441: Ações de educação em saúde potencializadoras do cuidado
Debatedor: Rebecca Barbosa de Decco Monteiro Marinho
Data: 29/10/2020    Local: Sala 06 - Rodas de Conversa    Horário: 08:00 - 10:00
ID Título do Trabalho/Autores
9363 A ATENÇÃO DOMICILIAR EM MANAUS DIANTE DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: NO RITMO DO BANZEIRO
Davi Araújo da Cunha

A ATENÇÃO DOMICILIAR EM MANAUS DIANTE DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: NO RITMO DO BANZEIRO

Autores: Davi Araújo da Cunha

Apresentação: Para conhecer a proposta de educação permanente em saúde realizada no contexto amazonense foi proposta investigação que teve como principais objetivos: a) compreender o processo de educação permanente em saúde do serviço de atenção domiciliar no município de Manaus (AM), na perspectiva dos profissionais de saúde e cuidadores familiares; b) Elaborar plano de ação para avaliação de necessidades de educação permanente em saúde, e, c) planejar a avaliar uma intervenção educativa em saúde a partir das necessidades identificadas. De forma crítica utilizou-se os referenciais da teoria psicológica histórico cultural, da educação conscientizadora de Freire e os conceitos que orientam a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde brasileira. A metodologia da pesquisa-ação foi adotada por ser considerada uma pesquisa social de cunho qualitativo, coerente com os pressupostos adotados. Foram entrevistados individualmente 5 profissionais da saúde e 4 cuidadores. Posteriormente foi feito grupo de discussão com 6 profissionais de saúde da atenção domiciliar. Todos os relatos foram submetidos a análise do sujeito coletivo, tendo como fio condutor os pressupostos adotados, o problema e o objetivo da pesquisa. Os critérios éticos foram respeitados tendo a aprovação do comitê de ética em pesquisa com seres humanos. Os resultados apontam que a EPS precisa ainda de visibilidade e melhor apropriação de seus conceitos e métodos no contexto da pesquisa. A problematização como uma das formas de induzir transformação da gestão e das práticas em saúde se mostra potente e desafiadora para pessoas formadas para o individual e elementar. O diálogo aprofundado sobre o cotidiano complexo do trabalho vivo na atenção domiciliar surge incipientemente como possibilidade de reflexão crítica de sua atividade.  Considerações finais: como novidade, a educação permanente em saúde é uma atividade possível no campo estudado, uma vez que seus princípios e métodos têm sido usados ainda que de forma pontual e não sistematizada. Espaços formais de reconhecimento da EPS tem se constituído e avanços tem acontecido no sentido de sensibilizar as pessoas que trabalham na saúde para a valorização e a legitimação do espaço de trabalho como espaço de educação, mas não num ritmo que possa gerar os impactos positivos que essa diretriz política propõe e que os usuários e trabalhadores merecem.

6074 PERCEPÇÃO DE PROFESSORES A RESPEITO DA EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL (EAN) PODERÁ AJUDAR NO PROCESSO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
Bruno Ribeiro da Mota, Aluísio Gomes da Silva-junior

PERCEPÇÃO DE PROFESSORES A RESPEITO DA EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL (EAN) PODERÁ AJUDAR NO PROCESSO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE

Autores: Bruno Ribeiro da Mota, Aluísio Gomes da Silva-junior

Atualmente, crianças e adolescentes de todo planeta estão sendo incentivadas a consumir alimentos de baixo valor nutricional, devido às influências diversas como: os pais, a pressão dos colegas e a publicidade (WHO, 2003). Esses fatores, somado ao sedentarismo, estão influenciando no aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade infantil nas últimas décadas, que por sua vez se associa a Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), refletindo negativamente na qualidade desses jovens (SOUZA et al., 2004). A importância da alimentação durante todas as fases de vida humana é absolutamente óbvia. Na infância, além da sobrevivência, a boa nutrição é indispensável para o crescimento e desenvolvimento adequados. Também nesta fase de desenvolvimento que devem ser estabelecidos os bons hábitos alimentares, que continuarão na adolescência e na idade adulta. Por estes motivos se deve iniciar a promoção da saúde e prevenção de algumas Doenças Crônicas Não Transmissíveis do adulto, na infância (DUTRA DE OLIVEIRA e MARCHINI, 2006). O Período infantil é um momento do desenvolvimento humano onde os hábitos alimentares são formados, estes são determinados principalmente por fatores fisiológicos, socioculturais e psicológicos, que tendem a se manterem ao longo do restante da vida (PESSA, 2008). É na escola o local onde as crianças passam grande parte de sua infância, onde esse ambiente atua de maneira significativa na formação de opiniões e na construção de conceitos, sendo um local de referência para a implementação de qualquer programa que vise à educação dos alunos (CAMPOS e ZUANON, 2004). As unidades escolares, nesse contexto, aparecem como locais privilegiados para o desenvolvimento de ações de melhoria das condições de saúde e do estado nutricional das crianças. Sendo um setor estratégico para a concretização de iniciativas de promoção da saúde, como o conceito da “Escola Promotora da Saúde”, que incentiva o desenvolvimento humano saudável e as relações construtivas e harmônicas (PARANÁ, 2010). Desta maneira, pode-se intervir positivamente nos hábitos alimentares destas crianças través de atividades de Educação Alimentar Nutricional, onde os profissionais de educação têm a responsabilidades de promoverem essas ações. Para que essas atividades ocorram de maneira coerente com o que preconiza o guia alimentar brasileiro, é preciso entender qual a percepção dos professores a respeito da alimentação saudável e suas práticas de EAN dentro da escola, e por isso há necessidade de um trabalho como este, que tem o objetivo de conhecer a percepção dos professores do primeiro segmento de três escolas em Paracambi, RJ. A relevância deste trabalho se deve ao fato de estar envolvido na tentativa de se melhor trabalhar a EAN nas escolas, Pois é principalmente na infância e adolescência, os períodos nos quais os fatores externos e internos interagem fortemente com o indivíduo, desta forma ele começa a exercer com mais autonomia as suas escolhas alimentares. Nesse contexto, é de grande importância o estabelecimento de uma EAN, que deve ter início desde a infância, como forma de oferecer elementos que permitam ao indivíduo avaliar suas verdadeiras demandas de saúde através da alimentação, promovendo assim hábitos alimentares saudáveis (BOOG,1999). A escolha do espaço escolar se justifica, por ser a escola um local com finalidades educativas e formadoras, pelo quais deveriam passar todas as crianças e jovens do país, já que permanecem um período de seu dia e grande parte de sua vida. Nas escolas, os estudantes na sua maioria consomem alimentos refletindo e compartilhando hábitos, preferências, modismos e comportamentos alimentares (ZANCUL, 2008). É importante destacar a necessidade de integração dos profissionais docentes e não docentes, pais e parceiros, na construção coletiva de um projeto pedagógico em que a inclusão transversal desse tema seja contemplada no currículo, oportunizando uma aprendizagem significativa na direção das escolhas alimentares saudáveis (CAMOZZI, 2015). O professor pode potencializar o desenvolvimento de ações no campo da Educação Nutricional no ambiente escolar. Destaca-se, entretanto, a necessidade de formação deste profissional, uma vez que a sua formação técnica não abrange conhecimento específico da área de Nutrição, necessário para intervir neste âmbito (ASSAO; CERVATO-MANCUSO, 2008). Esta consideração também é afirmada por Glanz, Lews e Rimer (1990), por compreenderem que professores informados e motivados podem se tornar agentes transformadores do comportamento alimentar de crianças. Neste sentido, o Nutricionista, a partir de sua formação específica, necessária para a elaboração de estratégias e intervenções em educação nutricional, pode atuar na formação de professores. Além da formação, o nutricionista pode envolver-se em outras ações, como o desenvolvimento de metodologias e materiais necessários para avaliação e monitoramento da intervenção realizada. Porém há a necessidade de conhecer a percepção dos professores a respeito da educação nutricional e o que eles demandam como necessidade de aprimoramento técnico a respeito da alimentação saudável. O trabalho de campo será realizado em três unidades escolares na cidade de Paracambi (RJ). Sendo uma de caráter urbana particular e duas públicas, uma na esfera urbana e outra na rural, pois dessa maneira será possível abranger uma maior variedade sócio demográfica e econômica, o que poderá enriquecer a qualidade das informações que vão ser expressas no campo. Em cada escola será realizada uma pesquisa, com a ferramenta de questionário semiestruturado e entrevistas abertas. Serão entrevistados cinco professores, um de cada ano que constitui as séries iniciais do ensino fundamental, totalizando 15 docentes. O caráter de inclusão ou exclusão no processo de escolha dos professores poderá ser aleatório de acordo com o dia das entrevistas, mas a priori não é possível afirmar que há uma seleção de escolha e como ela será feita, pois acredito que tais escolhas o próprio campo oferecerá ou se confrontar com a realidade de cada escola. Ao final de cada estudo de caso, ou seja, das cinco entrevistas em cada uma das três escolas, estarei construindo um diário de campo para registrar de forma escrita minha percepção a respeito de como foi a reação dos entrevistados e como era o ambiente de trabalho desses profissionais. Para finalizar, será realizada a terceira fase do projeto, a transcrição dessas entrevistas e análise de conteúdo segundo Bardin (1977 e 2002), onde haverá o cruzamento de dados através da triangulação para análise das informações coletadas com as informações contidas no diário de campo e os dados socioeconômicos, de acordo com Minayo (2010). Este trabalho poderá contribuir com o processo de formação em/na saúde, pois procura conhecer a percepção dos professores, do primeiro segmento do ensino fundamental de Paracambi (RJ), sobre o tema educação alimentar e nutricional (EAN) através da análise de conteúdo de entrevistas abertas. Conhecendo as dificuldades e facilidades expressas por eles, a respeito da EAN no ambiente escolar. Caso seja percebida a necessidade, poderá ser elaborado um trabalho de intervenção para adequar o conhecimento técnico a respeito da EAN de forma coerente com a realidade dos envolvidos. Desta maneira, será possível conhecer a percepção dos professores e também às múltiplas dimensões sociais do ato de se alimentar.  Podendo-se reformular estratégias de ensino-aprendizagem, promovendo assim, ambientes mais favoráveis para realização de práticas de promoção da saúde nutricional.

6558 O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM LAZER DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Bárbara Carvalho de Araújo, Alderise Pereira da Silva Quixabeira, Bruno Costa Silva, Vitor Pachelle Lima Abreu, Ana Paula Machado Silva, Martin Dharlle Oliveira Santana, Ruhena Kelber Abrão Ferreira

O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM LAZER DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Autores: Bárbara Carvalho de Araújo, Alderise Pereira da Silva Quixabeira, Bruno Costa Silva, Vitor Pachelle Lima Abreu, Ana Paula Machado Silva, Martin Dharlle Oliveira Santana, Ruhena Kelber Abrão Ferreira

Apresentação: Os profissionais da educação, em especial professores estão mais expostos às condições vulneráveis e a rotina de trabalho excessiva, ao desgaste físico, mental, profissional e emocional que acarretam à categoria de doenças psicológicas. A qualidade de vida no trabalho associada aos professores traz a necessidade de uma verificação de como esses profissionais percebem o seu ambiente de trabalho, sua vida pessoal, a saúde e o lazer. Diante dessa questão é importante ressaltar que o lazer é tão fundamental quanto a educação, a moradia, a saúde e a alimentação, são para a vida de todo e qualquer ser humano. O lazer é o estado de espírito em que o ser humano se coloca, instintivamente (não deliberadamente), dentro do seu tempo livre, em busca do lúdico, diversão, alegria, entretenimento. Conhecer assim os níveis de atividade física em lazer da população de professores brasileiros, principalmente os que residem longe dos grandes centros urbanos é uma necessidade a fim de viabilizar intervenções específicas e com mais chances de serem eficazes. Com base no exposto, o estudo possui objetivo de verificar o nível de atividade física no lazer de Professores que atuam na rede de ensino básico na zona urbana de Tocantinópolis (TO), em uma amostra de 120 professores. Visando elencar atividades físicas em lazer realizadas pelos Professores da rede básica de ensino, identificando principalmente a percepção dos Professores sobre a importância de atividades físicas em lazer para sua qualidade de vida em geral. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, objetivos descritivos e de natureza aplicada. Como resultados espera-se que os professores entrevistados tenham uma boa percepção sobre atividades de lazer realizadas e sua importância para qualidade de vida, acreditamos que a limitação seja: carga horária de trabalho, questões financeiras, falta de acesso aos meios que possibilitem a prática de atividades físicas de lazer.

6598 MUSICALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO NA SAÚDE: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO
Sara Marques, Eluana Figueiredo

MUSICALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO NA SAÚDE: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO

Autores: Sara Marques, Eluana Figueiredo

Apresentação: O presente trabalho se debruça sobre a musicalização como estratégia para promover encontros de educação na saúde, destacando seu valor terapêutico e capacidade de gerar aprendizado e saúde. Para tanto, buscou-se analisar na literatura científica relatos do uso da música como recurso educacional e estratégico para a melhoria do cuidado no Sistema Único de Saúde-SUS. Desenvolvimento: trata-se de um estudo de revisão bibliográfica realizado nos meses de dezembro de 2019 e janeiro de 2020 na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). As bases de dados utilizadas foram a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Coleção Nacional das Fontes de Informação do Sistema Único de Saúde (Coleciona SUS) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF). Seguiram-se os seguintes passos: busca nas bases de dados; extração dos dados; avaliação dos resultados e apresentação da revisão. Resultado: O levantamento bibliográfico resultou no total de 72 artigos, no entanto, apenas 21 se relacionavam com o tema. A inferência e a interpretação dos assuntos destacados na bibliografia potencial possibilitaram observar que a musicalização na saúde é um recurso educacional estratégico para a melhoria da saúde. Os estudos que versaram sobre a temática apontaram que: a música é uma abordagem potente para promover encontros de educação na saúde (n:21); a música vinculada à educação física enfatiza a importância de práticas esportivas e lazer (n:8); a música é uma ferramenta que facilita a comunicação (n:5) e a música é uma estratégia importante de humanização na saúde (n:12). Diante dos resultados foi possível perceber unanimidade nos estudos quanto a importância da utilização da música na educação na saúde com vistas a promoção da saúde. Considerações finais: diante de tais resultados, é de suma importância que os profissionais de saúde reconheçam e utilizem a música na educação como artifício para promover a bem-estar físico, mental e social do usuário do SUS em todas as faixas etárias e em todos os níveis de atenção. Podendo também utilizá-la como fonte de conhecimento e aprendizado capaz de esclarecer dúvidas, estimular práticas de saúde que gerem qualidade de vida e proporcionar autonomia para o sujeito. Reforça-se que essa temática é pouco abordada na literatura científica e carece de maior aprofundamento.

7701 BIOÉTICA E A ARTE CINEMATOGRÁFICA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE POR MEIO AUDIOVISUAL
Grayce Daynara Castro de Andrade, Gabriella Furtado Mopnteiro, Izabele Grazielle da Silva Pojo, Victor Hugo Oliveira Brito, Viviane de Souza Bezerra, Marlucilena Pinheiro da Silva, Max Amaral Balieiro, Luzilena de Sousa Prudêncio

BIOÉTICA E A ARTE CINEMATOGRÁFICA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE POR MEIO AUDIOVISUAL

Autores: Grayce Daynara Castro de Andrade, Gabriella Furtado Mopnteiro, Izabele Grazielle da Silva Pojo, Victor Hugo Oliveira Brito, Viviane de Souza Bezerra, Marlucilena Pinheiro da Silva, Max Amaral Balieiro, Luzilena de Sousa Prudêncio

Apresentação: O crescente desenvolvimento tecno-científico nos campos das ciências biológicas e da saúde presenteia a sociedade com grandes descobertas que visam facilitar e melhorar a vida de toda população. Trazer a reflexão da bioética neste cenário torna-se imprescindível, considerando o constante adormecimento de profissionais e estudantes em relação ao comportamento ético nas pesquisas e também na rotina de trabalho. Por conseguinte a este cenário, o objetivo do estudo foi promover a reflexão bioética em universitários e profissionais da saúde. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência, vivenciado durante o  minicurso ministrado durante a Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn) – Macapá-AP e III Encontro Amapaense de Produção Científica da Enfermagem - EAPCENF da Universidade Federal do Amapá em Maio de 2019, concentrando-se o minicurso sobre a bioética e exibindo o filme “Cobaias” a fim de discutir sobre a temática relacionada ao material audiovisual apresentado, utilizou-se para tal, a metodologia da roda de conversa. Resultado: Durante a apresentação do longa-metragem, foi notória nas expressões faciais e comentários a indignação dos participantes frente ao caso de Tuskegee, onde a os episódios de Sífilis não eram tratados em homens negros e sim serviam ao aprimoramento das pesquisas. No momento da discussão muitos questionaram como os profissionais da saúde e o Estado permitiam esse tipo de pesquisa, salientaram o quão importante é a valorização e constante reflexão sobre a bioética nos cursos da saúde mesmo na realidade atual com normas que regem e padronizam as ações relacionados a bioética, nota-se que algumas questões acabam sendo anestesiadas devido a rotina profissional. Outros profissionais presentes relataram que apesar do método adotado naquela época não ser aceitável, era a única forma que eles encontraram para estudar a Sífilis e obter todo o conhecimento sobre a doença assim como em vários estudos da época. Considerações finais: Reforçar o estudo e discussão da temática aqui apresentada, principalmente em eventos científicos-acadêmicos resultou na experiência de trocas de ideias entre universitários, pesquisadores e docentes, enriquecendo o conhecimento de todos ali presentes e fomentando a contemplação da bioética em todas as áreas da ciência. O momento levou a criação de um grupo de estudo, pesquisa e extensão sobre questões éticas e bioéticas que terá o cinema como um dos principais meios de propagação das discussões envolvendo assuntos que necessitem de uma perfeita administração necessária à vida humana e dos animais assim como do meio ambiente.

8281 EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE SAÚDE AUDITIVA: DIÁLOGOS COM AS JUVENTUDES ATRAVÉS DE UMA WEB RÁDIO
Edine Dias Pimentel gomes, Raimundo Augusto Martins Torres, Karlla da Conceição Bezerra Brito Veras, Leidy Dayane Paiva de Abreu, Ana Rosa Braga de Souza, Breno da Silva Albano, Josenice Vasconcelos Martins

EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE SAÚDE AUDITIVA: DIÁLOGOS COM AS JUVENTUDES ATRAVÉS DE UMA WEB RÁDIO

Autores: Edine Dias Pimentel gomes, Raimundo Augusto Martins Torres, Karlla da Conceição Bezerra Brito Veras, Leidy Dayane Paiva de Abreu, Ana Rosa Braga de Souza, Breno da Silva Albano, Josenice Vasconcelos Martins

Apresentação: O ambiente escolar se constitui em um espaço privilegiado para a implementação de ações de educação em saúde, possibilitando, dentre outras ações de saúde, a promoção da saúde auditiva. Deste modo, a perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR) pode determinar transtornos na vida dos jovens quanto ao aproveitamento escolar, ao convívio social e, futuramente, na vida profissional (Lacerda et al.,2011). Assim, para a realização de atividades educativas críticas e reflexivas sobre saúde auditiva com as juventudes, utilizou-se a internet Rádio AJIR (Associação de Jovens de Irajá), como um canal digital com foco em atividades de educação em saúde com jovens escolares, por meio do “Programa: em Sintonia com a Saúde”, que é transmitido ao vivo todas as quartas-feiras, no período da tarde, no horário entre 16h e 17h, ao vivo, direto da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Segundo Torres et. al. (2015) a internet Rádio da Associação dos Jovens do Irajá (AJIR) constitui-se de um meio de comunicação dialógica para o cuidado em saúde entre jovens escolares, buscando promover e prevenir agravos, além de conceber educação em saúde para estimular o cuidado por meio da internet. Nessa perspectiva, o objetivo da pesquisa é descrever a experiência de um profissional fonoaudiólogo com o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação em Saúde (TIDCS), para promover a discussão com os jovens sobre saúde auditiva. Desenvolvimento: O estudo trata-se de um Relato de Experiência, que descreve as ações de intervenção de uma fonoaudióloga, doutoranda do Programa de Pós- Graduação em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde, junto a 40 jovens escolares de uma escola pública do município de Sobral, Ceará, por meio do projeto de extensão “Uso da internet Rádio na Formação e Cuidado em Saúde: Experimentando Estratégias de Comunicação e Educação em Saúde com as juventudes” veiculada pela internet Rádio AJIR. O presente projeto teve como objetivo trabalhar com a transferência de tecnologia do cuidado em saúde auditiva com os jovens nas escolas do Estado do Ceará por meio da interação no referido canal de comunicação digital. Nesse contexto, a transmissão do programa ocorreu no dia 25 de setembro de 2019, através do Programa “Em Sintonia com a Saúde – S@S”, por meio da internet Rádio AJIR. A internet Rádio é um canal de comunicação digital articulada entre a Associação dos Jovens de Irajá – AJIR com o Laboratório de Práticas Coletivas em Saúde – Lapracs/CCS da Universidade Estadual do Ceará, com apoio da Pró- Reitoria de Extensão – PROEX (TORRES, 2015). O programa apresenta um cronograma de execução anual, e é transmitido semanalmente, ao vivo, nas quartas-feiras no horário de 16h às 17h, tendo como sede de transmissão uma sala-estúdio na UECE, em Fortaleza, Ceará. Para o anonimato dos jovens, foram utilizados os codinomes Jovem 1, Jovem 2, Jovem 3, até Jovem 18. Para análise dos dados, foi utilizado a Análise Temática de Minayo (2014). O projeto de extensão foi inserido e aprovado em novembro de 2018 no município de Sobral, pelo Ministério da Saúde em um projeto maior “Agenda mais Acesso, Cuidado, Informação e Respeito à Saúde das Mulheres”, na qual dentro da plano de trabalho está inserido ações articuladas do PSE junto a internet Rádio AJIR. E como procedimentos éticos a pesquisa adotou a Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que garante proteção aos seres humanos participantes de pesquisas científicas respeitando sua dignidade, com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP-UECE: Número do Parecer: 3.478.945). Resultado: O processo interativo dos jovens escolares com o convidado-debatedor ocorreu de forma online através do acesso ao site da internet Rádio, por meio do link: www.uece.ajir.com. Os jovens foram estimulados a enviarem perguntas e/ou comentários sobre a temática: Saúde Auditiva, por meio de um software de comunicação. Deste modo, as perguntas-discursos produzidas no Programa: “Em Sintonia com a Saúde sobre Saúde Auditiva” e, enviadas para o convidado, foram sobre: uso de fone de ouvido, sinais e sintomas da perda auditiva, limiares dos decibéis permitidos por lei, prevenção e tratamento da perda auditiva, e quais serviços indicados para diagnóstico e tratamento. No início do programa, também foi lançado uma pergunta âncora aos estudantes: “Qual o limite de decibéis (dB),  autorizado por lei, que não é nocivo à saúde do ser humano?”. Dos 40 estudantes participantes do programa, 22 jovens responderam corretamente, que é 80 decibéis o limite recomendado por especialistas. Assim, foi percebido durante as interações online, que alguns jovens apresentavam hábitos e atitudes/comportamentos inadequados, onde poderiam causar danos nocivos a saúde auditiva desses estudantes. Um dos hábitos comuns mais citados pelos jovens durante a transmissão do programa foi à escuta de música em intensidade elevada, onde muitos não pareceram preocupar-se com os efeitos nocivos dos sons intensos. No entanto, com a finalização da transmissão do Programa em Sintonia com a Saúde sobre Saúde Auditiva, foram observadas mudanças na compreensão dos jovens, que passaram a considerar o ruído como algo ruim e danoso à saúde, onde pode- se inferir que a falta de informação e de atividades educativas interessantes para os jovens contribuem para atitudes inadequadas com relação à saúde auditiva e aos efeitos do ruído. Deste modo, embora a ação educativa realizada através da web rádio AJIR, tenha sido realizada em uma hora de programa, percebeu-se que escolares adquiriram novos conhecimentos sobre os efeitos do ruído, sendo esse modelo de intervenção recomendado que seja reproduzido em outras escolas com a aplicação do projeto de extensão.  Considerações finais: Conclui-se, portanto, que a interação dos jovens escolares através de uma TDIC, como a internet Rádio Ajir, através do Programa Em Sintonia com a Saúde, configurou-se como uma válida ferramenta pedagógica para a produção e disseminação do conhecimento científico sobre a saúde auditiva, onde foram observadas pela fonoaudióloga presente em sala de aula no horário da transmissão do programa, mudanças na compreensão dos jovens, sobretudo quanto aos efeitos do ruído nas atividades culturais. Nesse sentido, as estratégias lúdicas e dialógicas propostas pelo Programa Em Sintonia com a Saúde, foram aceitas e apreciadas pelos jovens escolares, sendo um projeto apropriado para educação em saúde auditiva de escolares.

8654 PROJETO EDUCA MAIS TRÂNSITO: NOVAS ABORDAGENS EM EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
Luciana Pereira Colares Leitão, Christian Souza de Araújo, Mikaelle Claro Costa Silva Ferraz, Isabella Piassi Dias Godói, Thais Crisitina Costa Barbosa

PROJETO EDUCA MAIS TRÂNSITO: NOVAS ABORDAGENS EM EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

Autores: Luciana Pereira Colares Leitão, Christian Souza de Araújo, Mikaelle Claro Costa Silva Ferraz, Isabella Piassi Dias Godói, Thais Crisitina Costa Barbosa

Apresentação: Relato de experiência sobre as ações educativas do projeto Educa Mais Trânsito direcionado a comunidade estudantil, como forma de contribuir para o panorama do trânsito no município de Marabá (PA), frente aos muitos registros de acidentes e óbitos nesta localidade, com envolvimento de estudantes e professores do curso de bacharelado em Saúde Coletiva e discentes dos cursos de licenciatura em Pedagogia e Geografia da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). Objetivo: Demonstrar a dinâmica de trabalho e resultados associados ao projeto sobre as abordagens educativas e interativas utilizadas. Desenvolvimento: O projeto educa mais trânsito, é um projeto idealizado e executado por universitários, voltado à educação no trânsito para estudantes do ensino infantil ao ensino médio do município de Marabá – PA. As atividades tiveram início no mês de agosto de 2019. Com parcerias junto aos órgãos de trânsito (Polícia Rodoviária Federal, Departamento Municipal de Trânsito), saúde (Secretaria Municipal de Saúde e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e educação do município (Secretaria Municipal de Educação, Unifesspa), com o objetivo de capacitar a equipe de trabalho através de palestras, para a realização das atividades futuras nos espaços escolares. O projeto decorreu em quatro etapas. A primeira foi o planejamento das ações, mapeamento das escolas a serem visitadas e instituições que poderiam ser parceiras do projeto para o desenvolvimento das ações. Na segunda etapa, destaca-se a inclusão do Projeto Educa Mais Trânsito, como parte da disciplina de Seminários Integrados I e II do Curso de Saúde Coletiva da Unifesspa, no segundo semestre de 2019, onde passou a contar com a colaboração de toda a turma participante da disciplina. Para a realização desta etapa, o projeto buscou junto ao Departamento Municipal de Trânsito Urbano, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e Psicologia aplicada ao Trânsito, profissionais que pudessem conversar com os membros do projeto sobre sua atuação profissional e apresentassem a sua instituição. Essas conversas ocorreram durante algumas sextas feiras, período que correspondia as aulas das disciplinas de Seminários. Na terceira etapa, ocorreu a efetivação do projeto em campo, com a realização de diversas atividades educativas e interativas nas escolas do município onde eram realizadas: Palestras Educativas, Teatro e Jogos. Os três primeiros grupos, eram responsáveis por toda a ação do projeto dentro do espaço escolar, atuando em parcerias com os outros grupos. As ações eram iniciadas com a palestra, que tinham uma abordagem de situações de trânsito aplicadas ora ao público infantil, ora ao público infanto juvenil, com o uso de imagens, música, pequenas encenações e o uso de instrumentos como placas de trânsito, um celular em tamanho grande e a interação com o público. Esse primeiro contato serviu para situar o estudante no que concernia o projeto e suas ações propostas. Cada ação durava em torno de 20 a 30 minutos, para então ser finalizada com uma encenação teatral. Já este, era feito pelo grupo do Teatro, que atuava seguindo o que era apresentado na palestra, demonstrando situações, comportamentos reais que não se devem ser realizados no trânsito, como atravessar fora da faixa de pedestres, não obedecer o semáforo, dirigir sem habilitação, uso do álcool e direção, entre outros comportamentos, com utilização do lúdico, músicas, cenário e até mesmo uma motocicleta para entregar mais realidade a ação. O âmago do público era trabalhado justamente na parte da consequência dos atos, onde no lugar da punição utilizou-se a reflexão, com a apresentação de estatísticas sobre acidentes e eventos no trânsito, na perspectiva mundial e nacional. Após o teatro, o público era convidado a participar dos Jogos Interativos, estes desenvolvidos pela equipe do projeto sob orientação dos estudantes de Pedagogia e Geografia integrantes do projeto. Ao todo cinco jogos foram criados para serem utilizados desde o público infantil aos adolescentes. Cada jogo permitia ao participante utilizar de conhecimentos prévios sobre normas e comportamentos básicos no trânsito, onde seus conhecimentos eram aplicados as diferentes situações propostas pelos jogos, usou se de jogo da memória, trilhas competitivas de perguntas e respostas, cenário simulado, e quiz. Como forma de divulgação à comunidade, a última etapa das ações consistiu na realização do I Simpósio de Educação no Trânsito, evento aberto de demonstração e discussão das atividades do Projeto Educa Mais Trânsito que contou com os participantes que auxiliaram direta e indiretamente no projeto. Resultado: Ao todo três escolas públicas e uma da rede privada de ensino foram contempladas pelas ações desenvolvidas por cada um dos grupos de trabalho (palestra educativa, teatro e jogos educativos), estando estas localizadas em regiões com elevado número de ocorrências de trânsito em Marabá. Com o envolvimento de estudantes do ensino infantil, fundamental e ensino médio e as equipes pedagógicas das respectivas escolas envolvidas. Incluir os estudantes da rede de ensino pública e privada, se fez necessário vistas a atuação dos mesmos como multiplicadores de conhecimento, e também por serem pedestres e futuros condutores, a comunidade se torna presente no retorno dado desses estudantes a seu círculo social, com a mudança e chamada de atenção de hábitos e comportamentos que atentem para o risco dentro do trânsito. Adicionalmente, o projeto de extensão consolidou suas ações através de um simpósio realizado no dia 22 de novembro de 2019, com a participação de diferentes atores ligados ao sistema nacional e local de trânsito, bem como a universidade e a comunidade. O Simpósio intitulado “I Simpósio de Saúde e Educação no Trânsito de Marabá (PA)” proporcionou a todos os participantes, palestras e discussões importantes sobre o tema, bem como as contribuições das ações desenvolvidas pelo projeto de extensão para as reflexões deste problema social e de saúde no município. Além disso, o projeto conseguiu firmar parcerias com os diferentes órgãos que participaram, para a execução de futuras ações. Considerações finais: Trabalhar o tema de acidentes e eventos no trânsito, requer uma reinvenção das práticas educativas atuais. O modelo catequizador e de culpabilização dos sujeitos, não tem mais espaço. O trânsito não é feito somente de automóveis, mas de pessoas e estas devem ser valorizadas em sua relação direta e indireta com o trânsito. Por ser um projeto de extensão, ir ao campo antes, durante e depois foi essencial para entender o processo do trânsito na vida das pessoas, a construção e execução do projeto, quis destituir o sentido punitivo das campanhas hegemônicas de prevenção de acidentes no trânsito, para incluir os sujeitos dentro de sua realidade, no fazer “com” e não “para” os mesmos, a educação em saúde aplicada ao trânsito. O projeto conseguiu atingir sua proposta esperada frente ao desenvolvimento de diferentes estratégias educativas, a compreensão das diferentes realidades e interação que o trânsito causa na vida das pessoas, bem como a contribuição de construir um espaço de discussão entre universidade, escola e município sobre educação no Trânsito.

8769 CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA PARA ENFRENTAMENTO DOS CONTEXTOS DE CRISE
Tatiana Almeida Couto, Flavia Pedro dos Anjos Santos, Josiane Moreira Germano, Sérgio Donha Yarid

CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA PARA ENFRENTAMENTO DOS CONTEXTOS DE CRISE

Autores: Tatiana Almeida Couto, Flavia Pedro dos Anjos Santos, Josiane Moreira Germano, Sérgio Donha Yarid

Apresentação: Por meio de saberes heterogêneos, a universidade alicerça as suas ações, para uma formação crítica com base no ensino, pesquisa e extensão, uma vez que essas ações têm a capacidade de aproximar a universidade da população e utiliza-se destas estratégias para a construção de uma formação cidadã, valorizando o saber científico e também o conhecimento advindo das comunidades e dos aspectos históricos, culturais, políticos e econômicos. Dessa maneira, na graduação em enfermagem almeja-se que a formação também seja de discentes críticos, conscientes de seu papel em suas práticas seja em serviços públicos ou privados. Destaca-se que, uma das estratégias de aproximação dos discentes com o conhecimento popular sobre saúde ocorre por meio das práticas de educação em saúde, numa perspectiva emancipatória e dialógica que deve ser inerente nas práticas de qualquer enfermeiro. Portanto, cabe ao docente nesse processo de ensino-aprendizagem, ampliar esses espaços e oportunidades para uma formação crítica, ética e humanizada, considerando que para um processo de aprendizagem significativa, o discente precisa encontrar sentido para o que está sendo discutido, além de reconhecer esse aprendizado como um elemento relevante para a melhoria da sua atuação profissional e do seu agir enquanto sujeito na sociedade. Assim, propostas metodológicas que proporcionam maior imersão de pesquisadores nos diferentes cenários de pesquisa contribuem para a percepção dos impactos do contexto político e social nesses espaços, além de evidenciar que esses atravessamentos têm repercussão direta na coleta de dados, reafirmando o compromisso ético e político da pesquisa e dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu. Tal perspectiva possibilita que os cenários pesquisados sejam mais amplos do que a priori fora planejado como objetivo do estudo, fato que permitiu o sentir e o escutar dos conhecimentos compartilhados, angústias e desafios, que extrapolam o roteiro de uma pesquisa/estudo previamente planejado. Assim, é necessário que o pesquisador seja sensível para captar e registrar o que emerge dessas experiências, além da busca direta pelo alcance dos objetivos do estudo, sendo percebido que mesmo a coleta de dados não possuindo diretamente a abordagem da discussão política, indiretamente estava presente em falas, como um “não dito” daquilo que foi dito pelos participantes. Dessa forma, esse estudo objetiva relatar a experiência sobre a contribuição da educação em saúde para o enfrentamento dos desafios presentes na conjuntura política Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência da coleta de dados da tese intitulada “Processo ensino-aprendizagem da educação em saúde na graduação em enfermagem” do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, sob Parecer n° 2.876.954 de 2018 e CAAE: 89000818.8.0000.0055. A coleta de dados foi realizada no período de setembro a dezembro de 2018 com discentes e docentes das universidades estaduais baianas (nos campus que possuem o curso de graduação de enfermagem), por meio de entrevista semiestrutura com uso de gravador e posterior transcrição dos depoimentos. Assim, foram entrevistados 39 discentes e 36 docentes, sendo utilizada a hermenêutica filosófica de Hans-Georg Gadamer para a análise das entrevistas. Impactos Considerando que a coleta de dados da pesquisa ocorreu em contexto de pré-eleições presidenciais, pós-resultados e antes da posse, foi possível perceber que indiretamente houve repercussões na maneira como os participantes do estudo se posicionavam. Assim, foi evidenciado um discurso de necessidade de empoderamento, de luta com o coletivo para a busca de melhorias bem como a visualização de um contexto marcado por dificuldades que estavam sendo evidenciadas nas universidades, suscitando discussões sobre esse cenário frente ao posicionamento de um dos candidatos sobre as instituições públicas de ensino superior, o ensino crítico e a situação política do país. No momento pré-eleições, os discentes e docentes, independente do resultado eleitoral, colocavam-se como cientes sobre a necessidade de produzir movimentos de resistência a qualquer forma de ataque às políticas referentes à educação e de perdas que a universidade já vem sofrendo. Assim como esse lugar de fala dos participantes foi demonstrado com propriedade, como pessoas que enfrentam seus desafios diários para conseguirem se manter como discente ou docente em uma graduação, sendo portanto o lugar de fala diante das singularidades dos contextos sociocultural e econômico, o que embasava também seus posicionamentos e lutas. Foi revelado pelos discentes que a coleta de dados dessa pesquisa representou a possibilidade de promover reflexões e análises críticas das suas vivências, sendo que os docentes relataram que a pesquisa suscitou reflexões sobre o seu papel e atuação profissional. No que se refere ao objeto de estudo sobre educação em saúde, entre as vertentes de abordagens dos participantes, o contexto político também foi mencionado como variável a ser considerada no planejamento e na implementação de uma ação educativa em nível individual e coletivo, em decorrência aos possíveis retrocessos em relação à Saúde Pública. Assim para os discentes, a necessidade de discussão dessa conjuntura tem maior possibilidade de trocas entre os pares para construir espaços de resistência, sendo a educação e a comunicação em saúde potentes dispositivos para produção do cuidado. Por sua vez, os docentes expressaram a necessidade de utilizarem-se da reflexão e do processo de ensino-aprendizagem com os discentes em sala de aula, das possibilidades de rodas de conversas, eventos em espaços de saúde no território e nos equipamentos sociais. Também foi possível identificar que esses movimentos são relevantes para discutir o papel da política proposta pela atual conjuntura que alicerça suas bases na privatização e redução dos direitos das populações menos favorecidas e, na condição de pesquisadores, percebia-se que a possibilidade de ações de educação em saúde propiciava motivação para a atuação docente, por suscitar a união com discentes e demais docentes. Além disso, foi mencionado que as inquietações sobre o refletir em relação a esse objeto de estudo proporcionaram a emergência de consolidação de conhecimento, participação em eventos para a atualização e união de forças para elaboração de estratégias para o enfrentamento desse contexto de crise.  Considerações finais: Um dos papéis da universidade é a formação de sujeitos críticos e comprometidos com a realidade social do país, tornando-se primordial investir na formação de enfermeiros que não se restrinja as exigências do mercado, mas que sejam sujeitos críticos que, juntamente aos usuários dos serviços de saúde, busquem assegurar o respeito a sua autonomia. Ressalta-se também a relevância da realização de pesquisas qualitativas que valorizarem a educação em saúde e a interação no momento da coleta de dados, no intuito de se ampliar o conhecimento de diferentes cenários e realidades, tendo em vista que a coleta de dados pode se configurar em encontros potentes que reafirmem a educação em saúde como propulsora de espaços de reflexão, de fala, de escuta do outro, a fim de se construir coletivamente direcionamentos que amplie a qualidade e dignidade de vida dos cidadãos.

9067 PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO: PALESTRAS EDUCATIVAS - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Luciana Pereira Colares Leitão, Amanda Geizela Santos Lima, Christian Souza Araújo, Mikaelle Claro Costa Silva Ferraz, Isabella Piassi Dias Godói

PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO: PALESTRAS EDUCATIVAS - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Luciana Pereira Colares Leitão, Amanda Geizela Santos Lima, Christian Souza Araújo, Mikaelle Claro Costa Silva Ferraz, Isabella Piassi Dias Godói

Apresentação: Os danos resultantes dos acidentes de trânsito estão entre as principais causas da mortalidade no Brasil e no Mundo. No município de Marabá, localizado no sudeste do estado do Pará, os dados da Secretaria Municipal de Segurança Institucional apontam o agravamento do cenário, com registros de acidentes ocasionados predominantemente pela imprudência e descumprimento do Código Brasileiro de Trânsito (CBT). O artigo 6º do CTB afirma que um dos objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito é estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito, com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa ambiental e à educação para o trânsito. Neste contexto, o projeto de extensão “Educa mais trânsito” promovido por docentes e discentes da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) teve como objetivos o desenvolvimento de ações educativas, a partir de diferentes abordagens metodológicas, a fim de sensibilizar e conscientizar a comunidade frente a este importante problema de saúde pública. O Ministério da Saúde elenca a educação como uma importante forma de prevenção, para que crianças, jovens e adolescentes, os principais envolvidos, sejam ensinados e protegidos. As Palestras Educativas, portanto, se estabeleceram objetivando ações que desenvolvessem a sensibilização e a compreensão da importância da função específica de cada sujeito presente no trânsito e sobre as regularidades que ele precisa obter para evitar os acidentes ocasionados. Desenvolvimento: As ações foram realizadas pelos discentes do 2° e 3º semestre do curso de Bacharelado em Saúde Coletiva da UNIFESSPA, em uma atividade de extensão dentro de uma disciplina componente da grade curricular do curso, juntamente com a participação de acadêmicos de pedagogia e geografia da mesma instituição. Para a elaboração das palestras educativas foi conduzida uma pesquisa bibliográfica frente a diferentes instrumentos direcionados a temática, tendo como principal referencia o Código Brasileiro de Trânsito. Adicionalmente, o projeto “Educa mais trânsito” promoveu no ambiente acadêmico, debates e reflexões envolvendo alunos e profissionais de importantes órgãos públicos relacionados ao trânsito entre eles destaca-se o Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano - DMTU, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU, a Polícia Rodoviária Federal - PRF e o Corpo de Bombeiros, que promoveram palestras semanais com informações pertinentes a respeito do papel no sistema de trânsito de cada um dos órgãos citados, além de relatos da vivência de cada profissional frente as demandas de cada órgão. Após esta experiência, os participantes seguiram com a realização de palestras educativas que contemplaram escolas públicas e particulares, divididas entre os núcleos do município de Marabá, e abrangeram os níveis educacionais: desde o ensino infantil ao ensino médio. A realização das palestras ocorrera em auditórios ou em salas de aula amplas de cada escola e foram ministradas utilizando-se recursos de vídeos e/ou recursos lúdicos e dinâmicos, de acordo com cada faixa etária. Durante as apresentações buscou-se a interação dinâmica com a plateia, visando uma troca de conhecimentos e o ensino sobre a temática. Resultado: Cada palestra era apresentada em uma média de 30 minutos de duração, tempo esse essencial para prender a atenção do público, foram realizadas 15 apresentações entre os meses de Outubro e Novembro do ano de 2019 envolvendo escolas públicas e privadas de Marabá. Foi possível, a partir da colaboração da universidade, o transporte dos discentes e docentes, em ônibus da instituição pública, para os locais onde foram realizadas as atividades. Durante a atividade, os alunos expectadores interagiam com os palestrantes, questionando e esclarecendo as dúvidas que surgiam sobre as normas de trânsito e sobre fatos vivenciados por cada aluno. Pode-se destacar que um importante recurso utilizado foram os audiovisuais, em especial os vídeos, que ilustravam as situações relatadas durante a palestras e que contribuíram de forma significativa para um maior esclarecimento das causas relacionadas aos acidentes de trânsito, conseguindo assim uma melhor transmissão das informações frente ao tema. A dinâmica diferenciada das palestras era adequada a cada público, para o público infantil a utilização de vídeos com uma abordagem mais lúdica era utilizada, para o público adolescente a demonstração das leis de trânsitos e vídeos mais realistas conseguiam prender a atenção do público.  Ressalta-se, que o conhecimento sobre a organização e as regras do trânsito foi construído e trabalhado ao longo das palestras, buscando a sensibilização e a consciência sobre a importância da prevenção e de decisões responsáveis no trânsito. O desafio de trabalhar com as crianças de idades e anos escolares diferentes, propiciou aos discentes envolvidos, um contato na prática, das diversas formas pedagógicas que podem ser utilizadas em ações de educação e promoção da saúde. Apesar dos desafios, as palestras educativas se apresentaram como importantes instrumentos democráticos de aprendizado. Adicionalmente, o projeto contribuiu com formação dos discentes envolvidos frente a importância da realização de atividades com foco no binômio universidade/comunidade, fortalecendo o tripé ensino, pesquisa e extensão, aplicada a um tema relevante e, principalmente, pela possibilidade de formação de multiplicadores de boas práticas no trânsito. Considerações finais: As palestras educativas possibilitaram um espaço de aprendizado e troca de experiências, tanto para os emissores como para os receptores, sobre importantes conceitos e informações aplicadas a regras e funcionamento do sistema nacional de trânsito, com ações direcionadas para a promoção da prevenção e combate aos acidentes, considerado um desafio para a saúde pública não apenas em Marabá, como em todo o Brasil. O trabalho colaborativo de discente e docentes da equipe de trabalho envolvida no projeto foi satisfatório e essencial para a concretização com sucesso de todas as etapas desde a preparação, realização das palestras e, principalmente, para o alcance dos objetivos traçados frente ao processo de aprendizagem do público-alvo. Ressalta-se a relevância da continuidade de iniciativas que visem auxiliar no processo de sensibilização e conscientização da população em decorrência da grande relevância e demandas aplicadas a esta temática, a fim de que possam contribuir com a redução das vítimas (fatais e não fatais) em decorrência dos acidentes de trânsito no município, que vale ressaltar, são as principais causas de internação nos hospitais do município. Além disso, colaborar com a equipe do projeto foi enriquecedor e desafiador para que a partir de tal preparação, o processo de aprendizagem do público-alvo fosse alcançado.

9310 A PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS POR JOVENS UNIVERSITÁRIOS DE DUAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR – IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Raquel Ramos Woodtli, Thelma Spindola, Claudia Silvia Rocha Oliveira, Catarina Valentim Vieira da Motta, Barbara Galvão dos Santos Soares, Thuany de Oliveira Abreu, Nathalia Trindade Moerbeck

A PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS POR JOVENS UNIVERSITÁRIOS DE DUAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR – IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Autores: Raquel Ramos Woodtli, Thelma Spindola, Claudia Silvia Rocha Oliveira, Catarina Valentim Vieira da Motta, Barbara Galvão dos Santos Soares, Thuany de Oliveira Abreu, Nathalia Trindade Moerbeck

Apresentação: As infecções sexualmente transmissíveis (IST) atingem a população a nível mundial, estando entre os principais problemas de saúde pública, sendo recorrente especialmente entre os jovens. São ocasionadas principalmente por contato sexual, sem o uso do preservativo, com uma pessoa que esteja infectada. O uso dos preservativos masculino ou feminino são os únicos métodos que oferecem dupla proteção, ou seja, protegem, ao mesmo tempo, de IST/HIV e de uma gravidez não planejada. Estudos sinalizam que o inicio da vida sexual dos jovens tem ocorrido cada vez mais precocemente, o que pode acarretar transtornos para a sua saúde como a ocorrência de uma gravidez não planejada e das ISTs, sendo imprescindível o conhecimento dos jovens sobre esse assunto. No Brasil, a crescente incidência de infecções sexualmente transmissíveis na população jovem estimula a realização de estudos com este contingente populacional. Há uma maior exposição dos jovens a esses agravos em decorrência de suas práticas sexuais, como início precoce das atividades sexuais, uso descontínuo (ou não uso) de preservativos, multiplicidade de parceiros e baixa percepção do risco para IST. Esse processo de transição para uma vida adulta futura é caracterizado por um período de experimentação, vivência da sexualidade e definição de identidade. O conhecimento, o comportamento, a atitude e as práticas dos estudantes podem ou não colocá-los em situação de risco para adquirir IST, bem como uma gravidez não planejada. Diante disso, os enfermeiros possuem um papel importante no desenvolvimento de ações voltadas à promoção da saúde dos jovens, utilizando estratégias para informa- los sobre os riscos que uma relação sexual desprotegida pode ocasionar, fazendo com que reflitam sobre os seus relacionamentos íntimos e possam adotar um comportamento sexual saudável. A educação em saúde é baseada no diálogo, com a troca de saberes, entre o saber científico e o saber popular. É importante tornar os jovens mais responsáveis e atentos aos cuidados com sua saúde sexual e de seus parceiros. Sabe-se que eles são multiplicadores de informações relacionadas aos cuidados com a saúde, e ao repassa-las podem favorecer a redução da exposição dos jovens aos riscos que prejudiquem sua saúde. Em relação às medidas de controle das IST, os serviços de saúde costumam realizar o aconselhamento, que são orientações aos usuários na autoavaliação de suas práticas sexuais e a importância do comportamento preventivo.  Realizam, ainda, práticas de educação em saúde, com estimulo para o uso de preservativos considerado o método mais eficiente para a prevenção da transmissão de IST/HIV. Objetivo: Analisar as práticas sexuais e as práticas para prevenção de infecções sexualmente transmissíveis adotadas por jovens universitários; Comparar as práticas sexuais e as práticas para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis de estudantes de duas universidades. Método: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, quantitativo, realizado em duas instituições de ensino superior do município do Rio de Janeiro, sendo uma universidade pública (A) e uma universidade privada (B). Os participantes do estudo foram estudantes universitários regularmente matriculados e presentes nas universidades na ocasião da coleta dos dados. A amostra selecionada foi intencional e estratificada por sexo, num total de 1255 estudantes sexualmente ativos, do sexo masculino e feminino, na faixa etária de 18 a 29 anos. Os jovens responderam a um questionário autoaplicado, estruturado com 60 questões. Os dados foram tabulados e organizados no software Excel, e analisados com emprego da estatística descritiva. Foram respeitados todos os aspectos éticos de pesquisa envolvendo seres humanos. Resultado: Dentre os estudantes investigados, a maioria tem idades entre 18 e 24 anos (A-78,03%) e (B-87,30%); são do sexo feminino (A-45,92%) e (B-48,62%); e masculino (A-54,07%) e (B-51,37%); solteiros (A-48,58%) e (B-54,89%); possuem companheiro fixo (A-44,25%) e (B-40,51%). Entre os participantes a maioria teve a primeira relação sexual com idades entre 15 e 19 anos, (A-78,03%) e (B-81,49%); o preservativo foi adotado na primeira relação sexual (A-73,21%) e (B -73,54%), entretanto não utilizam preservativos em todos os intercursos sexuais (A-57,23%) e (B-62,53%). Informaram ter relações sexuais com parcerias fixas (A-82,41%); (B-84,83%) e parcerias casuais (A-47,80%) e (B-52,16%). Fizeram uso de preservativos nos relacionamentos com parcerias fixas, (A-53,77%) e (B-44,00%); e com parcerias casuais (A-73,56%) e (B-63,14%). Os estudantes informaram a presença de mais de um parceiro sexual no mesmo período (A-28,61%) e (B-29,20%), e no que concerne a negociação do uso do preservativo nos relacionamentos nota-se ser uma prática pouco frequente (A-28,95%) e (B-25,38%), especialmente no grupo feminino. Embora os estudantes não usem o preservativo de modo continuado regularmente, acreditam ser pouco possível adquirir IST (A-55,74%) e (B-47,09%). Considerações finais: O comportamento sexual pode contribuir para a exposição aos agravos de saúde. Os achados evidenciam que a maioria dos universitários usaram preservativo na primeira relação sexual, mas o uso deste recurso é descontinuado nos demais intercursos sexuais. O preservativo é adotado com maior frequência nos relacionamentos com parceiros eventuais, em comparação aos estudantes que informaram parcerias fixas e costumam empregar outros métodos contraceptivos, ou usam preservativos de modo descontinuado. Um reduzido número de universitários usam preservativos em todas as relações sexuais, e ficam expostos aos agravos de saúde que uma relação sexual desprotegida pode acarretar. Nota-se, também, a baixa negociação do preservativo entre as parcerias sexuais, especialmente entre as mulheres. Embora os universitários tenham mais acesso às informações, continuam assumindo um comportamento sexual de risco que favorece a vulnerabilidade as IST. Não houve diferença significativa das práticas sexuais e de prevenção entre os estudantes das instituições de ensino superior pública e privada. Nesse contexto, as ações de educação em saúde com o grupo jovem realizada por profissionais de saúde e educadores são extremamente relevantes, esclarecendo sobre a importância de prevenir esses agravos. É necessário, ainda, salientar a importância do uso contínuo de preservativos para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, e estimular a busca pelos serviços de saúde pública para realizar testes de sorologia para IST e orientações em saúde. Acrescenta-se que o público masculino, em geral, procura menos os serviços de saúde que as mulheres, sendo necessário que os serviços adotem novas estratégias para atingir esse grupo. Algumas IST se apresentam de forma assintomática, o que retarda o diagnóstico e o tratamento, facilitando o contágio e a propagação dessas infecções.  O papel dos profissionais de saúde nas unidades de atenção primária é imprescindível, com ações de sensibilização desse contingente populacional, ressaltando a importância do autocuidado, das práticas de prevenção e cuidados com a saúde sexual para a prevenção de agravos à saúde, como as infecções sexualmente transmissíveis.

9561 EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA TRABALHADORES DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ: GUIA PRÁTICO DE ORIENTAÇÕES PARA PREPARAÇÕES CULINÁRIAS
Wanessa Natividade Marinho, Débora Oliveira, Lorhane Meloni, Sarah Cordeiro, Thuane Lima, Bruno Macedo

EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA TRABALHADORES DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ: GUIA PRÁTICO DE ORIENTAÇÕES PARA PREPARAÇÕES CULINÁRIAS

Autores: Wanessa Natividade Marinho, Débora Oliveira, Lorhane Meloni, Sarah Cordeiro, Thuane Lima, Bruno Macedo

Apresentação: A sindemia global congrega, ao mesmo tempo, os efeitos perversos das epidemias da obesidade, desnutrição e aquecimento planetário global. Com a globalização, cada vez mais o hábito de preparar o próprio alimento vem sido enfraquecido pela perda progressiva da transmissão de habilidades culinárias entre gerações, acompanhada do declínio do consumo de alimentos in natura e minimamente processados. Isso se justifica pelo fato das escolhas alimentares não serem determinadas, de forma simplória, pelas necessidades fisiológicas humanas, e sim, tendo forte influência cultural, social e econômica. Alguns fatores, como a intensa rotina cotidiana, vão ao encontro da exacerbada oferta de produtos alimentícios prontos para o consumo –  ultraprocessados – de baixo valor nutricional. Esses produtos são apoiados por serem facilmente acessíveis, terem preços atrativos e pelo uso massivo de propagandas, as quais vendem a falácia de que preparar a própria comida em casa seria uma perda de tempo. Assim, esses produtos privam do compartilhar de experiências, memórias e afeto na cozinha e ao redor da mesa, que são hábitos fundamentais para promover a boa alimentação e saúde. Nesse sentido, o objetivo da elaboração do Guia prático de orientações para preparações culinárias é realizar orientação quanto a segurança alimentar, estimulando a promoção da alimentação adequada e saudável e o prazer no preparo do seu próprio alimento no ambiente de trabalho. O lançamento do material educativo para os trabalhadores foi realizado em outubro de 2019 tendo como referência o Guia Alimentar da População Brasileira, no Guia de Alimentos Regionais Brasileiros, no Guia de Orientações para Preparações Culinárias, nas diretrizes da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) e na Estratégia Fundação Oswaldo Cruz para a Agenda 2030 sendo estruturado orientações a respeito das etapas da produção de alimentos, que compreende desde a seleção, pré-preparo, preparo, armazenamento e transporte; de uma forma mais segura, quanto aos aspectos higiênicos, além de dicas de saúde, organização da geladeira, rotulagem e armazenamento dos alimentos, cuidados com a saúde e sustentabilidade. O Guia prático de orientações para as preparações culinárias foi disponibilizado aos trabalhadores de maneira online, através da intranet (rede de comunicação interna) objetivando a sustentabilidade e um maior alcance do material por parte dos usuários, tendo em vista que além do grupo de trabalhadores da instituição, o material pode ser divulgado entre familiares e amigos dos usuários da rede. Além deste canal, o material foi divulgado em diversas atividades coletivas presenciais na instituição, como rodas de conversa, oficinas culinárias, eventos comemorativos, entre outros. Com isso, observamos boa aceitação por parte dos trabalhadores. Muitos relatavam desconhecimento de tais orientações e outros diziam que o material é de extrema importância para o preparo das refeições no ambiente de trabalho e no meio familiar. Nesse contexto, compreendemos que a comida e o direito precisam caminhar juntos no campo da alimentação, nutrição e cultura. Os ingredientes, o modo de preparar os alimentos e os pratos que compõem a mesa dos brasileiros são muito mais que simples hábitos. A alimentação é também uma abordagem para conhecer e entender a cultura e história de nosso povo.

10025 “INFORMAR PARA NÃO SEGREGAR”: EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DO ESTIGMA SOCIAL DO MAL DE HANSEN
Thais Scerni Antunes, Carla Quaresma Durães de Sousa, Ingred Amanda Brito da Silva, Liuan Ferreira Campelo da Silva, Tamylle Daniele Guimarães Dias, Amauri Miranda Esteve

“INFORMAR PARA NÃO SEGREGAR”: EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DO ESTIGMA SOCIAL DO MAL DE HANSEN

Autores: Thais Scerni Antunes, Carla Quaresma Durães de Sousa, Ingred Amanda Brito da Silva, Liuan Ferreira Campelo da Silva, Tamylle Daniele Guimarães Dias, Amauri Miranda Esteve

Apresentação: Este é um relato de experiencia sobre um trabalho desenvolvido com adolescentes de uma escola pública da periferia de Belém (PA) sobre o estigma social em relação à hanseníase. Ademais, o estudo tem como objetivo desmistificar o preconceito e desinformações acerca da hanseníase, além de instruir os alunos acerca da doença e do doente. Desenvolvimento: Primeiramente foi feito uma coleta de dados, em que os participantes escreviam no papel o conceito de hanseníase em uma visão individual. Posteriormente, foi realizado um túnel do tempo, com discussão sobre o estigma da hanseníase desde a Idade Média até os dias atuais. Ademais, foi apresentado os sinais e sintomas da doença. No terceiro momento, houve a realização de um jogo de perguntas e respostas, no qual a sala de aula foi dividida em dois grandes grupos, a fim de analisar e ensinar, de forma didática, os aprendizados sobre a hanseníase. E no quarto momento, foi entregue brindes aos participantes, e fichas com emoticons, com carinhas ilustrativas de ótimo, boa, regular ou ruim, a fim de avaliação da ação, como coleta de dados final. Resultado: A primeira coleta de dados foi verificada que ainda existem o forte preconceito e estigma sobre os indivíduos com hanseníase, uma vez que dos participantes que escreveram o primeiro pensamento sobre a doença aproximadamente 18% utilizaram termos como “coitada delas”, “pira nojenta” e “morte”. Tal fato, só demonstra a importância de esclarecimento sobre o assunto ainda nas séries iniciais, como forma de minimização de propagação de informações erradas relacionadas a temática. Outrossim, tanto no túnel do tempo quanto no jogo de perguntas e respostas percebeu-se o interesse dos alunos, pois houve interação com as acadêmicas, por meio de perguntas e relatos do cotidiano dos escolares, assim, a atividade educativa foi um espaço de aprendizagem e exposição de ideias sobre a doença. A ação educativa obteve êxito, pois 69% avaliaram como ótima e 26% como boa. Considerações finais: Mediante a elaboração do trabalho foi possível evidenciar a problemática existente, no que diz respeito ao estigma social relacionado a hanseníase e a falta de informação sobre a doença, esta atenuante na propagação do preconceito ao doente. Nessa conjuntura, a ação educativa possibilitou o esclarecimento e, assim, permite que estes possam ser agentes disseminadores de informações aos amigos, familiares e a comunidade. Ademais, este relato contribui na formação do profissional de enfermagem, uma vez que os acadêmicos tem o contado direto com a comunidade desde o início da graduação, desmitificando o pensamento de que o enfermeiro apenas atua nos hospitais.

10201 PRÁTICAS E PERCEPÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM ADULTOS COM COMORBIDADES ASSOCIADAS ÀS DOENÇAS INFECCIOSAS
Ana Keli Felipe dos Santos, Patrícia Dias Brito, Wanessa Natividade Marinho, Julliana Antunes Cormack

PRÁTICAS E PERCEPÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM ADULTOS COM COMORBIDADES ASSOCIADAS ÀS DOENÇAS INFECCIOSAS

Autores: Ana Keli Felipe dos Santos, Patrícia Dias Brito, Wanessa Natividade Marinho, Julliana Antunes Cormack

Apresentação: Com o declínio das taxas de mortalidade das doenças infecciosas e da “cronificação” de algumas delas, como observado na AIDS, as comorbidades metabólicas passam a ser o foco do acompanhamento nutricional destes indivíduos. Atividades de educação alimentar e nutricional (EAN) em grupo são essenciais por contribuir para uma melhor adesão ao tratamento nutricional, bem como, para a melhora do estado de saúde e da qualidade de vida desta população. O presente trabalho integrou uma pesquisa em andamento no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/ Fiocruz), situado no Rio de Janeiro, com o objetivo de avaliar práticas e percepções sobre EAN em adultos participantes das oficinas temáticas desenvolvidas no Projeto de Pesquisa "Educação alimentar e nutricional em grupo como estratégia de atenção à saúde para o controle de comorbidades em pessoas com doenças infecciosas". Como objetivo específico buscou-se: analisar qualitativamente as práticas e percepções; e descrever as mudanças de hábitos alimentares dos participantes a partir das oficinas temáticas. Trata-se de um estudo de caso com caráter descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa. A amostra do estudo foi composta por indivíduos adultos, de ambos os sexos, portadores de doenças infecciosas e parasitárias, participantes das oficinas temáticas do referido projeto. Estes participantes foram recrutados durante as consultas ambulatoriais individuais de Nutrição, onde verificou-se o interesse e disponibilidade de tempo para participar do programa de EAN. As oficinas contemplaram os meses de abril a novembro de 2019, sendo realizadas uma vez por mês, com a duração de aproximadamente 90 minutos, sobre temas relevantes relacionados à alimentação para o controle de comorbidades. – alimentação saudável, alimentos in natura versus ultraprocessados, controle da ingestão de açúcar e uso racional de edulcorantes, controle da ingestão de sal e uso de temperos, controle da ingestão de gorduras, como aumentar a ingestão de fibras. A coleta de dados do presente trabalho foi realizada na reunião de julho 2019, que teve como tema “controle da ingestão de açúcar e uso racional de edulcorantes”. Para a realização da pesquisa dois instrumentos foram utilizados: um roteiro de entrevista semiestruturado e uma ficha de avaliação da oficina. O roteiro de entrevista foi elaborado com perguntas sobre as estratégias educativas em alimentação e nutrição, bem como as mudanças de hábitos alimentares dos participantes a partir da participação das oficinas.  A coleta de dados ocorreu em duas etapas, ao final da reunião: preenchimento do questionário e avaliação da oficina pelos participantes, realizada pela pesquisadora. A reunião e as entrevistas gravadas foram transcritas integralmente e as narrativas categorizadas, por meio do programa Excel®2013, onde avaliou-se a frequência de repetição das palavras, pautando-se na metodologia de análise de conteúdos, método fundamentado pela professora da Universidade de Paris V, Laurence Bardin, que estabeleceu técnicas de tratamento de dados em pesquisa qualitativa. Quanto à análise dos dados obtidos, foram realizadas as seguintes etapas de processamento, desenvolvidas por Bardin: 1) Pré-análise: etapa na qual, foi realizada a “escolha dos documentos submetidos à análise, a formulação das hipóteses e dos objetivos e a elaboração de indicadores que fundamentem a interpretação final”; 2) Exploração do material: essa etapa, compreendeu a codificação, a categorização e a classificação de dados, que foram submetidos a uma análise detalhada, norteada pelo referencial teórico, com a finalidade de compreender as característica e mensagens presentes no material, para sintetizar as ideias expressas nele; 3) Interpretação referencial: última etapa, em que se aprofundada a análise do estudo e chegando aos resultados mais específicos da pesquisa. O trabalho fez parte do projeto “Educação alimentar e nutricional em grupo como estratégia de atenção à saúde para o controle de comorbidades em pessoas com doenças infecciosas” aprovado em 21/06/2017 sob o parecer de número 2.130.154 (CAAE 65402617.6.0000.5262). Todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido e autorizaram a gravação das falas. Participaram da reunião, e, portanto, do presente trabalho sete indivíduos do grupo de EAN do ambulatório de nutrição do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/ Fiocruz), sendo cinco mulheres (71,43 %) e dois homens (28,57 %), com idade variando de 53 a 70 anos, e com média de 61 anos. Em relação às doenças infecciosas que acometem os participantes, verificou-se que três deles são diagnosticados com HIV, três são portadores da doença de Chagas e um indivíduo é portador do vírus HTLV. Além disso, os participantes do grupo de EAN possuem uma ou mais comorbidades associadas à doença de base, como o diabetes, dislipidemia e hipertensão arterial. Desses participantes identificou-se que três são diabéticos, quatro possuem dislipidemia e seis são hipertensos. Quanto ao grau de escolaridade, dois participantes não eram alfabetizados, dois possuíam ensino fundamental incompleto, dois ensino fundamental completo e um ensino médio completo, sendo este um dado importante e que também deve ser levado em conta para o planejamento de ações educacionais. A partir da análise das narrativas transcritas das entrevistas e oficina, foram definidas três categorias princi­pais que conduziram o estudo: Dinâmica da Alimentação; Autossuperação e Efetividade das Oficinas de EAN. Na categoria “Dinâmica da Alimentação” foram observados registros sobre mudanças de hábitos alimentares, promoção do autocuidado, autonomia e empoderamento dos indivíduos, fazendo dos participantes protagonistas de sua própria saúde. Entre as mudanças de hábitos relatadas, a principal alteração de hábitos referida pelos participantes foi à diminuição do consumo de alimentos gordurosos, como as frituras, e do consumo de açúcares, assim como, o aumento do consumo de alimentos in natura. A categoria “Autossuperação” permeou questões relacionadas aos fatores que dificultaram a promoção de mudanças nas práticas alimentares dos participantes. Observou-se, na fala da maioria dos participantes o relato de dificuldades relacionadas à mudança de hábitos já adquiridos e sobre manter uma rotina de horário para realizar as refeições do dia. Na categoria “Efetividade das oficinas de EAN” os participantes consideraram a participação nos grupos como uma oportunidade para expressar suas dúvidas sobre alimentação saudável e trocar experiências. A estratégia de EAN em grupo foi vista como benéfica, na medida em que serviu como suporte para a aquisição de novos conhecimentos, contribuiu para melhora do estado de saúde dos participantes, obtenção de práticas alimentares mais adequadas, bem como, os participantes mostraram se mais encorajados e motivados a adotar mudanças. Conclui-se que, as oficinas temáticas de EAN em grupo tiveram papel fundamental no processo de transformações e promoção de hábitos alimentares saudáveis, podendo ser considerada uma estratégia efetiva para o acompanhamento nutricional em adultos com comorbidades associadas às doenças infecciosas. Por meio da análise das narrativas, foi possível observar relatos da formação de hábitos alimentares saudáveis, a promoção da autonomia e autocuidado, obtenção de conhecimentos essenciais e conscientização dos participantes sobre uma alimentação saudável. As atividades, em grupo mostraram-se importantes para a socialização e troca de experiências, que concomitantemente, contribuíram para a autoconfiança e motivação dos indivíduos para uma melhor adesão ao tratamento nutricional.

7907 EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Fabian Elery Teixeira da Rocha, Caio Victor Fernandes de Oliveira, Camila  Emanuelle Silva de Araujo, Isabelle Barros Sousa , Kemyson  Camurça Amarante, Geovana Monteiro de Oliveira, Richardson Lopes Bezerra, Roberta Meneses Oliveira

EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Fabian Elery Teixeira da Rocha, Caio Victor Fernandes de Oliveira, Camila  Emanuelle Silva de Araujo, Isabelle Barros Sousa , Kemyson  Camurça Amarante, Geovana Monteiro de Oliveira, Richardson Lopes Bezerra, Roberta Meneses Oliveira

Apresentação: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a doença que mais mata os brasileiros e, ainda, é a principal causa de incapacidade no mundo, além disso, o AVC está aumentando entre os jovens, já que ocorre em 10% de pacientes com menos de 55 anos em consonância com a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV). À vista disso, segundo a Academia Brasileira de Neurologia (ABN) 90% dos AVCs possuem fatores de risco que podem ser modificados. Diante deste cenário, estratégias de promoção da saúde e detecção de grupos de risco para intervenções preventivas com foco no AVC são essenciais para, assim, tentar reduzir tais números alarmantes. Objetiva-se relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem na prática de educação em saúde sobre AVC. Trata-se de um relato de experiência sobre uma ação de educação em saúde, realizada pela Liga Acadêmica de Enfermagem em Cuidados Críticos (LAECC). A atividade foi desenvolvida em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), com um público de 50 pessoas, em janeiro de 2020. No início da ação, observou-se um pouco de conversas paralelas entre os pacientes, porém, durante a ação, a busca ativa e o interesse pela temática sobrepuseram-se a esse impasse. Observou-se que muitos pacientes não sabiam os fatores de risco para o AVC e os sintomas relacionados a essa doença e, por isso, houve muitas dúvidas sobre esse assunto. Logo, as dúvidas e questionamentos foram discutidos em linguagem simples e acessível e os pacientes mostraram-se bastantes satisfeitos com as respostas, além de demonstrar o interesse na mudança de alguns fatores de risco. Conclui-se, portanto, que as ações educativas acerca de Acidentes Vasculares Cerebrais são benéficas no sentido de informar e alertar a população atendida em serviços de atenção básica e, assim, promover saúde e alertar a população para essa temática de grande relevância no contexto do sistema único de saúde. EBC. AVC: 90% DOS CASOS DECORREM DE FATORES QUE PODEM SER PREVENIDOS. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-10/avc-90-dos-casos-decorrem-de-fatores-que-podem-ser-prevenidos. Acessado em: 15/01/2020. SBDCV. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL. Disponível em: http://www.sbdcv.org.br/publica_avc.asp. Acessado em: 15/01/2020.

8133 EDUCAÇÃO EM SAÚDE E OS PRINCIPAIS DESAFIOS ENCONTRADOS NO PROCESSO DE AUTOCUIDADO AO PACIENTE INSULINODEPENDENTE.
stephanne barboza monteiro, Jamile Pacheco, Ana Rosa Pontes

EDUCAÇÃO EM SAÚDE E OS PRINCIPAIS DESAFIOS ENCONTRADOS NO PROCESSO DE AUTOCUIDADO AO PACIENTE INSULINODEPENDENTE.

Autores: stephanne barboza monteiro, Jamile Pacheco, Ana Rosa Pontes

Apresentação: O diabetes mellitus (DM) é considerada uma das maiores epidemias mundiais da atualidade, sendo um problema de saúde de grande repercussão na população brasileira, requerendo, portanto, contínua atenção e acompanhamento da equipe multiprofissional. O DM apresenta características progressivas, evidenciando-se principalmente por hiperglicemia crônica decorrente de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina. Nesse sentido, o uso da insulina subcutânea como complemento terapêutico para o bom controle metabólico, classicamente indicada para o DM tipo 1, está gradativamente sendo reconhecida como opção terapêutica para DM tipo 2, associada aos hipoglicemiantes orais, pois, sabidamente, mais da metade dos casos evoluem com a necessidade do uso de insulina. Se tratando de usuários insulinodependentes, a abordagem terapêutica deve enfocar-se na prevenção e/ou reabilitação das complicações e no fomento à qualidade de vida do usuário por meio de orientações educacionais em saúde direcionadas para a insulinoterapia. Estas orientações são de especial importância, pois, observa-se uma aversão a esse método terapêutico, devido a fatores desafiadores dentro do processo de autocuidado, ou até mesmo escassez de orientações de um profissional de saúde. O DM é destacado como condição sensível à Atenção Primária (AP), ou seja, com adequadas ações que promovam a prevenção desse agravo ou de suas complicações, como consequência, se obteria um número menor de hospitalizações e mortes decorrentes de complicações ocasionadas pelo DM. O SUS apresenta como um de seus compromissos e desafios a necessidade permanente de evolução de Políticas de Desenvolvimento para os trabalhadores que integram seu cenário, propondo para tal um processo permanente de aprendizado pelo trabalho, projetando possibilidades de desconstrução/construção de novos valores, ideais e lutas para produzir mudanças de práticas, de gestão e de participação social, visando a qualidade de vida da comunidade. Nesta perspectiva, a educação em saúde é utilizada por profissionais da saúde, como instrumento transformador, remetendo a práticas educativas dialógicas baseadas na construção compartilhada do conhecimento, no respeito ao saber popular e na construção de alternativas de transformação das condições de vida e saúde da população. Visto isso, o objetivo do presente trabalho é descrever a experiência de acadêmicas de enfermagem na condução de ações de educação em saúde na Atenção Básica e a explanação dos principais desafios encontrados no processo do autocuidado do tratamento da Diabetes mellitus. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, tipo relato de experiência, desenvolvido por acadêmicas de Enfermagem da Universidade Federal do Pará (UFPA), sob a supervisão docente, durante as atividades extensionistas do projeto “Promoção de saberes sobre a insulinoterapia subcutânea aos pacientes diabéticos de uma Unidade Básica de Saúde  (UBS) de Belém do Pará”, no mês agosto de 2019, tendo como público alvo, idosos portadores de diabetes mellitus e insulinodependentes cadastrados no Programa Hiperdia. A vivência decorreu por meio de consultas de enfermagem, e ações de educação em saúde em grupo, com usuários diabéticos que faziam o seguimento terapêutico com a aplicação de insulina subcutânea em domicílio. Para a realização das atividades foram utilizadas tecnologias de educação em saúde como um boneco confeccionado de pano, com as definições das regiões para administração da insulina, frascos e agulhas de insulina para as simulações e flip-chart. As atividades tiveram enfoque na promoção do autocuidado, protagonismo dos usuários frente à sua própria saúde e contribuições para adesão e prosseguimento terapêutico de qualidade, a partir de uma abordagem clara e sempre levando em consideração os conhecimentos prévios apresentados pelos pacientes. Durante a vivência, por meio de diálogos entre a equipe e os participantes, os principais desafios encontrados mediante ao processo de tratamento, foram relacionados ao acesso ao quantitativo de seringas adequadas, as quais são disponibilizadas pela UBS supracitada; dificuldades na realização do rodízio sistemático das áreas de aplicação da insulina por idosos que moram sozinhos ou que necessitam realizar a administração mais de uma vez ao dia e não possuem o apoio familiar; dificuldades no acesso ao glicosímetro e, principalmente, às fitas teste, também disponibilizadas pela Unidade; impasses na adesão de tratamentos não farmacológicos, como atividades físicas regulares e alimentação adequada frente ao agravo; carência de compreensão sobre fatores os quais, direta ou indiretamente, poderiam contribuir para um resultado efetivo do tratamento, como prazo de validade das insulinas e locais corretos para o armazenamento do fármaco. Dentro dessa perspectiva, a educação em saúde serviu como forte instrumento no direcionamento de orientações referentes aos desafios encontrados e no fomento da qualidade do autocuidado dos pacientes, sendo os principais direcionamentos das abordagens a elucidação das dúvidas compartilhadas e contribuições da equipe. Esse processo decorreu por meio da valorização dos diversos contextos sociais, econômicos e culturais da comunidade, levando em consideração o saber popular e científico, no sentido de reconstruir significados e atitudes. Além do mais, as acadêmicas, tiveram enfoque na escuta qualificada de todas as demandas, dúvidas e contribuições, para a criação de vínculo com essa comunidade, valorizando experiências, histórias de vida e visão de mundo diversificada. Resultado: A vivência nos forneceu, enquanto acadêmicas, o reconhecimento de alguns desafios a serem enfrentados, durante o processo de tratamento, por pacientes acometidos pela patologia e a reafirmação da importância de se haver estratégias, principalmente na Atenção Básica, as quais proporcionem ao usuário, segurança na realização do autocuidado, enfatizando o seu protagonismo frente ao seu tratamento, bem como também a elucidação de dúvidas e o fomento na redução de tais desafios. Notou-se que por meio da educação em saúde, os conhecimentos prévios do paciente foram explorados, ocorreu uma maior motivação para adesão ao tratamento e maior entendimento sobre a terapêutica, a doença e fatores considerados desafiadores. Visto que, por meio dessa modalidade, pode-se proporcionar o desenvolvimento de um pensar crítico e reflexivo do cliente, permitindo desvelar a sua realidade e propor, junto à equipe,  ações transformadoras que levem o indivíduo à sua autonomia e emancipação como sujeito histórico e social, capaz de propor e opinar nas decisões de saúde para cuidar de si, com um maior enfrentamento e entendimento acerca das suas próprias necessidades. Considerações finais: Percebeu-se, com a vivência, o quão é importante a educação em saúde na atenção primária em saúde para informar, motivar e fortalecer a pessoa, cabendo aos profissionais de saúde, especialmente aos enfermeiros, a adoção de atividades educativas em grupo para evidenciarem os programas de atenção integral, sendo possível por meio destas construir alternativas, transformar comportamentos desfavoráveis à saúde e apoiar o fortalecimento de atitudes saudáveis, a fim de que seja possível uma verdadeira adesão ao tratamento insulínico, controle glicêmico, contribuição na diminuição de desafios e redução da incidência de possíveis complicações decorrentes do diabetes mellitus, dessa forma, contribuindo para a saúde pública e bem estar dos clientes em questão.  

8176 EDUCAÇÃO EMOCIONAL COMO ESTRATÉGIA DE CUIDADO PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE DA MULHER
Silvia Cristina Pereira dos Santos, Suellen Gomes Barbosa Assad

EDUCAÇÃO EMOCIONAL COMO ESTRATÉGIA DE CUIDADO PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE DA MULHER

Autores: Silvia Cristina Pereira dos Santos, Suellen Gomes Barbosa Assad

Apresentação: O presente relato, trata-se de um projeto desenvolvido para mulheres e tem como objetivo apresentar estratégias de cuidado para promoção da saúde da mulher considerando três aspectos: a fisiologia, o foco e a linguagem, levando-as a perceberem os seus estados emocionais, nomeá-los, identificando esses estados e a partir daí, ter um comportamento apropriado diante das situações da vida. Descrição da Experiência: Diante do exposto, nasceu um projeto pensado para mulheres, intitulado PLENA, construído a partir dos conceitos da Psicologia Positiva, Neurociência e técnicas de Coaching, visando proporcionar ações de Educação Emocional. Embora este projeto tenha sido projetado a partir de um consultório de Psicologia, esta proposta tem sido ampliada para outros espaços educativos. O referido projeto acontece um dia inteiro, de 9h às 17h, normalmente em auditórios, ocorrendo de dois em dois meses, e a proposta é oferecer um tema gerador do encontro, estruturando este dia de imersão com conteúdos baseados em temáticas que auxiliam o autoconhecimento, na identificação e nomeação dos sentimentos e emoções, como citado anteriormente, compreendendo de que forma é possível gerenciá-las e oferendo ferramentas baseadas na Psicologia Positiva e a Neurociência mostrando as estratégias de como conseguir focar naquilo que é essencial. Outro tema explorado neste projeto é sobre como prevenir o adoecimento mental, e como buscar ajuda quando a pessoa já está em sofrimento psíquico. O projeto é liderado por uma Psicóloga, Coach e Aromaterapeuta, em parceria com outros profissionais do universo do coaching, uma Enfermeira e uma Professora de Educação Física. Importante dizer que este projeto já inclui em sua proposta apontar a importância das práticas integrativas em saúde, trazendo como uma das alternativas de cuidado, a Aromaterapia, demonstrando como os óleos essenciais auxiliam na saúde física e emocional. Resultado: O projeto já alcançou mais de trezentas mulheres, e além de atingirmos os objetivos propostos, recebemos outros retornos das mulheres após vivenciarem o encontro. Algumas participantes, compreenderam que podem ser agente multiplicadora nos espaços em que vivem, e replicam os conceitos que foram trabalhados no PLENA impactando assim outras vidas. Tem aquelas, que identificaram a necessidade de buscar ajuda profissional seja na rede pública ou privada. Outras tomaram a decisão de reorganizar a vida, inclusive estabelecendo tempo para o autocuidado e para lazer. Entenderam também que é preciso primeiramente cuidar de si para depois cuidar do outro. Considerações finais: Assim sendo, percebe-se que embora este projeto tenha sido construído por profissionais da rede privada, é possível ampliar esta proposta para toda a rede pública, buscando um olhar para a promoção e prevenção em saúde, e não só no tratamento.

10410 EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE HIGIENIZAÇÃO NO AMBIENTE ESCOLAR COMO MEDIDA PREVENTIVA À DOENÇAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Paulo Victor Gomes Pantoja, Nillana da Conceição de Castro Rodrigues, Ana Paula Araujo Guimarães, Flávio Luiz Nunes de Carvalho

EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE HIGIENIZAÇÃO NO AMBIENTE ESCOLAR COMO MEDIDA PREVENTIVA À DOENÇAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Paulo Victor Gomes Pantoja, Nillana da Conceição de Castro Rodrigues, Ana Paula Araujo Guimarães, Flávio Luiz Nunes de Carvalho

Apresentação: A educação em saúde é entendida como uma importante vertente para a prevenção de doenças, e que na prática, busca a melhoria das condições de saúde e da qualidade de vida da população em geral, significando assim contribuições para que as crianças busquem e realizem melhores formas de hábitos saudáveis para sua formação ao longo de sua vida. Já a higiene consiste em um conjunto de regras e técnicas referentes a preservação de doenças no organismo do ser humano através da limpeza e desinfecção. Tendo isso em vista, pretende-se abordar os meios de prevenção de doenças através da higiene pessoal. Objetiva-se discutir sobre como a higienização é indispensável nesse âmbito e como os hábitos higiênicos são de suma importância na melhora da qualidade de vida. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência que está ancorado na metodologia da problematização, utilizando-se do esquema do Arco de Maguerez, onde foi observada a realidade dos alunos e identificado o problema em relação a assepsia dos mesmos. Tendo isso em vista, foi levantado uma teorização para a construção das hipóteses de solução da problemática em questão e a partir dos conhecimentos adquiridos com os componentes curriculares de Fisiologia Humana 1 e Biologia acerca do funcionamento do sistema imunológico, foi possível entender como o mesmo reage diante da invasão de microrganismos patológicos e como a higienização atua na prevenção de doenças infecciosas, diante disso foi elaborada uma exposição sobre medidas profiláticas em relação à higiene e dinâmicas para serem realizadas com os discentes afim de melhorar a aprendizagem acerca do assunto em questão. Resultado: Após a ação educativa, foi feita uma coleta de dados sobre a aprendizagem dos alunos onde se obteve respostas positivas constatando-se que houve uma melhora significativa no entendimento dos mesmos em relação a importância da higienização. Além disso, após visitas posteriores a escola pode-se observar a melhora nos hábitos dos alunos em relação a higiene, como por exemplo, escovar os dentes, higienizar as mãos antes de refeições, lavar frutas, entre outros; ressaltando, assim, a importância da educação em saúde para a prevenção de doenças no ambiente escolar. Considerações finais: Os hábitos de higiene devem ser formados e bem sedimentados o mais cedo possível na educação do pré-adolescente para que possa alcançar a adolescência sem lacunas nos conhecimentos relacionados a essa temática. Além disso, é viável que além do profissional de saúde, a família e os educadores também colaborem para a manutenção dos hábitos corretos de higiene pessoal para que se mantenha um bom ciclo de educação em saúde. É importante salientar que a higienização é um dos principais cuidados que a enfermagem zela, sendo assim também é papel do enfermeiro conscientizar para que se evite a disseminação de microrganismos e consequentemente o aparecimento de possíveis doenças com o intuito de preservar a saúde.

10481 AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO INTERIOR DA AMAZÔNIA
Melina Navegantes Alves, Tarciana Martins da Silva Ventura, Maria Lúcia Chaves Lima, Adrine Carvalho dos Santos Vieira, Nágila de Carvalho Pinto

AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO INTERIOR DA AMAZÔNIA

Autores: Melina Navegantes Alves, Tarciana Martins da Silva Ventura, Maria Lúcia Chaves Lima, Adrine Carvalho dos Santos Vieira, Nágila de Carvalho Pinto

Apresentação: O Sistema Único de Saúde (SUS) representa o atual sistema público brasileiro de saúde, estabelecendo normas para a promoção, prevenção e proteção à saúde integral. Assim, organiza-se uma gestão federal, estadual e municipal desse sistema a partir do estabelecimento da promoção em saúde em formato de Redes de Atenção. Uma das principais divisões concebidas no SUS é por níveis de atenção: Atenção Primária, Secundária e Terciária, divididas em categorias de complexidade e urgência. Nesse sentido, a Atenção Primária é a base da pirâmide da atenção em saúde, tendo como papel primordial a prevenção. A educação em saúde é primordial dentro da Atenção Básica, principalmente no que tange as Unidades Básicas de Saúde (UBS) sediadas dentro do território da comunidade atendida, criando possibilidades de vinculação e orientação para a promoção de saúde. Nesse sentido, o presente relato objetiva demonstrar a realização de ações de educação em saúde em uma Unidade Básica de Saúde em um município do nordeste do Pará. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. As ações ocorreram em julho de 2019, durante o Programa de Capacitação em Atenção à Saúde da Criança – Estágio Multicampi Saúde – da Universidade Federal do Pará (UFPA). As educações em saúde foram realizadas na sala de espera da UBS com os usuários que aguardavam o atendimento. O público envolvia crianças, adultos e idosos. Os temas discutidos foram relacionados ao Julho Vermelho – hepatites virais –, participação e conhecimento sobre a rede de saúde na UBS, autocuidado, chás terapêuticos, gravidez, parto, aleitamento, desenvolvimento infantil e agravos infantis. Os seguintes objetivos foram traçados para os encontros: a apresentação das discentes; criação de vínculo com os usuários da UBS; a busca de temas de interesse; ênfase na importância das consultas de rotina e das atividades e ações realizadas no local; incentivo a percepção de situações que comprometem o autocuidado; identificação de meios de incorporar o autocuidado na rotina; promoção do fortalecimento de vínculos entre os membros da comunidade; aproximação da população dos serviços da rede de saúde; verificação das compreensões de saúde da comunidade e averiguação de outros meios da comunidade em acessar saúde. A partir do trabalho realizado, os usuários podiam esclarecer suas dúvidas acerca dos temas levantados, sendo possível perceber a importância da educação em saúde para a população, bem como o devido levantamento de informações acerca da comunidade atendida, sendo assim possível identificar a demanda que o território necessita. Identificou-se a necessidade de constância desse trabalho para difundir a necessidade de prevenção como forma eficaz de promoção de saúde. Conclui-se, assim, que a partir de um conceito mais amplo de saúde é possível realizar apropriadamente a prevenção em saúde, conceito este muitas vezes menosprezado dentro da saúde devido à superlotação do sistema. Nesse sentido, a constância e a contextualização a partir do território são primordiais no levantamento de informações para a educação em saúde.

10578 EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO FERRAMENTA PARA O CONHECIMENTO SOBRE A HANSENÍSE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Alice de Brito, Marta Caroline Araújo da Paixão, Vilma Maria Alves de Lima, Luciane Lobato Sobral, Samara Costa Fernandes, Jéssica de Fátima Lima Lourinho, Lauro Nascimento de Souza

EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO FERRAMENTA PARA O CONHECIMENTO SOBRE A HANSENÍSE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Alice de Brito, Marta Caroline Araújo da Paixão, Vilma Maria Alves de Lima, Luciane Lobato Sobral, Samara Costa Fernandes, Jéssica de Fátima Lima Lourinho, Lauro Nascimento de Souza

Apresentação: A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa que tem cura, porém, pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou se o tratamento por inadequado. Objetivo: Relatar a ação em saúde sobre hanseníases realizada em uma Estratégia de Saúde da Família. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado na Estratégia de Saúde da Família Canal da Visconde pelo Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde). Fora m abordado s indivíduos que esta vam na sala de espera e, com isso, realizada a ação. Para alcançar os objetivos propostos neste estudo utilizaram-se estratégias de prevenção e promoção em saúde as quais foram dirigidas a incrementar o conhecimento sobre os principais sintomas e complicações da hanseníase. Resultado: A finalidade da atividade foi conscientizar aos pacientes a necessidade de observar seu corpo em busca de possíveis sintomas, sinais e complicações da hanseníase, para que o tratamento fosse efetivado o mais breve e, assim, evitar complicações maiores. Após fazer a exposição dos temas foram realizadas atividades dinâmicas com esclarec imento de dúvidas, que suscitaram importantes discussões sobre o tema. Com isso, foi utilizadas placas de verdadeiro e falso para analisar a compreensão dos participantes acerca do assunto abordado. Considerações finais: Dessa forma, evidencia-se que es te tipo de intervenção tem grandes potencialidades, pois faz com que o ind ivíduo seja colaborador do conhecimento sobre a saúde. Com isso, é imprescindível manter as ações de promoção e prevenção de saúde de forma sistemática para a abrangência do conhecimento sobre a hanseníase e suas complicações.

9738 A MONITORIA COMO INSTRUMENTO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA DISCIPLINA DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE MONITORES DO INTERIOR DO AMAZONAS
Mariana Paula da Silva, Stefany Alencar de Oliveira, Paula Andreza Viana Lima, Jaynne de Souza Dantas, Tatiana Caroline Lima Lobato, Josiane Montanho Mariño, Natalie Kesle Costa Tavares

A MONITORIA COMO INSTRUMENTO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA DISCIPLINA DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE MONITORES DO INTERIOR DO AMAZONAS

Autores: Mariana Paula da Silva, Stefany Alencar de Oliveira, Paula Andreza Viana Lima, Jaynne de Souza Dantas, Tatiana Caroline Lima Lobato, Josiane Montanho Mariño, Natalie Kesle Costa Tavares

Apresentação: A monitoria da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) é regulamentado pela resolução nº 006/2013 e consiste em um programa estabelecido pelas instituições de ensino superior, no qual, os alunos que estão vinculados a mesma, com coeficiente de rendimento igual ou superior a cinco e que já estudaram e obtiveram a aprovação com média igual ou superior a sete em determinada disciplina, auxiliam o professor nas aulas durante o período letivo, organizando programações e elaborações de aulas, avaliação e execuções de atividades. E tem como finalidade aproximar o estudante da pratica da docência, melhorando assim o ensino e aprendizado dentro da graduação, fazendo com que o mesmo aprimore seus conhecimentos, obtendo uma maior compreensão em relação aos conteúdos estudados, desse modo, se tornando uma pessoa mais comunicativa. Dentro desse programa o monitor é encarrego de algumas funções, como: Cumprir pontualmente os horários de monitoria estabelecido entre os monitores e estudantes; Cumprir doze horas semanais de atividades, zelar pela conservação dos materiais e equipamentos utilizados nas práticas laboratoriais, atender os alunos da disciplina auxiliando-os em resolução de trabalhos e exercícios, participar das aulas ministradas quando solicitado pelo professor, executar atividades pedagógica sob a orientação do professor orientador,  auxiliar o professor no preparo e na realização de trabalhos teóricos e práticos, entre outros. O presente estudo tem como objetivo descrever através de um relato de experiência as vivências de discentes de enfermagem como monitoras da disciplina de Enfermagem na Atenção Integral a Saúde da Mulher I, ministrada durante o curso de Enfermagem no interior do Amazonas. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência acerca das vivências das acadêmicas de enfermagem inserida no programa de monitoria do Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB) da Universidade Federal do Amazonas, localizado no município de Coari, interior do Amazonas, com distância de aproximadamente 363 km da cidade de Manaus capital do estado,  onde atuaram como monitoras da disciplina obrigatória  de Enfermagem na Atenção Integral a Saúde da Mulher I, que foi realizado no primeiro semestre de 2019, com vinte e seis alunos regularmente matriculados na turma do sétimo período do curso de enfermagem. A monitoria ocorria três vezes na semana, sendo todas as segundas, quartas e sextas, em horários pré-determinados, com duração de 4 horas, na qual eram realizadas atividades teóricas e práticas, utilizando métodos didáticos e lúdicos como brincadeiras e bonecos e simuladores para ensinar e orientar os alunos da disciplina, sobre técnicas e procedimentos como: manobra de Leopold, exame clinico das mamas, técnica de autoexame da mama e exame preventivo do câncer de colo do útero, que também é conhecido como citologia oncótica ou Papanicolau. Ainda durante a monitoria foram abordados diversas outras temáticas voltadas a saúde da mulher, dentre as quais podemos citar: planejamento familiar, mecanismos do parto, cálculo da idade gestacional, data provável do parto, entre outros. Resultado: A monitoria foi realizada sob a orientação e supervisão de uma professora responsável pela disciplina, em dias e horários regulares, sendo executada dentro e fora do laboratório, no qual, mostrou-se como um excelente instrumento de ensino-aprendizado para os participantes, tornando-se essencial para construção do saber, uma vez, que permitiu o aprimoramento e a troca de conhecimento entre os monitores e os discentes que não se opuseram ao uso de diferentes metodologias adotadas  em sala de aula e no laboratório. As monitoras foram incumbidas de realizar vários trabalhos, nas quais podemos citar: preparar os materiais e organizar o laboratório de saúde da mulher antes e depois das práticas, criação de roteiro/cronograma para as aulas, acompanhamento do desenvolvimento da disciplina, participação na aplicação de provas e exercícios, frequentar a sala de aula com o professor afim de ajudar o mesmo quando necessário, elaborar exercícios complementares de acordo com o conteúdo ministrado pela docente, orientar e auxiliar os estudantes nas atividades práticas, e por fim, esclarecer de forma simples mas utilizando linguagem técnica as dúvidas e dificuldades  encontradas na disciplina. Com o decorrer das atividades, os monitores sentiram-se cada vez mais autoconfiantes para conduzir as monitorias, como também, buscaram metodologias que pudessem atrair os alunos e suprir a escassez de materiais necessários para a prática laboratorial, possibilitando a oportunidade de aperfeiçoamento, visando as futuras prática hospitalares. Os monitores obtiveram uma boa aceitação pelos discentes, facilitando a interação com os mesmos e tornando a experiência muito mais gratificante. Ao longo da monitoria observamos o desenvolvimento das habilidades dos acadêmicos na realização dos procedimentos, da mesma forma, os monitores notaram que os alunos se tornaram, mais participativos, independentes, confiantes, criteriosos e autônomos, associando a teoria explanada pelo professor em sala de aula com as práticas laboratoriais. No decurso, ficou evidente que essa modalidade de ensino/aprendizagem é capaz de criar um elo entre professor, aluno e monitor dentro da instituição, onde o monitor ajuda e auxilia o docente durante o período letivo e traz ao monitorados a chance de retirar dúvidas de prova, trabalhos e estudos dirigidos, também oportuniza praticar procedimentos em bonecos e simuladores existentes no laboratório. Fazendo com que o monitor aprofunde seus conhecimentos em uma área especifica, tendo um certo ganho intelectual e adquira experiências para vida acadêmica e profissional. Mesmo em meio as inúmeras dificuldades enfrentadas pelas monitoras, dentre estas, conciliar os horários da monitoria com os horários das disciplinas obrigatórias do semestre, é notório a importância da existência da monitoria dentro das universidades, pois é um instrumento de ensino muito relevante, uma vez que, ajuda no desenvolvimento das relações interpessoais, auxilia a esclarecer dúvidas e também é um excelente mecanismo de troca de conhecimento entre monitores e discentes. Considerações finais: Portanto, a experiência adquirida durante a monitoria possibilitou um maior conhecimento acerca dos assuntos da disciplina, além de oportunizar a experiência com a docência enquanto graduandos de enfermagem, propiciando revisão de conteúdos de grande importância para a vida acadêmica e profissional, além disso, nos ajudou a desenvolver aptidão de ensino, bem como, noções de planejamento de aula, elaboração de atividades e cronogramas. Além disso, garante o diálogo direto com os alunos o que contribui para a formação de uma linguagem complexa e técnica que poderá fazer diferença na atuação profissional de cada discente.

7149 CUIDADOS EM SAÚDE ÍNTIMA FEMININA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Ingrid Bentes Lima, Laíze Rúbia Silva Corrêa, Marieli Vasconcelos Da Silva, Fernanda Araújo Trindade, Caio Demetrius de Lima Meireles, Jéssica Suene Andrade do Nascimento, Larissa Ribeiro de Souza

CUIDADOS EM SAÚDE ÍNTIMA FEMININA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Ingrid Bentes Lima, Laíze Rúbia Silva Corrêa, Marieli Vasconcelos Da Silva, Fernanda Araújo Trindade, Caio Demetrius de Lima Meireles, Jéssica Suene Andrade do Nascimento, Larissa Ribeiro de Souza

Apresentação: A saúde íntima das mulheres é determinada por diversos fatores, tais como PH, flora bacteriana, anatomia e hábitos da mulher moderna. Portanto, tona-se necessário levar esclarecimentos a comunidade sobre a higienização correta da genitália, vestimenta adequada, depilação, lavagem de peças íntimas, uso de adornos íntimos, secreção vaginal e hábitos alimentares que auxiliam no cuidado intimo. Diante do exposto, deve-se levar em consideração o público alvo envolvido na ação, sobretudo, quando se trata de abordagens complexas e populações vulneráveis em situação de acolhimento institucional, como, por exemplo, falar de saúde íntima com mulheres que são cuidadoras de crianças enfermas e tem uma grande carga física e mental, e por vezes não exercem o autocuidado necessário, levando em consideração o enfrentamento do processo saúde-doença. Portanto, o presente estudo tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicas em uma ação em saúde sobre saúde íntima feminina. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. O local da vivência foi uma entidade filantrópica de apoio à crianças e acompanhantes, localizada no município de Belém- PA. A atividade desenvolvida faz parte do projeto “mulher maravilha” criado pela Liga Interdisciplinar de Saúde da Mulher e da Criança (LISMUC). A ação teve como participantes cinco mulheres e para facilitar a transmissão das informações foi utilizado um varal, confeccionado com um fio, onde as participantes colocavam as informações adequadas sobre higiene íntima, essas informações estavam em um papel impresso com imagens e letras bem ilustrativas trazendo de forma dinâmica a informação. Os papeis foram divididos em três colunas, a primeira coluna continha dicas de como fazer para obter uma higiene intima adequada, a segunda era referente às principais dúvidas sobre o assunto e a última quebrando alguns mitos relacionados ao tema.  Assim que cada participante colocava uma imagem, surgia uma discussão em torno do assunto, com destaque para vestimentas adequadas, secreção vaginal, uso de adornos vaginais, depilação e higienização correta da genitália. Com a presença de uma ligante do curso de nutrição, foi possível fazer uma abordagem nutricional, com adequação da dieta e levando aspectos sobre alimentos que melhoram a imunidade e que aumentam a glicose, uma vez que alterações na glicemia aumentam os riscos de infecções genitais como candidíase e infecção urinária. Resultado: Diante das Atividades desenvolvidas, foi possível obter resultados positivos, tanto para as ligantes, quanto para as participantes. As ligantes tiveram a oportunidade e obter as principais percepções das mulheres sobre saúde íntima e conseguiriam executar diferentes metodologias de ensino que o profissional da saúde precisa realizar, levando o assunto de forma dinâmica, participativa e o abordando de maneira interdisciplinar. Considerações finais: A ação foi relevante para as mulheres, pois foi possível desmitificar costumes e crenças. Somado a isso, quando foram questionadas sobre algumas perguntas a cerca do tema, muitas delas conseguiram responder de forma correta, estavam bem interessadas ao assunto. Foi possível constatar esse envolvimento com as atividades do projeto “mulher maravilha”, quando uma das participantes sugeriu que em outro momento fosse abordado aspectos referentes a preservativos.