438: A educação como potência para produção do cuidado em saúde
Debatedor: Vereneida Sousa Lima
Data: 31/10/2020    Local: Sala 05 - Rodas de Conversa    Horário: 08:00 - 10:00
ID Título do Trabalho/Autores
6040 PARALELO TRAÇADO ENTRE AÇÕES DE CONSCIENTIZAÇÃO EM AVC REALIZADAS EM IES E USF
Leonardo Studart Pereira, Pedro Bradley Araújo, Thaís Jordão Pimentel, Priscila Tamar Nogueira, Marina Alves Caminha

PARALELO TRAÇADO ENTRE AÇÕES DE CONSCIENTIZAÇÃO EM AVC REALIZADAS EM IES E USF

Autores: Leonardo Studart Pereira, Pedro Bradley Araújo, Thaís Jordão Pimentel, Priscila Tamar Nogueira, Marina Alves Caminha

Apresentação: Foram realizadas ações de conscientização acerca do tema Acidente Vascular Cerebral através de apresentações possibilitadas pelo projeto de extensão “Pense Bem AVC - FPS” da Faculdade Pernambucana de Saúde – PE – Brasil. As ações foram desempenhadas em ambientes estratégicos (Instituição de Ensino Superior e Unidade de Saúde da Família) de educação em saúde, através da abordagem de tópicos relacionados ao tema, como definição, fatores de risco, sintomas e condutas acessíveis à população geral, dada a importância da rápida identificação da doença para um bom desfecho terapêutico numa sociedade que tem como principal causa de morte as doenças vasculares. Desenvolvimento: As ações realizadas em ambiente de IES (Faculdade Pernambucana de Saúde) contaram com apresentação oral interativa, com auxílio de imagens e pequenos textos em slides expositivos, visando à participação ativa do público alvo através de dúvidas e relatos de vida. O público, nessas abordagens, foi composto por funcionários da referida IES, que foram convocados para a ação em um horário selecionado no expediente da tarde, com apresentação durando em torno de uma hora e trinta minutos. As abordagens na USF Jardim Jordão – PE foram desempenhadas, assim como as ações em IES, através de apresentação oral interativa com o público alvo, representado pelos usuários da unidade. Essas abordagens, por sua vez, contaram com o auxílio de banner contendo imagens autoexplicativas e poucos textos. Outrossim, os extensionistas contaram com cerca de trinta minutos para a apresentação do tema, no período antes da primeira consulta médica da manhã. Resultado: Na esfera de IES, as ações tiveram liberdade para se desenvolver com profundidade e por tempo suficiente. Isso se refletiu em apresentações com mais riqueza de detalhes, maior interação com a maioria das pessoas que compunham o público alvo, mais dúvidas compartilhadas e sanadas e maior satisfação por parte tanto dos extensionistas como do público alvo. Além disso, a disponibilidade de apresentação em slides proporcionada pela estrutura da IES auxiliou os extensionistas na dinamicidade das exposições e no resgate da atenção do público. Na USF, a despeito do tempo limitado, o objetivo de disseminação do conhecimento sobre o tema foi alcançado, evidenciando-se através da interação dos usuários da USF com a equipe do projeto durante as apresentações e de diversos feedbacks positivos também do público alvo. Todavia, apesar do interesse de parte significativa das pessoas, o tempo disponível e o fato da presença do público alvo naquela USF não ter sido em consequência da apresentação do projeto resultaram na limitação da atenção de parte dos indivíduos ali presentes e no não aprofundamento do tema. Considerações finais: Apesar das situações da USF como local de ação não serem ideais, os objetivos do projeto Pense Bem AVC – FPS de educação em saúde e de conscientização sobre a temática foram atingidos com ambas as abordagens e com a plena satisfação por parte dos extensionistas e coordenadores.

6659 PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE NUTRICIONAL – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Andréa Felizardo Ahmad, Adriana Lemos, Gabriela Souza Gomes, Mariah Monteiro Rangel Abreu, Samara Katiane Cabral de Moura Rodrigues.

PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE NUTRICIONAL – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Andréa Felizardo Ahmad, Adriana Lemos, Gabriela Souza Gomes, Mariah Monteiro Rangel Abreu, Samara Katiane Cabral de Moura Rodrigues.

Apresentação: A escola pode ser considerada o segundo lar de uma criança; é onde outros saberes são incorporados à vivência humana e o convívio social integra a construção do pensamento e da dignidade. Diante disso, trabalhar a educação em saúde para crianças é fazer parte do processo ensino-aprendizagem e agrega academia e comunidade, trazendo para a população a devolutiva da universidade pública. Assim, durante um projeto de extensão em uma universidade pública, localizada na cidade do Rio de Janeiro / RJ; discentes de enfermagem, medicina e nutrição da referida universidade elaboraram atividades educativas em uma escola da mesma cidade; cujo objetivo foi promover a importância da alimentação saudável e a influência do bom sono no processo de crescimento e aprendizagem. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência das atividades desempenhadas em agosto de 2019 em uma escola da cidade do Rio de Janeiro / RJ e que é parte integrante de um projeto de extensão desenvolvido por uma universidade pública na mesma cidade. As atividades realizadas na escola tiveram participação de crianças com idade entre oito e dez anos de uma única turma. No primeiro momento, realizou-se uma dinâmica de apresentação e, em seguida, as crianças foram divididas em dois grupos. Após breve explicação sobre os alimentos que favorecem o crescimento e a aprendizagem e da importância do bom sono, as crianças foram convidadas a escolher figuras previamente recortadas e colá-las em dois painéis intitulados como alimentos bons e ruins, conforme a breve palestra apresentada. Em seguida, os resultados foram explicados à turma, conforme as escolhas que compuseram os painéis. No segundo momento, foi realizada uma atividade de degustação às cegas, após prévia autorização da docente responsável pela turma. Foram escolhidas de forma aleatória cinco crianças para degustarem cinco tipos diferentes de alimentos saudáveis, devendo dizer o nome do alimento degustado. Apenas uma não soube responder o que estava consumindo. Sequencialmente à dinâmica, os alimentos foram distribuídos ao restante da turma, seguido de nova troca de ideias. Resultado: A turma apreciou as ações realizadas, sem haver desatenção da atividade. Todas responderam às questões apresentadas; algumas crianças mais agitadas queriam responder a maioria das questões; outras mais tímidas, precisaram ser estimuladas a responder. O momento da degustação foi o ápice da atividade e o grupo de pesquisa optou por levar somente alimentos saudáveis e compatíveis com a proposta de trabalho. Ao final das práticas, a turma demonstrou o aprendizado através de perguntas e respostas. Considerações finais: Realizar dinâmicas com crianças permite maior interação no processo ensino-aprendizagem, integrando o grupo e promovendo a imersão em temas por vezes impensadas diante das diversas ações promovidas na escola. Assim, foi de suma relevância debater com crianças a importância dos alimentos no processo de crescimento e aprendizagem e o quanto é importante o bom sono para que os alimentos consigam agir adequadamente no corpo humano. Palavras-chave: Alimentos, Crescimento, Aprendizagem, Bom Sono.  

6692 O TERRITÓRIO E O PROCESSO DE SAÚDE E DOENÇA DA SOCIEDADE VIÇOSENSE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Renata Oliveira Caetano, Daniel Reis Correia, Débora Mol Mendes, Laís Sousa da Silva, Lara Lelis Dias, Thais Bitencourt Faria, Larissa Ferreira Lopes Silva, Beatriz Santana Caçador

O TERRITÓRIO E O PROCESSO DE SAÚDE E DOENÇA DA SOCIEDADE VIÇOSENSE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Renata Oliveira Caetano, Daniel Reis Correia, Débora Mol Mendes, Laís Sousa da Silva, Lara Lelis Dias, Thais Bitencourt Faria, Larissa Ferreira Lopes Silva, Beatriz Santana Caçador

Apresentação: O processo de saúde e doença enfrenta, frequentemente, interferências do meio ambiente, as quais podem gerar resultados benéficos ou maléficos no estado saúde dos indivíduos. Assim, a vivência objetivou a observação das relações entre o território proposto e esse conceito na sociedade viçosense por graduandos em enfermagem. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos do primeiro período de enfermagem da Universidade Federal de Viçosa que, por meio da estratégia metodológica de inserção imediata no território no dia 29 de Março de 2019, foram analisar as interações do meio com o processo de saúde e doença da população viçosense. Resultado: Mediante as observações feitas durante o percurso e as breves conversas com moradores, pelas ruas de Viçosa-MG, foram identificados problemas que afetam diretamente a saúde das pessoas que vivem nesse território. Entre os fatores que refletem esse impasse evidenciamos a presença de lixos nas ruas, a poluição sonora, a difícil acessibilidade e a grande desigualdade quando comparados os bairros centrais com os periféricos. Assim, com a experiência obtida nessa atividade, os discentes notaram que a saúde não está apenas relacionada à ausência de doença, sendo o espaço em que o indivíduo está inserido um importante fator ao seu estado de saúde. Considerações finais: O meio ambiente está diretamente relacionado à saúde das pessoas e, com isso, faz-se necessário que os calouros do curso de enfermagem tenham, desde o princípio da graduação, uma visão ampliada do conceito de saúde e doença, levando em consideração o indivíduo como um todo, incluindo o espaço social onde está inserido. A presente experiência, por intermédio de tal metodologia, tem grande impacto na formação e no aperfeiçoamento da sua visão holística do profissional da saúde.

6754 OLHARES SOBRE O TERRITÓRIO DO COMPLEXO DO ALEMÃO: UMA ANÁLISE DA ATIVIDADE “A VISITA DO GRINGO”
Marcos Paulo da Silva Garcia, César Augusto Paro, Neide Emy Kurokama e Silva

OLHARES SOBRE O TERRITÓRIO DO COMPLEXO DO ALEMÃO: UMA ANÁLISE DA ATIVIDADE “A VISITA DO GRINGO”

Autores: Marcos Paulo da Silva Garcia, César Augusto Paro, Neide Emy Kurokama e Silva

Apresentação: Trata-se de um relato de experiência que busca refletir sobre a atividade “A visita do gringo” desenvolvida dentro do projeto de extensão “Inovando práticas de prevenção e promoção da saúde a partir da análise local de vulnerabilidades à saúde, no contexto do vírus Zika”. Este projeto vem sendo desenvolvido por pesquisadores e estudantes do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde março de 2017 na Clínica da Família Zilda Arns da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (RJ), que fica situada no Complexo do Alemão. A sua operacionalização ocorre por meio de oficinas de 16 horas para Agentes Comunitários de Saúde, Agentes de Vigilância em Saúde e lideranças comunitárias, com vistas a desenvolver capacidades e fomentar práticas inovadoras de prevenção e promoção da saúde, no contexto do vírus Zika. Como estas oficinas são orientadas por uma pedagogia crítico-problematizadora e pelo referencial da análise multidimensional de vulnerabilidades, a primeira etapa das atividades tem como mote a leitura da realidade e levantamento dos temas geradores, visando o reconhecimento dos aspectos estruturais e físicos do território da dinâmica de vida das pessoas, famílias e grupos e da relação com outros territórios. Para atingir este objetivo, são realizadas duas atividades junto aos participantes: o mapa falante e a visita do gringo. Nesta segunda atividade, os participantes são provocados a apresentarem o território do Complexo do Alemão para um estrangeiro que acaba de chegar ao Brasil e que gostaria de conhecer um pouco deste lugar. Divididos em grupos, os participantes debatem e constroem uma apresentação coletiva, em que a voz e opinião de todos sejam contempladas. Até o atual momento, já temos seis apresentações desta atividade que foram transcritas no interior do projeto e será alvo de análise neste trabalho. A descrição do território revela o significativo conhecimento que os participantes possuem do Complexo do Alemão, conseguindo expor múltiplos aspectos que coadunam com a proposição do território vivo de Milton Santos. Neste sentido, para além das questões estruturais, conseguem contemplar as dimensões cultural, social, histórica, política e econômica. Por vezes, alguns relatos transformaram o território como uma mercadoria, numa certa tentativa de convencer o gringo hipotético a consumir algo do/no território – o que tem forte relação com o modo como a população deste território lida com os estrangeiros que visitam o Brasil. Nos relatos, são contemplados tanto os aspectos que são considerados como potencialidades, quanto aqueles que são tidos como problemáticos pelos moradores. A atividade tem conseguido o objetivo de contribuir com o processo pedagógico, uma vez que favorecesse uma ampliação de olhar para o território, levando em consideração as diversas dimensões existentes e a expressão do que se considera positivo e negativo.

6806 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: PRÁTICAS E SABERES
Laisa Marcato Souza da Silva, Ana Lucia Naves Alves, Luiz Henrique dos Santos Ribeiro, Julia Gonçalves Oliveira, Gustavo Nunes de Mesquita

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: PRÁTICAS E SABERES

Autores: Laisa Marcato Souza da Silva, Ana Lucia Naves Alves, Luiz Henrique dos Santos Ribeiro, Julia Gonçalves Oliveira, Gustavo Nunes de Mesquita

Aconteceu no segundo semestre de 2018 em uma escola de aproximadamente 280 alunos, idades entre 05 e 09 anos, períodos manhã e tarde, atividades com profissionais da Estratégia de Saúde da Família da área de abrangência, sendo: 1 enfermeiro, 2 agentes de saúde. Além dos profissionais da equipe do Núcleo Ampliado em Saúde da Família, sendo: 1 farmacêutico, 1 nutricionista e 1 fisioterapeuta, voltadas para HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: PRÁTICAS E SABERES, no vale histórico, interior de São Paulo.  Os alunos foram conduzidos a aprenderem a técnica correta de lavagem das mãos, além da realização de oficinas demonstrativas com guache, posteriormente vídeos ilustrativos animados e encerramento com distribuição de material gráfico para colorir. Tal experiência proporcionou compreender a importância da educação em saúde nas escolas, assim como, da lavagem das mãos para evitar quadros possíveis quadros diarreico, casos sensíveis e vistos na atenção primária nos atendimentos individuais. A continuidade de temáticas importantes nessa fase dos alunos, com abordagens sobre obesidade infantil, diabetes mellitus, atividades corporais, dengue, zika e chikungunya entre outras de forma dentro da educação em saúde. Atividades expressivas e alcance o objetivo no aprendizado para esses alunos reproduzirem em casa com seus familiares. A atenção primária à saúde é fundamental para a integralidade do cuidado. Trata-se de um modelo de atenção fundamental e de grande impacto na população no reconhecimento das necessidades de saúde, com papel de atuação como a ordenadora e com grande potencial de resolutividade.

6861 A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE PARA A MANUTENÇÃO DA SAÚDE BUCAL
Raquel Gomes da Silva, Aluísio Ferreira Celestino Junior, Ana Carolina Almeida Pimentel Pinto, Camila Andresa Monte Bezerra, Fernanda Gomes Gatinho, Paulo Elias Gotardelo Audebert Delage, Weslley Matheus Ferreira

A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE PARA A MANUTENÇÃO DA SAÚDE BUCAL

Autores: Raquel Gomes da Silva, Aluísio Ferreira Celestino Junior, Ana Carolina Almeida Pimentel Pinto, Camila Andresa Monte Bezerra, Fernanda Gomes Gatinho, Paulo Elias Gotardelo Audebert Delage, Weslley Matheus Ferreira

Apresentação: O presente trabalho refere-se a um relato de experiência em uma ação de educação em saúde. Tal ação foi realizada por acadêmicos do segundo semestre do curso de enfermagem da Universidade Estadual do Pará. Essa ação é o resultado das Atividades Integradas em Saúde (AIS) que compõe a estratégia dentro da metodologia estruturante do curso, que é a metodologia da problematização e propicia o contato dos acadêmicos com a realidade social e desenvolvimento de atividade práticas. As AIS tem como base a metodologia do Arco de Maguerez. O arco possui 5 etapas sendo elas: Observação da realidade, que é o contato com uma realidade específica e busca por identificar problemas a serem resolvidos; levantamento dos pontos chaves, quando são elencados e discutidos os problemas identificados anteriormente; teorização, estudo dos problemas definidos como foco na etapa anterior; hipóteses de solução, discussão da forma que os problemas abordados podem ser minimizados ou até mesmo solucionados; e aplicação à realidade, quando se retorna à realidade inicial, desta feita para intervir na realidade, de modo a transforma-la positivamente. Este trabalho específico, foi realizado em uma escola pública e o tema elencado foi a saúde bucal dos estudantes. A saúde bucal é muito importante para o convívio em sociedade e influencia em diversos aspectos biopsicossociais na vida dos adolescentes. Pode-se afirmar que em mais da metade dos adolescentes que tem uma dieta rica em carboidratos fermentáveis, há lesões de cárie dental. Além disso, a ação de microrganismos, principalmente da bactéria de Estreptococos do Grupo Mutans mediante a formação de glicano que é formado na presença de dissacarídeo sacarose substância encontrada principalmente em doces, resultam na formação de cárie na superfície dos dentes. O tártaro é formado por um biofilme dental que se solidifica na parte inferior dos dentes, sendo de difícil remoção após 72 horas. Este biofilme pode ser formado por variadas bactérias, predominando as Gram negativas que ocasionam doenças gengivais como gengivite e periodontite. Assim, levando em consideração todas as mudanças e descobertas que ocorrem nessa fase da vida, a higiene e cuidado com a saúde bucal muitas vezes não são priorizadas e passam a ser desprezadas. Este relato de experiência tem como finalidade apresentar a ação desenvolvida pelos pesquisadores, evidenciando o método utilizado, resultado obtido e suas contribuições para a vida acadêmica dos pesquisadores. Desenvolvimento: A ação foi realizada em uma escola estadual localizada na periferia de Belém. Com base na primeira etapa do arco de Maguerez, observação da realidade, foi feita uma visita no segundo semestre de 2018. No primeiro semestre de 2019, com o auxílio de professores, foram levantados os pontos chaves, incluindo uma nova visita à escola, para sistematização da problemática escolhida: saúde e higiene bucal. A partir da observação e levantamento de pontos chaves, foi realizada a reflexão acerca do tema que poderia ser abordado: Saúde e higiene bucal. Posteriormente, foi realizada uma nova visita mais sistematizada aplicada a 40 alunos do 7º ano do ensino fundamental. Com auxílio de um questionário estruturado, foi feita uma entrevista com intuito de anamnese, a fim de conhecer melhor a realidade desses alunos no que concerne à saúde bucal. Após a definição do tema, foram solicitados aos orientadores, como parte de terceira etapa do Arco de Maguerez, materiais relacionados ao tema. Além disso, foram realizadas pesquisas nas plataformas Google Acadêmico e na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Dessa forma, foi elaborado um plano de ação e apresentado aos professores o qual foi discutido antes de colocá-lo em prática. Completando a última etapa do arco — foi feita a aplicação à realidade, por meio de uma ação que se iniciou com uma apresentação informal entre os pesquisadores e os alunos do 7º ano da escola. Posteriormente, foi organizada uma roda de conversa na qual foram abordados e explicados os temas pesquisados. O primeiro pesquisador indagou os alunos a respeito da cárie e sua formação, explicando com o auxílio de imagem e um macromodelo. Em seguida, com o intuito de estimular a participação dos alunos, foram feitos questionamentos a respeito da importância do flúor e foi feita uma demonstração utilizando ovos, vinagre e flúor. Tal demonstração consistia em submergir os dois ovos no vinagre, sendo um tratado previamente com flúor e o outro sem, a fim de demonstrar a diferença da presença e ausência deste componente perante o ácido representado pelo vinagre. O terceiro pesquisador, abriu a reflexão com os alunos acerca do cálculo dental (tártaro), utilizando uma imagem, explicando sobre a sua formação e consequências. Posteriormente, o quarto pesquisador explicou as consequências do tártaro de forma mais aprofundada que se trata de gengivite e periodontite, utilizando também de imagem e 4 macromodelos. Por fim, foi demonstrada de maneira prática com macromodelo de boca e escova, a forma de higienização correta. A última atividade realizada foi uma disputa entre os alunos que formaram quatro grupos. A cada grupo foi entregue um cartaz, uma cola e um conjunto de silabas para formar palavras mencionadas na roda de conversa, as quais iriam compor grupos de dentes sadios e dentes não sadios. Foi cronometrado um tempo de 15 minutos para a realização da dinâmica e quem terminasse primeiro seria o vencedor e ganhava uma premiação. Por fim, no encerramento da ação foram distribuídos kits para higiene bucal, como brindes, para todos os alunos. Resultado: Na primeira visita observou-se várias problemáticas relacionadas à infraestrutura da escola como falta de abastecimento de água, falta de merenda escolar e precário esgotamento sanitário. Pode-se afirmar que estas problemáticas influenciam na qualidade de ensino-aprendizagem desses alunos. Na segunda visita realizada após o levantamento dos pontos chaves e uma ideia do que seria abordado, levou-se um questionário estruturado acerca da saúde e higiene bucal no qual foram obtidos resultados que possibilitaram a escolha definitiva deste tema. Segundo o resultado obtido na visita sistematizada, notou-se que havia um déficit no conhecimento acerca do tema o que resultaria em risco de adoecimento. Com base no estudo realizado, foi possível perceber a necessidade de abordar os respectivos temas: cárie, gengivite e periodontite, além de suas consequências. A ação foi realizada com 35 alunos que durante a roda de conversa participaram e interagiram com os pesquisadores, respondendo às perguntas propostas no início de cada tema abordado e interesse em aprender com as demonstrações realizadas. Durante a disputa, todos manifestaram interesse na participação do jogo e esforço para ganhar a competição. Na entrega dos brindes, os alunos apresentaram satisfação ao receber os kits de higiene bucal. Considerações finais: A ação em saúde tinha finalidade orientar acerca da saúde bucal dos estudantes. Tal objetivo foi alcançado por conta do interesse demonstrado pelos alunos, a partir das dinâmicas propostas. Foi possível perceber que a ação contribuiu de imediato com os alunos, uma vez que eles aprenderam a correta higienização dos dentes e gengivas. Dessa forma, em longo prazo, se as ações aprendidas forem colocadas em prática poderão prevenir doenças bucais. Nesse contexto, essa ação em saúde contribuiu para a formação acadêmica dos pesquisadores, pois demonstra que a enfermagem está integrada com outras áreas da saúde. Para mais, a enfermagem está preocupada em orientar a comunidade acerca dos cuidados com sua saúde. Como também, contribuiu para a construção de um senso crítico sobre como lidar diante de situações problemas.

6882 ATUAÇÃO DE UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE REALIZADAS EM ESCOLAS RURAIS NO MUNICÍPIO DE TEFÉ-AM
Lucas Leão Cadeira, Jéssica Bianca Ramires Aparício, Maria Adriana Moreira, Raylla Kelly Santana Rodrigues, Joel de Fátimo Chagas dos Santos, Bruno Henrique Figueiredo Cortezão

ATUAÇÃO DE UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE REALIZADAS EM ESCOLAS RURAIS NO MUNICÍPIO DE TEFÉ-AM

Autores: Lucas Leão Cadeira, Jéssica Bianca Ramires Aparício, Maria Adriana Moreira, Raylla Kelly Santana Rodrigues, Joel de Fátimo Chagas dos Santos, Bruno Henrique Figueiredo Cortezão

Apresentação: No contexto da atenção básica e primaria a educação em saúde é entendida como uma tecnologia leve, que pode ser adotada e difundida para qualquer tipo de público com intuito de promover o cuidado levando em consideração a participação popular e suas especificidades. Sendo a escola a base do alicerce multidisciplinar por estar inserida em todas as dimensões do aprendizado, é o ambiente propício para inserção da promoção em saúde. Contudo, difundir e promover conhecimento em locais fora da zona urbana tem se tornado um desafio em nossa região que é cercada por rios e lagos, necessitando assim de uma logística mais complexa  para alcançar escolas que estão nas margens dos rios que cercam nosso município. Objetivo: Neste contexto o presente resumo tem como objetivo relatar as experiências vivenciadas nas ações de educação em saúde realizadas por uma equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) em diferentes escolas da zona rural do município de Tefé-Amazonas. Desenvolvimento: As ações de educação em saúde que ocorrem nas escolas da zona rural são realizadas por vários profissionais, como nutricionista, farmacêutico, fisioterapeuta, psicólogo e educador físico e atendem mais de 1000 crianças, na faixa etária de 6 a 15 anos, em diferentes localidades no interior do município de Tefé. Os principais temas abordados envolvem alimentação adequada e saudável e a prática da atividade física, além desses há outros temas pontuais que são abordados durante campanhas promovidas pelo Ministério da Saúde como outubro rosa e novembro azul. Como ferramentas de aprendizagem os profissionais utilizam meios que possibilitem o fácil entendimento e fixação dos temas abordados, como peças teatrais, práticas corporais, palestras, filmes, dinâmicas e jogos educacionais. Resultado: Nas ações promovidas pôde-se evidenciar a participação efetiva dos escolares durantes as atividades desenvolvidas e avaliar a fixação através de entrevistas ou perguntas realizadas sobre os temas abordados. Considerações finais: Portanto, apesar das dificuldades e barreiras para o acesso a escolas da zona rural, pode-se concluir que a educação em saúde em ambientes escolares promove autocuidado e dissemina informações importantes que podem  ser utilizadas tanto pelo escolar quanto pelos indivíduos que o cercam, como familiares e amigos.

6917 CONSTRUÇÃO DE UMA TECNOLOGIA EDUCACIONAL PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE A ADESÃO DA VACINAÇÃO CONTRA O SARAMPO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Emily Manuelli Mendonça Sena, Amanda Lorena Gomes Bentes, Eduardo Martins Oliveira, Iara Samily Balestero Mendes, Jaqueline Pinheiro Moraes, Jonas Glória de Oliveira, Yury Gomes, Margarete Feio Boulhosa

CONSTRUÇÃO DE UMA TECNOLOGIA EDUCACIONAL PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE A ADESÃO DA VACINAÇÃO CONTRA O SARAMPO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Emily Manuelli Mendonça Sena, Amanda Lorena Gomes Bentes, Eduardo Martins Oliveira, Iara Samily Balestero Mendes, Jaqueline Pinheiro Moraes, Jonas Glória de Oliveira, Yury Gomes, Margarete Feio Boulhosa

Apresentação: Tendo em vista os princípios, que foram instituídos no Sistema Único de Saúde (SUS), proporcionando o acesso universal, integral e equânime a todos os brasileiros, voltados a promoção a saúde e prevenção de agravos, onde os cuidados visam as dimensões assistenciais, culturais, econômicas e educacionais destaca-se o Programa Nacional de Imunizações (PNI), formulado em 1973, visando o controle, a erradicação e a eliminação de doenças imunopreveníveis. O PNI organiza a política nacional de vacinação da população brasileira e é um modelo de intervenção em saúde pública reconhecido mundialmente. Contudo, atualmente, com a importação de casos e a baixa cobertura vacinal observa-se o retorno de doenças imunopreveniveis anteriormente erradicas e ou eliminadas no território brasileiro. Em 2019 o Brasil apresentou um aumento do número de casos de Sarampo, o que culminou na perda do certificado de eliminação da doença concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). O Sarampo continua a ser uma das principais causas de morbimortalidade em crianças na faixa etária de zero a menores de cinco anos de idade em todo o mundo. Considerando que, a educação em saúde está ancorada no conceito de promoção da saúde e que a enfermagem exerce um importante papel na comunidade ao executar ações nessa modalidade, seja em âmbito individual ou coletivo, o presente trabalho visa relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem, os quais, na condição de agentes de mudança, construíram uma tecnologia educacional para uma ação em educação em saúde sobre a prevenção do Sarampo, utilizando como metodologia de abordagem da realidade o Arco de Maguerez, com intuito de contribuir para a procura de vacinas nos serviços de saúde e adesão da população, visando a melhoria da cobertura vacinal do Sarampo no município de Belém do Pará. Desenvolvimento: A primeira etapa do trabalho se deu a partir da observação da realidade presenciada pelos discentes de enfermagem, na sala de espera da área de vacinação em um Centro Escola Saúde (CES) localizado em um bairro de  Belém (PA), durante as aulas práticas do componente curricular de Gestão e Gerenciamento dos Serviços de Saúde e Enfermagem em Saúde Pública, no período de agosto a setembro de 2019. Após a realização da observação, os acadêmicos identificaram possíveis problemáticas no local, permitindo a definição de pontos chaves, os quais direcionaram para a elaboração do tema gerador deste trabalho. Em seguida, realizou-se a busca na literatura de artigos relacionados à temática nas bases de dados, utilizando “Sistema Único de Saúde”, “programa nacional de imunização”, “enfermagem”, “educação em saúde”, “sarampo” como palavras-chaves. Além da pesquisa, foi realizada uma visita técnica na Secretaria Municipal de Saúde (SESMA), e foi realizada uma entrevista a respeito da cobertura vacinal e os registros do numero de casos da doença distribuídos em nosso Estado com as coordenadoras dos setores de Vigilância Epidemiológica e Imunização, possibilitando a coleta de dados complementares para o desenvolvimento do estudo. Diante disso, como hipótese de solução, definiu-se a elaboração de uma tecnologia educacional em formato de cartaz para auxilio visual e orientação dos usuários durante a ação de educação em saúde e a realização de uma dinâmica de avaliação de fixação. No retorno à realidade houve a abordagem de 24 usuários presentes na sala  de espera e em trânsito para a entrada na sala de vacinação do CES,  sendo realizada uma exposição dialogada do Cartaz sobre o Sarampo e em seguida a avaliação de fixação, que consistia em 5 perguntas relacionadas às informações repassadas pelos acadêmicos sobre a temática, onde as pessoas respondiam “certo” ou “errado” por meio de placas de papel nas cores verde (certo) e vermelho (errado) para as questões levantadas. As 5 perguntas sobre o tema repassadas aos usuários foram respectivamente: “1 – Apenas as crianças podem ser infectadas pelo sarampo?”; “2 – Se aparecer um caso suspeito de sarampo, levar essa pessoa imediatamente ao posto de saúde?”; “3 - Grávidas podem tomar a vacina contra o sarampo?”; “4 – Caso a pessoa tome uma dose adicional da vacina contra o sarampo, há risco para a saúde?”; “5 – Só pego sarampo se encostar-se a alguém com a doença?”. Resultado: Os acadêmicos elaboraram uma tecnologia levedura, do tipo material educativo impresso em uma folha A3 sobre o Sarampo, com as informações contidas na folha informativa sobre o Sarampo disponibilizada pela OPAS do ano de 2019. Também foram agregadas as informações obtidas durante a visita técnica na SESMA e o conhecimento repassado pela equipe de vacinação do CSE para os acadêmicos. Assim, o cartaz abordou os seguintes tópicos: O que é a doença, forma de prevenção (Como se transmite?), sinais e sintomas (Como identificar?) e a forma de prevenção (Como prevenir?), além de informações sobre o calendário vacinal e o manejo de indivíduos com caso suspeito de Sarampo. Desse modo, os discentes enfatizaram informações claras e objetivas, a fim proporcionar a fácil compreensão do leitor/ouvinte sem causar-lhe exaustão durante a leitura e explanação do conteúdo.  Quanto os resultados obtidos na ação de educação em saúde acerca da vacinação contra o sarampo, por meio da dinâmica de avaliação, no que se refere as perguntas feitas aos usuários, constatou-se que: 91,6% responderam corretamente se “Apenas as crianças podem ser infectadas pelo sarampo?”; 33,3% acertaram a alternativa  “Se aparecer um caso suspeito de sarampo, levar essa pessoa imediatamente ao posto de saúde?”; 58,3% acertaram a terceira pergunta sobre “Grávidas podem tomar a vacina contra o sarampo?”; 75% responderam corretamente à quarta pergunta, “Caso a pessoa tome uma dose adicional da vacina contra o sarampo, há risco para a saúde?” e 95,8%, responderam de forma correta a quinta e última pergunta, “Só pego sarampo se encontrar em alguém com a doença?”. Tais dados evidenciaram que houve grande adesão das informações repassadas pelos acadêmicos aos participantes. Contudo, percebeu-se que ainda há bastante desinformação sobre o que se fazer com um caso suspeito de Sarampo. Considerações finais: Este trabalho buscou mostrar a importância da educação em saúde e o desenvolvimento de uma tecnologia educacional sobre a vacinação contra o sarampo. A elaboração de tecnologias educacionais é pertinente em ações de educação em saúde, pois é compreendida como uma estratégia facilitadora do aprendizado. Observa-se a adesão dos usuários às informações repassadas, evidenciada por meio da participação ao fazerem perguntas sobre o assunto e dialogar com os acadêmicos acerca da temática em questão. Sendo assim, nota-se que a utilização de estratégias de educação em saúde como esta proporciona mudanças de atitude e enriquecimento de informações do público-alvo. A experiência de acadêmicos de enfermagem em práticas educativas em saúde sobre imunização para usuários do Sistema Único de Saúde, em um contexto de extensão universitária, mostrou-se importante para formação acadêmica. Além da aquisição de habilidades em ações educativas de promoção da saúde, a experiência propiciou a ampliação e adesão completa das informações sobre prevenção contra o sarampo aos usuários do Sistema Único de Saúde.

6966 A IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES EDUCATIVAS LÚDICAS PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMÉSTICOS INFANTIS
Manuela Almeida Seidel, Marley Valéria de Andrade Barata, Sarah da Silva e Silva, Edficher Margotti

A IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES EDUCATIVAS LÚDICAS PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMÉSTICOS INFANTIS

Autores: Manuela Almeida Seidel, Marley Valéria de Andrade Barata, Sarah da Silva e Silva, Edficher Margotti

Apresentação: A Organização Mundial de Saúde define acidentes como “um acontecimento independente da vontade humana, desencadeado pela ação repentina e rápida de uma causa externa, produtora ou não de lesão corporal e/ou mental”. Dentre os diversos tipos de acidentes, existem os domésticos, os quais ocorrem no ambiente domiciliar e possuem vários níveis de gravidade, o que pode acarretar sequelas físicas, psicológicas e sociais. Com crianças, os acidentes domésticos, além de estarem relacionados ao fator idade, relacionam-se também com o desenvolvimento psicomotor, os fatores ambientais, educacionais, socioeconômicos e culturais, os quais estão associados com o comportamento e estilo de vida. Ademais, podem ser considerados como uma das principais causas de mortalidade infantil, principalmente na faixa etária de 1 a 9 anos, além de responsáveis pelos altos índices de hospitalização infantil, porém, por meio de uma orientação adequada, grande parte dos acidentes e fatalidades na infância podem ser evitados. Frente a esta problemática, as ações de prevenção tornam-se primordiais para orientação dos pais e cuidadores responsáveis, a fim de reduzir índices supracitados e garantir a proteção destas crianças. Desta forma, a educação em saúde, tanto coletiva quanto individual, é uma ferramenta que profissionais de saúde ― sendo uma das atribuições do enfermeiro, mas não somente deste ― podem utilizar a fim de trabalhar a promoção e prevenção desses eventos, atuando em todos os níveis de atenção à saúde de forma a orientar e garantir o bem-estar de crianças e seus respectivos cuidadores. Objetivo: orientar crianças e responsáveis, por meio de ação lúdica, acerca do  manuseio e armazenamento de utensílios domésticos do cotidiano. Desenvolvimento: A ação educativa foi idealizada e executada por acadêmicas de enfermagem do 6º semestre da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Pará e teve como tema norteador “Acidentes Domésticos com Crianças”. Foi realizada em uma ala pediátrica de um Hospital Universitário de Belém, no período de outubro de 2019, em parceria com o projeto de extensão “Acidentes Domésticos na Infância Não é Brincadeira”, o qual é coordenado pela Prof.ª Dr.ª Edficher Margotti, com duração média de 1 hora e 30 minutos. Participaram deste momento 06 crianças, na faixa etária entre 4 – 6 anos,  que se encontravam hospitalizadas nas enfermarias pediátricas do hospital e seus respectivos acompanhantes, totalizando uma média de 12 pessoas presentes. Foi utilizada pelas acadêmicas a estratégia da caracterização, incorporando personagens infantis, a fim de tornar a ação lúdica para as crianças e estabelecer um vínculo de confiança, pois isto permite uma aproximação que não cause ansiedade ou medo no público-alvo, facilitando a execução da atividade com êxito e o alcance do objetivo, além de proporcionar um momento diferenciado durante a hospitalização onde poderão se divertir e brincar. Para realização da ação foram utilizados os recursos audiovisuais cartolina e modelos e objetos ― com figuras que pudessem ser reconhecidas como utensílios de uso diário em casa e potencialmente perigosos se deixados ao fácil alcance e manipulação infantil sem supervisão. Iniciou com o convite aos presentes para participarem da atividade, seguido de uma breve apresentação dos membros da equipe, das crianças e responsáveis, a fim de passar confiabilidade e explicar como seguiria a ação. Em seguida, eram mostradas figuras às crianças ― como tesoura, fogão, agulha, materiais de limpeza etc. ― e questionado se elas as reconheciam, possuíam em casa, onde se encontravam e se sabiam quais eram os riscos que aqueles objetos ali representados poderiam apresentar, caso manipulados inadequadamente. A partir da identificação dos objetos ― as vezes, com o auxílio de pais e responsáveis ―, as figuras mostradas eram coladas na cartolina por uma discente, sendo a mesma responsável por abordar sobre o objeto e seus perigos e riscos ao manuseio das crianças. Durou cerca de 3 minutos por figura apresentada, sendo, no total, 28 imagens mostradas e discutidas, divididas por ambientes: cozinha, sala, quarto, área de serviço e aleatórios, podendo estas últimas estar em quaisquer cômodos da casa. Cada informação foi apresentada individualmente e de forma dialogada, oferecendo-se abertura para discussão sobre dúvidas ou sugestões dos acompanhantes. Por fim, foram entregues brindes às crianças pela participação na dinâmica, como revistas de colorir, massas de modelar, giz de cera e outros. Resultado: Um dos pontos relevantes a serem destacados da ação foi que esta mostrou bom potencial informativo pela elevação do percentual de respostas corretas ― apenas uma, dentre as 28 figuras, não foi reconhecida pelas crianças, necessitando do auxílio de pais e responsáveis presentes ― em todos os aspectos propostos, ou seja, o público-alvo principal reconhecia os utensílios domésticos assim que entravam em contato com estes, indicando sua utilidade, em qual local se encontrava no domicílio e quais os possíveis perigos ao manusear, atendendo, assim, às expectativas do grupo. Um fator que notoriamente contribuiu para o sucesso da atividade foi a caracterização das executoras da atividade, pois a ludicidade garantiu o interesse e atenção dos participantes durante todo o período proposto para execução da atividade. Além disto, a entrega de brindes, como recompensa pela participação, foi um grande atrativo para o início e decorrer da atividade. Em um aspecto geral, o objetivo da ação foi alcançado, visto que todas as crianças da ala pediátrica participaram, junto aos responsáveis, de forma ativa, conforme esperado, demonstrando significativos conhecimentos prévios acerca do assunto que estava sendo abordado na situação, não havendo desistências de participação no transcorrer da atividade. Considerações finais: Para o arcabouço de conhecimentos das executoras, o momento foi de grande aprendizado, uma vez que possibilitou uma situação diferenciada no ambiente hospitalar, onde puderam utilizar dentro da ação educativa, o lúdico, diminuindo o clima de tensão que encontraram ao chegar. Para a enfermagem, ressaltamos a importância do papel de educador, planejando e executando ações, as quais visem o cuidado dos clientes,  utilizando da ferramenta lúdica e desmistificando a dificuldade do estabelecimento de vínculos no cuidado pediátrico. Além disso, a ação demonstra de forma positiva que a realização de práticas de educação em saúde deve ser aplicada em todos níveis de atenção, pois traz bons resultados no que diz respeito à interação e construção de vínculos com usuários.

7067 O IMPACTO DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NA SAÚDE DA CRIANÇA
JOYCE MARTINS DA SILVA

O IMPACTO DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NA SAÚDE DA CRIANÇA

Autores: JOYCE MARTINS DA SILVA

Apresentação: O Programa Bolsa Família (PBF) foi criado em 2003 com o objetivo principal de erradicação da pobreza. Para isso, conta com a transferência de renda e, em contrapartida, o cumprimento de condicionalidades pela população beneficiada em serviços básicos de saúde, educação e assistência social. Este trabalho foi uma revisão realizada como trabalho de conclusão do curso de Medicina e teve como objetivo identificar associações entre o programa Bolsa Família e desfechos da saúde da criança. Utilizou-se como estratégia metodológica a revisão de escopo da literatura. Foram consultadas as bases de dados MEDLINE e LILACS. Foram encontrados 79 títulos e selecionados 30 artigos para leitura na íntegra após aplicação de critérios de inclusão e exclusão. O maior benefício do programa esteve associado à diminuição da taxa de mortalidade infantil e, nesse contexto, houve efeito sinérgico com a estratégia de saúde da família (ESF): quanto maior a cobertura da ESF, maior foi a diminuição na taxa de mortalidade. Isso mostra que é fundamental a manutenção do programa, associada à maior cobertura da ESF, potencializando seus efeitos. Outro resultado importante foi o aumento do uso da renda com alimentação pelos beneficiários do PBF. No entanto, nem sempre houve aumento na qualidade da dieta, chamando a atenção o aumento do sobrepeso em crianças beneficiárias e, em um estudo de coorte, a diminuição na estatura e peso para a idade. Mostra-se, portanto, a necessidade de maior investimento em educação em saúde no campo da alimentação e de políticas voltadas ao acesso mais facilitado a alimentos saudáveis, para superar as condições de vulnerabilidade das famílias e alcançar os objetivos do PBF.  Nesse sentido, é importante que os usuários sejam coparticipantes na educação em saúde numa perspectiva de educação popular e dialógica. Ambas estão pautadas numa relação bidirecional – usuário e profissional de saúde – com o objetivo de levar em consideração a troca de saberes entre educador e educando, além de construir a autonomia dos usuários no cuidado da sua própria saúde.

7132 SAÚDE DO ESCOLAR DE TUPANCIRETÃ (RS) - ANO DE 2019
Themis Goretti Moreira de Carvalho, Natália Adriane Lanius, Paola Langner Cruz, Nathália Arnoldi Silveira, Mylena Stefany Silva dos Anjos

SAÚDE DO ESCOLAR DE TUPANCIRETÃ (RS) - ANO DE 2019

Autores: Themis Goretti Moreira de Carvalho, Natália Adriane Lanius, Paola Langner Cruz, Nathália Arnoldi Silveira, Mylena Stefany Silva dos Anjos

Apresentação: No âmbito escolar, a promoção, planejamento e monitoramento da saúde ocorre por intermédio do Programa Saúde e Prevenção na Escola, o PSE, fundado em 2007 e dedicado a crianças, adolescentes, jovens, adultos, gestores e profissionais de educação e saúde brasileira. A Escola é a área institucional privilegiada deste encontro da educação e da saúde: espaço para a convivência social e para o estabelecimento de relações favoráveis à promoção da saúde pelo viés de uma Educação Integral. Visando a autonomia dos alunos e abrangência de conteúdos disponíveis dentro da saúde do escolar, o presente estudo, objetivou reconhecer o conhecimento, as atitudes e as práticas realizadas, em relação aos quatro eixos temáticos: sedentarismo, zoonoses, depressão e a vacinação, buscando analisar quais os fatores que os levam a desenvolver doenças e propor ações de educação e saúde para promover a prevenção desses e seus agravos. Desenvolvimento: O trabalho caracteriza-se como um estudo descritivo e analítico de rastreamento epidemiológico observacional. Segue as diretrizes metodológicas do Programa Saúde e Prevenção nas Escolas – PSE- Guia para Formação de Profissionais de Saúde e de Educação e também o preconizado nas "Orientações básicas de atenção integral à saúde de adolescentes nas escolas e Unidades Básicas de Saúde". Antes de se efetivar as ações principais do projeto foram realizadas capacitações e reuniões com os coordenadores do Programa Saúde e Prevenção nas Escolas – PSE (saúde e educação); oficinas pedagógicas e capacitações, articulando ações intra e intersetoriais fortalecendo uma intervenção mais coletiva, entre as ESF (Estratégia de Saúde da Família) e a escola; oficinas de capacitações envolvendo todos os segmentos comprometidos (professores, funcionários, acadêmicos da Fisioterapia e bolsistas); capacitação dos alunos do Núcleo de Pesquisa em Saúde Coletiva – totalizando 31 alunos bolsistas voluntários e capacitação do GGM (Grupo Gestor Municipal) para elaboração e explicação do cronograma do ano de 2019. Contou com a participação dos alunos matriculados do 6° ano ao 9° ano do ensino fundamental e 1°, 2° e 3° ano do ensino médio das 5 escolas estaduais e 6 escolas municipais na cidade de Tupanciretã (RS). Os temas foram abordados através da aplicação de questionários, para o tema sedentarismo, foi utilizado o questionário internacional de atividade física (IPAQ) proposto pela Organização Mundial de Saúde, no formato curto e adaptado Para detectar o índice de depressão ou sua inexistência foi utilizado um questionário validado por Goldberg e denominado como Depression Inventory de Dr. Ivan Goldberg. Em relação a vacinação, foi utilizado o questionário adaptado da pesquisa intitulada: “Percepções acerca da importância das vacinas e da recusa vacinal numa escola de medicina” (MIZUTA et al., 2019). Para as zoonoses, utilizou-se um questionário validado e utilizado no ano de 2014, descrito nos Anais do XII Seminário Interno do Centro de Ciências da Saúde (CCSA), ISSN 2176-1167 de 24 de junho de 2014. Resultado: As atividades desenvolvidas no projeto têm envolvimento direto com uma disciplina do Curso de Fisioterapia: Fisioterapia na Promoção e Proteção da Saúde e também tem a participação dos alunos bolsistas voluntários do Núcleo de Pesquisa em Saúde Coletiva da UNICRUZ, que são os pesquisadores nas escolas de Tupanciretã. A amostra foi constituída por 1.307 alunos, sendo eles estudantes do ensino médio e ensino fundamental. Desse total, teve a predominância do sexo feminino com 50,87% (n=665) alunas e do sexo masculino com 48,89% (n=639) alunos. As idades variaram entre 12 a 20 anos, com predominância entre 13 a 15 anos: 607 alunos, seguido de 10 a 12 anos: 349 alunos, 16 a 18 anos: 339 alunos, 18 a 20 anos: 30 alunos e a minoria que tinha mais que 20 anos: 15 alunos, 51% (n=671) dos participantes, são do sexo feminino com média de 10 a 15 anos. Em relação à escolaridade, 16% (n=213) são do 6° ano, 20% (n=267) do 7° ano, 17% (n=218) do 8° ano, 15% (n=191) do 9° ano do Ensino Fundamental, 14% (n=180) do 1° ano do Ensino Médio, 10% (n=130) do 2° ano e 8% (n=108) do 3° ano. As pesquisas serviram para a determinação das vulnerabilidades dos alunos, e assim permitir a construção das atividades de extensão, com metodologias diferenciadas e criativas. Dentro do ambiente escolar, sinais de depressão podem ser observados, segundo Phillips, Liu e Zhang (2016), os sintomas depressivos podem levar à disforia como humor irritável, angústia, ansiedade, inquietação e agressividades e podem ser entendidos como dificuldades de lidar com os sentimentos, problemas familiares, baixo auto estima, desamparo, alterações do sono com frequente hipersônica, o abuso de álcool e outras drogas, solidão e violência física. Do total de alunos participantes, 36% (n=467), não apresentam ter sinais de depressão, porém, 64,05% (832 alunos) da amostra estão encaixados em alguma das categorias apontadas como “possíveis de depressão” pelo questionário da Depression Inventory. A maioria da população das escolas pesquisadas considera-se pessoas ativas, totalizando 71,07%, as quais praticam algum tipo de atividade física, seja ela, corrida, caminhada ou algum tipo de esporte, sendo um fator positivo. Porém, um resultado preocupante encontrado, foi em relação ao conhecimento dos alunos, se eles sabiam o que a falta de atividade física poderia acarretar em sua saúde, onde quase metade do número total, 45,9% respondeu que não sabia. Diante desse contexto é preciso que sejam passadas informações nas escolas sobre o que o sedentarismo pode acarretar, quais doenças e malefícios, fato que realizaremos no decorrer deste segundo semestre de 2019. Em relação a vacinação, foi possível constatar que boa parte dos alunos têm conhecimento sobre o calendário de vacinação, sua importância e as vacinas para determinadas doenças. Porém, uma parcela de estudantes teve dificuldades em responder algumas questões propostas no questionário e quais as vacinas oferecidas nos postos de saúde. Existe a necessidade de atenção sobre zoonoses com os jovens participantes, tendo em vista que a porcentagem de alunos que não possuem conhecimento do tema citado, sendo que 84,1% afirmaram não saber o que é zoonoses, apenas 13,75% disseram saber o que é, e somente 24% dos estudantes afirmaram levar seus animais de estimação periodicamente ao veterinário. Na culminância das pesquisas realizadas aconteceu uma atividade de extensão maior que envolveu toda a comunidade escolar sendo coordenada pelos alunos bolsistas voluntários envolvidos no projeto em parceria com o SESC de Cruz Alta. Foi a Gincana do Projeto Saúde Prevenção na Escola (PSE), no dia 24/05/2019, na Câmara de Vereadores de Tupanciretã e Praça Pedro Osório, nos turnos da manhã e tarde. Foram realizadas palestras dialogadas sobre os temas pesquisados, exposição e entrega dos resultados e após oficina pedagógica, em parceria com a empresa Serviço Social do Comércio (SESC), com realização de gincana temática, abordando os temas trabalhados, incentivando a cooperação e o trabalho em equipe. Considerações finais: Espera-se que  este estudo colabore com o desenvolvimento de outras pesquisas a nível acadêmico, bem como, ações efetivas no campo da saúde pública e escolar para erradicar-se a depressão, aumentar o conhecimento dos alunos em relação as zoonoses, manter um acompanhamento das campanhas de vacinação, e buscar de forma efetiva, inserir os alunos em práticas de atividade física, bem como, elaboração de atividades que promovam conhecimento de hábitos saudáveis, das escolas estaduais e municipais, promovendo assim, melhora da qualidade de vida e saúde escolar.  

7199 EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO ESTRATÉGIA PARA AUXILIAR O PROFISSIONAL DE SAÚDE NO ACOLHIMENTO ÀS NUTRIZES EM SOFRIMENTO MENTAL DO BANCO DE LEITE HUMANO
Bianca Innocencio Innocencio

EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO ESTRATÉGIA PARA AUXILIAR O PROFISSIONAL DE SAÚDE NO ACOLHIMENTO ÀS NUTRIZES EM SOFRIMENTO MENTAL DO BANCO DE LEITE HUMANO

Autores: Bianca Innocencio Innocencio

Apresentação: Apresenta-se um projeto de Pesquisa do Mestrado Profissional em Ensino da Saúde da Universidade Federal Fluminense. A problemática que motivou o interesse em realizar esta pesquisa envolve as inquietações no que tange ao acolhimento à nutriz pelo profissional de saúde. A observação no atendimento clínico em nutrição, em relação às questões trazidas pelas nutrizes com relação à grande dedicação que o Aleitamento Materno (AM) e o Aleitamento Materno Exclusivo (AME) representam, suas expectativas em não falhar como mãe, com cobranças externas, dificuldades pessoais e inseguranças no período pós-parto e a adaptação nem sempre descomplicada da prática do AM. Não faltam referências para os nutricionistas, bem como para os demais profissionais da área da saúde para a defesa da prática do AME e do AM como estratégia para a manutenção da saúde física e psicoafetiva da criança. Mas entende-se ser de demasiada importância que o Pronto Socorro (OS), volte também seu olhar de forma cuidadosa para a mulher que amamenta, não só para garantir os benefícios inegáveis para o metabolismo e saúde da mãe, mas, sobretudo, para identificar e apoiar emocionalmente a nutriz. Principalmente, a mulher que aponta algum sofrimento emocional por ocasião da amamentação, como ansiedade, insegurança, tristeza, medo e Depressão Pós-Parto (DPP). Entretanto, é importante ressaltar que a política de apoio ao AM vai além do cuidado do binômio mãe e filho e sofre a influência de todos os atores que estão próximos a esta nova dupla. O ato de amamentar, manter a lactação em situações as quais os filhos não podem ser amamentados e cuidar dos transtornos, resultados da falta de manejo clínico para a amamentação, demandam cuidados e conhecimento na tecnologia específica de AM por parte dos profissionais, para então poder juntos, mãe e profissional de saúde, resolver as questões apresentadas ao longo desse processo.1 Assim, mães que apresentem transtornos de ansiedade e DPP têm menos confiança quanto à sua capacidade de amamentar e por isso estariam menos dispostas a continuar a amamentação, quando comparadas com aquelas sem sintomatologia depressiva, o estudo ainda aponta uma possível relação entre DPP e o desmame precoce.2 Portanto, é essencial que a equipe de saúde tenha o papel de acolhimento de mães e bebês, estando disponível para a escuta e para o esclarecimento de dúvidas e aflições, incentivando a troca de experiências e fazendo sempre que necessário, uma avaliação singular de cada caso. Faz-se necessário discutir as demandas da assistência em amamentação, e, se há ações práticas por tais atores, além de verificar se estão capacitados para solucionar tal demanda. Objetivo: Propor a EPS no BLH visando contribuir para o acolhimento às nutrizes em sofrimento emocional durante o AM. Método: Trata-se de um estudo com abordagem mista (quantitativa e qualitativa) descritivo e exploratório com levantamento de dados, com abordagem metodológica qualitativa, pesquisa de campo, participativa, do tipo pesquisa-ação. Os aspectos práticos de concepção, organização e operacionalização do trabalho de investigação apresentam momentos que não são rigorosamente sequenciais. O planejamento das fases deve ser flexível e passível de adequação às necessidades do pesquisador e dos participantes.3 A coleta de dados acontece em etapas distintas informadas a seguir: Etapa 1 - Observação do processo de acolhimento das nutrizes do BLH. Etapa 2 - Utilização de um questionário para autoavaliação de DPP EPDS que se trata de um questionário de autoavaliação desenvolvido na Grã-Bretanha para pesquisa da DPP, traduzido e validado em diversos países, inclusive no Brasil. O questionário de autoavaliação contém dez perguntas com quatro opções que são pontuadas de 0 a 3, de acordo com a presença ou intensidade dos sintomas: humor deprimido ou disfórico, distúrbio do sono, perda do prazer, diminuição do desempenho, culpa e ideias de morte e suicídio. Como metodologia a ser aplicada com as nutrizes que aceitarem participar da pesquisa. Etapa 3 - Os dados quantitativos serão analisados mediante o software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) – versão 20, utilizando-se a estatística descritiva com frequência e porcentagem. Presume-se que os dados qualitativos serão necessários para se justificar os resultados estatísticos do estudo e serão organizados. As nutrizes serão identificadas como N (N1, N2, N3, N4, N5, N6, N7...) e a equipe de PS serão identificadas como E1, E2, M1 e M2, P1, P2, em relação a Enfermeiras, Médicas, Psicólogos e demais profissionais respectivamente. Etapa 4 - Serão realizadas oficinas com os PS. Nesta etapa do trabalho haverá a apresentação dos dados e resultados estatísticos coletados por meio dos questionários aplicados às nutrizes. Presume-se que as oficinas terão um importante papel de escuta entre o grupo dos PS e que as oficinas serão baseadas no Arco de Charles Maguerez e serão realizadas em cinco etapas: A primeira etapa será de apresentação dos dados coletados com as nutrizes por meio do questionário para autoavaliação de DPP, EPDS para a apreciação crítica dos PS (sujeitos do grupo) e apresentação de uma situação-problema que envolva o acolhimento da nutriz em sofrimento emocional. Na segunda etapa o grupo será subdividido em dois, o que objetivará a elaboração de mapas representativos da dinâmica atual de acolhimento do BLH diante da situação hipotética trazida, buscando identificar, assim, os pontos-chaves apresentados por cada grupo. Na terceira etapa quando os dois subgrupos serão convocados a refletirem juntos sobre o acolhimento que hoje acontece no cenário mediante a construção de um único mapa contendo todos os elementos identificados como interferentes e essenciais para o adequado acolhimento das nutrizes em sofrimento emocional (problematização). Na quarta etapa, será a proposição das hipóteses, ou seja, elaboração de possíveis soluções, para as questões identificadas durante a problematização e na quinta e última etapa, será a aplicação à realidade do BLH e dos PS. As informações serão filmadas, gravadas e transcritas de acordo com o consentimento dos participantes. Buscar-se-á ainda analisar o impacto do método das oficinas baseado no Arco de Charles Maguerez nas condutas, as principais dificuldades enfrentadas por esses profissionais e sugestões para aperfeiçoar o processo a partir da implementação do método. Resultado: A ideia inicial é ter um produto é dar origem a um vídeo/documentário, que hoje se encontra com um título provisório: “Um colo para a mãe” que deverá ser desenvolvido e editado após a filmagem da movimentação das nutrizes no banco de leite e das oficinas com os PS, para ser utilizado no BLH em questão e em outras instituições do SUS como material de EPS em forma de tecnologia educacional, será disponibilizado o acesso pelo Youtube. Considerações finais: O documentário pode ser entendido como uma estratégia para revelar e dar visibilidade ao desenvolvimento da EPS do BLH, uma vez que as falas e o não dito (olhares, silêncios) das usuárias e dos PS estarão “capturados” e, assim, poderão sensibilizar outras equipes que lidam com questões similares, e, acima de tudo, estimular a reflexão e revelar caminhos de maior satisfação para ambos (nutrizes e profissionais). O documentário ficará disponível on-line no Youtube para uso pelas equipes de diversos bancos de leite do SUS em diferentes municípios do Brasil. Espera-se que o produto seja validado por meio de cine debates. Onde se poderá reunir os profissionais do setor e promover a apresentação do documentário seguido de debate colhendo assim as impressões, falas e registros deste momento. Referências: Branco MBLR, Alves VH, Rodrigues DP, Souza RMP, Lopes FO, Marinho TF. Proteção e apoio ao aleitamento materno: uma contribuição do banco de leite humano. Rev Pesqui Cuid Fundam Online [internet]. 2016 Apr/Jun [cited 2019 Apr 15]; 8(2):4300-12. Thiollent M. Metodologia da pesquisa-ação. 18th. ed. São Paulo: Cortez; 2011.

7409 EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO FERRAMENTA DE APROXIMAÇÃO ENTRE A COMUNIDADE ACADÊMICA E A POPULAÇÃO ATENDIDA POR UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: Relato de experiência
Natã Silva dos Santos, Luisa Sousa Machado, Laís Débora Roque Silva, Marcelo Henrique Sousa Nunes, Lucas Alves Freires, Aline Santana Figueredo, Fernando Holanda Vasconcelos

EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO FERRAMENTA DE APROXIMAÇÃO ENTRE A COMUNIDADE ACADÊMICA E A POPULAÇÃO ATENDIDA POR UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: Relato de experiência

Autores: Natã Silva dos Santos, Luisa Sousa Machado, Laís Débora Roque Silva, Marcelo Henrique Sousa Nunes, Lucas Alves Freires, Aline Santana Figueredo, Fernando Holanda Vasconcelos

Apresentação: A educação em saúde deve ser compreendida como um campo multifocal, que proporciona o intercâmbio de informações e a construção de uma visão crítica dos problemas de saúde. Dessa forma, os processos educativos devem propor uma conscientização e a autonomia dos sujeitos. A Política Nacional da Atenção Básica (2017) é composta por ações de saúde individuais, familiares e coletivas na qual existe o envolvimento da promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizadas através de equipe multiprofissional. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo relatar a experiência de educação em saúde realizadas por acadêmicos de medicina do primeiro período da Universidade Federal do Tocantins, com o propósito de conscientizar a população acerca do significado da campanha de saúde intitulada Setembro Amarelo. Método: O presente estudo é um relato de experiência com base nas atividades de educação em saúde realizadas junto à disciplina de Práticas em Saúde I, da Universidade Federal do Tocantins por acadêmicos do primeiro período do curso de Medicina. Elas foram realizadas em forma de rodas de conversa promovidas com os usuários em espera de atendimento na Unidade Básica de Saúde Manoel Maria Dias de Brito, no município de Araguaína, Tocantins, nos dias de 17 de setembro e 22 de outubro de 2019. Ambas remeteram ao tema: “Setembro Amarelo: a importância da saúde mental”, realizada na sala de espera da Unidade. As atividades iniciaram com uma breve explanação teórica sobre o tema, para assim introduzir o assunto aos participantes. Em seguida se iniciou uma série de perguntas visando uma participação mais efetiva da comunidade presente na unidade para que os usuários pudessem expressar-se e participar de modo ativo do processo educativo, por meio de uma metodologia ativa e construtivista, sentindo-se incluídos na dinâmica. À medida que os participantes aderiam ao debate era possível realizar algumas intervenções, orientando sobre depressão e outros transtornos, desmitificando tabus e informando os locais para buscar a ajuda adequada em cada caso, abordando também circunstâncias emergenciais e de caráter preventivo. Desse modo, as ações realizadas foram adaptadas para a linguagem do público-alvo. As duas rodas contaram com a participação de cerca de 20 pessoas cada e foram realizadas com um roteiro previamente elaborado, o qual iniciou com a indagação; “O que é o setembro Amarelo?” dirigida aos pacientes em espera com intuito de incentivar a participação dos usuários, após a fala de alguns participantes, o debate seguiu para o esclarecimento do que se tratava a campanha de acordo com o Ministério da Saúde, bem como os seus objetivos junto ao Sistema Único de Saúde. Então, seguiu-se o roteiro estabelecendo uma sequência de perguntas: “Como identificar os sinais de alerta”, “Como proceder” e “Onde buscar ajuda”, tais questionamentos geraram discussões principalmente a respeito dos lugares onde buscar ajudar, sendo assim, os participante presentes foram orientados a quais pontos de referência deveriam buscar, dentre eles a Unidade de Pronto Atendimento, o hospital, a própria Unidade Básica de Saúde e o Centro de atenção Psicossocial, além do Centro de Valorização da Vida que oferece apoio emocional por meio de ligações gratuitas, por e-mails e mensagens, funcionando 24h por dia. Ao final da explanação, fez-se um quiz respondido por meio de plaquinhas de duas cores, azul para verdadeiro e vermelho para falso, sendo as seguintes perguntas; “Quem quer se matar não sai avisando?", "Conversar e apoiar são formas de ajudar pessoas sob risco de suicídio?", "Se matou porque era covarde para enfrentar os problemas da vida?", "Todos que cometem suicídio são loucos?", "Quando alguém quer se matar, nada ou ninguém pode fazê-lo mudar de ideia?", "Depressão é frescura?" e "Suicídio é falta de Deus?". Ao final do questionário, alguns usuários compartilharam suas experiências pessoais e o contato prévio com pessoas necessitadas de ajuda profissional no âmbito psicossocial Resultado: As rodas de conversa revelaram-se de suma importância no contexto social, uma vez que acarretaram um intenso compartilhamento de informações sobre a saúde mental e a prevenção do suicídio, além de esclarecer as vias de acesso à rede de apoio à disposição dos necessitados. Não obstante, um impacto positivo na desconstrução de paradigmas quanto àqueles em estado de sofrimento psicológico, que figuram entre as numerosas adversidades enfrentadas pelos envolvidos em tais circunstâncias. Constatou-se o uso de plaquinhas ainda mais satisfatório do que o previsto, pois permitiu uma rápida adesão dos participantes cessando a inibição inicial estimulada pelo constrangimento suscitado perante a menção dos termos depressão ou suicídio, inibição essa proveniente da ínfima abordagem ao assunto e à inaptidão sustentada pelo desconhecimento nesse âmbito. Verificou-se, enfim, uma participação expressiva dos usuários tal qual um notável interesse de sua parte no decorrer da prática, denotando a efetividade proporcionada por um método que demanda maior cooperação do público-alvo - em relação às tradicionais palestras que inibem a expressão de opiniões e vivências - e contribuindo para a eficaz conscientização destes.  Considerações finais: É perceptível que as ações de educação em saúde realizadas por profissionais na atenção primária causam uma dispersão de conhecimento satisfatória, tendo em vista que o debate gera uma gama de informações construídas com diferentes conhecimentos. É imprescindível que as ações de educação em saúde permaneçam constantemente nas unidades de saúde não somente na atenção primária, mas em toda a rede integrada de saúde. Haja visto que a atenção psicossocial é essencial, falar sobre saúde mental também é uma política pública, uma vez que auxilia na prevenção de patologias mentais, sobretudo aquelas que podem ocasionar em suicídio. Dessa forma, as rodas de conversas foram de grande valia para a comunidade e principalmente para os estudantes que tiveram oportunidade de aprender e multiplicar o conhecimento adquirido nos debates em sala. Além disso, foi possível por meio dessas intervenções entender o quanto o acadêmico deve estar preparado para lidar com os diversos públicos assistidos na atenção primária; assim, essa caracterizou-se uma experiência ímpar e de caráter gratificante. Referências: BRASIL. Atenção primária a saúde 2017. Disponível em [http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html] FIGUEIREDO, M. F. S.; RODRIGUES NETO, J. F.; LEITE, M.T. S. Health education in the context of family health from the user’s perspective. Interface comun. saúde educ., Botucatu, v.16, n.41, p.315-29, 2012. MEDEIROS, U.; MAIA, K.; JORGE, R. O desafio da prática educativa em odontologia. Rev. bras. odontol., Rio de Janeiro, v. 67, n. 1, p. 49-55, 2010 SIGNOR, E. et al. Educação Permanente em Saúde: Desafios para a Gestão em Saúde Pública. Revista Enfermagem UFSM, v.5. n.1, p. 01-11, j

7440 O USO DA METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO COMO FORMA DE PROMOVER AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA COMUNIDADE
Pedro Lucas Carrera da Silva, Hector Brenno da Silva Cagni, Kendra Sueli Lacorte da Silva, Iasmim Ianne Sousa Tavares, Ana Carolina Ferreira Pantoja, Stefany Ariadny Moura Braga, Armando Sequeira Penela

O USO DA METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO COMO FORMA DE PROMOVER AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA COMUNIDADE

Autores: Pedro Lucas Carrera da Silva, Hector Brenno da Silva Cagni, Kendra Sueli Lacorte da Silva, Iasmim Ianne Sousa Tavares, Ana Carolina Ferreira Pantoja, Stefany Ariadny Moura Braga, Armando Sequeira Penela

Apresentação: A educação em saúde é uma prática que abarca a mobilização e a participação social a partir da transmissão de conhecimentos que envolvem a saúde em geral, sendo uma ação essencial para a promoção e manutenção da saúde na sociedade. Essa atitude ajuda na mudança de hábitos e na prevenção de infecções e doenças, bem como na democratização do conhecimento científico. A Metodologia da Problematização (MP) leva em conta a realidade do sujeito (estudante), conhecimentos prévios e sua experiência, além de utilizar um esquema denominado “Método do Arco”. Esse método utiliza uma estrutura que parte da observação da realidade e percorre etapas que envolvem reflexão, teorização, hipóteses de solução e retorno à realidade. O alvo é sempre a realidade e as possibilidades de transformá-la, através da solução do problema colocado. O presente trabalho tem como objetivo, descrever a experiência vivenciada por acadêmicos de enfermagem realizando ações de educação em saúde, durante o período de um ano, baseando-se na Metodologia da Problematização pelo Arco de Maguerez. Desenvolvimento: Para realizar cada ação de educação em saúde, os acadêmicos tiveram que cumprir as etapas do Arco de Maguerez, sendo estas, respectivamente: observação da realidade, onde foram identificados problemas que necessitavam de intervenção; levantamento dos pontos-chave, momento no qual era dialogado sobre as principais questões dos problemas a serem trabalhados; teorização, período em que foram pesquisadas informações que conduzissem ao entendimento do problema; hipóteses de solução, etapa na qual eram discutidas possíveis soluções, de forma que estas pudessem ser executadas pelos próprios acadêmicos e envolvessem o público atingido; aplicação à realidade, que consiste na ação de educação em saúde. As atividades foram realizadas com pré-adolescentes e adolescentes de uma escola pública de ensino fundamental e médio, com foco na mitigação dos problemas, sensibilizando os participantes de modo que estes fossem capazes de provocar, paulatinamente, uma mudança positiva na realidade que vivenciam. Resultado: Os autores, mediante a observação da realidade e o levantamento de pontos-chave, conseguiram compreender os problemas que fazem parte da realidade no entorno, tais como a necessidade de uma alimentação saudável, uma higiene adequada e o combate às parasitoses, entre outros, totalizando 7 ações de educação em saúde. Por intermédio da teorização, puderam ter sua primeira experiência de pesquisa e realização de trabalhos científicos com a comunidade, conhecendo, atenuando e resolvendo problemas simples, os quais enfrentarão no ambiente de trabalho. Com o auxílio do retorno à realidade, os discentes aprenderam a dialogar e interagir com a população de modo conciso e compreensível. Considerações finais: Com o objetivo deste trabalho alcançado, é possível perceber a importância da continuidade da MP, dado que pôde aproximar os acadêmicos com a sociedade que está além dos muros da instituição de ensino, incentivando-os a relacionar-se e buscar, de modo autônomo, formas de intervir positivamente em qualquer local no qual seja inserido. Além do mais, a população pôde ter acesso às informações que de fato são confiáveis e não apenas resultado do senso comum e de suposições.

7507 A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Neiva Maria dos Santos Soares, Kamille Giovanna Gomes Henriques, Vitória Yasmin Sousa Correia, Emilly Canelas de Souza, Larissa Ribeiro de Souza, Bruna Larissa Pinto Rodrigues, Gleivison Cunha Teles, Regiana Loureiro Medeiros

A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Neiva Maria dos Santos Soares, Kamille Giovanna Gomes Henriques, Vitória Yasmin Sousa Correia, Emilly Canelas de Souza, Larissa Ribeiro de Souza, Bruna Larissa Pinto Rodrigues, Gleivison Cunha Teles, Regiana Loureiro Medeiros

Apresentação: A educação em saúde são todas as práticas desenvolvidas em prol da prevenção e promoção de saúde, é o processo educativo em que a população constrói o conhecimento em saúde, estimulando a possibilidade de aumento do autocuidado e a praticidade do debate entre profissionais da saúde e população.  Nesse cenário, as ações sócias em saúde são estratégias voltadas para as comunidades, que incentivam a busca da população aos atendimentos primários de saúde e a outros serviços. Com isso, o trabalho busca relatar a experiência vivenciada em uma ação de educação em saúde, descrevendo os serviços oferecidos a população e pontuando os procedimentos que foram realizados pela equipe multidisciplinar. Método: Trata-se de um estudo descritivo de natureza relato de experiência, realizado por acadêmicos do curso de enfermagem do 6º semestre da Universidade da Amazônia (UNAMA), e do 5º semestre da Universidade Estadual do Pará (UEPA), sendo a ação organizada por uma  Igreja de estilo neoclássica barroca localizada no bairro da cidade velha em Belém (PA), em parceria com a Universidade da Amazônia (UNAMA) e a Associação de Renais Crônicos e Transplantados do Pará (ARCT-PA), a ação foi realizada no dia 23 de novembro de 2019, no turno da manhã, das 08 ás 13 horas. Resultado: No decorrer da realização da ação social, foram ofertados a comunidade serviços, como orientações medicas de cardiologista e oftalmologista, nutricionista, e odontólogos, além da realização de exames como eletrocardiograma, a enfermagem ficou responsável pela atendimentos primários, verificação de pressão arterial, glicemia, uroanálise, testes rápidos (Hepatites virais, HIV, Sífilis), e orientações sobre  a relevância da busca pela atenção primaria como prevenção de enfermidades e promoção a saúde, totalizou-se aproximadamente 1.600 atendimentos  sendo que 70% foram destinados a equipe de saúde.  Durante a ação foram preenchidas fichas para a análise de hipertensos e diabéticos onde 61,5% apresentaram alteração de pressão arterial e 54,3% da glicemia, nesse ínterim 60% revelaram desconhecer alterações desses parâmetros por não buscarem atendimento na atenção primaria. Considerações finais: A experiência desta construção evidenciou a relevância da educação em saúde, norteando o papel do enfermeiro como educador possibilitando a criação de vínculo entre profissionais e a comunidade.

7534 CADERNOS COLABORATIVOS: FORMAÇÃO EM SAÚDE E ESPAÇOS DO COMUM
Marcia Moraes, Flavia Liberman

CADERNOS COLABORATIVOS: FORMAÇÃO EM SAÚDE E ESPAÇOS DO COMUM

Autores: Marcia Moraes, Flavia Liberman

Apresentação: A vida contemporânea tem trazido inúmeros desafios ao campo da educação, entre outros, requerendo dos educadores e educadoras a elaboração e produção de dispositivos que possam promover a criação, expressão e ação no mundo de hoje. Considerando este ponto de vista, muitas discussões têm sido realizadas em torno da potência da experiência artística na formação e no desenvolvimento de novas metodologias de ensino-aprendizagem. Observa-se, também, que muito se tem pensado sobre o comum e a urgência dessa pauta no universo atual.Tais questões têm nos convocado constantemente a tratar a importância das práticas artísticas na formação, tendo em vista o desenvolvimento de novas metodologias de ensino-aprendizagem que se desenrolam fundamentalmente na dimensão coletiva e colaborativa. Este trabalho apresenta a criação de Cadernos Colaborativos como dispositivo potente na formação de estudantes da área da saúde, na Universidade Federal de São Paulo, Campus Baixada Santista, na expectativa de que possamos criar condições e promover o compartilhamento de experiências de vida, de afetos e pensamentos, por meio desse processo formativo-criativo-colaborativo. Pode-se dizer que a primeira produção do comum que se deu nessa experiência com o grupo de estudantes com quem trabalhamos foi elencar/produzir um tema/conteúdo comum aos alunos e alunas, e que fosse reconhecido como tal. Outros comuns foram sendo produzidos, no recorrer do processo, demandando de nós – estudantes e docentes-pesquisadoras envolvidas – posicionamentos pouco exercitados: estar e fazer junto, afetar e ser afetado pela singularidade de cada um e de cada uma, lidar com o imprevisível no processo criativo, afastar-se da prática de fazer trabalhos grupais onde cada qual faz uma parte, trabalhar com distintas linguagens e, sobretudo, autorizar-se à mútua interferência no trabalho. Observamos a presença do receio de "invadir" o espaço do outro, a hipervalorização das autorias, da individualidade e da liberdade de escolha, desafiando-nos a pensar o lugar da intervenção no exercício profissional, uma vez que o cuidado em saúde acontece na relação. A proposta do emprego dos Cadernos Colaborativos como dispositivo pedagógico possibilitou uma interferência no grupo, ativando questões diversas, entre elas, a potência dos mesmos como lugar de pensar, de se exprimir poeticamente, de afetar e afetar-se, além da reflexão sobre a produção do comum nesta experiência de fazer junto. Tal acontecimento proporcionou a identificação de dificuldades e sentimentos comuns e que merecem ser analisados, acionando outros modos de fazer, assim como novos sentidos, inclusive do que se pode entender por saúde como “afirmação da vida”. As reflexões coletivas ocorridas neste trabalho foram intrínsecas à experiência: a experiência das relações, a experiência de uma ação-poética colaborativa, de um processo de cocriação e seus "fazimentos", dos encontros e desencontros, como que compondo “um livro cheio de pessoas e marcas”, como bem disse uma aluna sobre o que vivenciamos naqueles encontros.

7550 EDUCAÇÃO POPULAR E INCLUSÃO SOCIAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA GRADUAÇÃO EM SAÚDE
Kim Silva Ramos, Ana Paula Massadar Morel

EDUCAÇÃO POPULAR E INCLUSÃO SOCIAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA GRADUAÇÃO EM SAÚDE

Autores: Kim Silva Ramos, Ana Paula Massadar Morel

Apresentação: A Educação Popular em Saúde (EPS) busca superar o fosso, muitas vezes presente, entre as práticas dos profissionais de saúde e a vida das classes populares. Tendo como princípios o diálogo, a emancipação, respeito aos saberes populares e indígenas, compromisso com projeto de transformação social popular e democrático, a EPS visa contribuir, dentre outros aspectos, para a formação de sujeitos políticos envolvidos na luta pela saúde. Mais do que um método, um conceito, ou uma atribuição do trabalho em saúde, a EPS se constitui historicamente como uma visão de mundo ligada a um movimento de transformação do setor saúde e da sociedade. A EPS nos ajuda a pensar que a prática dos profissionais da saúde tem uma forte dimensão educativa. Valorizar essa dimensão educativa é um passo importante para a sensibilização dos profissionais de saúde inclusão social de pessoas com deficiências Este trabalho tem como objetivo discutir a importância da Educação Inclusiva (EI) de pessoas com deficiências na formação em saúde e como esta pode ser potencializada pela perspectiva da EPS. Tal discussão é feita a partir de relato de experiência de seminários ministrados para os cursos de graduação em Licenciatura em Enfermagem, Nutrição e Biomedicina, no âmbito de disciplinas da área da Educação e Saúde, na Universidade Federal Fluminense (UFF). Estes seminários foram pensados para suprir duas lacunas identificadas por nós nesse processo: a lacuna da discussão sobre a EI na formação em saúde e a lacuna da relação entre EI de pessoas com deficiências e EPS. A EI é uma concepção de ensino e aprendizagem contemporânea que visa garantir de acesso à educação para todos e todas. É uma necessidade humanitária dos nossos tempos valorizar as diferenças entre pessoas, afirmando a diversidade cultural, étnica, sensorial, física, intelectual e de gênero. No caso de nosso relato, buscamos valorizar os aspectos teórico-práticos e epistemológicos necessários para a EI de pessoas com deficiências, bem como as tarefas e desafios de uma formação acadêmica inclusivista de profissionais da saúde. Inclusão social pressupõe integração; ao contrário de uma educação especial, onde as pessoas com deficiências são isoladas em ambientes de ensino e aprendizagem especializados, a EI busca colocar todos, com ou sem deficiências, sob as mesmas condições de acesso ao conhecimento. Desenvolvimento: As disciplinas abordaram questões como o compromisso político do profissional de saúde, as concepções de educação em saúde, a relação entre saúde e sociedade, e tiveram como desfecho a elaboração em grupos de projetos educativos em saúde. Foram elaborados dois seminários intitulados “Inclusão social na formação acadêmica de profissionais da saúde: por onde começamos?”, apresentado nos dois semestres de 2019 para turmas mistas de Nutrição e Biomedicina, e “A inclusão social de pessoas com deficiências e saúde: a formação de profissionais da saúde inclusivistas”, apresentado para uma turma da Licenciatura em Enfermagem no primeiro semestre de 2019. Estes encontros foram elaborados de modo a permitir a interação dialógica aluno-aluno e aluno-professor a partir de eixos temáticos e situações problematizadoras. A inclusão social e seus impactos nas práticas educativas, apesar de urgentes, enfrentam barreiras conceituais e atitudinais que precisam ser consideradas, pois concepções errôneas e mesmo preconceituosas sobre a pessoa com deficiência (PcD) influem diretamente na maneira que pensamos os papeis sociais que assumimos – no nosso caso, os papeis da docência e dos profissionais da saúde – quando nos colocamos como agentes da transformação dentro do paradigma da inclusão social. Por isso, apostamos no diálogo, no questionamento reflexivo e no planejamento trans e multidisciplinar de ações hipotéticas em situações de atendimento de PcD’s. O seminário apresentado para as turmas mistas de Nutrição e Biomedicina abordou três temas: a) concepções biomédicas e psicossociais de deficiência, b) cientistas e profissionais da saúde com deficiências: relatos de formação acadêmica e de mercado de trabalho e c) profissional da saúde inclusivista em ação: casos hipotéticos de intervenção (elaboração de práticas educativas multi e transdisciplinares). O seminário apresentado para a turma de Enfermagem abordou: a) a percepção de alunos da graduação em enfermagem sobre a PcD, b) a construção de materiais táteis como estratégia de ação inclusiva para pessoas com deficiência visual e c) relatos de enfermeiros com deficiências físicas adquiridas. Os resultados serão apresentados adiante resumidamente pois cada um destes temas agregou um conjunto de observações importantes que apontam, duplamente, a boa recepção da metodologia dialógica assumida nestes seminários e a capacidade crítica e criativa dos alunos em apontar dificuldades e saídas individuais e coletivas para a implementação de práticas inclusivistas na saúde. Resultado: Tivemos resultados em dois momentos, primeiro os imediatos, que foram observados durante a comunicação dos seminários, e posteriormente os que demonstraram a incorporação dos temas debatidos da parte dos alunos. Durante os seminários, observamos: dificuldades em conceber concepções de deficiência que não estigmatizem como “anormais” PcD’s, críticas sobre a formação acadêmica no que tange a pouca presença de temas sobre educação popular e inclusão social nos currículos dos cursos, a necessidade de ações trans e interdisciplinares para a implementação das práticas educativas inclusivistas na saúde e importância do diálogo para conhecer melhor as necessidades das PcD’s. Após estes encontros, tivemos a nítida sensibilização dos alunos dos cursos, que mencionaram nas avaliações finais a importância de retomar o tema em outros momentos de sua formação. Além disso, dois grupos desenvolveram seus projetos de educação em saúde voltados para a temática. O primeiro intitulado “Projeto de inclusão para indivíduos portadores de deficiência visual: modelo representativo 3D da célula e suas organelas”, em que o grupo de alunos construiu modelos tátil-visuais de células e suas organelas. O segundo intitulado “Projeto pedagógico educacional para inclusão de deficientes visuais”, que teve como objetivo transmitir informações nutricionais com o uso de dinâmicas sensoriais, orientando deficientes visuais sobre a alimentação saudável. Para tal, foram utilizados sacos com pesos diferentes para demonstrar a quantidade de açúcar e sal presente em diversos tipos de alimentos. Por fim, tivemos um pedido de orientação de Monografia de uma aluna do curso de Pedagogia, com interesse em pesquisar o papel da educação básica na trajetória de estudantes com deficiência visual. E la participou de um dos seminários e solicitou orientação dos autores deste relato. Considerações finais Apesar de bons resultados, é com pesar que ainda apontamos o déficit na formação de futuros profissionais da saúde nos temas e práticas da EPS e da EI. Os próprios estudantes mencionaram o pouco espaço voltado para esses temas nos currículos dos cursos de saúde. Apontamos que todo trabalho em saúde tem uma dimensão educativa e, por isso, a escuta, o diálogo, a compreensão do contexto social deve ser levado em conta no processo de saúde-doença. O diálogo com os usuários e com os colegas de trabalho, com a comunidade e uma profunda sintonia com as necessidades sociais, como proposto pela EPS, são questões fundamentais para potencializar uma prática inclusivista. Neste ponto, é latente que se estabeleça uma integração mais profunda, solidária e ativa entre a EPS e EI que abranja a formação acadêmica, as práticas educativas e políticas públicas.

7634 PROJETO SALA DE ESPERA - PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL DAS CUIDADORAS DO CAPS-IJ – OURO PRETO (MG)
Gabriela Mayumi Kolling Higaki, Eloisa Helena Lima, Luíza Araújo Diniz, Marina Eduarda Santos, Rayane Elen Fernandes Silva, Yuri Barbosa de Menezes, Cristhine Vianna

PROJETO SALA DE ESPERA - PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL DAS CUIDADORAS DO CAPS-IJ – OURO PRETO (MG)

Autores: Gabriela Mayumi Kolling Higaki, Eloisa Helena Lima, Luíza Araújo Diniz, Marina Eduarda Santos, Rayane Elen Fernandes Silva, Yuri Barbosa de Menezes, Cristhine Vianna

Apresentação: Este projeto é  a continuação de uma ação  já existente no Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPS-IJ) em parceria com a UFOP, chamado “Sala de Espera”, que vem sendo realizado com as cuidadoras dos usuários que frequentam o serviço. O  tema da Saúde Mental com as cuidadoras do CAPS-IJ foi realizado pelos alunos do 6º período do curso de Medicina da UFOP, utilizando como metodologia  oficinas e rodas de conversa. O Projeto teve como objetivo geral promover melhoria na qualidade de vida das cuidadoras  dos infanto-juvenis do CAPS-IJ de Ouro Preto. Para buscar alcançá-lo, foram traçados três objetivos específicos: Valorizar a autoestima e o autocuidado das cuidadoras do CAPS-IJ mediante a promoção de espaços dialógicos e reflexivos; Identificar riscos psicossociais e contribuir na construção de novas práticas de recuperação do bem-estar de todos os envolvidos no processo saúde e doença das crianças e dos adolescentes; Promover o cuidado integral das cuidadoras para que elas possam aprender estratégias simples que auxiliem no autocuidado a fim de conseguir lidar melhor com seus desafios para que possam influenciar, de maneira positiva, o desenvolvimento dos que necessitam de seus cuidados. 3- Desenvolvimento: descrição da experiência ou método do estudo Para a  realização do diagnóstico situacional foi utilizado o método de estimativa rápida participativa. O  grupo procurou conhecer tanto a estrutura física quanto profissional para obter dados sobre a instituição, realizar um primeiro contato com as cuidadoras para saber de sua demanda e, por fim, reunir-se com a equipe multiprofissional para discutir sobre a viabilidade de se trabalhar os temas relacionados à saúde mental das cuidadoras. Após esta etapa, foram realizadas 06 oficinas, todas com duração de 1 hora cada (de 9h às 10h) e contendo uma dinâmica introdutória para que cada um – alunos e cuidadoras – pudessem se apresentar. Cada oficina contou com uma abordagem estratégica específica de acordo com o tema a ser trabalhado, dentre eles: autoestima, família, autismo, TDAH e  autocuidado utilizando-se de dinâmicas de grupo e estratégias motivacionais através  de poemas, vídeos e músicas. A discussão sobre o tema família foi dividida em 2 rodas de conversa, cada uma baseada em um vídeo a partir do qual foram feitas duas perguntas “Como foi para vocês quando souberam que teriam um filho com uma maior demanda de atenção e cuidado de vocês?” e “Como é o apoio da família”. Por meio delas, foi possível ver a importância do papel de pediatras, monitores das escolas e principalmente de membros da família (dentre eles avós, tias e tios) “Como vocês auxiliam seus filhos nas atividades diárias?”. Esse momento foi crucial para observar a relevância do tema do Projeto, sobre lidar com a saúde mental das cuidadoras de usuários do CAPS-IJ, pois mesmo fazendo pergunta direcionada sobre os filhos, as participantes acabam sempre voltando o discurso para si mesmas, fazendo uma retrospectiva de vida. Para a abordagem do tema sobre os transtornos foi utilizada uma dinâmica introdutória para promover maior interação entre as participantes, envolvendo dançar e cantar uma música, foram passados dois vídeos, um sobre o TDAH “Alike”, e outro sobre o autismo “Vídeo explicando o autismo. Simplesmente lindo!”. Em seguida, os vídeos foram comentados pelo grupo de alunos, principalmente sobre como o mundo é percebido e sentido de maneira singular pelas crianças portadoras dos referidos transtornos. Esta oficina reforçou novamente a relevância do Projeto, mas dessa vez em relação à tentativa de favorecer o empoderamento, pois ao contar um pouco sobre os traumas emocionais de sua filha adotiva e as repercussões psicossociais na criança, a mãe recebeu ajuda e incentivo das outras participantes sobre quais medidas tomar e a quais órgãos recorrer em busca de conseguir monitor disponível na escola para estimular adequadamente o desenvolvimento da filha. Para a abordagem  do tema do Autocuidado foi passado um vídeo “Como implementar o Autocuidado no nosso dia a dia” e, em seguida, foi feita uma roda de conversa, tendo como discussão três temáticas: alimentação, exercício físico e atividades de reabilitação e tratamento médico. A discussão se ampliou para outros temas, como redução do tabagismo,  importância das esferas mental e emocional dentro do autocuidado, relações frágeis de amizade nos dias atuais  e a complexidade que é educar os filhos. Para o encerramento das atividades do projeto foi realizada uma oficina  a partir dos vídeos “A Vida é Longa” e “Você vai entender quando crescer – Marcos Piangers” retomando as reflexões realizadas ao longo do projeto. Resultado: Os efeitos percebidos decorrentes da experiência ou resultados encontrados na pesquisa O Projeto foi monitorado  de maneira qualitativa comparativa, por meio das respostas dos questionários aplicados ao início e ao término do Projeto. Esse monitoramento permitiu a realização de constantes adequações conforme a realidade do Projeto, de forma a contornar os empecilhos que surgiam. Pode-se, então, perceber a relevância do Projeto primeiramente em relação às cuidadoras que frequentaram as oficinas no CAPS-IJ durante esse período. Um dos resultados esperados era favorecer o empoderamento, a elevação de autoestima e a conscientização da importância do autocuidado, e percebe-se que ele foi obtido quando comparamos as respostas dos questionário iniciais, como em “Que continuem o trabalho obre autoestima e valorização pessoal” e em “Conhecer melhor a mim mesma e aos outros enquanto ser humano” com as respostas dos questionários finais “Sim. Superou as expectativas, foi muito bom, trouxe uma visão diferente para as mães e também um momento de descontração e interação, também agregou conhecimento” e “Sim. Foram foi bem atendidas. Conheci mais minhas amigas de guerra e vocês que me ensinaram muito a levantar a minha auto estima que achei que não tinha. Obrigada”. Em segundo, a saúde do cuidador, que está diretamente relacionada às condições de saúde da criança e do adolescente, logo, se o cuidador está saudável nas esferas biopsicossocial e de bem-estar, mais apto estará para cuidar de seus filhos, favorecendo um ambiente mais propício ao desenvolvimento desses infanto-juvenis. E em terceiro, ao grupo de estudantes de medicina, é fundamental o contato com atividades que extrapolem a sala de aula, bem como a experiência proporcionada por este projeto realizado no CAPS-IJ, pois a formação do médico vai muito além dos sinais e sintomas a serem percebidos em consultas: é preciso também perceber as linguagens verbais e não verbais que são, recorrentemente, as que possuem maior riqueza de informação e detalhes. Sendo assim, a ida ao CAPS-IJ se tornou um momento de grande contribuição à formação dos alunos, principalmente por valorizar o aprendizado com base na humanização, tal como almejada pelos estudantes e pelo próprio curso de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP. 5- Considerações finais: Tendo em vista as  contribuições para as instituições, percebe-se a real necessidade de continuação desse Projeto que já vem sendo realizado em formato de “Sala de Espera”, para que cuidemos daqueles que cuidam. O recurso a poesia e vídeos foi de grande importância para a realização do trabalho, possibilitando o vínculo com as cuidadoras e o enriquecimento do trabalho por parte dos estudantes.

7644 DOS INÉDITOS VIÁVEIS DA/NA EDUCAÇÃO POPULAR: REFLEXÕES SOBRE A TRANSFORMAÇÃO NA SAÚDE
CÉSAR AUGUSTO PARO, Neide Emy Kurokawa e Silva, Miriam Ventura

DOS INÉDITOS VIÁVEIS DA/NA EDUCAÇÃO POPULAR: REFLEXÕES SOBRE A TRANSFORMAÇÃO NA SAÚDE

Autores: CÉSAR AUGUSTO PARO, Neide Emy Kurokawa e Silva, Miriam Ventura

Apresentação: Paulo Freire deu traços próprios a conceitos como diálogo, liberdade e emancipação, os quais têm sido explorados com frequência na literatura acadêmica. Também construiu uma terminologia própria, prenhe de sentidos e coerentes com suas diferentes fontes – de Karl Jaspers a Karl Marx. Termos como dialogicidade, sloganização, admirar, dentre tantos, fazem parte de seu vocabulário. Para além do jargão acadêmico, expressões como “roda de conversa” recebem diferentes gradientes de apropriação. Vão desde proposições sintonizadas com os horizontes vislumbrados pelo autor até aquelas que apenas se travestem de relações dialógicas e horizontalizadas de poder; estas, na prática, simplesmente reproduzem interações cujos saberes são hierarquizados. Em meio à riqueza dos vocábulos freirianos, encontramos o inédito viável. Deduz-se a importância do conceito partindo da leitura de que todo o processo pedagógico desenvolvido por Paulo Freire transcendia o caráter instrumental de saber ler e escrever ou de racionalizar o trabalho da lavoura. Tal transcendência referia-se à transformação das relações de opressão, baseada na ação dos oprimidos. E essa ação que denuncia o status quo e, ao mesmo tempo, concretiza transformações, o ato-limite, é justamente possível a partir dos inéditos viáveis. Partindo de uma reflexão crítica e inventiva do legado freiriano somada às experiências dos autores em processos educativos na saúde, esta comunicação tem como objetivo explorar as potencialidades do constructo inédito viável na saúde coletiva. Desenvolvimento: Esta reflexão deriva da análise de 38 livros publicados por Freire, individualmente ou com coautores, em vida ou post mortem, escritos originalmente ou posteriormente publicados em português. Esse levantamento foi guiado pelas publicações listadas nas bibliografias sistematizadas nas obras Dicionário Paulo Freire e Pedagogia dos Sonhos Possíveis, incluindo prefácios, posfácios e capítulos de outros autores em seus livros. Também foram incluídas obras referenciadas nestes livros que se relacionavam com o inédito viável para subsidiar a discussão. A partir desta análise, pode-se identificar sentidos, bem como condições e contextos de emergência dos inéditos viáveis. Procedeu-se a uma reflexão sobre a noção, capaz de dar pistas para a área da saúde, especialmente no tocante às dimensões pedagógicas presentes nas suas práticas. Resultado: A emergência dos inéditos viáveis resulta de complexo processo pedagógico, que vai do estranhamento da realidade à percepção crítica dos sujeitos envolvidos, a qual propicia a construção dos inéditos viáveis, como etapa que antecede a ação. Embora algumas obras analisadas citem exemplos de inéditos viáveis, estes não foram elucidativos na apreensão de possíveis significados do inédito viável. Com base nas ideias da obra freireana de práxis, projeto, futuridade, sonho, utopia e esperança, a compreensão do inédito viável ancorou-se no sentido de projeto coletivo. O inédito viável representa uma alternativa que não se situa no campo das certezas, mas sim no das possibilidades. Trata-se de uma alternativa construída coletivamente, com base na vivência crítica do sonho almejado, e, portanto, não ocorre ao acaso e nem se constrói individualmente. A distância entre o sonhado coletivamente e o realizado cotidianamente pelos sujeitos é um espaço a ser ocupado pelos atos criadores. Do binômio freiriano ‘denúncia-anúncio’, dois aspectos mostram-se particularmente importantes na nossa reflexão. Primeiro, o fato de que o inédito viável, além de pressupor o sonho e a utopia, também prevê a ação, pois encerra em si uma perspectiva metodológica. O segundo aspecto indica que esse sonho é um sonho coletivo. É da articulação entre essas duas perspectivas que o inédito viável pode ser tomado como um projeto coletivo a ser iniciado, no momento em que algo do mundo estabelecido, reproduzido e, por vezes, naturalizado, é tomado como estranho e é colocado em evidência. Este estranhamento tem o sentido de melhor compreender o que ‘há de errado com ele’ e, ao reconhecê-lo como injusto, como uma situação-limite, buscam-se alternativas para fazer face a esse algo ou aos contextos nos quais são produzidos. E, não menos complexo, é empreender todo esse processo coletivamente. A esperança, a curiosidade e a motivação para a ação, bem como a leitura crítica da realidade, não são ensinadas, no sentido clássico de um conjunto de conteúdos transmitidos do educador para um educando. O investimento em formação na saúde reclama muito mais que isso: requer o compromisso coletivo com as possibilidades de mudança e as mudanças, além da abertura a projetos coletivos. Em um campo tão impregnado pela dimensão técnica do trabalho, a formação na saúde impõe desafios para além de conteúdos e de bancos escolares. A universidade pública pode ser um espaço privilegiado de formação, mas ela tem simplesmente reproduzido o status quo, uma vez que, por exemplo, suspende estágios em unidades de saúde em locais violentos, somente com a justificativa da segurança dos estudantes, sem problematizar a própria violência. Reconhece-se, por exemplo, o potencial da Política Nacional de Educação Permanente, como uma proposta ético-política-pedagógica que pretende integrar ensino, serviço e comunidade, mas indaga-se o quanto ela, de fato, expressa um projeto coletivo. Considerações finais: Propõe-se uma pedagogia aplicada à saúde coletiva que incorpore o ‘inédito viável’ como possibilidade de transcender o adestramento técnico, baseado, exclusivamente, em conteúdos informativos, investindo, também, nas capacidades de indignação e denúncia e na construção de projetos coletivos. Não sendo um plano técnico, com regras e preceitos definidos a priori, a formação enseja desafios práticos à sua concretização. Para tanto, faz-se necessária a articulação dos planos político, ético, epistemológico e estético. Neste sentido, problematizamos: como engendrar a construção de inéditos viáveis, senão a partir de uma perspectiva formativa e não meramente adestradora ou modeladora de comportamentos definidos a priori, e que tão só reproduzem interesses e expectativas de determinados setores da sociedade? Como transcender à mera inovação tecnológica em favor da construção de inéditos viáveis? Como tornar ineditamente viáveis as ideias de ‘projeto’ e de ‘coletivo’? Se a crise na saúde é reduzida a uma questão técnica, de alocação de recursos, mão de obra e acesso a equipamentos, reproduz-se a lógica desenvolvimentista de volúpia por uma inovação tecnológica que nem sempre tem a ver com as reais necessidades de saúde da população. Quando se destaca e tematiza as condições de emergência e persistência dessa crise, talvez a inovação, por si só, não possa contribuir nessa compreensão, e muito menos na transformação dessas condições. Carecemos de inovação no seio dos inéditos viáveis.

9856 AÇÃO EDUCATIVA SOBRE O TESTE RÁPIDO COMO FERRAMENTA NA IDENTIFICAÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
jessica de souza pereira, luciana Emanuelle de aviz, Adrielly Cristiny Mendonça Fonseca, Daniel Lucas Costa Monteiro, Matheus Barbosa de Oliveira, Hugo de Paulo Garcia da Costa, Joseane Magalhães Almeida, Viviane Ferraz Ferreira de Aguiar

AÇÃO EDUCATIVA SOBRE O TESTE RÁPIDO COMO FERRAMENTA NA IDENTIFICAÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: jessica de souza pereira, luciana Emanuelle de aviz, Adrielly Cristiny Mendonça Fonseca, Daniel Lucas Costa Monteiro, Matheus Barbosa de Oliveira, Hugo de Paulo Garcia da Costa, Joseane Magalhães Almeida, Viviane Ferraz Ferreira de Aguiar

Apresentação: O Teste rápido (TR) é um teste sorológico que detecta Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) como o vírus da imunodeficiência humana (HIV), Sífilis, Hepatites B e C. Dessa maneira, é uma estratégia que possibilita o diagnóstico precoce e, consequentemente, o início do tratamento em tempo oportuno dessas doenças, proporcionando assim maior resolubilidade e qualidade no atendimento, principalmente em segmentos populacionais mais vulneráveis. O TR não solicita coleta de sangue via venosa, mostra o resultado em 20 minutos, é portátil e fácil de usar, proporcionando sua condução em espaços variados de testagem e aconselhamento. Nos testes laboratoriais convencionais, a necessidade do usuário de voltar ao serviço para a retirada do resultado, se constitui como uma importante dificuldade para o ingresso aos serviços de saúde, o que não ocorre com os testes rápidos. O TR possibilita atendimento imediato ao indivíduo e a realização do teste dispensa obrigação de equipamentos rebuscados e o aconselhamento acontece no mesmo instante de execução do teste. Além disso, a aplicação de TR auxilia na prevenção da transmissão vertical, facilita o diagnóstico em populações-chave e promove o acolhimento imediato. No contexto da atenção básica a implantação do TR ainda constitui um desafio a ser vencido. Apesar dos benefícios e de se tratar de uma iniciativa importante, existem obstáculos para a sua implementação, referente à infraestrutura, logística ou capacitação de profissionais, ou até mesmo desconhecimento da comunidade, além disso, os profissionais de saúde necessitam estar treinados para a realização do TR. Nesse contexto de implantação, o estímulo à realização do TR tem sido considerado uma das estratégias para prevenção da transmissão e da morbimortalidade de doenças. Dessa maneira, é fundamental a implantação de um serviço que possibilite a realização de testes rápidos qualificando a atenção básica e proporcionando maior resolubilidade e qualidade no atendimento, além de permitir a reestruturação e ampliação da rede de atenção a partir do desenvolvimento de atividades de educação em saúde, acolhimento, ações de prevenção e de cuidado à saúde. Nesse contexto, o objetivo do estudo é relatar uma experiência vivenciada sobre uma ação educativa relacionada ao teste rápido para usuários de uma Estratégia Saúde da Família (ESF) em Belém (PA). Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, sobre a importância do teste rápido para identificação de Infecções Sexualmente Transmissíveis. A ação educativa foi realizada por acadêmicas de enfermagem do sexto semestre, de uma Instituição de Ensino Priva, localizada na cidade de Belém (PA). Foi desenvolvida em uma Estratégia Saúde da Família (ESF), realizada no dia 20 de agosto de 2019. O público-alvo foram vinte usuários atendidos pela ESF. A construção da atividade foi dividida em três etapas. Na primeira etapa, buscamos conhecer melhor sobre o procedimento, além do levantamento bibliográfico sobre a temática, vivenciamos na prática a realização do procedimento, sendo orientada pela enfermeira da instituição onde aconteceu a ação educativa. Sendo assim, desenvolvemos as três etapas: a sua realização, identificação das doenças detectáveis e os aconselhamentos a que deve ser realizado. Na segunda etapa, foi realizada uma palestra com um banner autoexplicativo, de linguagem clara e concisa, na sala de espera, aos usuários que aguardavam a consulta de enfermagem e médica. Buscou-se abordar os pontos mais importantes, a saber: finalidade do TR e quais patologias era possível detectar como: Anti-HIV (AIDS), Anti-HCV (hepatite C), HBsAg (hepatite B) e sífilis. Foi explicado também a diferença entre o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) e AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), e que qualquer pessoa sendo de sexo masculino ou feminino poderiam fazer o teste, que levava apenas 30 minutos para o resultado e as formas de prevenção. Ao final da palestra os acadêmicos de enfermagem disponibilizaram um momento para que os usuários tirassem suas dúvidas. Após todas as perguntas respondidas foi iniciado a terceira etapa que em que os usuários foram convidados para realização do TR, todos aceitaram fazer. Com o auxílio da enfermeira foram feitas as testagens dos procedimentos dos vinte participantes e nenhum apresentou reagente positivo. Resultado: Observou-se que conhecimento dos participantes em relação ao TR é diminuto, principalmente acerca da disponibilidade dos testes nos serviços de saúde, assim como sua realização e eficácia. Portanto, percebeu-se que o estigma associado á essas doenças ainda é muito presente na população, por isso existe a necessidade das ações educativas em saúde relacionadas a essa doenças e principalmente pela infecção de HIV e AIDS, pois dos vinte usuários apenas dez já tinham escutado falar do teste rápido, contudo, não sabiam sua finalidade, três já tinham conhecimento do teste, dois achavam que o teste era pago e cinco tinham o total desconhecimento do teste rápido e das patologias, relataram que era a primeira vez que estava indo a ESF. Observou-se também que os profissionais de saúde possuem dificuldades para lidar com a revelação do diagnóstico diante de um resultado positivo. Portanto, é essencial que o profissional esteja preparado para oferecer apoio emocional para o paciente, respeitando o seu tempo, bem como a reação diante do resultado. Pois ainda existem muitas barreiras para serem vencidas, como o medo e o preconceito em relação à AIDS, que ainda estão muito presente na sociedade, o preconceito é um estigma que despersonaliza e descaracteriza o indivíduo, podendo dificultar a ampliação do diagnóstico e a descentralização da assistência para a atenção primária, portanto o profissional precisa fazer uma abordagem adequada, realizar um acolhimento em que o paciente se sinta seguro e confiante. Considerações finais: Dessa forma percebe-se a importância das ações educativas como uma ferramenta para o conhecimento aos usuários da ESF. A ação evidenciou que ainda existem dificuldades na realização do TR, a falta de conhecimento dos usuários e não realização do TR por pessoas que tem medo do resultado é algo que contribui para essas dificuldades. O preconceito ainda é presente e que o profissional precisa estar preparado emocionalmente e capacitado para atender esses usuários diante do diagnóstico. Diante disso, a ação proporcionou aos discentes reflexões  importantes em relação as ações educativas em saúde, revelou que o papel da enfermagem em uma ESF vai além de um gerenciamento, e que através da atividade despertou nos usuários a importância de repassar o que haviam aprendido e a necessidade de se prevenir para melhorar sua qualidade de vida.