maneira enfrentariam tal situação e marcassem na roleta de humor qual sentimento mais lhe caracterizaria frente aos problemas abordados. Outra proposta aplicada foi perguntar como eles se sentiam naquele momento: os idosos que estivessem com sentimentos relacionados à tristeza, poderiam falar sobre sua angústia abertamente com os demais ou em particular com um acadêmico de sua preferência; os idosos que marcassem sentimentos relacionados à felicidade eram indagados a dizerem o que particularmente deixava ele/ela feliz, para que isso de repente estimulasse outros idosos a tentar realizar tal atividade que ocasionalmente pudesse aliviar o estresse. Na elaboração do cronograma de atividades, optou-se ainda pela divisão dos idosos em grupos de dança baseados em diferentes ritmos musicais, além de exercícios de relaxamento. A atividade foi realizada com aproximadamente 85 usuários do Centro de Convivência para Idosos do município de Coari – AM, no período de 06 a 08 de novembro de 2019. Resultado: A elaboração da atividade proposta pelos docentes proporcionou uma discussão em torno de como abordar o tema para idosos, para que a atividade pudesse instigar a participação dos presentes, utilizando uma linguagem moderna e prática que pudesse promover a compreensão dos idosos quanto à importância do estresse e seu controle para a qualidade de vida. Dentre os maiores desafios dessa atividade podemos citar a dificuldade em abordar termos de enfermagem e saúde de forma simples, visto que como já era esperado, aproximadamente 40% dos idosos eram analfabetos ou semianalfabetos. Foi possível observar a fragilidade e dificuldade dos idosos em enfrentar situações, que muitas vezes despertam em si o sentimento de inutilidade e incapacidade, visto que a idade naturalmente os limita em diferentes graus e o preconceito da sociedade em relação à sua autonomia e capacidade finda por colocá-los em conflitos internos que afetam a saúde. Brigas familiares e/ou abandono por parte dos filhos foram as problemáticas mais citadas pelos idosos, e que diretamente interferem no bem-estar cotidiano. Ao mesmo tempo, notamos que essa fase da vida ainda é uma das mais enriquecedoras e de maior aprendizado, pois embora existam limitações físicas, mentais e sociais, os idosos ainda buscam sentido de diferentes maneiras em suas vidas. A atividade contou com a participação de todos os idosos, que se sentiram à vontade para inclusive relatar situações pessoais que no momento estavam deixando-os aflitos e/ou estressados. Apesar do principal objetivo do CCI seja oferecer atividades que visem melhorar a qualidade de vida dos idosos, observou-se a necessidade de interação de diferentes áreas da saúde na promoção de atividades que tenham como foco a saúde e bem-estar do idoso, considerando a rotina do local. Como acadêmicos, foi importante para observarmos a importância que essas pessoas possuem em nossas vidas, pois eles relataram histórias presentes e passadas que nos serviram como inspiração e ensinamento de vida. Além disso, nos proporcionou um olhar crítico sobre fatores de estresse e como eles estão diretamente relacionados à qualidade de vida do idoso. Considerações finais: A linguagem didática adotada e os instrumentos ilustrativos utilizados como base para realização da atividade foram notoriamente absorvidos pelo público presente, destacando a importância do cuidado em conhecer as limitações físicas e psíquicas mais comuns em idosos, para que atividades como essa abrangesse a todos. A terceira idade traz consigo tabus de limitação que precisam ser vencidos e esses público possa retomar sua importância na sociedade. O CCI atua de maneira vital na manutenção da saúde dos idosos cadastrados e assíduos, tornando relevante a concentração de estudos e atividades a esse público que se torna cada vez mais crescente, tendo em vista as mudanças em relação à qualidade e expectativa de vida. O conhecimento obtido alinhado a teoria ministrada pelos docentes e a prática da atividade nos proporcionou um olhar reflexivo quanto a esse público, destacando a importância de procurar métodos mais eficazes na assistência de enfermagem ao idoso. |
9160 | SAÚDE DA PESSOA IDOSA: E-BOOK COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM Jessica Santos de Souza Leal, Mirian da Costa Lindolpho, Nelson Carvalho Andrade SAÚDE DA PESSOA IDOSA: E-BOOK COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEMAutores: Jessica Santos de Souza Leal, Mirian da Costa Lindolpho, Nelson Carvalho Andrade
Apresentação: A utilização das Tecnologias de Informações e Comunicações (TIC’s) é marca registrada da sociedade atual, devido a sua importância no que diz respeito a capacidade de estimulação e disseminação de conhecimentos através do uso simultâneo de ferramentas. As TIC’s possuem grande relevância em diversos meios, com um destaque especial no âmbito da educação, onde torna-se uma importante ferramenta de aprendizagem. A sua utilização no processo de ensino no ambiente acadêmico é cada vez mais necessário e inevitável. Dentre as diversas TIC’s existe um realce para a utilização de e-book, que possui a capacidade de se adequar as necessidades do leitor, que determina o melhor momento para realizar a leitura. Além disto, o livro eletrônico possui uma estrutura multimídia, que além de preservar as características lógicas de um livro traz características não verbais, como imagens, cores e fontes que tornam o processo de leitura e aprendizagem mais atrativa. A existência de diversos tipos de equipamentos eletrônicos que dão suporte a leitura, permite que o e- book se destaque devido a sua facilidade de armazenamento e acesso rápido as informações. Tendo isto em mente, como desenvolvimento de projeto de monitoria e com o intuito de ampliar os conhecimentos dos discentes do curso de Enfermagem da disciplina Fundamentos de Enfermagem III da EEAAC/UFF sobre as atividades desenvolvidas durante o Ensino Teórico Prático (ETP), como suporte na realização de consulta de enfermagem ao idoso, foi pensado a elaboração de um e-book que trouxesse como temática principal a Saúde da Pessoa Idosa. Este trabalho tem o objetivo de relatar o processo de desenvolvimento do e-book e demonstrar a relevância da utilização do e-book intitulado “Saúde da Pessoa Idosa: Informações e Orientações para Acadêmicos em Enfermagem” como ferramenta facilitadora do processo de aprendizagem. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo de natureza quanti- qualitativa. Para o desenvolvimento do e-book foi realizado um levantamento bibliográfico sobre alterações fisiológicas e adversidades que acompanham o processo de envelhecimento. A partir disto, foram selecionados cinco eixos temáticos para serem abordados: as principais alterações fisiológicas do envelhecimento, peculiaridades do exame físico do idoso, principais morbidades que acometem os idosos, insulinoterapia: algumas orientações importantes e alguns diagnósticos de enfermagem frequentes nos idosos. Todo o conteúdo foi apresentado de forma específica no índice do e-book, para facilitar a busca do discente ao assunto de interesse. Após a construção, o material foi apresentado e disponibilizado. Ainda houve um momento de encontro após a sua disponibilização, onde possíveis dúvidas e questionamento a respeito do uso do material foram sanadas. Quanto à avaliação, esta foi realizada através da aplicação de um questionário avaliativo. O questionário foi organizado em quatro tópicos e espaço para sugestões e comentários: O quanto o e-book te ajudou a entender a teoria? O quanto você acha que o e-book te auxiliará na prática? No geral, o quanto você se sente seguro(a) para realizar a consulta de enfermagem ao Idoso durante o ETP após estudar pelo e-book? O quanto à didática de apresentação de conteúdo do e-book te agradou? A avaliação de cada tópica foi realizada de forma qualitativa-númerica, onde 1 representava nada e 5 representava extremamente. Resultado: O e-book foi estruturado em introdução sobre a temática apresentada e objetivo do material; conceitos básicos que nortearão o entendimento dos eixos temáticos; apresentação dos eixos temáticos em tópicos específicos, com auxílio de textos didáticos e outras ferramentas, organizados para facilitar o entendimento dos alunos. A sua estrutura foi pensada de forma cuidadosa para uma melhor adequação ao objetivo do material, desde o planejamento do conteúdo abordado até o seu arranjo estético. A avaliação contou com a participação de um total de 49 alunos. Quanto a primeira pergunta, os alunos consideraram que ajuda entender a teoria, 37% extremamente, 45% muito e 18% moderadamente. Quanto a segunda pergunta, os alunos consideraram que auxiliará na prática 31% extremamente, 51% muito e 18% moderadamente. Em relação a segurança para realizar consulta de enfermagem ao Idoso, eles consideraram que o material ajudou 10% extremamente, 31% muito, 57% moderadamente e 2% pouco. A avaliação destes tópicos iniciais ressaltou a possibilidade da utilização desta ferramenta com instrumento auxiliador no processo de ensino teórico, permitindo que conteúdos abordados em sala de aula fossem ampliados e absorvidos com maior facilidade. Já, em relação a garantia de maior segurança prática, o e-book demonstrou ter uma importância moderada. Quanto a didática do material, os alunos consideraram que agradou, 43% extremamente, 47% muito, 8% moderadamente e 2% pouco. A constituição hipermidiático do e-book viabiliza a integração de diversos elementos, o que torna a sua didática mais eficiente, permitindo que um conteúdo disciplinar se torne mais interativo e interessante. Apenas 6% dos participantes optaram por acrescentar comentário, e de maneira geral constituía de comentários positivos que esbouçaram uma boa aceitação dos discentes em relação ao e-book. Um dos comentários dizia: “Material muito valioso, me ajudou muito.” Considerações finais: O desenvolvimento de um e-book requer um pensamento prévio a respeito da estrutura, a fim de apresentar uma associação eficaz em relação ao conteúdo e as multimídias utilizadas, pensando em maximizar a sua usabilidade e utilidade. A avaliação dos alunos em relação ao e-book permitiu perceber o reconhecimento e aceitação quanto ao seu uso, principalmente como ferramenta capaz de auxiliar na absorção de novos conhecimentos e informações abordadas e trabalhadas em sala de aula. Porém, o seu uso isolado no que diz respeito à produção de segurança para atuação prática não demonstrou tanta eficácia, o que demonstra a importância da implementação de atividades paralelas para que os alunos complementem seus aprendizados práticos. A utilização desta ferramenta apresenta vantagens e desvantagens. Em relação às vantagens destaca-se o fácil manuseio em qualquer dispositivo, ilimitação de acesso e abrangência de conteúdo de uma forma mais atrativa. Quanto às desvantagens destaca-se a possibilidade de desvio de concentração, já que possibilita ao aluno a abertura de aplicativos que podem desviar sua atenção facilmente. De uma maneira geral, o estudo contribuiu para ampliação do conhecimento em relação ao uso das tecnologias da informação e comunicação no meio acadêmico, permitindo analisar a sua relevância no que diz respeito, principalmente, a educação em enfermagem, percebendo a sua influência em um novo estilo de ensino e aprendizagem que proporciona uma mudança do fluxo de produção de conhecimento, o que por sua vez fortalece a sua eficácia como uma ferramenta de apoio no processo de aprendizado. |
7966 | PROJETO DE INTERVENÇÃO NA SAÚDE DO IDOSO: A IMPLANTAÇÃO DA CADERNETA DE SAÚDE DO IDOSO COMO QUALIFICAÇÃO DA ASSISTÊNCIA Vívian Mara Barbosa, Aécio Malaquias da Fonseca Junior, Carina Gabriela Andrade Oliveira, Ricardo Zenobio Darwich Filho PROJETO DE INTERVENÇÃO NA SAÚDE DO IDOSO: A IMPLANTAÇÃO DA CADERNETA DE SAÚDE DO IDOSO COMO QUALIFICAÇÃO DA ASSISTÊNCIAAutores: Vívian Mara Barbosa, Aécio Malaquias da Fonseca Junior, Carina Gabriela Andrade Oliveira, Ricardo Zenobio Darwich Filho
Apresentação: Este projeto de intervenção está relacionado ao internato de saúde coletiva realizado no setor de diretoria operacional (DIOP) da prefeitura municipal de Betim, região metropolitana de Belo Horizonte. Contou com a participação de alunos do 10º período do curso de graduação da medicina da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Estabeleceu-se como frente de ação a implementação da caderneta de saúde da pessoa idosa, bem como a capacitação dos profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS) para usá-la no município de Betim. Optou-se por iniciar essa intervenção na UBS Dom Bosco, uma vez que constituía-se campo de estágio do internato de medicina de família e comunidade dos respectivos alunos do projeto de intervenção. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência em que a metodologia utilizada incluía planejamento estratégico situacional (PES). A finalidade era levantar e priorizar problemas enfrentados na saúde do idoso no município, bem como operacionalizar, implementar e avaliar as ações planejadas. Por meio do PES, articulado entre os alunos e referência técnica da DIOP, optou se como plano de ação a implementação da caderneta de saúde da pessoa idosa. Entretanto, foi escolhida a UBS Dom Bosco para dar início à ação, já que era o campo de estágio dos alunos. Além disso, outras metodologias utilizadas foram revisão bibliográfica; palestras para os profissionais da UBS; roda de conversa com os idosos da comunidade, para apresentar a caderneta e teatro, como estratégia de ensino e aprendizagem, a fim de demonstrar situações cotidianas do uso da caderneta. Resultado: Tanto os paciente quanto UBS responderam bem a essa iniciativa. Os funcionários da UBS Dom Bosco se sensibilizaram à ação, bem como os próprios idosos, resultado da conscientização feita na Unidade pelos acadêmicos, junto à prefeitura. Prova disso, foi a participação de funcionários das equipes (técnicos, enfermeiros) no empenho em ensinar aos pacientes a importância da caderneta, além da distribuição de mais de 100 cadernetas para os 200 idosos da área de abrangência. Ademais, elas passaram a permanecer na recepção, disponíveis aos usuários. Como consequência, divulgação e uso dessa ferramenta entre os idosos da comunidade, melhor manejo da saúde da pessoa idosa pelas equipes de saúde, quanto pelos idosos e seus familiares. Os resultados alcançados tem incitado as equipes a continuarem a implementação da caderneta, novos alunos internos na unidade relataram que a maioria dos idosos utiliza a ferramenta e ela continua acessível a todos. Considerações finais: A Caderneta do Idoso é um projeto de Saúde Pública exitoso por ser uma tecnologia de baixo custo e de extrema aplicabilidade, visto que contem informações sobre todos os setores da vida do Idoso. Contudo, embora essa caderneta represente um instrumento de fortalecimento da atenção primária, ainda não faz parte da rotina de acompanhamento da pessoa idosa nas unidades básicas de saúde, UBS. Por essa razão, a divulgação de experiências prósperas relacionadas à implementação da caderneta de saúde da pessoa idosa se torna relevante. |
8434 | AÇÃO DE SAÚDE PARA SENSIBILIZAÇÃO DE IDOSAS SOBRE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA Breno Pereira Martins, Carla Camilly Pontes dos Santos, Joici Carvalho Barata, Gabriela Éleres Casseb, Gisele de Brito Brasil AÇÃO DE SAÚDE PARA SENSIBILIZAÇÃO DE IDOSAS SOBRE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Breno Pereira Martins, Carla Camilly Pontes dos Santos, Joici Carvalho Barata, Gabriela Éleres Casseb, Gisele de Brito Brasil
Apresentação: Este é um relato de experiência vivenciado por discentes do curso de graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA), o qual irá relatar uma ação de educação em saúde realizado com um grupo de idosas sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Visto que, devido a melhora na qualidade de vida e consequentemente a expectativa de vida aumentada, muitos idosos mantém a sua vida sexual ativa e estão vulneráveis a tais infecções. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência dos acadêmicos sobre a ação com o grupo de idosas na sensibilização sobre as ISTs. Desenvolvimento: o trabalho foi realizado com um grupo de aproximadamente 18 idosas que se reúnem para realizar atividades religiosas e também atividades informativas sobre diversos temas com a ajuda de um agente comunitário de saúde (ACS). Ademais, para realizar a ação os acadêmicos tiveram que elaborar uma atividade dinâmica para estimular a participação das idosas, assim a atividade consistiu em ser distribuído perguntas sobre Candidíase, Sífilis, Gonorreia e Herpes, contendo frases sobre: diagnósticos, prevenção, conceito, sintomas e formas de transmissão de cada infecção. Essas frases foram colocas em papéis pequenos, e os acadêmicos foram distribuindo para as idosas. Após isso, pedimos aleatoriamente para as idosas realizarem a leitura do seu papel e as questionávamos sobre a veracidade da frase ou pergunta que estava no papel, caso não soubesse responder poderia pedir ajuda as demais participantes. Em seguida, após obter a resposta da pergunta ou frase, os acadêmicos explanavam mais sobre o conteúdo referente, explicando as dúvidas que surgiam e compartilhavam conhecimento. Resultado: foi notório o interesse que as idosas demonstravam, fazendo perguntas e tirando duvidas sobre os diversos temas que foram apresentados. Para ter um feedback sobre a atividade, realizamos perguntas sobre o que elas haviam entendido, se as informações foram repassadas de maneira simples permitindo o entendimento geral, e assim as senhoras responderam positivamente a ação e comentaram que iriam repassar para a família as informações adquiridas durante a ação. Considerações finais: Visto o aumento da expectativa de vida atualmente, torna-se imprescindível o desenvolvimento de ações com idosos sobre diversos assuntos. Um dos assuntos mais importantes a ser debatido com os idosos são as ISTs, pois muitos tem a vida sexual ativa e por crenças ou religião acabam não se prevenindo e se tornando vulneráveis a tais problemas. Assim, por meio de ações em comunidades este conhecimento pode ser repassado aos idosos e também para a população jovem. |
8926 | PREVENÇÃO DE QUEDAS E CASA SEGURA: A REPERCUSSÃO DE UM GRUPO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM IDOSOS Bruno Costa Poltronieri, Mirlley de Jesus Medeiros, Marcia Regina de Assis PREVENÇÃO DE QUEDAS E CASA SEGURA: A REPERCUSSÃO DE UM GRUPO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM IDOSOSAutores: Bruno Costa Poltronieri, Mirlley de Jesus Medeiros, Marcia Regina de Assis
Apresentação: No envelhecimento ocorrem alterações fisiológicas que podem favorecer a ocorrência de quedas entre os idosos. Prevenir quedas é importante para a saúde do idoso, pois estas podem causar diversas complicações. Estratégias preventivas, como grupo de educação em saúde, podem ser uteis para evitar agravos à saúde. Este trabalho tece como objetivo compreender a repercussão de um grupo de prevenção de quedas e casa segura no cotidiano dos idosos por meio de suas percepções, e a compreensão deles acerca das atividades de educação em saúde desenvolvidas com idosos. O grupo de prevenção de quedas ocorreu semanalmente durante três meses com a participação de 10 idosos, que responderam umquestionário sociodemográfico e foram avaliados através do Time up and go test; Teste de alcance funcional e da Escala avaliativa de risco de quedas para pessoas idosas não institucionalizadas. No final, realizou-se um grupo focal e as narrativas dos participantes foram categorizadas por meio de análise de conteúdo. Esta pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética e pesquisa e todos os idosos aceitaram participar voluntariamente. Com as atividades propostas, buscou-se estimular que os idosos aplicassem em seu cotidiano as orientações, sugestões e informações compartilhadas, assim como facilitar que estes se posicionassem com maior vigilância aos fatores de riscos às quedas, evitando-as e optando por ações mais seguras. Desse modo, visto a ampla possibilidade de criação das oficinas, optou-se por dividi-las entre atividades práticas e teóricas para otimizar o processo de ensino-aprendizagem dos idosos, buscando compartilhar informações pertinentes ao tema e possibilitar experiências com o corpo, registrando a partir da sensível o conhecimento trocado e vivenciado entre toda a equipe naquele espaço de cuidado compartilhado. A proposta inicial partiu da realização de atividades lúdicas de simulações através de circuitos e representação de alguns cômodos da casa. Buscou-se analisar com idosos o que eles identificavam como questões do cotidiano que se apresentavam como fatores de riscos e de segurança, discutindo-os e mediando os momentos de debate com as orientações necessárias. Diante disso, para melhor entendimento dos resultados, estes foram separados nas seguintes categorias, que são elas: 1)“Grupo de prevenção de quedas junto a idosos: A importância da educação em saúde”; e 2) Convivência como um dispositivo para o grupo de educação em saúde”. Durante toda pesquisa a educação em saúde, foi o meio utilizado para sensibilizar e instruir os idosos a se nutrirem de práticas para prevenção de quedas, dentro e fora de seus lares. Com isso, durante o período da pesquisa, os idosos passaram por exposições de conteúdos e realização de práticas adequadas para prevenção de quedas, que os incentivaram a fazerem essas práticas em casa, afim de que se tornarem um hábito. Importante ressaltar que todas as atividades desenvolvidas foram pensadas e planejadas previamente. Em relação as Atividades desenvolvidas e tratadas no grupo: abordou-se questões como os perigos que as calçadas irregulares oferecem, para tanto foram realizados circuitos, onde foi alertado principalmente sobre a necessidade de atenção aos possíveis obstáculos no caminho, formas mais seguras de carregar sacolas, dentre outras, direcionando-os a refletir sobre os tipos de calçados para utilizar e os motivos que os tornava seguros ou não. Ao sinalizá-los sobre a questão, orientou-se o uso de calçados fechados, baixos e antiderrapantes, cujo tema foi retomado várias vezes, passando a ser observado quais os calçados os idosos costumavam utilizar. Nesse mesmo contexto de evitar indesejáveis escorregões, foi apontado os riscos presentes no uso de tapetes em casa, orientando-os a não utilizar ou trocá-los pelos antiderrapantes, sendo levado ao grupo a possibilidade de fixá-los no chão com a utilização de fitas adesivas dupla-face de silicone, cabe ressaltar que foi realizada essa atividade de forma prática, com seja, os idosos puderam manusear a fita adesiva e testar o uso dela no tapete. Ao tratar do uso de sacolas, foi proposto que os idosos experimentassem diferentes formas de organizar e carregá-las, estimulando-os à reflexão de melhores formas de utilização e outras alternativas à necessidade de carregar peso, como o uso de carrinhos adequados. Durantes as oficinas, o tema da casa segura recebeu ênfase nas intervenções realizadas, uma vez que, de acordo com estudos, considerável número de quedas vivenciadas pelos idosos acontecem dentro de suas próprias casas, lugares comumente considerados seguros, visto a familiaridade com este local. Portanto, objetivou-se atentá-los a pequenas, porém significativas, mudanças que pudessem ser realizadas. Para tal, a proposta consistiu em estimular que os idosos identificassem os fatores de risco em diferentes cômodos da casa, sugerindo possibilidades de reduzir ou eliminar tais riscos. Foi lançado mão de recursos virtuais a partir da projeção de imagens dos cômodos da casa e jogos de perguntas, que focaram em expor ações realizadas que, embora comuns, são consideradas de alto risco para quedas. Para além dos recursos virtuais, que possibilitaram a ampliação de criação de atividades com o grupo, buscou-se a valorização das atividades práticas, com a representação de alguns cômodos da casa, para a simulação de ações e organizações arriscadas do ambiente, como pouco espaço de circulação e ausência de corrimão em escadas. Ao decorrer das atividades, devolutivas interessantes foram trazidas por alguns participantes, o que beneficiava todo o grupo, sendo o grupo de prevenção de quedas e casa segura um dispositivo de aprendizagem e troca. Um exemplo ocorreu quando foi abordado os riscos oferecidos ao transitar pelo chão molhado, seja na rua (dias de chuva) ou em momentos de limpeza em casa – foi apontado o uso de galochas, como uma forma segura para realização de limpeza do chão ou lavagem do quintal. Uma participante relatou que fazia uso de chinelos para realizar limpezas em casa, afirmando que chinelos novos não apresentavam riscos. Após ouvir as explicações e participar ativamente da discussão do tema, ela retornou na semana seguinte dizendo que fez a compra de uma galocha e ainda levou para mostrar ao grupo e para contar sobre sua experiência positiva ao usá-la, compartilhando informações importantes sobre valor e lugares onde encontrá-la. Além das orientações e todo aprendizado ocorrido sobre maneiras de prevenir quedas, observou-se que a convivência grupal foi um elemento importante que facilitou o trabalho. Nesse grupo especifico, a convivência ocorreu de forma fluida. No grupo em questão, isso ocorreu e os idosos apontaram que, após a reflexão, além de realizar mudanças no cotidiano deles, também passaram a se identificar como protagonistas de suas próprias histórias, como pessoas com autonomia para decidir sobre suas vidas. A interação e convivência com outras pessoas, segundo os idosos do grupo, favoreceu a comunicação deles e aflorou sentimentos positivos. A experiência de atividades em grupo se apresentou muito potente, foi possível verificar a construção de vínculos, a partir das trocas de experiências, as quais estimularam que os idosos participassem ativamente nas oficinas, gerando mudanças positivas de comportamento e conhecimento sobre as causas e consequências das quedas, mesmo na decisão de não aderir às recomendações. Espera-se que os resultados aqui relatados possam estimular o interesse de produção de mais ações de promoção e prevenção da saúde do idoso. |
8666 | PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO A PREVENÇÃO DE QUEDAS AO IDOSO HOPITALIZADO: SOB A ÓTICA DA ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL DE TRANSIÇÃO EMANOELE AMARAL MACHADO, Fatima Helena do Espírito Santo, Caren Massini Ribeiro, Rodrigo Camilo Paiva, Danielle Rachel Coelho Bezerra PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO A PREVENÇÃO DE QUEDAS AO IDOSO HOPITALIZADO: SOB A ÓTICA DA ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL DE TRANSIÇÃOAutores: EMANOELE AMARAL MACHADO, Fatima Helena do Espírito Santo, Caren Massini Ribeiro, Rodrigo Camilo Paiva, Danielle Rachel Coelho Bezerra
Apresentação: Em 2009, seis metas internacionais de segurança foram lançadas, dentre elas: queda do paciente. Queda pode ser definido como: deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial. Objetivo: Analisar o conhecimento da equipe de enfermagem na segurança do paciente em um hospital de transição, na ocorrência de queda ao idoso hospitalizado. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso. Através da análise das narrativas sobre como eles definem, previnem e agem com relação a queda em idosos hospitalizados. Local: Hospital de transição localizado em Niterói. Participantes: membros da equipe de enfermagem. Inclusão: equipe de enfermagem de ambos os sexos que atuam direto na assistência; exclusão: equipe de enfermagem com menos de três meses atuando no hospital ou afastados. Produção de dados: entrevista semi estruturada e análise de dados: transcrição das entrevistas e posterior análise dos dados Aspectos Éticos: O projeto de pesquisa será submetido ao CEP da instituição, via Plataforma Brasil e disponibilizados aos participantes o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultado: Após os dados coletados foi realizada uma análise e estes apontaram que os profissionais conhecem pouco ou desconhecem a temática. Considerações finais: Para prevenir é preciso ampliar o conhecimento da equipe sobre tais eventos, pois evidencia-se um número significativo de profissionais que desconhecem a temática. Assim, podem por vezes presenciar a ocorrência do EA e não realizar a notificação, ou ainda não prevenir de fora eficaz a ocorrência do EA. |