439: Vivências no cotidiano do mundo do trabalho no âmbito da APS | |
Debatedor: HARINEIDE MADEIRA MACEDO | |
Data: 31/10/2020 Local: Sala 05 - Rodas de Conversa Horário: 13:30 - 15:30 | |
ID | Título do Trabalho/Autores |
7987 | RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE MEDICINA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA CIDADE DE MANAUS: CONHECENDO A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Sandro Adriano de Souza Lima Junior, Deise Andrade Melo, Fernando Lopes, Luisa Tieimi Souza Tuda, Ligia Rebecca Mota Amorim, Samara Santos Nascimento RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE MEDICINA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA CIDADE DE MANAUS: CONHECENDO A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIAAutores: Sandro Adriano de Souza Lima Junior, Deise Andrade Melo, Fernando Lopes, Luisa Tieimi Souza Tuda, Ligia Rebecca Mota Amorim, Samara Santos Nascimento
Apresentação: Em 1988, foi instituído o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Esse sistema assegura a todos o direito à saúde, respeitando princípios de universalidade, equidade e integralidade. Dessa forma, por meio do SUS, a garantia à saúde independe de sexo, cor, religião ou condições socioeconômicas. Essa universalidade, no entanto, considera cada usuário como um ser particular, respeitando, portanto, suas diferenças, a fim de oferecer um atendimento adequado. Além disso, o SUS busca fornecer uma assistência integral, desde promoção da saúde e prevenção de doenças, até tratamento e reabilitação, ou seja, a totalidade do indivíduo importa para o sistema. Dentro do SUS, as Unidades Básicas de Saúde são consideradas a porta de entrada do sistema, onde presta-se um atendimento básico perto da população, tais como consultas, oferta de medicamentos e vacinação. Assim, visando favorecer o vínculo do estudante de medicina com a comunidade e inseri-lo na Atenção Básica, a fim de que conheça a realidade das UBS (Unidade Básica de Saúde) e desenvolva um pensamento crítico útil à futura atuação profissional, a disciplina de Saúde Coletiva III, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), proporcionou aos estudantes 30 horas de atividades práticas em diversas UBSs da cidade de Manaus (AM). Entre elas, encontra-se a UBS Arthur Virgílio Filho, localizada no bairro Novo Aleixo, que consiste em uma das maiores e mais completas unidades da cidade, com capacidade para atender uma média de 24 mil habitantes da área de sua cobertura, na Zona Norte. Este relato, portanto, trata-se da experiência e aprendizado de quatro acadêmicos de medicina na referida UBS e destina-se a contribuir para o desenvolvimento de um serviço mais efetivo e cada vez mais qualificado para atender a sociedade e suas demandas. Desenvolvimento: As visitas à Unidade Básica de Saúde foram previamente agendadas pela professora preceptora, responsável por dezoito acadêmicos, os quais eram divididos em dois grupos de nove pessoas que realizavam a prática em dois horários distintos. Ao todo, somaram-se cinco visitas de 2 horas, sendo que, em cada uma, os alunos acompanharam diferentes setores da Unidade afim de avaliar e relatar o funcionamento desses, entre eles: triagem, imunização, sisREG, consultório médico, cadastro, farmácia e curativos. Ao fim de cada dia de visita, os discentes discutiam com a professora responsável as experiências vividas no dia, colocando em pauta os pontos negativos e positivos, assim como a organização para o próximo dia de visita. Houveram ainda dias excepcionais, sendo o primeiro dia, no qual a Unidade foi apresentada de forma mais geral para os acadêmicos pela diretora da mesma, objetivando a familiarização dos integrantes dos grupos com a UBS bem como o conhecimento da Unidade; e o dia no qual houve a promoção de saúde organizada pelos alunos. Esta promoção caracterizou-se como uma atividade complementar orientada pela professora preceptora, que foi realizada de maneira em que cada um dos dois grupos de prática ficou responsável por elaborar uma ação social que seria aplicada em seu respectivo horário, os quais abordaram a população com os temas: Câncer de colo uterino - o tipo que mais acomete a população feminina do Estado do Amazonas - e Câncer de próstata, uma vez que se estava no Novembro Azul. O objetivo desta atividade de promoção foi de conscientizar a população de Manaus sobre algumas das patologias que atingem esses grupos de forma bem específicas e que podem ser prevenidas e tratadas precocemente a partir da disseminação de informação. Um dos grupos em questão elaborou folders e outro, banners. Para colocar em prática, os acadêmicos aproximavam-se dos pacientes que estavam nas filas de espera do atendimento e tinham um pequeno debate com os mesmos sobre a temática. Como os discentes ficaram assíduos na UBS, ficaram aptos a dar alguns “feedbacks” para a direção da Unidade, que foi feito a partir de um portfólio construído em grupo para, no final do semestre, ser entregue uma cópia para a diretora e outro para a professora preceptora. Outrossim, de forma mais pessoal, cada aluno ficou incumbido de fazer um Diário Cartográfico sobre as visitas. Resultado: A vivência com durabilidade em torno de um mês e meio na UBS pôde funcionar como um campo de observação sociocultural, onde percebeu-se a relação da instituição de saúde com a comunidade abrangida e vice-versa; e o funcionamento da unidade básica. Primeiramente, é notório que o posto visitado tem um modelo positivo de gestão a ser seguida por outras UBS da cidade de Manaus, uma vez que tem todos os seus setores, visitados pelos alunos, em pleno funcionamento, com exceção do setor do SISREG, que não está sob o comando da gestão da UBS, sendo um campo a parte coordenado pela Secretaria de Saúde do Amazonas. Não obstante, os usuários do sistema em sua maioria tinham bons elogios ao atendimento da unidade. Ademais, pode-se perceber que a população na área de abrangência tem fidelidade a unidade, principalmente pelo fato de que a UBS tem cinco Estratégias de Saúde da Família-ESF inseridas em seu domínio, o que aproxima ainda mais a população e a comunidade dos profissionais da saúde, evitando, assim, uma superlotação dos hospitais de alta e média complexidade sem necessidade, uma vez que essa população já é bem assistida na atenção primária, e, como já estão sendo acompanhadas e atendidas pelo Sistema Único de Saúde, facilita o funcionamento da rede do sistema, com o mecanismo de referência e contrarreferência, embora foi percebido que os médicos ainda careçam de treinamento para referenciar de forma correta. Por fim, diante de toda a vivência, os alunos puderam mostrar sua criatividade e individualidade a partir de seus Diários Cartográficos, onde puderam contar seus pontos de vistas pessoais; e dessa didática saíram diários em formato de quadrinhos, caixas explosivas, pergaminhos, recorte e cole, diários tradicionais e desenhados. Considerações finais: A vivência dos alunos por diversos setores que compõem a Unidade Básica de Saúde proporcionou o aprendizado por parte do acadêmico de medicina, permitindo uma experiência no Sistema Único de Saúde e reflexão por parte de cada um no que concerne a sua prática de atuação futura, por agregar conhecimentos acerca do funcionamento dos setores e da demanda da comunidade possibilitando humanização da assistência à população na UBS. Além disso, a desconstrução do papel dos médicos perante os alunos por meios da rotação nos diversos serviços disponíveis na Unidade aproxima duas faces da mesma realidade: os futuros médicos, hoje acadêmicos entram em contato com a atuação multiprofissional do SUS. E aprenderam na prática a importância de cada setor para que haja uma resolutividade para as questões de saúde apresentadas pela comunidade, bem como compreender melhor esse público e o quanto o Sistema Único de Saúde é essencial e benéfico. Diante disso, nota-se que a partir dessa prática na Unidade Básica de Saúde existe a possibilidade de desenvolver uma consciência crítica acerca do que ainda precisa ser feito para aperfeiçoamento do Sistema de Saúde e melhor compreensão do funcionamento do SUS, além do aprendizado acerca do trabalho conjunto dos profissionais de áreas diferentes que também compõem esse Sistema. Sendo assim, a experiência contribui, desde já para formar futuros profissionais de excelência na sua atuação, os quais compreendem a importância do SUS e sabem como o trabalho em equipe dos diversos setores é essencial para o bom funcionamento. |
8899 | O USO EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO INSTRUMENTO DE PROMOÇÃO DE SAÚDE ACERCA DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES, COLESTEROL E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL EM UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE BELÉM DO PARÁ Leonardo de Souza Louzardo, Bruno mateus viana Lima, Paula regina barbosa de almeida, Flavia Alves, Regina celi da silva Souza O USO EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO INSTRUMENTO DE PROMOÇÃO DE SAÚDE ACERCA DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES, COLESTEROL E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL EM UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE BELÉM DO PARÁAutores: Leonardo de Souza Louzardo, Bruno mateus viana Lima, Paula regina barbosa de almeida, Flavia Alves, Regina celi da silva Souza
Apresentação: As doenças cardiovasculares afetam milhões de pessoas no mundo inteiro. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares ocupam o primeiro lugar no ranking de doenças que mais matam pessoas no mundo. Essas doenças estão relacionadas a alguns fatores de risco, como a obesidade, diabetes, hipertensão arterial e outros fatores associados à má alimentação e ao sedentarismo. Nesse viés. o colesterol se apresenta de muitas formas, no entanto, duas são as mais conhecidas, são elas: o HDL e o LDL e são usualmente conhecidas como colesterol “bom” e “ruim”, respectivamente, definição que favorece o processo de educação em saúde devido à analogia antagônica de Bem e Mal. O HDL (High Density Lipoprotein) é uma molécula que atua removendo o colesterol dos tecidos e levando para o fígado, onde será degradado. Diante disso, o LDL retira o colesterol do fígado e leva até as membranas celulares. Quando há muito colesterol ligado à molécula de LDL, contribui para o surgimento de placas de gordura nos vasos sanguíneos, condição conhecida como aterosclerose. Essa formação de placa de gordura pode contribuir para a obstrução do vaso e levar ao infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular encefálico. Diante disso, nota-se a importância de procurar alimentos ricos em HDL e evitar o consumo exagerado dos alimentos ricos em LDL. Por essa razão, este trabalho teve objetivo levar a importância dos cuidados com doenças cardiovasculares e esclarecer a diferença entre o HDL e LDL colesterol, com o fito de desenvolver hábitos saudáveis de prevenção para melhoria da qualidade de vida dos pacientes atendidos nas unidades de serviço público de saúde por acadêmicos da área da saúde da Universidade Federal do Pará. Desenvolvimento: As atividades de educação em saúde foram realizadas em dois dias diferentes. Na primeira, foi discutido sobre colesterol, no dia 9 de agosto de 2019, na Unidade Básica de Saúde do Bairro Guamá, na cidade de Belém do Pará, em uma sala de espera da unidade. Assim, as dinâmicas foram criadas por estudantes que fazem parte do Programa de Educação para o Trabalho em Saúde (PET-Saúde Interprofissionalidade), já o público envolvido foram os pacientes de geriatria e pediatria os quais seriam consultados no período da tarde. Nesse contexto, para a realização da ação foram criados instrumentos ilustrativos e educativos para facilitar a assimilação e entendimento por parte do público-alvo. Assim, foi confeccionada 1 placa nomeada de HDL e 1 placa de LDL para serem usadas no pescoço dos estudantes, cada estudante possuía imagens de alimentos. Os alimentos exemplificados como fonte de HDL foram: frango, azeite de oliva, abacate, castanha do Pará e peixe. Já os alimentos como sugestão de fonte de LDL foram: sorvete, picolé, bacon defumado e carne de porco, ovos fritos, carne vermelha, doces recheados. Para desenvolver interação do público foi solicitado para o público presente designar os alimentos ao tipo de colesterol correspondente. Após esse período, houve a discussão dos tópicos a seguir: definição de colesterol, tipos existentes e suas diferenças, complicações possíveis e alimentação saudável. Já na segunda atividade, foi executada na Unidade Saúde da Família (USF) – Radional pelo período da manhã. Acerca disso, o diálogo sobre Infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC) e tiveram como público, o grupo de hiperdia que é acompanhado semanalmente pela equipe do núcleo de núcleo de apoio à saúde da família (NASF) e com o apoio da equipe, foi confeccionado um cartaz com informações como: dados estatísticos, definição das doenças, como adquirir, como diagnosticar e no fim como prevenir, doenças essas as que acometem o coração e suas vias de circulação. Ao final de ambas as atividades foram entregues um folder para enfatizar a importância do controle do colesterol e evitar as doenças cardiovasculares, o (AVC) e o Infarto Agudo do Miocárdio, além de sanar as dúvidas dos presentes na ação. Durante a atividade, foi reforçada a necessidade do colesterol para o bom funcionamento do organismo, sua função nas células do cérebro, músculos, pele, fígado, intestino e coração. Além disso, foi ressaltada a importância de realizar exames de rotina e fazer acompanhamento nas unidades de saúde, como também, controlar os fatores de risco como o controle glicêmico, controle da pressão arterial, evitar hábitos de fumo e etilismo, além do controle do peso e exercer atividades físicas regularmente. Resultado: O público da unidade mostrou-se extremamente receptivo sobre a ação executada pelos acadêmicos do pet-saúde interprofissionalidade, com interação do início ao final da ação, além de promover questionamentos sobre a necessidade de gorduras na alimentação, foi possível também estar esclarecendo dúvidas e justificando sobre toda a funcionalidade metabólica, energética e estrutural exercidos pelos lipídios. Muitos usuários relataram ter ou conhecer pessoas com risco de hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, esteatose hepática, e apesar de conhecerem os sintomas sobre as doenças cardiovasculares, muitos deles não tinham conhecimento das formas de reverter os quadros. Sendo assim, frisou-se a necessidade de mudar o estilo de vida, buscando melhores hábitos de vida desde a infância, ao praticar atividade física regularmente, fazer exames de rotina para avaliar a situação de saúde e escolher alimentos ricos em fibras, com colesterol do tipo HDL, com alta ingesta de frutas e verduras e maior ingestão hídrica. Os usuários agradeceram os esclarecimentos, o folder distribuído e compartilharam desejos de melhorar e praticar o autocuidado com a saúde. Considerações finais: Portanto, observou-se que todos os objetivos propostos foram alcançados com a realização da ação educativa, já que atividade de educação tem um papel essencial na construção e desenvolvimento integral do ser humano. Sendo assim, a prática de educação em saúde deve ser realizada por todos os profissionais da saúde a fim de abordar diversas temáticas, como campanhas de saúde e ensinar sobre o processo saúde-doença de cada indivíduo. Ademais, as metodologias ativas e participativas têm o poder de aumentar o interesse e a participação do público que participa da dinâmica. É fundamental pontuar por fim, que as ações de extensão voltadas para a comunidade, devem ser mais estimuladas, com o intuito de melhorar a atenção integral à saúde dos indivíduos, o trabalho interprofissional das diversas áreas da saúde e contribuir para o crescimento profissional dos acadêmicos envolvidos. |
9130 | IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO BÁSICA EM AÇÕES DE PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E APOIO AO ALEITAMENTO MATERNO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Evelyn Rafaela de Almeida dos santos, Ricardo Luiz Saldanha da Silva, Rayane Franklin Mourão Cardoso IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO BÁSICA EM AÇÕES DE PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E APOIO AO ALEITAMENTO MATERNO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Evelyn Rafaela de Almeida dos santos, Ricardo Luiz Saldanha da Silva, Rayane Franklin Mourão Cardoso
Apresentação: O aleitamento materno é considerado um dos pilares fundamentais para a promoção e proteção da saúde das crianças, devido o ser um alimento completo e natural, adequado para muitos recém nascidos como fonte de alimento, de proteção contra doenças e de afeto. Além disso, o aleitamento desempenha um papel importante na saúde da mulher e da criança, trazendo inúmeras vantagens ao prevenir infecções gastrointestinais, respiratórias e urinárias, diminuindo o risco de alergias e promovendo a melhor adaptação da criança para receber outros tipos de alimentos, assim como facilita uma involução uterina mais precoce e associa-se a uma menor probabilidade da mãe desenvolver cancro da mama. Ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno são importantes para a melhoria da saúde pública. Entretanto, a implementação dessas ações, depende de esforções coletivos e intersetoriais, constituindo um grande desafio para o sistema de saúde pública, isso dentro de uma perspectiva de abordagem integral e humanizada. Com isso, destacamos o papel fundamental da Atenção Básica (AB) nas estratégias efetivas de promoção, proteção e apoio à prática do aleitamento materno, como a criação de salas de incentivo ao aleitamento, tendo em vista que, esse é um espaço de acolhimento e orientação a gestante e mães no que diz respeito à amamentação. Assim, o objetivo deste trabalho é relatar a importância do aleitamento materno a partir de uma vivência de acadêmicos de enfermagem em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência. A vivência se deu a partir de uma visita técnica em uma UBS da periferia de Belém, em dezembro de 2019, onde acadêmicos de enfermagem tiveram contato com a sala de incentivo e aleitamento materno da UBS, a qual é além da Fundação Santa Casa de Misericórdia, a única que faz coleta do leite materno, o qual é armazenado no banco de leite humano. Resultado: A partir da visita na UBS, foi possível verificar que o banco de leite humano é uma das principais iniciativas para a redução da mortalidade infantil, tendo em vista que, algumas mulheres não produzem leite suficiente para satisfazer as necessidades nutricionais do seu bebê de maneira exclusiva. Além disso, por entender a importância do aleitamento a UBS oferece instruções quanto à pega, posição, ordenha e contracepção para as mulheres que tenham dificuldades com a amamentação, ademais, a equipe da unidade fornece um kit de aleitamento para auxiliar as mães nesse processo. Como o leite materno também garante à criança um crescimento com menos riscos de hipertensão, diabetes e colesterol alto, por exemplo, traz uma evolução para a saúde pública do país e por isso a UBS usa como estratégia de incentivar o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses um certificado de “Mãe Maravilha”. Considerações finais: Com a visita técnica os acadêmicos observaram a importância do aleitamento materno, além de visualizarem estratégias que contribuem e incentivem essa ação. Outrossim, essa visita contribuiu para a formação acadêmica dos futuros enfermeiros despertando um olhar diferente acerca desse assunto. |
9459 | IMERSÃO NA VIVÊNCIA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NA CIDADE DE MANAUS - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE MEDICINA Felix Patric Lima da Silva, Anna Luisa Oliveira dos Santos, Felipe Thiago Dias de Lima, Karina Cristina Carvalho dos Santos, Marcos Vinicius Alves de Souza, Thiago Bentes de Souza, Bahiyyeh Ahmadpour IMERSÃO NA VIVÊNCIA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NA CIDADE DE MANAUS - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE MEDICINAAutores: Felix Patric Lima da Silva, Anna Luisa Oliveira dos Santos, Felipe Thiago Dias de Lima, Karina Cristina Carvalho dos Santos, Marcos Vinicius Alves de Souza, Thiago Bentes de Souza, Bahiyyeh Ahmadpour
Apresentação: A atenção primária à saúde (APS) é classificada como o primeiro nível de atenção dos usuários do sistema único de saúde. Nela, são executadas as mais diversas ações, como ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação de saúde, sendo um serviço diretamente ligado ao bem-estar individual, familiar e da comunidade no qual está adstrito. É, por conseguinte, elemento crucial dentro de um sistema de saúde eficaz. Durante a graduação do curso de medicina na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), o estudante é apresentado à disciplina de Saúde Coletiva III que tem como finalidade a compreensão das ações e serviços da Atenção Básica à Saúde a partir das políticas e dos programas inseridos nesse nível de atenção em conjunto com a Estratégia Saúde da Família (ESF) do território de abrangência. Por meio de aulas práticas na Unidade Básica de Saúde (UBS) Luiz Montenegro, localizada na zona centro oeste de Manaus, possibilita a interação entre os acadêmicos da instituição com os setores desse local e exercita uma reflexão acerca das dificuldades enfrentadas e a importância da Atenção Primária na vida da população. Objetivo: Relatar a experiência dos estudantes de medicina durante a prática de saúde Coletiva III na UBS Luiz Montenegro. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência vivenciada por discentes do 3º período do curso de medicina da UFAM durante as práticas da disciplina de Saúde Coletiva 3 nos dia 01, 08, 22, 29 de Novembro e 06 de Dezembro de 2019. A organização da turma ocorreu para que os alunos, frequentemente em duplas não fixas, acompanhem dois setores a cada dia dentre os seguintes setores: recepção, sala de preparo, imunização, farmácia, enfermagem, curativo, médico da família, SISREG e Educação em Saúde. Desta forma, buscando ao máximo o entendimento da interdisciplinaridade na atenção em saúde e do funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Resultado: A possibilidade de acompanhar o processo de trabalho da Unidade Básica de Saúde (UBS) proporcionou um contato mais íntimo com a atenção primária, bem como conhecer as dificuldades dos setores que dela fazem parte, além da importância de cada um deles para o bom funcionamento do serviço. Ademais, também possibilitou reconhecer a necessidade do fortalecimento desta porta de entrada, sobretudo pelo fato de quem mais necessita do serviço é uma população, por vezes, carente. Considerações finais: Logo, observa-se a importância das visitas para a formação acadêmica dos universitários e para a comunidade. Isso deve-se ao fato de que tais experiências contribuem para a complementação da formação e a inserção dos alunos na realidade encontrada na saúde. Enquanto que para a comunidade, o desenvolvimento de atividades destinadas a promoção de saúde e prevenção de doenças são essenciais visto que colaboram para a construção de boas práticas em saúde, assim como manter a população informada e atualizada. |
9677 | USO DO RASTREAMENTO PARA HIPERTENSÃO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA Eliane Mara Viana Henriques, João Victor Felicio Bandeira, Virginia Maria da Costa Oliveira, Maria Soraia Pinto, MARIA DO SOCORRO LITAIFF RODRIGUES DANTAS USO DO RASTREAMENTO PARA HIPERTENSÃO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Eliane Mara Viana Henriques, João Victor Felicio Bandeira, Virginia Maria da Costa Oliveira, Maria Soraia Pinto, MARIA DO SOCORRO LITAIFF RODRIGUES DANTAS
Apresentação: De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2011), as doenças crônicas não transmissíveis são as maiores causas de morte em todo o mundo, sendo responsáveis por aproximadamente 70% de todas as mortes no planeta, este numero se estima em cerca de 38 milhões de mortes por ano. Agravando ainda mais o caso, estimasse que até 2030 ainda irão morrer quase 23,6 milhões de pessoas por doenças cardiovasculares no mundo. O maior fator de risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares é a hipertensão arterial. Todos os anos, na região das Américas, ocorrem 1,6 milhões de óbitos causados por doenças cardiovasculares, das quais cerca de meio milhão acontecem em pessoas com menos de 70 anos de idade, o que é considerado uma morte precipitada e evitável. A hipertensão atinge entre 20-40% da população adulta da região, o que significa que cerca de 250 milhões de pessoas contém pressão arterial elevada nas Américas (OPAS/OMS, 2016). Segundo os dados do Vigitel (2017), a prevalência de pessoas com hipertensão nas capitais brasileiras chega a 24,3%, em Fortaleza a prevalência diminui levemente em relação a media das capitais, chegando a 19,3% da população. Nesse contexto, o Governo Brasileiro lançou em 2011 o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil, 2011-2022, estabelecendo compromissos de gestão priorizando ações e investimentos necessários para enfrentar e deter as DCNT e seus fatores de risco. O referido Plano definiu três eixos estratégicos: I. Vigilância, Informação, Avaliação e Monitoramento; II. Promoção da Saúde; e III. Cuidado Integral com ações em quatro principais grupos de doenças crônicas: cardiovasculares, câncer, respiratórias crônicas e diabetes. As ações do Plano estão alinhadas com a Política Nacional de Promoção da Saúde, a Política de Atenção Básica e demais políticas do Ministério da Saúde, com o Plano Nacional de Saúde38 e o Planejamento Estratégico do Ministério da Saúde (MALTA et al, 2016). Com relação ao Eixo III – Cuidado Integral foram implantadas algumas estratégias e dentre o conjunto de intervenções implantadas destaca-se a recomendação do rastreamento de risco da hipertensão arterial em pessoas acima de 18 anos, sem o discernimento de que sejam hipertensos. Indivíduos que sejam diagnosticadas com pré-hipertensão devem ser reavaliadas em um ano, já os que contem o quadro de hipertensão estagio 1, devem reavaliar em dois meses e os indivíduos que são portadores de hipertensão estagio 2 devem avaliar ou reaferir dentro de um mês. Para pessoas com pressão muito elevada (i.e., gt; 180/110 mmHg), deve-se tratar imediatamente ou dentro de sete dias, dependendo da situação clínica e complicações. O objetivo desse relato é descrever a experiência dos acadêmicos de nutrição no rastreamento de indivíduos para identificar o risco de desenvolver hipertensão arterial. Trata-se de um relato de experiência vivenciado por acadêmicos do curso de nutrição da Universidade de Fortaleza. O local do trabalho foi em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da Regional VI, na cidade de Fortaleza, Ceara. A UBS atende 11.333 pessoas, possui especialidades na área de Estratégia de Saúde da Família (ESF) e ainda conta com a operação da NASF-AB (Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica). Na unidade, existem quatro equipes de ESF, com uma população total de 11.333 pessoas o que se encontra na faixa recomendada, pois as quatro equipes podem atender uma área coberta de até 16 mil pessoas. Foi realizada uma coleta de dados na Unidade Básica de Saúde pelos estagiários de nutrição e enfermagem da Universidade de Fortaleza (UNIFOR) em conjunto com as professoras responsáveis de ambos os cursos. Para a realização do rastreamento foi feito busca ativa na unidade para encontrar usuários que aceitariam realizar os exames e responder as perguntas necessárias para ser feito o rastreamento de hipertensão. Na realização do rastreamento utilizou-se os critérios definidos nas diretrizes clinicas de Fortaleza, foram coletados os dados de glicemia, pressão arterial, peso, altura, historia familiar positiva para HAS em parentes de primeiro e segundo grau, uso abusivo do sal, uso abusivo do álcool, nível de sedentarismo e historia pessoal de doença cardiovascular. Com estes dados foi possível a realização do rastreamento de hipertensão na unidade básica de saúde. Na coleta foram aferidos a glicemia e a pressão arterial, medidas antropométricas de peso e estatura. Além disso, foram investigados: data de nascimento, histórico familiar e pessoal sobre doenças crônicas, consumo de sal e álcool e seu nível de sedentarismo para realização do rastreamento. Em um total de nove usuários que realizaram o rastreamento, cinco (55,55%) relataram ser sedentários, não realizam nenhum tipo de atividade física. A média de idade das pacientes foi de 36 anos No ano de 2013, foi evidenciado que no Brasil, o percentual de pessoas que realizavam atividade física no lazer era de 33,8% (Hallal et al., 2015). De acordo com os índices de história pessoal de doenças cardiovasculares e pressão arterial sistêmica, não houve um risco elevado para a hipertensão. No histórico familiar dos usuários um quadro preocupante, pois todos relataram ter algum histórico familiar de doenças crônicas. Com relação ao uso abusivo de álcool e sal, todos os usuários responderam negativamente, sendo assim um bom índice para a prevenção de doenças crônicas. Entre os anos de 2011 e 2013 no Brasil, não houve aumento ou decréscimo significativo no uso abusivo do álcool pela população, seu consumo se manteve entre 16,4% e 18,4% (Hallal et al., 2015). Segundo os testes de glicemia realizados, apenas uma das participantes relatou ser diabética, justamente a que obteve maior índice de glicemia, porém outras duas usuárias foram classificadas como risco para diabetes ou pré-diabéticas, pois obtiveram glicemia superior a 100 mg/dl. Em diabéticos, a hipertensão arterial é o dobro de vezes mais frequente do que no restante da população. Indivíduos com diabetes mellitus têm maior incidência de doença vascular cerebral, de doença arterial periférica e de doença coronariana. (CAPELETTI; SALLA, 2016). Um dado relevante, foi o Índice de Massa Corporal dos usuários, dos nove indivíduos, dois apresentaram sobrepeso, quatro apresentaram obesidade grau 1 e um apresentou obesidade grau 2, ou seja, apenas dois indivíduos foram classificados como eutróficos. Isso acarreta em um maior risco para doenças cardiovasculares. Segundo Hallal et al. (2015), houve um aumento percentual de 4,3% no número de pessoas com excesso de peso entre os anos de 2011 e 2013 no Brasil. Com relação à obesidade, os números foram ainda mais agravantes, somando um crescimento percentual correspondente a 10,8% no mesmo intervalo de tempo. A limitação do estudo foi o numero de usuários reduzidos que o estudo analisou. Destaca-se que esse tipo de estudo e importante para identificar e localizar os indivíduos com risco de desenvolver DCNT. E, apesar de alguns dados preocupantes, observou-se que a os usuários desta unidade encontram-se com baixo risco para hipertensão segundo classificação das Diretrizes clinicas de Hipertensão do município de Fortaleza, porém mais pesquisas e análises precisam ser feitas para um correto diagnóstico do caso. A relevância do estudo se deu para estimular os profissionais a realizarem com mais frequência o rastreamento dentro da UBS, para assim obter mais dados a respeito de sua população. |
9776 | ATENDIMENTO INTERPROFISSIONAL AOS USUÁRIOS DO SUS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE EM BELÉM (PA)RÁ: RELATO DE EXPERIÊNCIA Ana Gabrielle Pinheiro Cavalcante, Luana Silva Batista, Rafael Martins Boaventura, Michelle Beatriz Maués Pinheiro, Carla Andrea Avelar Pires, Denise da Silva Pinto ATENDIMENTO INTERPROFISSIONAL AOS USUÁRIOS DO SUS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE EM BELÉM (PA)RÁ: RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Ana Gabrielle Pinheiro Cavalcante, Luana Silva Batista, Rafael Martins Boaventura, Michelle Beatriz Maués Pinheiro, Carla Andrea Avelar Pires, Denise da Silva Pinto
Apresentação: A educação interprofissional (EIP) em saúde vem se destacando e adquirindo valorização ao redor do mundo por estar embasada em marcos teórico-conceituais e metodológicos coerentes com o desafio de formar profissionais de saúde mais aptos à colaboração e ao efetivo e sólido trabalho em equipe. A EIP como estratégia educacional para desenvolver a prática colaborativa, está cada vez mais presente em programas de formação de profissionais de saúde, e tem sido definida como “ocasião em que duas ou mais profissões aprendem com, para e sobre a outra para melhorar a colaboração e a qualidade dos cuidados”. Tem como objetivo qualificar os discentes para o trabalho em equipe voltada para uma perspectiva colaborativa que proporciona uma atenção à saúde mais abrangente e integral. A EIP se diferencia da educação profissional tradicional no que se refere a produção do conhecimento, pois este acontece a partir de interações com os outros profissionais e envolve atitudes e habilidades colaborativas singulares, e, portanto, ela requer um novo modo de pensar o processo de ensino-aprendizagem. Nesse contexto, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET - Saúde) Interprofissionalidade visa a promoção de ações de EIP entre docentes, discentes, profissionais de saúde, gestores e usuários a serem desenvolvidas na Atenção Primária à Saúde, principal porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS), contemplando a integração com os demais níveis de atenção para a qualificação dos profissionais e obtenção de respostas mais efetivas na melhoria da atenção à saúde. A proposta envolve a integração ensino-serviço e a diversificação dos cenários de práticas como prerrogativas para mudanças na formação, voltadas para as reais necessidades de saúde da população. Objetivo: Relatar a experiência de integrantes do PET - Saúde Interprofissionalidade a respeito dos atendimentos interprofissionais voltados a usuários do SUS em uma Unidade Básica de Saúde. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, realizado de junho a agosto de 2019 em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Belém do Pará. O estudo foi executado por integrantes do PET - Saúde Interprofissionalidade, representados por uma acadêmica de enfermagem e uma acadêmica de nutrição sob a supervisão do preceptor farmacêutico. Participaram 5 usuários que foram escolhidos de forma aleatória e todos são cadastrados na UBS. O acompanhamento com cada usuário durou três semanas, sendo que o processo de atendimento foi dividido em três momentos: abordagem inicial, discussão em grupo e intervenções. Assim, na primeira semana ocorreu a abordagem inicial onde realizamos o acolhimento, coletamos os dados socioeconômicos, histórico de doença atual, terapia medicamentosa, histórico familiar, hábitos de vida, inquérito alimentar e alguns questionamentos sobre o tratamento. Após essa coleta de dados marcamos a volta de cada usuário com 14 dias e os integrantes do PET realizaram pesquisas individuais a cerca de cada caso clínico. Na semana seguinte a equipe reuniu-se novamente para discutir os casos a partir da pesquisa individual e baseado nos assuntos discutidos foram pontuadas as principais intervenções que deveriam ser implementadas. A terceira semana foi dedicada para a implementação das intervenções previamente discutidas e assim ocorreu a realização das orientações e demais condutas. No decorrer dessas atividades do PET - Saúde Interprofissionalidade, ficou cada vez mais clara e fortalecida para nós, a importância da prática de colaboração interprofissional para a melhoria do cuidado em saúde do indivíduo e da coletividade. Resultado: Os atendimentos interprofissionais foram realizados com 5 usuários que já realizam tratamento para algumas doenças como Diabetes Mellitus tipo 1 e tipo 2, Hipertenção Arterial Sistêmica, Hipotireoidismo, Osteoporose e Gastrite, sendo que raramente o usuário apresentava apenas uma das patologias citadas. Através da coleta de dados identificamos o tempo de diagnóstico e os fármacos em uso, desse modo foi possível perceber que muitos tratamentos não estavam almejando os resultados desejados. Nessa perspectiva, após a coleta de dados nos reunimos para a discussão do caso com o intuito de verificar o que poderia ser melhorado no tratamento. Assim, detectamos que muitos dos medicamentos que os usuários utilizam apresentam interações que prejudicam o tratamento. Como exemplo dessas interações destacam-se as interações fármaco-fármaco e fármaco-nutrientes. As interações identificadas estão relacionadas principalmente com a diminuição da biodisponibilidade ou redução da absorção do fármaco resultando na anulação do efeito terapêutico desejado. Ademais, outros problemas encontrados referem-se a falta de conhecimento dos usuários acerca dos seus problemas de saúde, a falta de adesão as mudanças no estilo de vida e o tratamento focado na doença negligenciando as demais demandas do usuário. Devido as problemáticas citadas as principais intervenções realizadas relacionaram-se as alterações nos horários dos medicamentos e a confecção de tabelas para facilitar a utilização da terapia medicamentosa no horário correto e mais adequado, a realização de orientações sobre a importância das mudanças no estilo de vida com enfoque na alimentação e realização de atividades físicas, explicação sobre os principais problemas de saúde encontrados e como o uso adequado dos medicamentos contribui com um tratamento efetivo. Esse cuidado interprofissional possibilitou a identificação de diversas demandas de saúde que não estavam relacionadas ao diagnóstico de doença atual dos usuários, e viabilizou o encaminhamento dos usuários para a utilização de serviços dentro da unidade como vacinação, exame preventivo do câncer de colo de útero, exame do PSA, dentre outros. Considerações finais: Os atendimentos interprofissionais foram uma importante ferramenta para aproximar os usuários da forma correta de tratar e prevenir doenças, bem como para o aprendizado e compartilhamento de saberes entre os integrantes do PET - Saúde Interprofissionalidade. Os profissionais apresentaram a importância da utilização e combinação correta dos fármacos e a relevância de uma boa alimentação associada a pratica de atividades físicas para a melhoria no cuidado em saúde. Cabe ressaltar também, que esse tipo de atendimento aumenta a proximidade do usuário com os centros de saúde e com os profissionais que os atendem, deixa o usuário mais confiante e mais engajado no seu tratamento. Assim sendo, estratégias como essa deveriam acontecer com mais frequência, organização e amplitude para atingir o máximo de usuários possíveis, configurando maior eficácia nos tratamentos e prevenções a enfermidades e suas complicações. Nesse contexto, o PET - Saúde interprofissionalidade vem contribuir com a formação de profissionais que saibam trabalhar de forma colaborativa com ênfase na integralidade do cuidado objetivando a ampliação da resolutividade da Atenção Primária à Saúde e a qualidade da atenção à saúde. |
9927 | A IMPORTÂNCIA DO NUTRICIONISTA NA ATENÇÃO BÁSICA - RELATO DE EXPERIÊNCIA DA INTEGRAÇÃO DO ENSINO-APRENDIZAGEM E USUÁRIOS NUMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO INTERIOR DO AMAZONAS Stephany Martins de Almeida França, Evelyne Marie Therese Mainbourg A IMPORTÂNCIA DO NUTRICIONISTA NA ATENÇÃO BÁSICA - RELATO DE EXPERIÊNCIA DA INTEGRAÇÃO DO ENSINO-APRENDIZAGEM E USUÁRIOS NUMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO INTERIOR DO AMAZONASAutores: Stephany Martins de Almeida França, Evelyne Marie Therese Mainbourg
Apresentação: O estágio supervisionado em nutrição social (ESNS) na Atenção Básica à Saúde é uma etapa essencial para o desenvolvimento de habilidades na formação dos estudantes de Nutrição. Além da prática de ensino-aprendizagem na AB de saúde, o ESNS permite contato com usuários dos serviços de saúde, possibilitando aos alunos percepções sobre o aspecto nutricional da localidade, este contato é permitido por meio da Estratégia de Saúde da Família, implantada pelo Ministério da Saúde. Demonstrar as atividades realizadas pela equipe de estágio do Curso de Nutrição do Instituto de Saúde e Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas, numa Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de Coari-Amazonas, analisando a importância do profissional nutricionista na AB. Desenvolvimento: A Instituição de Ensino supracitada possui parceria com as UBS’s de Coari, disponibilizando periodicamente estudantes de Nutrição. O Estágio ocorreu no segundo semestre de 2018. Equipe composta por estudantes de nutrição e uma docente supervisora. Foram distribuídas aos estudantes dois blocos de tarefas, o primeiro com análises observacionais dos serviços de saúde no eixo nutricional, o segundo consta da elaboração e execução de atividades de intervenção junto a equipe multidisciplinar de saúde. Para etapa observacional, os estudantes acompanhavam juntamente com a supervisora e a técnica a rotina de trabalho dos profissionais, fazendo anotações sobre as necessidades dos serviços no âmbito da Nutrição. Após análises observacionais, o grupo reuniu-se para sistematizar, propostas de Educação Nutricional para Promoção à Saúde. Elaborou-se palestras, rodas de conversa e oficinas. Foram ofertados atendimento nutricional ao grupo do Hiperdia e orientações nos programas de Suplementação, utilizando recursos midiáticos. Resultado: Constatou-se escassez de ações promotoras de saúde referentes à nutrição, associada à ausência do nutricionista na UBS. Verificou-se a existência de demandas nutricionais específicas dos usuários, além de queixas sobre a falta de assistência nutricional contínua. Em contrapartida, as ações desenvolvidas foram bem aceitas pelos grupos, havendo participação e interação, que foi expressa através do maior número de indivíduos a cada atividade realizada, mais o debate sobre hábitos e tabus alimentares. As palestras com temáticas sobre Composição dos Alimentos, Preparação de refeições para diferentes patologias e Segurança Alimentar, obtiveram maior aderência pelo público, sendo relatado pedidos de reprise aos Agentes Comunitário de Saúde. Os planos dietéticos e dietoterápicos foram recebidos com satisfação pelo grupo de gestantes e enfermos. Além dos usuários, os profissionais da UBS também valorizaram a equipe do estágio, apontando a importância da multidisciplinariedade na equipe de saúde, possibilitando melhor atendimento na AB. Considerações finais: O presente Estágio pode proporcionar aos estudantes e a equipe multidisciplinar de saúde um contato mais direto entre o Ensino e uma parte prática do SUS, além disso, possibilitou uma reflexão crítica sobre a importância do nutricionista na Estratégia da Saúde da Família, para que através desse profissional sejam articuladas ações de promoção da saúde e qualidade de vida na esfera nutricional. |
10083 | A EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA COMO FORMA DE PROMOÇÃO A SAÚDE MENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA BASEADO NO JANEIRO BRANCO. Evelyn Rafaela de Almeida dos Santos, Gabriela Éleres Casseb A EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA COMO FORMA DE PROMOÇÃO A SAÚDE MENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA BASEADO NO JANEIRO BRANCO.Autores: Evelyn Rafaela de Almeida dos Santos, Gabriela Éleres Casseb
Apresentação: A saúde é um processo de produção social que consiste no equilíbrio entre a saúde mental, o social e boas condições de vida. Concernente a isto, o termo saúde mental está vinculado à forma como uma pessoa reage as exigências da vida e ao modo como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. Dados recentes mostram que cerca de 37% dos países em desenvolvimento gastam menos de 1% de orçamento do setor de saúde com programas voltados a reabilitação psicossocial. Dentre as recomendações para a organização de redes de saúde mental, destaca-se a oferta de tratamento na atenção primária e a organização de ações em saúde mental no contexto comunitário. Visando atingir tal objetivo, a campanha Janeiro Branco existente desde 2014, dedica-se a colocar os temas da Saúde Mental em máxima evidência, mediante a iniciativas de educação em saúde na atenção básica. Assim, o objetivo deste trabalho é relatar a importância de ações educacionais em saúde mental, a partir de uma vivência de discentes participantes de uma liga acadêmica com estudos voltados para saúde mental, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Desenvolvimento: Estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência. A vivência se deu a partir de uma ação em uma UBS da periferia de Belém, em janeiro de 2020. Resultado: A liga acadêmica de saúde mental objetiva se aprofundar em temas específicos a partir de aulas teóricas e experiências na comunidade. Logo, o Janeiro Branco mostra-se como uma importante oportunidade para a conscientização da promoção e proteção a saúde mental na população. Portanto, optou-se pela realização de ações de educação em saúde e dinâmicas em uma UBS com ampla aderência da comunidade local. A ação foi idealizada a partir de estudos e a construção de folders referente ao assunto. Primeiramente, após mobilização dos pacientes presentes na sala de espera e distribuição do material produzido, o grupo foi dividido em dois e se deu início a educação em saúde na modalidade roda de conversa, visando uma participação ativa da população com questionamentos e contribuições. Os temas foram abordados a partir de questões norteadoras, instigando uma autorreflexão. Em seguida, os discentes iniciaram a dinâmica denominada “varal das emoções”, em que cada participante da roda de conversa foi orientado a escrever palavras e frases motivacionais, sentimentos ou desejos para o futuro em uma pequena folha de papel. Ao final da ação todas os papeis foram reunidos e pendurados em forma de varal, de modo que este pudesse ser visto e lido por todos que passassem na UBS. Considerações finais: A partir da ação desenvolvida obteve-se maior compreensão a respeito da importância de abordar a saúde mental na Atenção Básica, visto que esta é a principal porta de entrada dos usuários no sistema de saúde. As atividades em questão demonstraram retorno positivo. Ademais, percebeu-se um estímulo ao rompimento de barreiras de hierarquização nos serviços, possibilitando a construção de um conhecimento mútuo e a propagação da ciência, desenvolvida nas academias, para a população. |
10096 | A IMPORTÂNCIA DO CONTATO COM A ATENÇÃO BÁSICA DURANTE A GRADUAÇÃO: REFLEXÕES E VIVÊNCIAS DE UM ESTUDANTE DE MEDICINA DA UFF EM ESTÁGIO NO CAPS AD ALAMEDA Guilherme Andrade Campos A IMPORTÂNCIA DO CONTATO COM A ATENÇÃO BÁSICA DURANTE A GRADUAÇÃO: REFLEXÕES E VIVÊNCIAS DE UM ESTUDANTE DE MEDICINA DA UFF EM ESTÁGIO NO CAPS AD ALAMEDAAutores: Guilherme Andrade Campos
Apresentação: Atualizadas em 2014 pelo MEC, as Diretrizes Nacionais Curriculares (DNCs) para os cursos de medicina buscam padronizar o que é ensinado pela graduação em todo o país, atentando-se à formação de profissionais generalistas que compartilham saberes essenciais, como o ensino teórico-prático do que é a atenção básica e sua articulação com o território e diversas culturas ali presentes. O Projeto Pedagógico de Curso de Medicina da Universidade Federal Fluminense em sua execução, no entanto, não segue alguns dos tópicos preconizados pelas DNCs e tem a atenção básica e a saúde mental subexploradas e/ou ignoradas. Sendo assim, o acesso à temática se limita a ocasiões extracurriculares em um contexto de já demasiada carga horária. O Programa de Ensino em Trabalho (PET/SAUDE) 2019/2020, do Ministério da Saúde, é uma destas oportunidades ao selecionar e colocar graduandos da área da saúde atuando em instituições da rede de Niterói - entre elas o CAPSAD ALAMEDA - com foco no conceito de interprofissionalidades, buscando questionar qual o papel de cada profissional no processo de promoção e prevenção em saúde. Desenvolvimento e Resultado: Enquanto graduando em medicina e estagiário do CAPSAD, percebo que existem muitas barreiras na comunicação entre a rede de atenção básica e o ensino da Faculdade de Medicina, consequentes de uma formação médica individualista que, na maioria das vezes, pauta o processo saúde-doença como mercadoria, impondo a seus consumidores uma posição passiva e subordinada ao assumir que sabe o que é melhor em cada caso examinado. A articulação do graduando em medicina durante a faculdade se consolida através do ambulatório, restringindo os saberes em saúde mental e atenção básica e perpetuando a cultura de que sua única função é examinar e medicalizar, sem espaço para práticas outras como as que são oferecidas dentro dos CAPS em geral - entre elas, a rica experiência que tenho com a equipe que atende as demandas da população em situação de rua para além do que é convencionalmente entendido enquanto saúde. Os médicos tendem a optar pela atenção primária por outros motivos que não o destaque e preparação para a atividade na graduação. Por outro lado, é necessário se pensar numa participação mais ativa dos dispositivos de saúde da rede. Se queremos profissionais que não limitem seus saberes aos seus títulos - como preconiza o PET em seu estágio, por isso a importância do mesmo nessa articulação intersetorial -, precisamos de instituições que questionem a prática médica dentro de seus domínios e, ao identificarem ações não adequadas que fogem da lógica de sua atuação, participem na construção de vivências e saberes universitários, agindo no que seria uma ação de prevenção, afinal, uma formação mais humanizada e democrática resulta diretamente na participação e atuação na atenção básica e consequentemente na promoção de saúde da população, objetivo principal dos dispositivos da rede. |
10404 | EXPERIÊNCIA EM ATENDIMENTO INTERPROFISSIONAL EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (UBSF): O FOCO ALÉM DA DOENÇA. Lohany Gomes Ferreira Teixeira, Michele Abreu Franco, Silvia Mello dos Santos EXPERIÊNCIA EM ATENDIMENTO INTERPROFISSIONAL EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (UBSF): O FOCO ALÉM DA DOENÇA.Autores: Lohany Gomes Ferreira Teixeira, Michele Abreu Franco, Silvia Mello dos Santos
Apresentação: O Programa de Educação para o Trabalho em Saúde (PET-Saúde) interprofissional iniciou suas atividades em abril de 2019. Esta experiência se trata das percepções dos acadêmicos de diferentes profissões do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFoa) que participaram das consultas médicas e visitas domiciliares na UBSF Vila Brasília localizada no município de Volta Redonda, interior do Estado do Rio de Janeiro. Participaram desta vivência acadêmicos de nutrição, enfermagem, educação física e medicina, preceptorados por uma médica de família e comunidade (MFC). Foram realizados atendimentos individuais e familiares através de consultas interprofissionais e visita domiciliar aos usuários da unidade, que ocorreu por meio das bases teóricas e práticas da Educação Interprofissonal (EIP), tendo como princípio a colaboração, onde duas ou mais profissões trabalhavam em conjunto para realização do plano terapêutico do usuário assistido, de forma que o atendimento se tornava mais abrangente. Da mesma forma, a visita domiciliar era realizada, visando a equidade da assistência, o conhecimento sobre a realidade das famílias e um cuidado efetivo. Durante a realização dos atendimentos, seja no consultório ou durante as visitas domiciliares, foi possível o aprendizado acerca do processo saúde-doença que exige um olhar amplo e humanizado para os aspectos biopsicossociais do indivíduo, pois a saúde vai além da ausência da doença, é um processo dinâmico e requer atenção interprofissional, contribuindo dessa forma para a quebra do modelo biomédico centralizador da assistência. Desenvolvemos uma compreensão da própria profissão e do outro, de forma a aprender sobre determinada patologia sob diferentes perspectivas, abordagens e cenários de atuação, ampliando nosso conhecimento. Foram abordados no consultório e nas visitas diversos grupos, como: gestantes, hipertensos, diabéticos, pessoas pertencentes a todas as faixas etárias, de diversas patologias, uma vez que a medicina da família tem como característica atender a todos do território adstrito. Tal fato nos possibilitou uma abordagem integral e ampla, concebendo uma maior competência profissional a partir desta prática. Foi primordial a organização da preceptoria estruturada e problematizadora para o desenvolvimento do senso de responsabilidade compartilhada. Aprendemos juntos no consultório a considerar os amplos aspectos do usuário como fatores emocionais, culturais, familiares, históricos e socioeconômicos. Também foi possível desenvolver o olhar interprofissional, como compreender o aspecto individual de cada profissão, analisar juntos um caso e discutir o tratamento aprendendo uns com os outros, desenvolvendo uma abordagem integrada observando como uma condição clínica gera reações em cascata e a importância de uma comunicação clara e acessível de toda a equipe para com o usuário. Concluindo, a prática do atendimento interprofissional nos mostrou a necessidade de saúde do indivíduo além do nosso campo individual de atuação. Permitiu que pudéssemos atuar dentro dos atributos da Atenção Primária a Saúde (APS), primeiramente promovendo acesso a múltiplas profissões em um mesmo ambiente, depois no atendimento de forma longitudinal durante um ano de trabalho juntos, e principalmente na integralidade da atenção ao indivíduo com orientação familiar e comunitária baseados fundamentalmente na competência cultural. |
12178 | PROJETO “PAPO DE MÃE”: RODAS DE CONVERSAS COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO E TROCA DE EXPERIÊNCIAS NA ATENÇÃO BÁSICA. Moana Pinheiro Silva, Aline Barros Barbosa, Antômio Carlos dos Santos Monteiro, Brênelly Emanuelli Alexandre Dias, Stephanne Barboza Monteiro PROJETO “PAPO DE MÃE”: RODAS DE CONVERSAS COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO E TROCA DE EXPERIÊNCIAS NA ATENÇÃO BÁSICA.Autores: Moana Pinheiro Silva, Aline Barros Barbosa, Antômio Carlos dos Santos Monteiro, Brênelly Emanuelli Alexandre Dias, Stephanne Barboza Monteiro
Apresentação: A Roda de Conversa é uma das possibilidades de metodologias ativas, destinada a promover a educação em saúde, permitindo dinamizar o processo de compartilhamento de informações a respeito de alguma temática ou enfoque específico. Além disso, ela torna-se uma importante prática para a aproximação de sujeitos e seus respectivos conhecimentos, sejam eles empíricos ou acadêmicos, criando, assim, a possibilidade de produção, desenvolvimento e/ou ressignificação de saberes sobre as experiências dos participantes. Objetivo: Promover Rodas de Conversas entre mães em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF) a fim de possibilitar a troca de experiências sobre a maternidade, bem como o esclarecimento de dúvidas frequentes apoiadas por uma equipe multiprofissional da atenção básica de saúde. Descrição da Experiência: O presente estudo trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência. O projeto intitulado “Papo de Mãe” foi idealizado e desenvolvido pela equipe multiprofissional da ESF Dr. Everaldo Araújo, situada na cidade de Abaetetuba (PA), em parceria com acadêmicos da área de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará (UFPA) por meio do projeto de extensão “Mulicampi”. O primeiro encontro ocorreu no mês de dezembro de 2019, tendo como público alvo, mães e futuras mães da respectiva área de abrangência da estratégia supracitada. As rodas de conversas buscaram, principalmente, agrupar o interesse das mães em relatar vivências no processo materno e/ou buscar por conhecimento sobre a saúde da criança. Para isso, encontros mensais com oficinas teóricas e práticas (e. g. banho de Ofurô) foram realizadas, bem como o uso de redes sociais a fim de promover a integração extraorganizacional das mães e da equipe multiprofissional. Até o presente momento, fevereiro de 2020, já foram promovidos três encontros, onde o primeiro contabilizou-se 18 mães participantes, tendo como facilitadora a enfermeira coordenadora da ESF. O segundo encontro verificou-se um aumento de aproximadamente 22% do quantitativo inicial, passando para 22 mães. Atualmente, o projeto conta com 25 participantes ativas das rodas de conversas. Resultado: O projeto permitiu à equipe a percepção da importância do desenvolvimento de estratégias, principalmente, na atenção básica, que busquem práticas educativas em saúde, abordando temas relevantes dentro de cada realidade. Durante as conexões percebeu-se uma forte integração do grupo, com relevantes relatos de experiência, proporcionando um impacto direto no comportamento das futuras mães, pois desmistificou pensamentos de fracasso e impotência. Sendo assim, esse tipo de atividade educativa ajuda a mãe no desenvolvimento de sua “Autoeficácia”, a qual se refere às crenças ou autojulgamentos sobre a sua respectiva capacidade de cuidar de uma criança. Dessa forma, o intercâmbio de experiências fortaleceu-as mutuamente, além de favorecer a solidariedade e empatia entre os envolvidos. Considerações finais: Além do conhecimento adquirido, o projeto aproximou a comunidade e os profissionais da atenção básica, tornando a estratégia um importante instrumento para reduzir os índices de evasão das consultas e palestras desenvolvidas. Além disso, permitir a livre expressão de expectativas e inquietações em um ambiente informal, e ao mesmo tempo de seriedade, foi fundamental para o fortalecimento das relações interpessoais do grupo. |
12267 | EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE ISDT'S E ACESSIBILIDADE AO CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Débora Machado, Luan Cardoso e Cardoso, Davi Gabriel Barbosa, Luanna Moreira da Silva, Rubia Rodrigues Neves Yasutake EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE ISDT'S E ACESSIBILIDADE AO CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Débora Machado, Luan Cardoso e Cardoso, Davi Gabriel Barbosa, Luanna Moreira da Silva, Rubia Rodrigues Neves Yasutake
Apresentação: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) estão entre os problemas de saúde pública mais preocupantes em todo o mundo, com uma estimativa de que, a cada dia, há mais de 1 milhão de novos casos curáveis entre pessoas de 15 a 49 anos, tendo como duas, entre as mais prevalentes, a sífilis e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). Com isso, o controle das ISTs, além da ampla abordagem acerca do diagnóstico e do tratamento clínico, centra-se em atividades preventivas, visando identificar e tratar os casos precocemente, além de obter um maior impacto sobre a população. Sendo assim, os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) foram criados para aumentar o acesso da população ao diagnóstico de ISTs, além de favorecer a conscientização da população acerca de sua prevenção. Esse acesso aumentou com a implementação dos CTA na rede pública, contribuindo para a fomentação do conhecimento da população a respeito do assunto, assim como um acesso mais universal aos exames e ao aconselhamento relativo à prevenção. Dessa forma, objetiva-se relatar a experiência de acadêmicos da área da saúde em uma educação em saúde sobre ISTs e CTA em uma Unidade Básica de Saúde. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência sobre uma educação em saúde realizado em uma Unidades Básicas de Saúde por acadêmicos de uma universidade pública. o qual consistiu-se primeiramente em um debate sobre HIV, Sífilis e Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), seguido por um momento de perguntas sobre a temática e, por fim, o compartilhamento de saberes entre si. Para a elaboração levou-se em consideração a rotina da unidade e a presença do CTA, além do público diverso o qual, de modo geral não sabiam da existência desse setor, e que ficavam durante um tempo considerável aguardando atendimento ociosamente. Posteriormente, elaborou-se as perguntas, com o intuito de contribuir com o conhecimento do público sobre HIV e Sífilis, infecções que eram cobertas pelos testes rápidos disponíveis no CTA. Por fim, realizou-se o compartilhamento de saberes, onde compartilharam os aprendizados adquiridos. Resultado: Observou-se, ao decorrer da educação em saúde a participação ativa do público participantes, composto de adolescentes e adultos de ambos os gêneros e idades variadas. Não obstante, notou-se que havia dúvidas acerca das temáticas trabalhadas, principalmente em relação a transmissibilidade, sinais e sintomas, prevenção e tratamento das ISTs, bem como dúvidas em relação ao funcionamento, objetivo, sigilo de informação e a forma como aconteciam os testes rápidos no CTA. Para além disso, relatou-se por intermédio do público a importância de realizar educação em saúde como o momento em questão, haja vista a possibilidade de realização de atividades no tempo ocioso que o publico aguada para ser atendido na UBS. Considerações finais: Evidencia-se a participação ativa do público, apesar da presença de dúvidas acerca da temática. Retrata-se que, apesar dos assuntos abordados em questão já estarem consolidados dentro da rotina de trabalho das unidades, observou-se notoriamente lacuna considerável na efetivação do repasse de informação básicas para o usuário, como sobre IST’ e CTA. |
8520 | LIGA ACADÊMICA DE SAÚDE COLETIVA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO E A VALORIZAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA Leticia Diniz França, Thais Fernanda Vieira, Julia Couto de Oliveira, Alexandre de Andrade Nadu, Laís Oliveira Bravo, Heloisa Delmonte Pereira LIGA ACADÊMICA DE SAÚDE COLETIVA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO E A VALORIZAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Leticia Diniz França, Thais Fernanda Vieira, Julia Couto de Oliveira, Alexandre de Andrade Nadu, Laís Oliveira Bravo, Heloisa Delmonte Pereira
Apresentação: A Liga Acadêmica de Saúde Coletiva da Universidade Federal de São Paulo (LASC), foi fundada em 08 de setembro de 2014, devido a inquietações e interesses dos estudantes sobre a necessidade de discussões aprofundadas sobre diferentes atores sociais, território, vulnerabilidades, determinantes sociais e do contínuo exercício da valorização do Sistema Único de Saúde na construção do ensino e processo de formação interdisciplinar e interprofissional necessárias para o cuidado integral dos usuários na atenção primária à saúde. Objetivo: Congregar os acadêmicos dos cursos oferecidos pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) bem como acadêmicos externos e comunidade que estejam interessados em participar das diferentes discussões teóricas no campo da saúde coletiva promovidas pelos próprios participantes da LASC. Método: Baseada nos pressupostos da Educação Popular Freiriana, a liga busca discutir temas pouco inseridos no currículo escolar expandindo conhecimentos com rodas de conversa, oficinas e aulas coparticipativas acompanhadas por especialistas, líderes de comunidades e pessoas que tenham vivência e/ou militância em temas relevantes para a saúde pública atual. Resultado: As discussões da liga acontecem todos os anos, quinzenalmente às segundas-feiras e conta com a participação de 30 estudantes. No ano de 2019, foram realizados quatro grandes blocos, onde cada bloco contou com 4 a 5 aulas. Os blocos decorrem dos seguintes eixos: Eixo 1 - Raça e Etnia, abordando a branquitude e negritude, saúde da população negra, análise territorial com recorte de gênero, raça e classe e população carcerária; Eixo 2 - População LGBTI+, exemplificando o processo de envelhecimento, acesso à saúde, transmasculinidade e transfeminilidade na universidade, visibilidade, violência e representatividade e leis e diretrizes sobre direitos LGBTI+; Eixo 3 - Direitos Sexuais e Reprodutivos, perpassando pela saúde do homem e adesão ao tratamento, HIV/AIDS e ISTs, aborto e violência obstétrica e saúde da mulher no processo de envelhecimento. Por fim, Eixo 4 - Determinantes Sociais em Saúde, abrangendo os determinantes sociais em saúde de modo geral e população de rua. Considerações: A partir dos temas propostos, as discussões promovidas pela liga interseccionam a associação dos movimentos sociais com a formação acadêmica, exemplificando com relatos das/os participantes, discentes, docentes e comunidade, a necessidade da promoção da saúde, de acordo com as necessidades da comunidade, ampliando olhares no momento do cuidado integral. |
8563 | A INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO ATRAVÉS DA CLÍNICA ESCOLA DE ATENÇÃO PRIMÁRIA NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO. regilianderson pereira dos santos, Vitória Silva de Aragão, Deborah Pedrosa Moreira A INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO ATRAVÉS DA CLÍNICA ESCOLA DE ATENÇÃO PRIMÁRIA NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO.Autores: regilianderson pereira dos santos, Vitória Silva de Aragão, Deborah Pedrosa Moreira
Apresentação: A utilização de simulação realística vem se tornando uma prática comum nas Instituições de Ensino Superior - IES, principalmente na área da saúde, onde a vivência clínica permite ao discente treinar habilidades e competências que favorecem na formação acadêmica. Além da simulação realística, as IES fomentam a prática clínica em atendimentos reais, através da clínica escola, aliando o ensino e a prestação de serviços junto à comunidade. A Clínica Escola de Atenção Primária - CEAP integra o programa de responsabilidade social do Centro Universitário Christus - UNICHRISTUS, possibilitando a integração deste com a equipe multidisciplinar de docentes e discentes dos cursos da área da saúde. As iniciativas comprometidas com a relevância social da universidade e dos processos de formação no campo da saúde têm historicamente procurado articular esses dois contextos, aparentemente desconectados — universidade e serviços —, buscando ligar os espaços de formação aos diferentes cenários da vida real e de produção de cuidados à saúde1. Diante do exposto, objetivou-se relatar a experiência do discente através do atendimento na Clínica Escola de Atenção Primária e a interação ensino-serviço na formação do enfermeiro. Além de propiciar ao aluno a vivência no contexto dos serviços de saúde, amplia o pensamento da importância desse modelo para a comunidade e os benefícios para o ensino. O relato está baseado em vivências durante as disciplinas de Saúde Coletiva, da Mulher, do Idoso, de Gestão entre outras durante os anos de 2018 e 2019, no município de Fortaleza, Ceará. Os cursos da área da saúde no seu tocante, trazem um formato metodológico regado de aulas teóricas, com seus conteúdos extensos como Anatomia, Fisiologia, Patologia, Farmacologia dentre diversas outras disciplinas, no intuito de construir um alicerce de saberes que propiciem o empoderamento do discente no momento do julgamento clínico. A partir disso, observou-se uma mudança no cenário metodológico, tivemos acesso a situações realísticas através de bonecos que simulavam fielmente um paciente e que tínhamos que agir com alguma conduta em um ambiente controlado e posteriormente a criação da Clínica Escola de Atenção Primária, um serviço de prestação de serviços de saúde, baseado no modelo de serviços da atenção básica e seguindo todas as normas das agências de regulação de saúde vigentes. Ao relatar essas mudanças, é impossível não enaltecer a importância da CEAP para a comunidade, que tem à disposição um serviço de saúde com uma equipe comprometida, respeitando os valores e a ética profissional para desenvolver um atendimento primoroso e eficaz, garantindo o acesso ao serviço de saúde prazeroso. Diante do exposto, os discentes que realizam os atendimentos através da CEAP aproximam-se cada vez mais da vivência profissional, aprimorando as habilidades clínicas e aperfeiçoando o que antes era apenas teoria. Por fim, percebemos o quanto é gratificante proporcionar a comunidade do entorno da CEAP um serviço de saúde de qualidade dentro das normativas do SUS, priorizando o usuário e sua autonomia, além da integração do ensino e serviço. |
8590 | ENTENDER PARA ORIENTAR: AMPLIANDO O CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA Á SAÚDE ACERCA DE ZOONOSES Aline Reis Freitas, Dandara Meira dos Reis, João Pedro Moraes Borges, Jean Alesi de Aguiar Filho, Kaio Henrique Pereira Sena, Mariane Silva Queiróz, Thaís Oliveira Leite, Rosângela Souza Lessa ENTENDER PARA ORIENTAR: AMPLIANDO O CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA Á SAÚDE ACERCA DE ZOONOSESAutores: Aline Reis Freitas, Dandara Meira dos Reis, João Pedro Moraes Borges, Jean Alesi de Aguiar Filho, Kaio Henrique Pereira Sena, Mariane Silva Queiróz, Thaís Oliveira Leite, Rosângela Souza Lessa
Apresentação: Zoonoses são doenças comuns entre os homens e animais, nas quais eles podem desempenhar papéis de hospedeiros, reservatórios e/ou fonte de infecção. Muitas vezes, os casos de zoonoses são intensificados devido às práticas de educação em saúde pautadas na prevenção serem inexistentes ou não ocorrerem de maneira a proporcionar um entendimento da comunidade acerca da extensão e da gravidade relacionados a essa problemática. Tal desconhecimento além de comprometer à saúde do animal, pode desencadear problemas de saúde para a população, visto que compartilham e convivem no mesmo ambiente. Sendo assim, é necessário o desenvolvimento de estratégias que possibilitem uma ampliação do conhecimento dos profissionais da atenção primária á saúde das principais zoonoses, para que favoreça o diálogo com a comunidade acerca dos riscos e cuidados com os animais, minimizando a ocorrência de doenças emergentes ou reemergentes transmitidas por eles. Objetivo: O estudo visa descrever uma oficina realizada com os profissionais de uma Unidade de Saúde da Família (USF), com intuito de auxiliá-los na abordagem a comunidade adscrita sobre os riscos de zoonoses veiculadas por animais domésticos. Método: Baseia-se em um relato de experiência com a modalidade de campo. A ação foi planejada por discentes do curso de Medicina das Faculdades Santo Agostinho (FASA), supervisionados por uma docente. O público alvo da ação foram os profissionais de saúde de uma USF da zona urbana de Vitória da Conquista – Bahia. Utilizou-se do espaço concedido por uma igreja localizada no território de adscrito da USF para o desenvolvimento da ação, sendo realizada no dia 31 de outubro de 2019 das 14 horas às 17 horas. Essa intervenção foi pautada em ações prévias propostas no projeto de Planejamento e Programação Local em Saúde (PPLS), com ênfase no processo de gestão em saúde, como componente teórico do módulo de Integração Ensino, Serviço e Comunidade (IESC). É importante salientar, que antes da elaboração do PPLS a temática de zoonoses havia sido solicitada pelos profissionais da USF que, mesmo após de inúmeras tentativas de diálogo com a população, ainda não obtivera êxito a seu respeito, acarretando problemas para os profissionais que lidam diretamente com a proibição. Isso ocorreu devido à presença recorrente de animais domésticos na Unidade, muitas vezes levados pelos próprios usuários, o que causava problemas de veiculação de doenças, desconforto dos usuários e profissionais, até a evasão de pacientes. Ademais, os trabalhadores informaram a dificuldade de retirada desses animais do ambiente de trabalho, devido à agressividade de alguns animais e dos usuários entenderem como forma de violência animal. Resultado: A oficina foi conduzida por um médico veterinário da Vigilância Epidemiológica do município e contou com a participação de dezesseis profissionais da USF, dois discentes do Programa de Educação para o Trabalho em Saúde (PET - Saúde) que acompanharam a atividade, sete discentes e um docente da FASA. Inicialmente, um discente de medicina fez a abertura da oficina, explicando o objetivo e as etapas da ação. No segundo momento, a palavra foi concedida para o médico veterinário que abordou a temática no formato de roda de conversa para proporcionar uma discussão horizontalizada e permitir a participação ativa dos profissionais de saúde, concedendo espaço para sanar as eventuais dúvidas dos participantes. A abordagem ao tema perpassou pela explicação das principais zoonoses transmitidas por animais domésticos, incluindo seus riscos, formas de transmissão, métodos de prevenção e tratamento. Houve a explanação também das principais características a serem observadas em animais doentes, favorecendo a identificação de casos suspeitos de animais com doenças contagiosas, bem como o acionamento do setor de vigilância, em casos de risco ao animal ou a saúde humana. No momento seguinte, os presentes foram orientados sobre a abordagem frente aos casos de animais domésticos presentes na USF, nos logradouros ou até mesmo em domicílios, tanto em relação ao animal, quanto a postura diante da população. Por fim, os presentes foram subdivididos em quatro grupos, sendo que cada grupo recebeu um caso clínico para discussão e análise, tendo que apresentar aos demais a identificação do problema e como deveria conduzir o caso. Tal atividade serviu para verificação e fixação do conteúdo abordado, além de ser o instrumento de validação da atividade desenvolvida. Além da oficina os discentes elaboraram um caderno de apoio com as descrições das principais zoonoses do ambiente urbano veiculados por animais, sendo disponibilizados e distribuídos entre os participantes. Para complementar a ação e visando alertar a comunidade dos riscos e proibição de animais na USF, houve a fixação de cartazes, em pontos estratégicos, para que essa informação tivesse uma maior abrangência. Por meio da oficina desenvolvida foi possível trabalhar o tema de maneira clara e objetiva, sanar todas as dúvidas dos profissionais por um profissional da área e orientá-los acerca do manejo do animal, de forma a manter a segurança do ambiente, das pessoas e do animal. Isso foi ainda mais perceptível ao decorrer da discussão dos casos clínicos, realizados pelos componentes do IESC de acordo a realidade vivenciada na Unidade e no seu território adscrito, no qual os profissionais demonstraram o conhecimento adquirido de maneira aplicada de forma condizente com os seus limites de atuação. Nota-se, a importância da confecção e disponibilização do caderno de apoio sobre zoonoses de acordo com os riscos propensos ao ambiente e a realidade do território adscrito, que além de material teórico e de consulta de maneira clara e rápida para os profissionais, ainda possuía ideias e materiais que poderão ser utilizados para o desenvolvimento de ações futuras pelos profissionais da USF de forma a propagar ainda mais o conhecimento sobre esse assunto com a comunidade. Ademais, durante o desenvolvimento da atividade, foi evidenciado o papel de cada profissional para o alcance dos objetivos propostos por essa ação, principalmente, o papel crucial dos Agentes Comunitário em Saúde (ACS), que por meio do seu processo de territorialização e o contato direto com a comunidade tem o poder de semear informações que, por sua vez, geram ações que auxiliam no combate as zoonoses. Considerações finais: Dessa forma, a oficina promoveu suporte teórico sobre as zoonoses transmitidas por animais domésticos, aprimorando o trabalho prestado pelos profissionais da USF, melhorando, assim, a qualidade dos serviços de saúde prestados á comunidade. Outrossim, é importante ressaltar que a educação permanente dos profissionais de saúde é um dos elementos chave para a garantia de um serviço de qualidade aos usuários da USF e o processo de gestão em saúde realizado no IESC contribuiu de forma significativa ao fornecer os meios para essa finalidade. Ademais, as atividades desenvolvidas no IESC ainda colaboram para a construção do conhecimento dos discentes como futuros profissionais conhecedores da realidade local e, assim, na contribuição para a melhoria dos serviços de saúde do país. |
9509 | ATENÇÃO PRIMÁRIA ALÉM DA TEORIA: UMA PRÁTICA QUE TRANSFORMA. Lilia de Macedo Lanceiro, Ana Carolina Almeida Gonçalves, Larissa Artimos Ribeiro, Larissa Proença Prieto, Pâmela Ramos Januário, Andressa Teoli Nunciaroni ATENÇÃO PRIMÁRIA ALÉM DA TEORIA: UMA PRÁTICA QUE TRANSFORMA.Autores: Lilia de Macedo Lanceiro, Ana Carolina Almeida Gonçalves, Larissa Artimos Ribeiro, Larissa Proença Prieto, Pâmela Ramos Januário, Andressa Teoli Nunciaroni
Apresentação: Este trabalho diz respeito ao relato de experiência prática na atenção primária. Foi sediado em um CMS no Centro da cidade do Rio de Janeiro sob a perspectiva de acadêmicas do 4º período de Graduação na Escola de Enfermagem Alfredo Pinto e possui o intuito de reafirmar a relevância da Atenção Primária no direcionamento do cuidado dentro da rede de saúde e discutir o processo de trabalho dos profissionais que atuam nesse setor, assim como a sua ação interdisciplinar, no que se refere à humanização do cuidado e à realidade social e territorial que estão inseridos. Desenvolvimento: As alunas, sob supervisão da professora adjunta do Departamento de Enfermagem de Saúde Pública da UNIRIO, em 3 expedientes acompanharam a rotina da equipe de enfermagem no estabelecimento e suas relações enquanto equipe multiprofissional. Observou-se o entrosamento dos profissionais, a realização de reuniões para melhor atender as necessidades da população, o acompanhamento de consultas voltadas para todo o contexto de vida do indivíduo e família e realização de atividades centradas em educação em saúde, como o grupo de gestantes e o grupo de doenças crônicas. Resultado: No processo de aprendizagem chamou-lhes a atenção a diversidade social encontrada no território, pois havia indivíduos de diversas faixas etárias, graus de instrução, renda e necessidades. Dessa forma a experiência foi um exercício contínuo de aproximar-se da realidade desse contexto e compreender o desafio enfrentado na atenção básica, que é atender a todos com equidade. No último dia as alunas criaram uma atividade destinada à população atendida pelo CMS, através de jogos e panfletos, seguindo o tema de hanseníase, assunto vivenciado em um atendimento individual. Foi observado o nítido interesse e participação da comunidade na atividade, tornando evidente a importância das estratégias de educação em saúde como mediadoras do cuidado e prevenção. Considerações finais: A importância do Programa de Saúde da Família como estratégia adotada pela atenção primária se fez clara, porque esta traz como princípios a promoção da saúde e prevenção de enfermidades e agravos, garantindo aos usuários a integralidade da assistência e gerando uma participação ativa no cuidado e aprendizado. A oportunidade de participar deste serviço norteador do nosso Sistema Único de Saúde é inigualável, visto que através dele a doença não é o foco, mas sim o indivíduo no que diz respeito ao seu bem-estar físico, psicológico e social, inserido em seu contexto familiar de vida. Assim, a atenção primária é um investimento, já que organiza os fluxos de demanda e diminui os custos governamentais com complicações evitáveis. Sendo possível considerar esta como um programa prioritário na ampliação da saúde, visto que atua na diminuição da morbidade, e no controle de doenças. Para enfermeiras em formação a realização da prática em campo colaborou para sua formação individual e profissional, sendo uma experiência única de aplicar o conhecimento técnico-científico e observar todo o contexto que o indivíduo está inserido, permitindo planejar o cuidado a partir disso, valorizando a atenção humanizada e a escuta. |
9517 | VIVÊNCIAS E APRENDIZADOS DURANTE ENSINO PRÁTICO NA ÁREA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Mariana dos Santos Gomes, Gabriel Fidelis Ferreira, Shaiane Pereira de Araújo, Cristiana da Rocha Pinheiro de Oliveira, Emmanuele Tabosa de Souza Nascimento, Andressa Teoli Nunciaroni VIVÊNCIAS E APRENDIZADOS DURANTE ENSINO PRÁTICO NA ÁREA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Mariana dos Santos Gomes, Gabriel Fidelis Ferreira, Shaiane Pereira de Araújo, Cristiana da Rocha Pinheiro de Oliveira, Emmanuele Tabosa de Souza Nascimento, Andressa Teoli Nunciaroni
Apresentação: Durante a graduação em Enfermagem, passa-se por algumas disciplinas que levam os estudantes aos campos práticos, com o intuito de experienciar o que realmente acontece no cotidiano das unidades de saúde e visualizar o papel dos diferentes profissionais inseridos naquele cenário. Uma das disciplinas que trazem essa possibilidade ao graduando é a Enfermagem na Atenção Primária à Saúde. Tal disciplina é de suma importância para a formação acadêmica, já que a mesma insere o aluno no atual contexto da saúde pública nacional, apresentando a porta de entrada para a utilização de qualquer serviço de saúde: a Atenção Primária (APS). Além disso, há um entendimento de como é o funcionamento do SUS, suas diretrizes, seu modo organizacional e funcional. Os alunos inserem-se nesse meio e passam a frequentar unidades básicas de saúde, com a finalidade de entender o funcionamento da mesma, podendo acompanhar algumas atividades realizadas e até mesmo realizá-las com supervisão. Com isso, o estudante consegue aliar o que foi ministrado teoricamente com o que é vivenciado diariamente pelos profissionais, por em prática os seus conhecimentos técnico-científicos e aperfeiçoar seus saberes profissionais. O objetivo deste trabalho é descrever o que foi vivenciado durante o ensino prático num Centro Municipal de Saúde, enfatizando as experiências ali realizadas e o que elas proporcionaram aos estudantes. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência de um ensino prático executado por graduandos de Enfermagem, durante a realização da disciplina Enfermagem na Atenção Primária à Saúde, no segundo semestre de 2019. Resultado: Durante o período de realização de atividades no campo prático, acompanhamos a equipe em vários setores e obtivemos diferentes experiências. Um deles foi o acolhimento, que é um dispositivo que está inserido na Política de Humanização do Ministério da Saúde (HumanizaSUS), e que vai além da recepção ao usuário, pois considera toda a situação da atenção a partir da entrada deste no sistema. No conhecimento produzido sobre o acolhimento na Atenção Primária à Saúde, pôde-se observar o impacto na qualidade dos serviços e na satisfação dos usuários. O acolhimento facilita, dinamiza e organiza o trabalho de forma a auxiliar os profissionais a atingirem as metas dos programas, a melhorarem o trabalho e executarem um bom atendimento, predispondo à resolutividade do problema. Pudemos observar dois modelos de atenção à saúde a partir do acolhimento: o primeiro, que é mais pontual e baseado na demanda espontânea, e respeita a ordem de chegada; e o segundo, baseado em um cuidado integral, longitudinal e interprofissional. Quanto aos lugares onde era feito o acolhimento, tratavam-se de diferentes espaços, tais como: recepção; sala de espera, de atendimento ou de vacina; locais de consulta de enfermagem; portas de entrada da unidade; e/ou visitas domiciliares, conforme diretrizes da PNH. A sala de Imunização permitiu viver todo o contexto da assistência: acolhimento a adultos e crianças muitas vezes amedrontados, retirada de dúvidas sobre o calendário vacinal, aconselhamento sobre a importância da vacinação na prevenção de doenças, aplicação de diferentes técnicas de administração de injetáveis, refrigeração de doses e educação em saúde. Na sala de curativos são realizados atendimentos às pessoas que moram na região e às pessoas em situação de rua, organizados em horários diferentes, considerando níveis de contaminação dos curativos e dificuldades em manter a limpeza da sala. Essa peculiaridade evidenciou a autonomia da direção da unidade para adaptar seus serviços aos diferentes grupos de usuários, enfatizando a atuação administrativa do Enfermeiro na unidade. Ademais, no local realizam-se atendimentos agendados, como nos casos pós-cirúrgicos, demanda espontânea, em casos de acidentes perfuro cortantes, escoriações e acompanhamento das lesões crônicas de pele.Observamos e participamos, durante o ensino prático, da realização de atividades coletivas. Uma delas foi o grupo de convivência destinado aos idosos que moram no território de cobertura do CMS, sendo ofertado para tais: forró e dança cigana. Esses grupos funcionam no período da tarde, tendo majoritariamente a participação feminina e têm como viés principal a promoção da saúde em um contexto biopsicossocial. No forró, o grupo participou ativamente da dança fazendo par com os idosos e tendo a coordenação por um profissional de educação física que é responsável pela turma. Já na Dança Cigana, que era liderada por uma professora de tal arte, por falta de trajes, a equipe participou apenas como espectadora do acontecimento. O grupo concluiu, a partir da experiência prática, que essas atividades geram impactos positivos na saúde dos adeptos, como: a restauração da socialização, evitando a solidão característica desta fase da vida; a sensação de utilidade em/para seus corpos; melhorias cardiovasculares e respiratórias; aumento da autoestima; empoderamento sexual. Além disso, compreendemos a importância do trabalho realizado entre equipe multiprofissional e NASF.Outro grupo que participamos foi o de gestantes, o qual leva informação e apoio para essas mulheres e suas famílias nesta fase da vida. As reuniões são mediadas por uma Enfermeira Obstetra e acontecem mensalmente com temas diversos escolhidos pelas próprias mulheres, como: plano de parto, mitos e verdades, intercorrências na amamentação. O grupo de combate ao tabagismo foi uma experiência diferente e interessante de ser vivida. Pessoas que estão tentando parar de fumar e algumas que tiveram recaídas se reúnem e têm orientações sobre temas relacionados ao fumo, seus males, formas de diminuir seu uso, além de haver uma troca de experiências. Considerações finais: A partir das experiências vivenciadas durante esse momento na disciplina, os estudantes obtiveram uma percepção diferenciada da prática profissional. O acolhimento culminou em uma adequada recepção do usuário, através do cuidado humanizado, ou seja, levar em conta uma assistência integral e holística, de modo que exista uma corresponsabilização do cuidado, sendo pela resolubilidade dos problemas ou pelos encaminhamentos necessários. Além disso, observamos a pluralidade de atuações do Enfermeiro, o que convence o acadêmico da magnitude da APS na prevenção de doenças e do papel múltiplo e resolutivo desse profissional. Durante esse período, foi possível aplicar conhecimentos de anamnese, avaliação e resolução, com técnicas já abordadas teoricamente, o que possibilitou a completude do conhecimento. Constatamos que grupos de apoio têm a capacidade de fazer com que o usuário e, muitas vezes, sua rede de apoio se interessem mais sobre os temas abordados e busquem formas de cuidado à sua saúde e à de quem está ao seu redor. Além disso, vivenciar tais experiências trouxe uma forma diferenciada de olhar para o outro e de orientá-lo da forma mais didática e eficiente possível, com o intuito de que a população busque condições de vida mais saudáveis, culminando num cuidado integral e pondo em prática as diretrizes do SUS. |
9987 | A ATENÇÃO PRIMÁRIA COMO PORTA DE ENTRADA DO ESTUDANTE DE MEDICINA NO SISTEMA DE SAÚDE Ana Luiza Tinoco Abunahman, Ada Sophia Norfini Jessourun, Julianna da Rocha Fragoso Murta, Marcella Faulhaber Sperry, Adriana Ferreira e Souza A ATENÇÃO PRIMÁRIA COMO PORTA DE ENTRADA DO ESTUDANTE DE MEDICINA NO SISTEMA DE SAÚDEAutores: Ana Luiza Tinoco Abunahman, Ada Sophia Norfini Jessourun, Julianna da Rocha Fragoso Murta, Marcella Faulhaber Sperry, Adriana Ferreira e Souza
A incorporação precoce dos estudantes das escolas de medicina dentro do modelo de Atenção Primária à Saúde (APS) se mostra de suma importância para a formação de profissionais mais integrados com a medicina ocidental atual. As mudanças ocorridas nas Diretrizes Curriculares, foram decisivas para reformulação curricular centrada na formação generalista, crítica, reflexiva e humanista. Nesta abordagem as universidades introduzem os estudantes de medicina nas unidades de saúde da rede pública, fornecendo conhecimento sobre a realidade e sobre as práticas de saúde com um novo arquétipo de Atenção Básica, não mais centrada na enfermidade, mas na promoção e proteção da saúde. O objetivo do trabalho é descrever a experiência dos estudantes de medicina do 1º e 2º ano na APS como primeiro contato com o SUS; analisar a percepção dos estudantes sobre o funcionamento do sistema e a importância deste primeiro contato na formação médica. Foi realizado um estudo transversal com a participação de 52 estudantes de Medicina da Faculdade Souza Marques em 2019. O estudo mostrou que 68,9% afirmaram ter tido seu primeiro contato com os pacientes na APS, local indicado como o ideal para fornecer aos estudantes ferramentas com maior afinco para desenvolver seu lado humano já no ciclo básico. Já 55,5% afirmaram que a prática os ajudou no desenvolvimento de suas habilidades médicas, uma vez que aulas práticas são responsáveis por conferir maior confiança e compreensão para realizarem o foi aprendido na teoria. O entendimento da responsabilização social na compreensão singular do adoecimento é melhor desenvolvido na prática na APS. Entre os estudantes, 73,3% afirmaram que tal prática os ajudou a desenvolver um olhar crítico sobre seus pacientes e sobre os determinantes sociais da saúde. Foi identificada dificuldade na infraestrutura da APS por 71,1% dos estudantes, que apesar desta dificuldade, afirmaram que essa vivência modificou, positivamente, suas visões pré-concebidas acerca do SUS. As mudanças no Sistema de saúde acabaram por gerar uma inadequação na formação médica, estabelecendo a necessidade de formação de um profissional que se inserisse no contexto atual de saúde pública, capacitado para atuar no nível primário de atenção. Sendo assim a inserção dos estudantes em serviços na APS, promove um aprendizado vinculado às reais necessidades de saúde da população. Desta forma, é preciso estimular ainda mais o contato dos estudantes com a APS, implementando estratégias de ensino que possibilitem o aluno a vivência na APS em seu contexto amplo. Consideramos que os estudantes do 1 e 2º ano responderam com satisfação a possibilidade de ter seu primeiro contato com o SUS através de sua inserção na APS. Tivemos como proposta dos participantes do estudo aumentar a carga horária da prática na APS, além da possibilidade de tentar conciliar as aulas teóricas juntamente com as aulas práticas no cenário da APS, expondo assim os estudantes mais tempo e mais precocemente ao dia a dia da APS na prática. |
10013 | VIVENCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMARIA: REGISTROS ATRAVÉS DE FOTOGRAFIA oriana Karolina, Ana karolina, Hemilly Vasconcelos, Pedro Felipe, Tatiana Menezes VIVENCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMARIA: REGISTROS ATRAVÉS DE FOTOGRAFIAAutores: oriana Karolina, Ana karolina, Hemilly Vasconcelos, Pedro Felipe, Tatiana Menezes
Apresentação: As mulheres, que compõem a maior parte da população brasileira, são as principais usuárias dos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 1984, o Ministério da Saúde (MS) desenvolveu o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) que passou a incluir ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação envolvendo a mulher em todas as fases da sua vida. O atendimento à mulher na atenção primária engloba a clínica ginecológica, pré-natal, parto e puerpério, o climatério, planejamento familiar, ISTe o câncer de colo de útero (CCU) e de mama. Visando assegurar o direito da mulher a todos os atendimentos proporcionados pelo SUS, o MS por meio da Estratégia Saúde da Família (ESF) permite com que as usuárias tenham acesso às medidas preventivas, aos tratamentos e intervenções propostas pela equipe de saúde, bem como, por meio da Rede Cegonha, a mulher tem “direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério”, sendo este o objetivo do programa em questão.Objetivo: Relatar experiência vivenciada por acadêmicos de enfermagem sobre ações educativas voltadas a saúde da mulher na atenção primaria utilizando o photovoice como ferramenta metodológica. Método: Trata-se de estudo descritivo qualitativo do tipo relato de experiência. O relato de experiência baseia-se na descrição de uma dada experiência, no qual contribui de forma relevante para a área de atuação do acadêmico. Por meio disso, o assunto exposto neste estudo foi realizado em duas ações em locais distintos no mês de outubro, com o assunto relacionado à prevenção do câncer de mama e de Útero e seus rastreamentos. Uma atividade foi realizada em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e outra em uma casa de apoio de Belém/ PA, tendo como público alvo mulheres usuárias dos serviços de saúde, no qual na UBS haviam uma quantidade de 20 usuárias em atendimentos para o pré- natal e PCCU e na casa de apoio haviam 60 pessoas, sendo mulheres e homens, no qual estavam para vários atendimentos distribuídos na capital de Belém (PA), totalizando 80 pessoas, considerando as duas ações. O photovoice foi utilizado como ferramenta metodologia, no qual é considerado um tipo de pesquisa- ação participativa, em que os indivíduos produzem e discutem fotográficas que foram tiradas pelos próprios integrantes da pesquisa, sendo elas por suas vivenciam, ações, envolvendo membros de uma determinada comunidade ou grupo. Também para que o processo de discussão entre fotografias fosse realizado, foi utilizada o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), no qual permite que o grupo da pesquisa faça uso da imagem dos participantes, assegurando a cada um deles que seus dados pessoais não seriam usado para quaisquer outros fins a não ser para esta pesquisa. Descrição de experiência: A observação partiu de ações que tiveram como temática principal o câncer de mama, de útero e seus rastreamentos. Para o desenvolvimento dessas ações utilizou-se uma dinâmica, referente à mitos e verdades das patologias, e roda de conversa bem interativa, como ponto de partida da análise, notou-se um aumento gradativo na participação ativa das ouvintes durante a execução da palestra e da dinâmica. O público alvo se mostrou participativo durante o decorrer da dinâmica, pode-se observar o maior interesse por parte das ouvintes quanto a relação do uso de sutiã e agrotóxicos e sua contribuição para o desenvolvimento de câncer. Posteriormente, durante a roda de conversa as ouvintes compartilharem relatos de casos referentes ao câncer de mama e do colo do útero. Resultado: Na dinâmica foram realizados 34 registros fotográficos, podendo-se observar por meio deles a satisfação dos acadêmicos em participar do processo de educação em saúde com as mulheres. Além disso, pode-se perceber que a medida que o assunto era exposto surgiam cada vez mais dúvidas a serem desmistificadas pelas ouvintes. Evidenciando-se a partir disso, o pouco conhecimentos que as usuárias dos serviços de saúde tinham acerca das medidas preventivas do câncer de mama e do colo do útero, apesar disso, pode-se perceber grande interesse destas acerca do assunto, bem como a grande preocupação que elas tinham com sua saúde. Considerações finais: Entendendo que a atenção primária de saúde atua na prevenção e detecção do CCU e de mama e que educação em saúde faz parte do cotidiano dos profissionais desta área, o presente trabalho contribuiu para o entendimento da importância da educação em saúde na prevenção e desmistificação referente às neoplasias citadas. Por fim, o photovoice revelou-se como uma grande ferramenta metodológica que possibilitou a captura de imagens das usuárias, desde sua participação quanto sua satisfação em envolver-se nas ações descritas, além de evidenciar o meio criativo e claro pelo qual as informações foram passadas às pacientes. |
10530 | BUSCA ATIVA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: REFLEXÕES SOBRE A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NAS AÇÕES DE PROMOÇÃO À SAÚDE NAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS Leonardo Cardoso Rozendo de Souza, Gabriela Maciel dos Reis BUSCA ATIVA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: REFLEXÕES SOBRE A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NAS AÇÕES DE PROMOÇÃO À SAÚDE NAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEISAutores: Leonardo Cardoso Rozendo de Souza, Gabriela Maciel dos Reis
Apresentação: O tripé de atividades do ensino superior na área da saúde, em especial das universidades públicas, se constitui em ensino, pesquisa e extensão, tornando a vivência acadêmica um motor de aprendizado, desenvolvimento científico e retribuição à comunidade. Neste contexto, os projetos de extensão que surgem pela iniciativa de alunos e professores somam esforços com o Sistema Único de Saúde – SUS ao promover saúde e materializar os princípios essenciais da saúde coletiva, oferecendo mais meios de atenção a cada indivíduo em sua integralidade, compreendendo vínculos culturais e sociais e corroborando com uma linha de cuidado. Além disso, as ações desenvolvidas têm grande importância para o aumento de cobertura, ações efetivas de educação em saúde e alerta e prevenção acerca dos agravos de saúde. Este trabalho tem por objetivo discutir e evidenciar os serviços desenvolvidos pela Universidade Pública para a sociedade com destaque às atividades de extensão em face às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), auxiliando o SUS em busca ativa. Desenvolvimento: As DCNT são um relevante problema de saúde pública, cuja prevalência é análoga a uma epidemia, sendo as maiores causas de mortalidade a nível mundial. Esse conjunto de patologias, com notoriedade a Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus, Doenças Cardiovasculares, Doença Renal Crônica entre outras, tem determinantes multifatoriais e possui potencial para agudização, culminando em moléstias de maior complexidade e tratamentos mais onerosos. Ainda assim, essas doenças são manejáveis através de políticas de cuidado, tendo a resultante redução de incidência de novos doentes e de agravos. Ações de promoção de cuidado e prevenção são essenciais para o controle desse quadro e, nesse ponto, a extensão universitária tem real atuação. Um dos grandes entraves para o sucesso das medidas formuladas, sobretudo pela Atenção Primária, para intervenção é a dificuldade de mobilização do público alvo e o comprometimento deste para com a conduta terapêutica. De caráter crônico, essas afecções podem acometer pacientes desde muito jovens quando ainda são integrantes da População Economicamente Ativa (PEA), o que se revela como impedimento ainda maior para o acompanhamento desses indivíduos integralmente, dado o comprometimento de seu tempo com uma rotina ocupada, na qual a saúde não é vista como prioridade. Tais circunstâncias se tornam preocupantes, pois este grupo, que acaba de desenvolver a doença ou é suscetível a isso, compreende o substrato no qual as ações de prevenção de agravos seriam mais efetivas, considerando a imisção prematura. Por isso, a busca ativa da Atenção Primária à Saúde se faz imprescindível para alcançar essa parcela populacional e propiciar saúde. Nessa perspectiva, o exercício de extensão da Universidade pode se estabelecer. Dentre os sujeitos que adoecem, o grupo de adultos jovens do sexo masculino é o que menos frequenta as unidades de saúde e corresponde ao contingente de pacientes com a maior probabilidade de se tornarem evasivos e também de desenvolverem os agravos de maior complexidade, principalmente pela baixa adesão ao tratamento específico e a qualquer tentativa de promoção de saúde de um modo geral. Frente a essa problemática, um projeto extensionista baseado em um posto de atendimento de estudantes alocados em áreas próximas aos locais de passagem desse grupo ajudaria a atingi-lo e a fomentar a aplicação de medidas de intervenção e de orientação, alavancando o acolhimento da população em risco e suavizando os gargalos do SUS. A atuação da Universidade se inicia desde a mobilização dos pacientes até o processo de referenciar a unidades básicas de saúde para suporte e tratamento continuado. Isso acontece, em atividades de extensão, por meio de ações de atendimento, ações de educação em saúde, grupos de atividades físicas e atividades recreativas. Esse modelo se traduz na busca ativa a indivíduos com elementos de risco. Desse modo, em tendas, estudantes sob a supervisão de docentes podem aferir a pressão arterial sistêmica, o índice glicêmico, identificar comportamentos de risco e fatores de doença renal crônica, por exemplo. A partir dessas práticas, viabiliza-se a estratificação de risco e os pacientes com sintomatologia de DCNT ou com vulnerabilidade ao acometimento são encaminhados ao serviço do SUS, podendo desfrutar do atendimento e dos benefícios da intervenção, em especial a que se dá precocemente. A matriz de trabalho para propostas extensionistas desse tipo se associa com a Atenção Primária à Saúde e seus mecanismos de execução das diretrizes do SUS. A funcionalidade da extensão universitária não se restringe à busca ativa de público alvo, mas se complementa ainda mais na sensibilização da população sobre os assuntos abordados e a relevância da saúde individual, pessoal e coletiva. Ressalta-se aos ouvintes a progressão assintomática das DCNT - um alerta à necessidade de cumprir as indicações e frequentar os serviços com regularidade e coerência. Resultado: O projeto educativo que se desenvolve corrobora com as metas de atenção do SUS, ao auxiliar a promoção de saúde, na mudança de hábitos de risco e estilo de vida. No ambiente de prática, os estudantes exercem os conhecimentos adquiridos no ensino e na pesquisa da Universidade e retribuem à comunidade. Com isso, o rastreamento e a busca ativa de pacientes com DCNT são potencializados, assim como o plano de autocuidado pactuado é assegurado não apenas pelos profissionais de saúde, mas também pelo reforço contínuo da presença universitária em regime de extensão. A universidade pública é uma grande aliada para quaisquer políticas públicas, com realce na área da saúde. A articulação entre Universidade e órgãos de saúde é primordial para a identificação precoce das DCNT e das demais doenças passíveis de serem identificadas em seus fatores de risco, partindo de um planejamento de detecção e monitoramento. Isso coopera com as características da APS de resolver 85% das demandas. Trata-se de uma retribuição em saúde que a Universidade promove à comunidade a partir dos recursos públicos investidos na educação. Considerações finais: A discussão da atuação da Universidade Pública na promoção de saúde em relação especialmente às DCNT por meio de projetos de extensão traz à tona a dedicação e o aprimoramento social e científico que instituições desse perfil têm para com a população. É por meio de trabalhos desse eixo, produzidos há muitos anos pelas universidades em seu projeto de assistência, que o SUS pode contar com um auxílio para maior cobertura dos serviços de saúde e para sensibilização à adesão da terapia. Para tanto, programas como esses devem ser incentivados e considerados em parcerias com os órgãos de saúde. Os resultados permeiam diversas esferas desde redução dos gastos com tratamento, identificação de riscos, engajamento de adesão até a pactuação do autocuidado. Outrossim, esse plano de atuação oportuniza aos acadêmicos um forte contato com os usuários do serviço na comunidade e da própria prática profissional, promovendo uma formação universitária mais qualificada, humanizada e comprometida com a promoção de saúde. Indubitavelmente, esse dinamismo tem como cômputo intrínseco o aprimoramento da capacitação profissional oferecida aos estudantes de nível superior das Universidades Públicas na área da saúde, além do beneficiamento da comunidade e retribuição de investimento em forma de assistência e serviço associado ao SUS. A extensão é fonte infindável para democratizar ainda mais o acesso à saúde e ampliar a ação do SUS em cobertura e busca de população em risco, uma das principais prioridades da Atenção Primária à Saúde. |