450: Assistência abrangente de enfermagem
Debatedor: Euzeli da Silva Brandão
Data: 28/10/2020    Local: Sala 13 - Rodas de Conversa    Horário: 16:00 - 18:00
ID Título do Trabalho/Autores
6724 OS DESAFIOS DA NUTRIÇÃO E DA ENFERMAGEM EM CUIDADOS PALIATIVOS EM ONCOLOGIA
SANDY IANKA LIMA E SILVA, IASMIM IANNE TAVARES, PRISCILLA MAIA FERREIRA, ALÓDIA BRASIL COSTA

OS DESAFIOS DA NUTRIÇÃO E DA ENFERMAGEM EM CUIDADOS PALIATIVOS EM ONCOLOGIA

Autores: SANDY IANKA LIMA E SILVA, IASMIM IANNE TAVARES, PRISCILLA MAIA FERREIRA, ALÓDIA BRASIL COSTA

Apresentação: O câncer é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, devido a sua ocorrência e alta taxa de letalidade. Trata-se de uma doença crônico-degenerativa causada pelo crescimento celular desordenado e pela invasão de tecidos e órgãos. Tal patologia atinge milhões de pessoas no mundo e provoca grande transtorno e sofrimento ao paciente e sua família. Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o manejo da doença não se limita às ações de prevenção, detecção precoce, diagnóstico ou tratamento, mas envolve também a prestação de uma assistência paliativa, na qual a nutrição juntamente a enfermagem são importantes ferramentas no tratamento paliativo. Logo, no suporte terapêutico do paciente em estado de terminalidade, no estágio IV (metástase a distância, ou seja, espalhou-se para outros órgãos ou todo o corpo), este precisa ser assistido por uma equipe interdisciplinar que esteja treinada e capacitada, e em muitos casos esta equipe não é apta para dá essa assistência paliativa. Há também a mecanização no cuidado, isto é o profissional só se preocupa com os protocolos clínicos, a falta de estrutura física e a desnutrição acelerada, que acabam prejudicando esses cuidados paliativos. Logo, o presente estudo nessa área de atuação tem como finalidade relatar os desafios enfrentados dos profissionais de equipe multidisciplinar, frente ao paciente oncológico em cuidados paliativos, especificando a atuação da enfermagem e nutrição ao oferecerem assistência paliativa de qualidade aos clientes acometidos com neoplasias. Destarte, nesse momento o nutricionista junto ao enfermeiro devem ajudar o paciente oncológico, nos aspectos físicos, psicológicos e social, visando uma melhora da qualidade de vida dos pacientes e seus familiares. Desenvolvimento: O presente trabalho foi realizado, a partir de análise bibliográfica, com temas que estivessem baseados nos tratamentos paliativos de câncer para isto primariamente houve uma leitura sistemática dos artigos selecionados, com a utilização dos descritores: equipe multiprofissional de saúde, assistência de enfermagem, terapia nutricional, neoplasias, assistência paliativa. As bases de dados escolhidas foram SciELO e Google Acadêmico, com a seleção de 10 artigos, que discutiam sobre a importância da atuação do enfermeiro e o nutricionista sobre cuidados paliativos em oncologia. Resultado: O trabalho aponta os desafios que a nutrição juntamente a enfermagem vivenciam ao darem assistência paliativa. Devido a importância da prestação de um cuidado humanizado ao paciente oncológico, é necessário que haja um trabalho interdisciplinar sendo realizado com esmero, por uma equipe qualificada e bem preparada, e um programa que realize um suporte para a família durante a terapia combinada do indivíduo e no período de luto, sendo necessário melhorar o manejo do tratamento e o acompanhamento do diagnóstico da doença de cada paciente terminal. Sabe-se que o câncer é um problema de saúde pública, e é reconhecido mundialmente, causando um impacto de ordem psíquica, social e econômica sobre o indivíduo e seus familiares. Contudo, observa-se que os desafios enfrentados pela nutrição e a enfermagem, são intensificados devido a mecanização no cuidado paliativo, onde os profissionais ainda seguem somente os protocolos clínicos, muitos profissionais não receberam uma especialização adequada que visa a importância desses cuidados, muitos não estão preparados para lidar com a terminalidade dos seus pacientes, e acabam encontrando dificuldade ao se adaptar nas novas rotinas e nas necessidades de cada paciente. Diante disso, faz-se presente a discussão sobre as estratégias que devem melhorar e qualificar a assistência alimentar de um paciente no estágio avançado, e o devido cuidado nutricional tem que se integrar aos cuidados oncológicos globais, onde visa orientar a assistência prestada pela nutrição e a enfermagem, que contribuem para a qualidade de vida do cliente. Os pacientes terminais enfrentam diversas alterações relacionadas à alimentação, como a perda ou diminuição da capacidade de deglutição e digestão, redução na palatabilidade dos alimentos, desinteresse e recusa dos alimentos, gerando aceleradamente: anorexia, depressão, constipação, disfagia, ansiedade, fraqueza e entre outros, estes casos geram a desnutrição acelerada de muitos pacientes. Cabe ao nutricionista orientar e informar o cliente sobre a importância da terapia nutricional, quanto ao tipo de alimentação no período de reabilitação do tratamento paliativo, sendo essencial para a melhora da sintomatologia, possibilitando ao paciente ingerir diversos alimentos, estabelecendo ainda uma dieta adequada, com condutas dietoterápicas que respeitem a necessidade de cada cliente, e assegurem sua melhora. Elaborando o vínculo enfermeiro-nutricionista-família de forma que haja a coesão entre nutrição e enfermagem, tem sido este um dos principais viés para o trabalho interdisciplinar que aborda a prática de: ouvir e confortar o paciente, estabelecer vínculos afetivos, sociais e sentimentais, praticando ações objetivas de cunho pragmático como o controle da dor, domínio da técnica de hipodermóclise, curativos nas lesões malignas cutâneas, técnicas de comunicação terapêutica, cuidados espirituais, zelo pela manutenção do asseio, da higiene, medidas de conforto gerenciados pela equipe multidisciplinar, especificando a atuação da nutrição junto a enfermagem na busca de assistência paliativa qualificada para cada paciente e seus familiares. CONCLUSÕES FINAIS: O presente estudo permitiu constatar que a atuação da nutrição e da enfermagem enfrentam diversas dificuldades ao assistir os pacientes em cuidados paliativos oncologicos. Dentre as dificuldades destacase: o modo de lidar do nutricionista e o enfermeiro de forma mecanizada aos protologos clínicos, na presença de pacientes hospitalizados em assistência paliativa. Muitas equipes interdisciplinares afirmaram que existiu déficits na assistência prestada, pois a formação que receberam no curso não abordou o preparo para lidarem com o processo da morte, gerando reflexões nestes profissionais, que buscam novos caminhos diante dos desafios. Destaca-se ainda a desnutrição acelerada, que é causada pelas dificuldades que a equipe multidisciplinar enfrenta para nutrir um paciente que se encontra no estágio iv(metástase a distância, ou seja, espalhou-se para outros órgãos ou todo o corpo). A equipe ainda precisa abordar para estes pacientes a importância da terapia nutricional e os cuidados paliativos para garantir a eficácia da segurança e da qualidade de vida desses clientes e seus familiares. Os desafios são muitos, é evidente que para serem reduzidos é necessário que metas novas sejam estabelecidas e que estejam abrangidas nos estudos científicos voltados para a capacitação destes profissionais aos cuidados paliativos. Portanto, em cuidados paliativos a atuação multiprofissional, integrada, é de extrema importância para que o paciente oncológico tenha qualidade de vida. 

6402 DIFICULDADES DE ADESÃO DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS PELOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM AMBIENTE INTRA-HOSPITALAR: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Italo Jaques Jaques Figueiredo Maia, Marcelo Augusto da Silva Seixas

DIFICULDADES DE ADESÃO DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS PELOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM AMBIENTE INTRA-HOSPITALAR: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autores: Italo Jaques Jaques Figueiredo Maia, Marcelo Augusto da Silva Seixas

Apresentação: No século XIX, o também médico Ignaz Philip Semmelweis, observou que a febre puerperal estava ligada a lavagem das mãos; notou que ao lavar as mãos, as puérperas tinham um melhor prognóstico; então colocou como obrigatório a técnica com água e sabão, e posteriormente adicionou a obrigatoriedade de usar líquido de solução clorada. Os profissionais deveriam fazer essa técnica entre os atendimentos dos pacientes. Constatou-se que a taxa de mortalidade materna despencou drasticamente. O objetivo do estudo é apresentar e discutir achados da literatura quanto as dificuldades de adesão dos profissionais de enfermagem da higienização das mãos em ambiente intra-hospitalar. Guedes afirma que as mãos são as ferramentas de trabalho dos profissionais de saúde. Florence Nigthtingale, a “mãe da enfermagem”, já utilizava essa técnica; podendo usar como indicador de controle de infecção hospitalar. A pesquisa foi elaborada a partir de uma revisão da literatura na base de dados LILACS, SciELO e MEDLINE, com artigos científicos publicados entre os períodos de 2007 e 2017. As palavras-chave utilizadas foram “Lavagem das Mãos”, “Infecção Hospitalar” e “Enfermagem”. Como critério de exclusão, artigos publicados antes de 2007; artigos que não se referiam à técnica; artigos que não estavam escritos na língua portuguesa. Encontrados 26 artigos científicos. Após a leitura dos títulos, notou-se que alguns não preenchiam os critérios do estudo. Selecionados 14 artigos para realização da leitura dos resumos. Posterior a leitura dos resumos, foram selecionados 10 artigos que preenchiam os objetivos do estudo. Conclui-se que, os fatores que dificultam a adesão/inserção da técnica de higienização das mãos, são principalmente: a falta de condições estruturais e equipamentos e insumos inadequados. Entende-se que a equipe de enfermagem necessita de uma atenção maior; seu tempo de contato com o paciente é superior a qualquer outro profissional. A técnica de higienização das mãos é uma das mais simples e eficaz, de forma que condições adequadas, adesão dos multiprofissionais, podem diminuir drasticamente os índices infecciosos do nosocômio.

6934 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PEDIÁTRICO COM BRONCODISPLASIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Sarah da Silva e Silva, Marley Valéria de Andrade Barata, Manuela Almeida Seidel, Elizandra Pereira de Miranda, Lucenilda Santos Martins, Edficher Margotti

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PEDIÁTRICO COM BRONCODISPLASIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Sarah da Silva e Silva, Marley Valéria de Andrade Barata, Manuela Almeida Seidel, Elizandra Pereira de Miranda, Lucenilda Santos Martins, Edficher Margotti

Apresentação: A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), é o modelo metodológico ideal para o enfermeiro aplicar seus conhecimentos técnico- científicos em sua prática assistêncial. O Processo de Enfermagem (PE) é constituído por fases ou etapas que envolvem a identificação de problemas de saúde do cliente, o delineamento do diagnóstico de enfermagem, a instituição de um plano de cuidado, implantação das ações planejadas e a avaliação. Dessa forma, incorporada a SAE, o PE é uma forma de tornar a enfermagem mais científica, promovendo um cuidado de enfermagem humanizado, continuo, mais justo e com qualidade para o paciente. Na permanência da criança no hospital, deve ser utilizada a assistência integral ao indivíduo, levando em consideração todos os seus aspectos biopsicossociais. Segundo Schimitz et al, existem três perspectivas distintas que norteiam a abordagem de assistência à criança hospitalizada: centrada na patologia da criança, centrada na criança e centrada na criança e em sua família. As três abordagens configuraram-se no cuidado holístico que os profissionais devem possuir, além do conhecimento teórico. Na abordagem centrada na patologia, a assistência foi focada, nesse caso, na broncodisplasia, doença pulmonar causada por ventilação mecânica prolongada, de ocorrência em neonatos decorrente da prematuridade e pela bronquiolite, caracterizada por uma inflamação da mucosa do trato respiratório inferior, geralmente de etiologia viral, afetando lactentes menores de 24 meses. A abordagem centrada na criança, o foco deve ser nas suas necessidades e especificidades que dizem respeito ao seu crescimento e desenvolvimento, além de uma abordagem diferenciada, utilizando de recursos que amenizem os traumas da hospitalização. A abordagem centrada na criança e na família visa a interação da tríade profissional-criança-família, estabelecimentos de vínculos em prol do cuidado e assistência satisfatória. É necessário o conhecimento dos profissionais acerca  de todas as especificidades da fase infantil a fim de promover um cuidado holístico, possuindo autonomia na aplicação da sua sistematização. Objetivo: Relatar experiência de acadêmicas de enfermagem na sistematização da assistência ao paciente pediátrico com broncodisplasia. Descrição da Experiência: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado por acadêmicas de enfermagem da Universidade Federal do Pará. Essa atividade faz parte das atividades práticas realizadas no sexto semestre do curso de enfermagem na Atividade Curricular Enfermagem Pediátrica. A coleta de dados foi realizada por meio de uma visita de enfermagem, no dia 23 de outubro de 2019, em um Hospital de Ensino e referência materno infantil, no município de Belém. Ao realizar a anamnese, obtivemos os seguintes dados: lactente, 05 meses, diagnóstico inicial de broncodisplasia, 04 dias de internação hospitalar, natural de Ananindeua, acompanhado da mãe, em cama de adulto com grades de proteção elevadas. Segundo informações colhidas, paciente em desconforto respiratório, apresentando dificuldade para dormir. Sinais Vitais: T.: 36.4°; P.: 122 b.p.m.; R.: 32 r.p.m. Exame Fisico: Ausculta Pulmonar: murmúrios vesiculares presentes, ruídos adventícios presentes com diminuição em base esquerda; Ausculta Cardíaca: Bulhas cardíacas normofonéticas, em 2T. Alimentação por sonda orogástrica (SOG). Paciente normotérmico, normocárdico e taquipneico. Ruídos hidroaéreos presentes e aumentados em flanco esquerdo. Condutas: manter grades de proteção elevadas; manter cabeceira do leito elevada (30° à 45°); testar posicionamento e desobstrução da SOG; lavar internamente a SOG antes e após alimentação e medicação; hidratar a criança por SOG após cada refeição e sempre que necessário; trocar a fixação da SOG diariamente; realizar higiene oral; intensificar as trocas de fraldas a fim de evitar assaduras;  realizar higiene e conforto diariamente ou quando necessário; observar frequência respiratória e desconforto respiratório; verificar os SV 4X ao dia; fazer o balanço hidroeletrolítico a cada 6 horas; fazer o balanço hidroeletrolítico a cada 6 horas. Resultado: No caso supracitado, a assistência de enfermagem deve ser focada na busca de sinais e sintomas que dizem respeito ao diagnóstico, além de atentar a outros sinais que podem ser potenciais para o desenvolvimento de complicações adversas, como risco para infecções,  risco para broncoaspiração e risco de queda. Ademais, a abordagem da assistência não deve estar centrada somente na criança e sim englobar também o familiar ou acompanhante responsável, que é indispensável dentro do processo de hospitalização do paciente pediátrico. O estabelecimento de uma comunicação efetiva com o acompanhante é de suma importância para a implementação dos cuidados de enfermagem. O profissional enfermeiro e sua equipe deve sempre informar ao acompanhante sobre os procedimentos e cuidados prestados à criança, bem como possuir uma escuta qualificada em relação às demandas deste. O trabalho do enfermeiro visa uma assistência humanizada à criança hospitalizada, respeitando suas necessidades e buscando abordagens holísticas e que contribuam para o processo de alta hospitalar sem traumas para o paciente e para o responsável acompanhante. O processo de cura das afecções da criança e o êxito no seu tratamento não dependem exclusivamente do nível de conhecimento científico do profissional ou de suas técnicas. Todo esse processo demanda de um trabalho em equipe de forma a promover uma assistência qualificada ao paciente, possuindo condutas integradas além do estabelecimento de uma comunicação efetiva entre os profissionais e entre o profissional-criança-família. Considerações finais: O paciente pediátrico possui diversas especificidades, que se alteram conforme o seu crescimento e desenvolvimento, o que demandará do enfermeiro conhecimentos específicos de acordo com a faixa etária apresentada pelo paciente e uma prática mais humanizada para que consiga acolher bem tanto o paciente quanto sua família, podendo utilizar-se de ferramentas como o lúdico para proporcionar esta assistência de forma mais humanizada e menos traumática para seus pacientes. Como acadêmicas, o processo de acompanhamento de um paciente pediátrico permitiu a percepção destes importantes aspectos dentro do cuidado a este paciente e ao seu acompanhante. As práticas acadêmicas realizadas, permitiram observar tais aspectos que englobam o cuidado pediátrico, tornando-se importante contribuição para formação do futuro profissional além de permitir contato com aquela especialidade. Sendo assim, o processo de implementação da SAE é indispensável para que o trabalho do profissional enfermeiro, sendo fomentado desde a academia, de forma integral, visando a recuperação da saúde deste paciente e a prevenção de agravos que venham a ocorrer durante o período de internação hospitalar, o que resultará diretamente no seu prognóstico, melhorando assim a assistência prestada.

7062 MARCOS TEÓRICOS CONCEITUAIS DA TEÓRICA DE ENFERMAGEM MYRA ESTRI LEVINE – TEORIA DA CONSERVAÇÃO
Vanessa Curitiba Felix, Ana Paula Assunção Moreira, Livia de Souza Câmara, Leila Rangel da Silva, Selma Villas Boas Teixeira, Cristiane Rodrigues da Rocha

MARCOS TEÓRICOS CONCEITUAIS DA TEÓRICA DE ENFERMAGEM MYRA ESTRI LEVINE – TEORIA DA CONSERVAÇÃO

Autores: Vanessa Curitiba Felix, Ana Paula Assunção Moreira, Livia de Souza Câmara, Leila Rangel da Silva, Selma Villas Boas Teixeira, Cristiane Rodrigues da Rocha

Apresentação: Ao longo dos anos, a enfermagem vem se constituindo como arte e ciência com vistas à produção de um corpo de conhecimento próprio e peculiar. O ser humano é complexo e necessita de um cuidado individualizado a partir de suas necessidades biológicas, sociais e culturais, e da vivência do processo saúde e doença. Desde anos 50, as enfermeiras americanas vêm se apropriando das Teorias de Enfermagem, que passaram a ser instrumentos e servem para orientar e direcionar nas áreas gerenciais, assistenciais e de ensino. Desenvolvimento: Trata-se de uma revisão de literatura baseada nas três grandes publicações da enfermeira teórica norte-americana Myra Estrin Levine sobre a Teoria da Conservação, intitulados “Conceptual models for nursing practice”, “Nursing theories in practice e Levine’s conservation model” e “A framework for nursing practice”, publicados respectivamente nos anos 1889, 1990 e 1991. Este modelo teórico  foi construído com o objetivo de fazer com que as enfermeiras da área médico-cirúrgica refletissem sobre o cuidado individualizado, compreendendo que cada paciente deveria ser cuidado de forma única, levando em consideração os aspectos pessoais de onde vive e se relaciona, o ambiente - The Four Conservation Principles os Nursing. Para Levine, o objetivo do cuidado de enfermagem era manter a totalidade do indivíduo, entendida como a saúde que a pessoa precisa manter apesar dos desafios ambientais. O termo “totalidade” aqui utilizado, inclui as muitas dimensões que influenciam o bem-estar biopsicossocial e espiritual do indivíduo. Essas dimensões são definidas como as influências sociais, culturais, econômicas, fisiológicas e até as patológicas, entendidas como a saúde e doença que, em desarmonia, influenciam negativamente nas experiências individuais de cada ser. Contudo, o indivíduo não pode ser avaliado fora do seu contexto, devendo ser considerados todos os aspectos sobrepostos na sua história passada e atual. Desta forma, o Modelo de Conservação foi elaborado para auxiliar as enfermeiras na prestação de um cuidado individualizado, considerando o indivíduo inserido em seu ambiente, denominado também, contexto social. Os conceitos teóricos estão fundamentados em quatro pilares que sustentam o referencial de uma Teoria, sendo eles: O indivíduo: é um ser holístico, que se relaciona com tudo e todos à sua volta. Está em contínua adaptação em suas interações e com o ambiente. Os seres humanos são influenciados por suas circunstâncias imediatas, mas também trazem consigo as experiências boas e ruins de uma viagem inteira, que ficam registradas nos tecidos do corpo, mente e espírito. A sua integridade pode ser conceituada como liberdade de escolha e de movimento. Assim as pessoas experimentam a vida, cujo processo de adaptação resulta na conservação. A saúde: A saúde é determinada socialmente, e corresponde à capacidade de o indivíduo atuar em diversas situações sociais, de forma livre, podendo seguir seus próprios desejos e interesses, aproveitando suas oportunidades e recursos, pois o processo saúde-doença não depende unicamente da ausência de doença, uma vez que a saúde é entendida como uma possibilidade do retorno da identidade do indivíduo. O ambiente: O ambiente interno e externo completa a totalidade do indivíduo. O ambiente interno combina os aspectos fisiológicos e patológicos do indivíduo que é constantemente desafiado e influenciado pelo ambiente externo. O ambiente externo é considerado o contexto social onde participamos ativamente em nosso dia a dia. Os aspectos do ambiente são definidos em três características: O ambiente operacional, definido como forças naturais não detectáveis que atingem o indivíduo; podem ser todas as formas de radiação, micro-organismos e poluentes, ou seja, são elementos que podem afetar fisicamente as pessoas. O ambiente perceptivo consiste em informações do ambiente externo, que são registradas pelos órgãos sensoriais, incluído som, luz, toque, temperatura, entre outros. O ambiente conceitual é influenciado pela cultura, ideias, linguagem e cognição, consistindo na capacidade de pensar e experimentar a emoção, os sistemas de valores, tradições étnicas e culturais, crenças religiosas. A enfermagem: O objetivo da enfermagem é cuidar dos indivíduos a fim de restabelecer-lhes a saúde por meio da promoção da melhor adaptação possível, utilizando os princípios de conservação. Para implementar a sua assistência, a enfermeira deve compreender um corpo de princípios científicos com o objetivo de fundamentar suas decisões e utilizá-los nas situações adequadas, respeitando a individualidade. A observação sensível e a seleção e a seleção dos dados são relevantes para embasar as ações que deve realizar. Resultado: Para atingir os objetivos dos princípios de conservação, a enfermagem deve realizar seu cuidado de modo que o indivíduo obtenha o melhor ajuste disponível, isto é, a melhor “adaptação” que possa ser alcançado por ele, com vistas à manutenção ou recuperação da sua saúde, afim de manter a totalidade. O primeiro princípio – a conservação de energia – consiste no equilíbrio entre a entrada e a saída de energia com o objetivo de evitar o cansaço excessivo do indivíduo, para tanto utilizando o repouso e a nutrição. O segundo princípio – a conservação da integridade estrutural – refere-se à manutenção ou recuperação da estrutura do corpo, ou seja, o processo de cura. Por meio das experiências, tendo lesões visíveis ou não, os seres humanos desenvolveram uma ideia estabelecida de que esperam uma restauração perfeita da integridade estrutural durante a vida. A cura é a defesa da totalidade do indivíduo. O terceiro princípio que é a integridade pessoal, no sentido de self, como “a defesa de si que está ao alcance do próprio indivíduo”, cada indivíduo buscando sua própria defesa e identidade como um ser único. O quarto princípio é o que trata da conservação da integridade social, que consiste no reconhecimento do indivíduo como um ser social que envolve a interação humana, ou seja, a definição do ser que transcende e vai além de si mesmo. Os indivíduos usam seus relacionamentos para definir a si mesmos. Essas relações são necessárias para manter a integridade social. Considerações finais: Nesta perspectiva, por meio de seu arcabouço teórico, Levine traz uma forma holística para compreender e cuidar do indivíduo. Este deve ser pautado no conhecimento dos ambientes interno e externo de cada um, entendendo-se que o indivíduo não pode ser compreendido fora do seu contexto social.      

7250 A RELEVÂNCIA DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM - SAE AO CLIENTE COM CALCINOSE CUTÂNEA: Aplicabilidade da Teoria das Necessidades Humanas Básicas
Atilio Rodrigues Brito, José Antônio Cavallero de Macedo Fonteles Júnior, Nathasha Caroline Souza Gimenes, Sabrina de Lucas Ramos Necy, Suzana Elyse de Araújo Mac-Culloch, Rosália Cardoso da Silva, Jéssica Maria Lins da Silva, Maria do Perpetuo Socorro Sampaio Medeiros

A RELEVÂNCIA DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM - SAE AO CLIENTE COM CALCINOSE CUTÂNEA: Aplicabilidade da Teoria das Necessidades Humanas Básicas

Autores: Atilio Rodrigues Brito, José Antônio Cavallero de Macedo Fonteles Júnior, Nathasha Caroline Souza Gimenes, Sabrina de Lucas Ramos Necy, Suzana Elyse de Araújo Mac-Culloch, Rosália Cardoso da Silva, Jéssica Maria Lins da Silva, Maria do Perpetuo Socorro Sampaio Medeiros

Apresentação: Calcinose ou calcificação de tecidos não articulares é uma dermatose rara, definida pelo depósito de cristais de cálcio insolúveis dentro do tecido cutâneo. Pode ser dolorosa e muito debilitante, resultando, às vezes, em incapacidade funcional. A patogênese é desconhecida, mas parece envolver a ação de células inflamatórias, citocinas e proteínas da matriz mineralizada, como osteocalcina, entre outras. Os objetivos são levantar os prováveis diagnósticos de enfermagem (DE) para os sinais e sintomas da calcinose cutânea, baseados na utilização da American Diagnosis Association (NANDA). Para tanto realizamos pesquisa de literatura nas bases de dados Medline e BDENF, utilizando termos relacionados a calcinose e a cutânea. Verificou-se que de 2000 a 2018 existem 816 artigos relacionados ao tema, sendo 28 artigos em português e 788 em inglês. Desenvolvimento: Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa descritiva. Resultado: Observou-se que as Necessidades humanas básicas (NHB) do ser humano perpassam por três níveis os quais são: sociais, espirituais e biológicos. nesse sentido, a cliente estudada apresenta alteração no nível biológico: sono e repouso, deambulação, integridade cutâneo mucosa e nutrição.  Ao contrário das necessidades sociais e espirituais que se encontram em equilíbrio, cabendo a equipe de enfermagem promover sua manutenção. Considerações finais: A calcinose cutânea assim como outras enfermidades, pode suscitar desequilíbrios de ordem diversas, afetando as necessidades básicas do cliente, sendo a Enfermagem essencial na prestação de cuidados é imprescindível a aplicação da teoria Necessidades Humanas Básicas - NHB, para que todos os cuidados sejam implementados e assim prestando uma assistência de qualidade e capaz de restabelecer todas as dimensões envolvidas nos conceitos modernos de saúde, que enxergam o ser humano de forma holística e portanto assim deve ser tratado. A Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE é a organização do trabalho profissional. O Processo de   Enfermagem - PE é um instrumento que orienta o cuidado profissional, ambos se  complementam para melhor assistir o cliente, sendo assim os diagnósticos aqui elencados e sua aplicabilidade embasados na Teoria de  Horta, vão proporcionar a implementação de intervenções de enfermagem necessárias e seguras ao portador da Calcinose Cutânea.

7303 A PERCEPÇÃO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM FRENTE ÀS ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO EM UMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Iasmim da Silva Dias, Alessandra Carla da Silva Ferreira, Ana Paula Lobato da Silva, Ellen Caroline Alves da Silva, Samir Felipe Barros Amoras, Maicon de Araújo Nogueira, Otávio Noura Teixeira, Antônia Margareth Moita Sá

A PERCEPÇÃO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM FRENTE ÀS ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO EM UMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Iasmim da Silva Dias, Alessandra Carla da Silva Ferreira, Ana Paula Lobato da Silva, Ellen Caroline Alves da Silva, Samir Felipe Barros Amoras, Maicon de Araújo Nogueira, Otávio Noura Teixeira, Antônia Margareth Moita Sá

Apresentação: Historicamente, o Programa Saúde da Família foi iniciado em dezembro de 1993, por algumas transformações ocorridas no Brasil referente a saúde da população, então o programa surge numa proposta para a reestruturação do sistema de saúde e para atenção primária. E a prática e atuação do enfermeiro(a) na Estratégia Saúde de Família (ESF), abrindo a discussão voltada para o papel deste profissional dentro do programa, através da importância do cuidado como eixo estrutural de sua prática. O cotidiano de um enfermeiro (a) na Estratégia de Saúde da Família (ESF) tornou-se um processo dinâmico, onde o trabalho da enfermagem compreende uma prática social e obtém uma ação produtiva marcado por determinantes históricos, políticos, sociais e econômicos. Nesse sentido, é primordial que o enfermeiro conheça o território onde será realizado os cuidados com a atenção primária, e uma reorganização estabelecendo assim as devidas necessidades da população. Na ESF o foco principal está relacionado com a atenção primária a saúde, buscando assim, uma ação de vigilância em saúde da população descrita a um território com uma implementação de uma lógica de produção de cuidados em que as ações de saúde desenvolvidas sejam permeadas por vínculo, acolhimento e responsabilização pela equipe de saúde. O enfermeiro deve constantemente buscar uma assistência humanizada e qualificada. A educação em saúde é uma das suas funções, a qual pode ser desenvolvida durante a consulta de enfermagem, na sala de espera, com grupos terapêuticos, por meio de visitas domiciliares, reuniões comunitárias e atividades desenvolvidas nas escolas, entre outros. No decorrer da jornada de aprendizado no projeto observou-se a importância da assistência prestada pelo enfermeiro na prevenção e promoção da saúde, visando a atenção primária dentro e fora da Unidade, por meio de visitas realizadas a famílias assistidas pela ESF, as quais havia idosos acometidos por AVE (Acidente Vascular Encefálico). Onde na primeira foi feita a visita para um casal de idosos no qual havia uma senhora de 90 anos de idade que estava se recuperando de um AVE, porém se locomovia com uma cadeira de rodas e estava com a sua fala comprometida, a família relatou que após a alta hospitalar ela estava fazendo uso de medicamentos que estavam ajudando no seu restabelecimento; foi feita à anamnese da paciente e as orientações sobre o cuidado para sua recuperação, também foi feita a solicitação do NASF (Núcleo de Apoio a Saúde da Família) para que fossem feitas visitas de um fisioterapeuta com o intuito de restabelecer sua locomoção. Na segunda visita foi realizado o acompanhamento de um idoso de 90 anos que havia sido acometido por um AVE há um mês e se locomovia com cadeira de rodas, tinha a fala, a audição e a visão comprometidas; também durante a anamnese observou-se que ele estava com uma LPP (Lesão por Pressão) de grau 1 e uma hérnia escrotal através do relato de sua companheira, a ele foram solicitados  os serviços de apoio do NASF, para consultas de fisioterapia e foram feitas  orientações sobre o cuidado com a LPP com óleo dersani, colchão piramidal (colchão casca de avo) e as mudanças de decúbito, sobre o hérnia escrotal a enfermeira orientou que fosse relatado ao médico que cuidava do paciente para que fosse solicitado novos exames. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem da Universidade da Amazônia (UNAMA) em uma Estratégia Saúde da Família (ESF) no Município de Belém do Pará. E como é feita a assistência do Profissional de Enfermagem dentro da Unidade. Valorizando a humanização do assistencialismo. Método: Estudo descritivo com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, realizado a partir da vivência de acadêmicos de enfermagem na Estratégia Saúde da Família, de Belém do Pará, essa experiência extracurricular foi proporcionada pelo “Projeto Vivências” de Enfermagem da Universidade da Amazônia. Através da experiência vivenciada pelos acadêmicos de enfermagem do 5º semestre, onde foi percebido a flexibilidade e a importância de uma equipe de saúde. Por intermédio do projeto, os discentes puderam observar toda a rotina da equipe multiprofissional de saúde, principalmente do enfermeiro dentro da ESF. Foi abordado e mostrado como o profissional de enfermagem age numa consulta de enfermagem, na realização do exame físico e na verificação dos sinais vitais. Levando também o assistencialismo para fora da unidade, onde foram feitas visitas para duas famílias assistidas pela ESF, frisando a importância da prevenção e promoção da saúde. Resultado: /Discussão: De acordo com o Ministério da Saúde, as recomendações das funções específicas do profissional de enfermagem na ESF envolvem a realização da assistência integral em todas as fases do desenvolvimento humano conforme os protocolos de exames complementares, prescrição de medicações previamente estabelecidos, planejamento, gerenciamento, dentre outras funções. Ressalta-se que a atenção primária é o foco principal na ESF, onde o profissional de enfermagem executa inúmeras atividades, que muitas vezes são desprovidas de material necessário para tal realização, fazendo com que o enfermeiro(a) trabalhe com pouco ou quase nenhum suporte estrutural. Compreende-se que os profissionais de enfermagem, na atenção primária desempenham atividades voltadas a assistência em saúde, prestando serviços dentro da unidade, mas também visitas domiciliares, onde foram executadas as visitas a clientes acometidos por AVE e obtiveram o suporte específico do profissional de enfermagem. Além de enfermeiro, o perito de enfermagem pode ainda realizar a prática da docência, com o intuito de fornecer conhecimento para os acadêmicos sobre os desafios enfrentados pelo profissional durante o exercício da sua atividade. Considerações finais: Sabemos que a Enfermagem é fundamental para o sistema de saúde, diferenciando-se por seu desenvolvimento de práticas integrativas e integradoras do cuidado, e que, segundo o Ministério da Saúde, no “Memórias da Saúde da Família no Brasil”, o profissional de enfermagem constitui a maior força de trabalho, fazendo a diferença em relação à oferta de serviços em atenção primária à saúde, porque propiciam processos educativos em saúde, facilitam a comunicação, o entendimento e a aprendizagem, além de oferecerem suporte frente à intercorrências etc. Dessa forma, foi importante para adquirir conhecimentos e vivenciar dentro de uma unidade de saúde a forma como um enfermeiro (a) planeja, gerencia, coordena e executa as práticas voltadas para a assistência de saúde, evidenciando a percepção do quão é necessário o papel do enfermeiro e de sua competência, contribuindo para uma melhor qualidade de vida da população e seu acolhimento, contudo não cabe apenas ao profissional de enfermagem total responsabilidade da unidade, mas o redimensionamento da assistência em saúde por um modelo de cuidado ampliado, integral-resolutivo e multiprofissional, construindo relações dialógicas e de vínculo entre os profissionais, usuários, famílias e comunidades.

7679 O PROCESSO DE ENFERMAGEM DURANTE A PRÁTICA ASSISTENCIAL
Nathália Cantuária Rodrigues, Alessandra Silva Pantoja, Amanda Beatriz Gomes Furtado, Jaíne dos Santos Queiroz, Flávia Savana Ribeiro de Sales, Gabriela Éleres Casseb, Mayara Melo Galvão, Gabriela Rocha Reis

O PROCESSO DE ENFERMAGEM DURANTE A PRÁTICA ASSISTENCIAL

Autores: Nathália Cantuária Rodrigues, Alessandra Silva Pantoja, Amanda Beatriz Gomes Furtado, Jaíne dos Santos Queiroz, Flávia Savana Ribeiro de Sales, Gabriela Éleres Casseb, Mayara Melo Galvão, Gabriela Rocha Reis

Apresentação: O Processo de Enfermagem é a ferramenta de registro e organização do cuidado a qual garante a documentação e segurança do paciente, fundamental para o planejamento de assistência. Durante a elaboração do plano de cuidados o foco deve prevalecer no cliente, com objetivos exequíveis e realizados com a colaboração do cliente e familiares, para que a assistência ocorra de forma individualizada, integral e de qualidade, minimizando a dor e sofrimento de todos; o objetivo deste trabalho é relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem com a prática do Processo de Enfermagem em estágio curricular. Desenvolvimento: No decorrer do estágio curricular de Clínica Médica do 5º período do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA), um grupo de acadêmicas pôde colocar em prática o Processo de Enfermagem, dividido em 5 etapas: 1) a coleta de dados dava-se a partir do exame físico, acesso aos prontuários e entrevistas com os pacientes e familiares; 2) o diagnóstico de enfermagem foi realizado com o livro “Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I: Definições e Classificação - 2018/2020”; 3) o planejamento foi pensado a partir da análise de todas as questões estruturais dos pacientes com auxílio do livro “Ligações entre NANDA, NOC e NIC”; 4) a implementação do plano de cuidados e 5) avaliação do estado dos pacientes. Durante o estágio foi realizado um estudo de caso e um plano assistencial de uma paciente com pré-eclâmpsia grave e síndrome HELLP. Resultado: A paciente em questão estava internada no Hospital Escola Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, em Belém, mas residia em uma cidade do interior há 200km da capital; os prontuários informam as questões do seu cônjuge, antecedentes mórbidos pessoais e familiares; durante a entrevista da primeira visita, nos foi dito pela paciente que ela não estava conseguindo ir amamentar seu bebê recém nascido que estava em UTI por falta de quem a levasse em cadeiras de rodas, a mesma estava sem acompanhantes e necessitava de um maqueiro; além disso, durante o exame físico foi possível perceber alguns sinais de desidratação. Horas depois de notificada a situação do maqueiro, ela foi levada para ver seu bebê, além de ter sido orientada de forma adequada sobre hidratação e recomendada o uso de hidratante nas pernas e maior ingestão de água. Todos esses cuidados e recomendações foram descritos na evolução de enfermagem da paciente e o estudo de caso finalizado para avaliação do componente curricular após a alta, mas até lá todos os cuidados foram prestados. Considerações finais: A utilização do processo de enfermagem com auxílio da taxonomia NANDA-NIC-NOC proporcionam a construção prática da formação integral, crítica e reflexiva do estudante, promovendo cuidado singular, integral e de qualidade. O conhecimento sobre a estrutura socioeconômica e familiar da pessoa que necessita de cuidados e a relevância desses aspectos tornam-se aliados para promoção de cuidados em saúde.

7960 A HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: FRENTE À SAÚDE BIOPSICOSSOCIAL DA CRIANÇA INTERNADA.
LARESSA DA SILVA BARBOSA DA SILVA PEREIRA, GISELLE MÓSER Móser Jorge Saad Ferreira, THAYNÁ PONTES Pontes Pereira, DARCIANE DA SILVA DA SILVA FERREIRA

A HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: FRENTE À SAÚDE BIOPSICOSSOCIAL DA CRIANÇA INTERNADA.

Autores: LARESSA DA SILVA BARBOSA DA SILVA PEREIRA, GISELLE MÓSER Móser Jorge Saad Ferreira, THAYNÁ PONTES Pontes Pereira, DARCIANE DA SILVA DA SILVA FERREIRA

Apresentação: A admissão da criança na unidade de internação é um dos momentos mais críticos na hospitalização. O Ministério da Saúde firma, o período neonatal de zero a 28 dias de vida, primeira infância ou lactente de 29 dias a dois anos, pré-escolar de dois a seis anos, escolar de sete a nove anos e adolescência de 10 aos 19 anos. A hospitalização é considerada uma experiência estressante para a criança e seus pais, com isso ocorre uma regressão no seu estado emocional como uma forma de defesa, por estar afastada de casa e dos familiares. Neste contexto, as crianças tendem a recusar alimentos, diminuir o vocabulário e resistir aos procedimentos. Entretanto, no Brasil somente em 1990 houve a permissão de acompanhante de um dos familiares. A publicação da Lei n° 8.069, de 1990, que regulamentou o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu Art. 12 ficou preconizado que os estabelecimentos de saúde deverão proporcionar condições para a permanência de um dos responsáveis, em tempo integral, nos casos de internação da criança ou adolescente. A assistência de enfermagem de forma humanizada é de grande importância na hospitalização da criança, criando uma relação de confiança para que a mesma se sinta segura. Promover um ambiente acolhedor com brinquedos para diminuir ansiedade, minimizar o estresse decorrente da internação, demonstrar interesse a criança e família para melhor adesão ao tratamento, além de incentivar hábitos de vida saudáveis para diminuir tempo de internação. Objetivo: O objetivo deste presente trabalho é refletir sobre a importância da humanização na assistência de enfermagem frente à saúde biopsicossocial da criança. Uma vez que a enfermagem apoia a criança quanto à situação que a mesma está vivenciando, prepara-a para procedimentos desconhecidos, conhece seus sentimentos e ansiedades, estabelece vínculo entre o profissional de saúde, família e paciente. Com isso, poderá ser elaborado um plano de cuidados que atenda às necessidades da criança e da família. Método: Para condução desta investigação, adotou-se a revisão integrativa da literatura, visto que ela contribui para o processo de sistematização e análise dos resultados, visando à compreensão de um determinado tema a partir de outros estudos independentes. Para a realização desta pesquisa optamos pela abordagem de natureza qualitativa, uma vez que esta permite entrar em profundidade na essência do tema proposto. O desenho escolhido para a mesma foi de um estudo bibliográfico, pois foi desenvolvido com base em material já elaborado, constituída de livros e artigos científicos. Resultado: O Programa Nacional de Humanização está baseado nos princípios doutrinários do SUS. Logo, a preservação da dignidade humana e a humanização nas tecnologias leves do cuidado tornam-se necessárias para a manutenção do Sistema Único de Saúde em toda a sua completude. Ao abordar a humanização dos usuários, trazemos à tona o objetivo fundamental do SUS, que é a democratização em saúde. Atender a integralidade do sujeito requer intervenções que contemplem não somente o estado de saúde física, mas como esse adoecimento afeta as relações humanas e o sentimento do binômio família-criança. O apoio da família é a maneira mais significativa de humanização, pois a criança se sente segura por meio do afeto e vínculo familiar e possibilita educar os responsáveis como garantia a terapêutica correta após a alta. Diante disto, concretiza-se um dos princípios importantes do Sistema Único de Saúde, a equidade que garante que todo cidadão será acolhido conforme a sua necessidade. Referindo-se a “tratar desigualmente os desiguais” de modo a se alcançar a igualdade. Com isso, a assistência de enfermagem a criança hospitalizada será em foque em todas as adversidades que a mesma apresenta, considerando todo ser biopsicossocial cultural e espiritual de cada indivíduo. Compreendendo suas diferenças no modo de viver e adoecer, sendo assim, oferecendo mais a quem mais precisa. A família não é um processo simples de ser compreendido, pois cada uma possui sua experiência particular, a reação da família em meio a um contexto inesperado como a doença da criança, por exemplo, interfere na sua estrutura emocional e a um elevado nível de estresse, portanto a influência em sua reação está ligada diretamente a sua herança cultural e sua interpretação de vida. O profissional enfermeiro deve procurar conhecer e compreender as reações, sentimentos, hábitos, costumes e valores, sendo necessária a interação, apoio e orientação. O estabelecimento do vínculo de confiança com resultados satisfatórios de adesão, as orientações, a postura adequada, são esperadas na assistência da criança. Diante disto, implantar estratégias vinculadas à humanização em prol do bem estar da criança e seus familiares é priorizar e consolidar os princípios do SUS. Esse método inclui desde a monitoração a procedimentos dolorosos, respeitar o momento do sono da criança, coordenar os procedimentos invasivos acumulando-os num único momento e minimizar a manipulação dolorosa, estes, são alguns exemplos de maneiras de por em  pratica a humanização promovendo o bem estar da criança. Os diversos tipos de dispositivos utilizados na criança podem inibir a aproximação do familiar distanciando-o por insegurança e medo, a atenção humanizada é um fator que possibilita uma assistência padrão que atenda as necessidades da criança sem impedir o vínculo com a família. A orientação até mesmo no manuseio da criança são barreiras que desaparecem perante o estímulo e incentivo a aproximação familiar, requerendo que o enfermeiro seja envolvido com as questões éticas e humanas na assistência humanizada.  Considerações finais: O cuidado com a criança deve ser demonstrado pela equipe de enfermagem através do carinho, compaixão, disponibilidade, empatia, compromisso, reciprocidade e interação. A família e a criança necessitam do suporte fornecido pelo enfermeiro através do cuidado, que não pode ser superficial, sem humanização, deve ir além e voltado para o todo. O enfermeiro no contexto social possui a responsabilidade de inclusão social, trazendo ao conhecimento da família as orientações necessárias aos cuidados com as crianças, incluindo estes, respeitando a cultura e incentivando o treinamento. Na prática hospitalar, faz-se necessário que programas de treinamentos e de educação continuada abordem questões relacionadas ao respeito à vida e aos dilemas éticos do cotidiano. Também se destaca a importância do fortalecimento do vínculo do profissional de saúde, criança e familiares no processo de internação. A família também tem buscado conhecimento, cada vez fica mais informada e atualizada sobre os procedimentos técnicos realizados em suas crianças, portanto o enfermeiro e sua equipe precisam  buscar a atualização para procederem com excelência. Assim, as mesmas bem orientadas poderão com segurança atuar em suas residências após a alta hospitalar de suas crianças e estarão apercebidos de anormalidades, podendo recorrer ao hospital quando houver necessidade. Contudo, é notável a carência de programas e ações voltados para a criança hospitalizada, sendo um assunto de pouca visibilidade. Dessa maneira, para fortalecimento e consolidação do Sistema Único de Saúde é necessário refletir sobre seus princípios e doutrinas, de forma, a assegurara saúde do usuário, família e comunidade para a conquista dos serviços de saúde de melhor qualidade.  

8219 CUIDADO DE ENFERMAGEM A CRIANÇA COM DIABETES INSÍPIDUS
Nágela Aglaídes Calixto de Souza, Firmina Hermelinda Saldanha Albuquerque, Karla Maria Carneiro Rolim

CUIDADO DE ENFERMAGEM A CRIANÇA COM DIABETES INSÍPIDUS

Autores: Nágela Aglaídes Calixto de Souza, Firmina Hermelinda Saldanha Albuquerque, Karla Maria Carneiro Rolim

Apresentação: O diabetes insípidus (DI) é um distúrbio metabólico da água causado por deficiência do hormônio antidiurético (HAD), também denominado vasopressina, secretado pela hipófise posterior ou pela incapacidade dos rins de responder ao HAD. Onde é uma condição incomum, com prevalência de 1:25.000 pessoas com distribuição igual em ambos os sexos, estando associada a fatores adquiridos, genéticos ou idiopática, que não apresenta uma origem específica. Ele é classificado em primário e secundário. A causa primária é a ausência de sinais e sintomas neurológicos, manifestados pelas formas idiopáticas ou genéticas. A secundária, também conhecida como adquirida, é resultante de lesões, tumores cerebrais, doenças infecciosas, neurocirúrgicas ou alterações vasculares, que atingem os neurônios de HAD impedindo o transporte deste, pelo sistema porta-hipofisário. O tratamento pode ser pela administração de HAD ou de seu derivado: DDAVP (Derivado da vasopressina administrado por via nasal através de sonda nasal ou por spray), Clorpropaminda/Diabinese (Potencializa a ação da vasopressina sobre os mecanismos de concentração renal), Clofibrato/Atromid-S (Atua aumentando a secreção de HAD pela neuro-hipófise e Carbamazepina/Tegretol (Potencializa a ação vasopressina endógena). Caso não seja tratado a DI pode resultar em morte e caso o tratamento excessivo com DDAVP pode causar hiponatremia e intoxicação hídrica. Objetivo: Relatar a experiência dos cuidados de enfermagem a uma criança com diabetes insipidus. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência referente ao cuidado de uma criança com diabetes insípidus, situado em um hospital de referência na cidade de Fortaleza-Ceará, no período de Outubro a Novembro de 2017. Resultado: Foram observados que durante o período estimado que a criança se apresentava desconfortável no ambiente hospitalar, sonolento, alternando entre agitação e calmaria seguida de sonolência, apresentando poliúria e polidipsia, com melhora a noctúria, com acuidade auditiva com leve alteração (teste de interneter com alteração no ouvido direito e teste de Rinner com condução óssea maior que aérea), poliúria (após a diminuição do medicamento no organismo), com débito urinário de 500ml. Foi traçado o planejamento do cuidado, onde foi identificado os problemas em potenciais de enfermagem, que foram: 1. Risco de Volume de Líquidos deficiente evidenciado por perda excessiva de líquido por vias normais, onde os resultados esperados sejam a melhora do volume de líquido, com as realizações de intervenções de enfermagem: Balanço hídrico rigoroso e avaliação dos sinais e sintomas da medicação em uso; 2. Padrão de sono prejudicado relacionado a padrão de sono não restaurador (ao uso de medicamento) evidenciado por dificuldade no funcionamento diário, onde os resultados de enfermagem esperados é avaliar os sinais e sintomas da pressão intracraniana (PIC). Considerações finais: Através do estudo realizado é possível compreender a diabetes insípidus compreendendo a patologia, que ainda é pouco relatada na literatura brasileira, para poder realizar de forma eficaz, proporcionando uma assistência de acordo com suas necessidades. Diante disso é essencial um maior conhecimento das características dessa patologia para que possa ser diagnosticada mais precocemente, pois essa doença traz diversas alterações no organismo humano, assim, evitando maiores danos físicos e mentais aos pacientes.

8859 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AS VITIMAS DE SUICÍDIO: REVISÃO INTEGRATIVA
João Vitor Nascimento Palaoro, Amelia Toledo da silva Bauduina, Laís Lopes Gonçalves, Caroline Nascimento de Souza, Ana Paula de Araujo Machado, Jaçamar Aldenora dos Santos, Cristina Ribeiro Macedo, Italla Maria Pinheiro Bezerra

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AS VITIMAS DE SUICÍDIO: REVISÃO INTEGRATIVA

Autores: João Vitor Nascimento Palaoro, Amelia Toledo da silva Bauduina, Laís Lopes Gonçalves, Caroline Nascimento de Souza, Ana Paula de Araujo Machado, Jaçamar Aldenora dos Santos, Cristina Ribeiro Macedo, Italla Maria Pinheiro Bezerra

Apresentação: O suicídio é um ato intencional realizado pelo individuo com o objetivode extinguir sua própria vida, este ato atualmente tem vitimado milhares de pessoas no mundo. Os fatores de risco para tal ação incluem doenças mentais e/ou psicológicas, depressão, perturbação bipolar, esquizofrenia, abuso de drogas, histórico familiar de suicídio e outros eventos estressantes como pobreza, desemprego. Por isso é importante que os profissionais de saúde conheçam sobre o assunto, para que possam desenvolver estratégias adequadas para lidar frente esses casos, além de criar planos para os indivíduos com maiores fatores de riscos associados. Diante disso, o objetivo desse trabalho é analisar a assistência de enfermagem frente ás vitimas de suicídio. Desenvolvimento: Trata-se de uma revisão integrativa realizada na base de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) durante o mês de janeiro de 2020. Para busca, utilizou-se os descritores baseados no DeCS: Suicídio AND Assistência de Enfermagem AND Enfermagem. Os critérios de inclusão foram:  Textos completos de língua portuguesa que foram publicados nos anos de 2010 a 2020. Resultado: Foram encontrados 840 estudos, que após aplicação dos critérios resultaram em 28 estudos. Desses, após leitura de títulos e resumos, foram selecionados 3 artigos para análise completa. Evidenciou-se através dos estudos que não existe conhecimento suficientes dos profissionais de enfermagem quanto a prestação de cuidados aos indivíduos que tentaram cometer suicídio. Além disso, demonstram que os mesmos não recebem ensinamentos específicos sobre o assunto, por isso a grande parte dos profissionais não sabem quais são as condutas necessárias antes e após o suicídio, o que compromete a qualidade da atenção prestada a esses indivíduos. Considerações finais: Diante de tal cenário, nota-se a necessidade de capacitar os profissionais para o atendimento as vítimas, visando a melhoria no atendimento e na assistência. Desse modo, é fundamental discutir sobre o assunto na formação e no cotidiano dos profissionais da saúde, pois assim, estarão aptos a prestarem os cuidados necessários quando estiverem frente a situações tão importantes. Suicídio; Assistência de Enfermagem; Enfermagem.  

7484 A PRODUÇÃO DE CUIDADOS COM ÊNFASE À MULHER NEGRA: PERSPECTIVAS E NECESSIDADES
Lucas de Almeida Figueiredo, Mariana Braga Salgueiro, Alice Damasceno Abreu, Caio Ramos, Kevin Guimarães Guerra, Thiago Castanheira Scagliarini Frenda, Dayanne Cristina Mendes Ferreira Tomaz, Mônica Martins Guimarães Guerra

A PRODUÇÃO DE CUIDADOS COM ÊNFASE À MULHER NEGRA: PERSPECTIVAS E NECESSIDADES

Autores: Lucas de Almeida Figueiredo, Mariana Braga Salgueiro, Alice Damasceno Abreu, Caio Ramos, Kevin Guimarães Guerra, Thiago Castanheira Scagliarini Frenda, Dayanne Cristina Mendes Ferreira Tomaz, Mônica Martins Guimarães Guerra

Apresentação: O Brasil é intitulado como um país multicultural e multirracial, porém na prática observa-se que a produção de cuidados ainda é centrada em aspectos que tendem a exclusão seja racial ou por questões de gênero. Neste sentido, buscando refletir acerca das questões de gênero e raça, surge à mulher negra que é representada, na sociedade atual, como uma mulher frágil, de classe econômica menos favorecida e a qual o acesso à saúde é facultado, mas a assistência não atende as suas necessidades, sendo vítimas constantes de racismo institucional. Portanto, torna-se o objetivo deste estudo: Analisar a partir das Políticas Públicas a produção de cuidados voltados à mulher negra. Desenvolvimento: O método de realização do estudo foi à abordagem qualitativa do tipo revisão integrativa utilizando-se os seguintes descritores: racismo, política pública, assistência integral à saúde. Resultado: Estudos comprovam que a mortalidade materna tem de 90% a 95% de chances de serem evitadas, e pesquisas relatam que a mulher negra tem 2,7 vezes mais riscos de mortalidade materna por causas evitáveis. As gestantes negras se encontram em posição desfavorável em comparação as mulheres brancas em mesma classe social, no que tange ao acesso à saúde, principalmente na assistência pré-natal, cerca de 69,8% tem o número adequado de consultas, e muitas se encontram em peregrinação na rede de assistência. Essas, encontram-se desinformadas no que se refere aos riscos gestacionais e as informações/orientações necessárias pelos profissionais de saúde. No momento do parto, têm sido violadas, sendo vítimas de procedimentos dolorosos sem a utilização de analgesia, isto por serem estigmatizadas como resistentes a dor. No puerpério, sofrem com a desinformação e não são instruídas no que se refere aos cuidados com recém nascido e sobre a importância e a forma correta de amamentar. Considerações finais: Conclui-se que o impacto da mortalidade materna em mulheres negras e a desqualificação da assistência bem como suas causas e formas de enfrentamento devem ser discutidas desde a graduação até a educação permanente, pois os processos de educação dos trabalhadores de saúde devem ser baseados a partir da problematização do trabalho, visando mudanças e melhorias na assistência, as quais devem guiar-se pelo princípio de equidade do Sistema Único de Saúde (SUS), de forma que as políticas públicas, em especial a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, instituída pela Portaria nº 992 de 13 de maio de 2009, seja efetiva, garantindo direitos igualitários a toda a população de acordo com sua especificidade.

6610 PERCEPÇÃO DOS ENFERMEIROS NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO NA ZONA OESTE DO RIO DE JANEIRO
maria regina bernardo da silva, joyce da silva santos do nascimento, monique pedrosa de lima de moraes, Daniel ribeiro soares de souza, halene cristina dias armada e silva, sandra conceicao ribeiro chicharo

PERCEPÇÃO DOS ENFERMEIROS NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO NA ZONA OESTE DO RIO DE JANEIRO

Autores: maria regina bernardo da silva, joyce da silva santos do nascimento, monique pedrosa de lima de moraes, Daniel ribeiro soares de souza, halene cristina dias armada e silva, sandra conceicao ribeiro chicharo

Apresentação: O Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco (AACR) utiliza atendimento por critério de gravidade através de um protocolo pré-estabelecido, proporcionando atenção centrada no nível de complexidade. Portanto, definiu-se o objetivo como identificar a percepção dos enfermeiros na classificação de risco, em um acolhimento em uma UPA, na zona oeste do Rio de Janeiro. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de campo com entrevista semi estruturada, com 10 enfermeiros. Resultado: Os enfermeiros entrevistados  informaram que a implementação do protocolo de Manchester visa melhorar o atendimento nas urgências e emergências sendo ferramenta indispensável para classificar a gravidade e agilizar o processo. do atendimento. Os entrevistados não perceberam dificuldades com a utilização da classificação e  100% foram unânimes em reconhecer que o Acolhimento com a   Classificação de Risco  é um facilitador para o atendimento, mas observou-se a necessidade de melhorar o sistema de  informação  aos usuários e familiares,  percebeu-se dificuldades na compreensão dos critérios utilizados pelo protocolo pelos usuários,  fato que gera insatisfação no atendimento por parte dos usuários e até constrangimento aos profissionais.

7503 O ENFERMEIRO COORDENANDO A BUSCA ATIVA DO HIPERDIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Raphaela Silva Tavares Lacerda

O ENFERMEIRO COORDENANDO A BUSCA ATIVA DO HIPERDIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Raphaela Silva Tavares Lacerda

Apresentação: A presente pesquisa refere-se ao Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização Saúde da Família oferecida pela Universidade Aberta do SUS (UNASUS) em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A motivação para esse estudo surgiu a partir da vivência prática  em situações que envolvem o acompanhamento de pacientes diabéticos e hipertensos cadastrados no Programa de Hipertensão Arterial e Diabetes (Hiperdia), a fim de mobilizar a população de hipertensos e diabéticos, proporcionando aos pacientes o cuidado e assistência necessária para que os mesmos possam acompanhar sua saúde de maneira preventiva, garantindo o cumprimento das funções da Atenção Primária à Saúde (APS). A metodologia do estudo se baseou num relato de experiência. Nesse contexto, o problema do estudo está relacionado aos desafios encontrados pelo enfermeiro no acompanhamento de pacientes diabéticos e hipertensos. O objetivo geral é relatar a experiência do enfermeiro nas buscas ativas através de visitas domiciliares aos usuários hipertensos e diabéticos cadastrados no Programa médico de família Maruí com base nas informações cadastradas no Hiperdia e Objetivos específicos: Demonstrar as funções da estratégia de saúde da família; Enfatizar a importância da atenção primária em saúde; Analisar as funções do enfermeiro no Hiperdia. Na revisão de literatura destaca-se a importância de se analisar a função da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e o papel do enfermeiro no Hiperdia. Após análise e discussão dos casos, ficou evidenciado a importância de reorganizar e planejar as políticas públicas em saúde, com o objetivo de disponibilizar e qualificar o cuidado necessário para atender as necessidades dos usuários na ESF e consequentemente no Hiperdia, potencializando as intervenções assistenciais e reduzindo a gravidade dos problemas que tanto afligem a população brasileira. Palavras-chave: Saúde da família, Atenção básica e Hipertensão.

7699 A ADESÃO NA PUERICULTURA REALIZADA PELO ENFERMEIRO E VACINAÇÃO NOS DISTRITOS SANITÁRIOS DE BARRA MANSA
Ana Carolina Barros Gonçalves, Ana Lucia Naves Alves, Ana Lucia Naves Alves, Gloria Maria Francisco Nacaratti, Gloria Maria Francisco Nacaratti

A ADESÃO NA PUERICULTURA REALIZADA PELO ENFERMEIRO E VACINAÇÃO NOS DISTRITOS SANITÁRIOS DE BARRA MANSA

Autores: Ana Carolina Barros Gonçalves, Ana Lucia Naves Alves, Ana Lucia Naves Alves, Gloria Maria Francisco Nacaratti, Gloria Maria Francisco Nacaratti

Apresentação: Essa pesquisa analisou os prontuários na atenção primaria das 4 regiões de Barra Mansa, onde constam as consultas de puericultura realizadas pelo enfermeiro e aprazamento de vacinas. Tendo como critério de seleção dos prontuários criança de 0 até os 2 anos de idade, encontrando nas consultas achados anormais, as condutas adotadas pelo enfermeiro e a realização das vacinas dentro do prazo estabelecido pelo ministério da saúde.Apresentação: O acompanhamento da saúde da criança nas consultas de puericultura é uma atividade de grande importância, pois visa a prevenção do agravo de patologias, proporciona orientações para as mães em higiene, aleitamento materno, alimentação adequada dentro das idades estipuladas, acompanha a criança em seu crescimento de estaturas e peso e a cobertura vacinal de acordo com o que é estipulado pelo Ministério da Saúde proporcionando assim um crescimento saudável. Na Estratégia de Saúde da Família (ESF) o enfermeiro realiza as consultas de puericultura de acordo com o calendário determinado pelo órgão responsável, ele acompanha e orienta todas as ações, desde o aconselhamento para as mães dos cuidados necessários, acompanha a vacinação, faz exames físicos e qualquer achado anormal ele encaminha para o pediatra, identifica as crianças que não estão aparecendo para as consultas e pede para que seja feito a busca pelo agente comunitário, preenche o cartão da criança descrevendo os dados e fazendo os gráficos de acompanhamento. Para realizar as consultas de puericultura o enfermeiro deve estar preparado tanto para os casos mais simples, quanto para os casos mais complexos que podem aparecer para seus cuidados, estando sempre atento aos detalhes para que seja identificado qualquer anormalidade, sendo ela de grande ou pequena importância, referenciando no caso de alterações conforme protocolos estabelecidos pelo exercício de sua profissão. Toda criança em atendimento de puericultura deve ser avaliada de acordo com a sua peculiaridade em âmbitos pessoais e sociais, observando sempre o que aquilo pode prejudicar na saúde da criança e o que pode ser feito para que os efeitos possam diminuir. O enfermeiro tem fundamental importância no que se trata de acompanhamento a criança, criando vínculos com a família para que assim siga as orientações, compareçam as consultas agendadas e o levem ao profissional que por alguma circunstância foi referenciado. Esta pesquisa tem por objetivo a relevância das consultas de puericultura frequentes realizadas pelo enfermeiro na atenção básica, identificando o acompanhamento do crescimento até os dois anos de idade. Metodologia Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo de abordagem quantitativa, os dados foram coletados por meio de instrumento padronizado, atendendo o objeto a da pesquisa que é a relevância das consultas de puericultura frequentes realizadas pelo enfermeiro na atenção básica e adesão a vacinação. A abordagem quantitativa, é caracterizada pelo emprego da quantificação, tanto nas modalidades de coleta de informações quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, onde algumas pessoas são selecionadas de acordo com os critérios da pesquisa. Os dados foram coletados e transformados em números que, após análise, geraram resultados que possibilitaram as conclusões dessa pesquisa. O cenário da pesquisa foram 4 (quatro) Unidades de Saúde, uma de cada região de saúde da cidade de Barra Mansa. O estudo teve como objeto da pesquisa 175 prontuários de crianças menores de dois anos assistidos na Atenção Primária à Saúde e com o critério de inclusão que são com cadastros nas Unidades de Saúde da Família e tendo sua consulta de puericultura realizada pelo profissional enfermeiro visando analisar dados já existentes, que foram coletados nos prontuários das unidades de saúde de Barra Mansa que realizam consultas de puericultura, sendo neles avaliados os achados anormais e vacinação. O levantamento de dados que foram coletado engloba os prontuários das crianças de  grupos etários de zero a dois anos que nasceram de janeiro 2016 e completaram dois anos até dezembro 2018. Avaliou-se todos os prontuários disponíveis nas unidades, das crianças que nasceram e completaram os seus dois anos até o período estipulado pela proposta da pesquisa. Cria estratégias para o acompanhamento integral para que os gráficos da caderneta da criança se mantenham dentro dos padrões esperados pelo profissional que acompanha. Foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa do Centro Universitário de Barra Mansa pelo parecer número: 3.539.614. A coleta de Dados foi realizada entre os meses de setembro e dezembro de 2019 e a análise dos dados em janeiro de 2020. Resultado: Os dados foram obtidos visitando 4 unidades uma de cada distrito, conseguindo analisar 175 prontuários, sendo identificado a porcentagem do sexo das crianças, os problemas que mais acometem e adesão a puericultura e vacinação. Com base nos resultados se identifica a relevância na consulta de puericultura, onde o enfermeiro enquanto profissional capacitado e habilitado encontra problemas que podem ser tratados por ele mesmo através de intervenções e prescrições de enfermagem revertendo sem complicações maiores, encontra também problemas de algumas áreas em que não está habilitado para tratar sozinho ele encaminha para equipe multiprofissional prematuramente e o problema consegue ser tratado sem maiores complicações. Observamos em alguns casos que as crianças não são adeptas as consultas de puericultura, onde parte delas só realiza vacinação e outras o responsável não leva no tempo determinado para seguir uma rotina do cuidado integral, só procura quando já se tem alguma patologia instalada podendo trazer maiores prejuízos para a saúde. O enfermeiro deve buscar em suas orientações informar a importância do acompanhamento constante ao responsável todos os benefícios, e em caso de abandono seja ele tanto de adesão às consultas como de situação vacinal ele solicita a busca ativa. Conclusão Esse projeto de pesquisa analisa através dos prontuários achados clínicos anormais observado pelo enfermeiro na consulta de puericultura que através de um olhar clinico e um acompanhamento adequado, os problemas encontrados podem ser revertido ou minimizado provando com isso que a puericultura é de grande importância na vida dessas crianças quando se trata de um crescimento saudável. Mostrando também a importância de um olhar diferenciado do enfermeiro para cada caso, com suas peculiaridades levadas em consideração buscando conseguir uma adesão as consultas e atividades propostas, que dará uma qualidade de vida melhor a esse indivíduo. 

8522 PREVENÇÃO DO SUICÍDIO NA UNIDADE HOSPITALAR COMO ESTRATÉGIA DE CUIDADO DO ENFERMEIRO
Átila Caled Dantas Oliveira, Rosa Maria Damasceno Feitosa, André Luiz de Jesus Morais, Tereza Monique Cortês Gomes, Bruna Dayane Santos de Andrade

PREVENÇÃO DO SUICÍDIO NA UNIDADE HOSPITALAR COMO ESTRATÉGIA DE CUIDADO DO ENFERMEIRO

Autores: Átila Caled Dantas Oliveira, Rosa Maria Damasceno Feitosa, André Luiz de Jesus Morais, Tereza Monique Cortês Gomes, Bruna Dayane Santos de Andrade

Apresentação: Segundo o Ministério da Saúde o suicídio é a quarta maior causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos, onde a idealização suicida é algo complexo que pode surgir da interação entre fatores sociais, biológicos, psicológicos, socioeconômico, cultural e até mesmo ambiental. O ambiente hospitalar é considerado estressor para o paciente e seus familiares, contudo o papel da equipe multidisciplinar é ofertar um cuidado integral, além de tudo deve-se atentar a idealizações suicida por parte do paciente, com isso o enfermeiro é o profissional mais apto a identificar o risco que o paciente possui em cometer suicídio, devendo classificar o risco através da aplicação de um protocolo. O presente estudo objetivou analisar literaturas nacionais e internacionais referente a aplicação do protocolo de prevenção do suicídio pelo enfermeiro durante a internação do paciente. Desenvolvimento: Trata-se de uma revisão integrativa ocorrida em Fevereiro de 2019 baseada em um levantamento de produções científicas através de uma busca eletrônica de artigos em bases de dados nacionais e internacionais, onde, ao final da pesquisa definiu-se 17 artigos para análise, foi criado um instrumento para análise dos dados, com intuito de responder à questão norteadora dessa revisão. Resultado: Paciente que são internados para tratamento em ambiente hospitalar pode desenvolver idealização suicida, devido a isso é necessário o levantamento do risco que o paciente apresentar em cometer suicídio pela equipe multiprofissional. Os dados obtidos com a pesquisa evidenciam predominância de autores principais enfermeiros, dentre os artigos analisados, resultado que dá ainda mais ênfase à relevância do enfermeiro dentro desse processo, pois durante uma consulta de enfermagem o profissional registra informações necessárias no prontuário que iram orientar a equipe multidisciplinar quanto ao risco do paciente cometer suicídio através da aplicação do protocolo, dando subsídio para implantação de um cuidado mais adequado baseado na prevenção. Devido a isso o enfermeiro deve estar apto a identificar sinais ou até mesmo sintomas que estejam relacionados com idealização suicida ou de transtornos mentais que é um dos principais fatores de risco, como a dependência de substâncias químicas, queimaduras, doenças crônicas, transplantes e neoplasias. Salienta-se que o hospital tem quer ser um ambiente calmo e seguro, onde os profissionais da saúde devem aproveitar as oportunidades de coleta de dados ou em conversas corriqueiras para identificar o nível de risco de suicídio. Considerações finais: De acordo com a pesquisa, pode-se identificar que mediante a aplicação do protocolo de suicídio os pacientes podem ser classificados como baixo, médio ou alto risco. Devido a isso, a utilização desse instrumento deve ser implementada de forma sistematizada por meio da primeira etapa do processo de enfermagem, que consiste na coleta de dados através de uma escuta qualificada, possibilitando a identificação de fatores de risco que servirão de subsidio para as demais etapas do processo de enfermagem. 

8528 CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS ACERCA DAS REAÇÕES TRANSFUSIONAIS EM AMBIENTE INTENSIVO: REVISÃO INTEGRATIVA
Márcia Reis, Clédia Moraes, Jaqueline Belém, Lucilene Canelas, Denise Silva, Rosenildo Sardinha, Rosiane Tavares, Suane Antunes

CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS ACERCA DAS REAÇÕES TRANSFUSIONAIS EM AMBIENTE INTENSIVO: REVISÃO INTEGRATIVA

Autores: Márcia Reis, Clédia Moraes, Jaqueline Belém, Lucilene Canelas, Denise Silva, Rosenildo Sardinha, Rosiane Tavares, Suane Antunes

Apresentação: Reações transfusionais são problemas de saúde que apresentam uma classificação que vai de leve, nesse caso não há risco a vida do paciente, moderada, com aumento do risco à vida e há necessidade de intervenções médica, e há casos graves com sério risco à vida, nesse caso as intervenções médicas são imprescindíveis para evitar a morte. Portanto, qualquer sinal de reação transfusional deve ser investigado e tratado de forma precoce, e para isso, a atuação do enfermeiro é primordial, já que esse profissional desempenha um papel assistencial capaz de manter o paciente estável. Objetivo: Analisar, por meio da literatura, as ações de enfermagem em casos de reações transfusionais. Método: Estudo de revisão integrativa, realizado por meio das bases de dados MEDLINE, LILACS, SciELO e BDENF, a busca seguiu os seis passos para a elaboração de uma revisão integrativa e foram selecionados cinco artigos completos publicados entre os anos de 2015 a 2019. Para a coleta de dados foi utilizado o instrumento validado por Ursi. Os critérios de inclusão foram artigos completos, grátis, publicados em português, inglês e espanhol e que abordavam a temática de forma individual ou em conjunto a outros assuntos. Os critérios de exclusão foram apostilas, cartas, editoriais, revisões, estudo/relato de caso, dissertações, teses, livros e documentos. Resultado: Os resultados revelam que o conhecimento dos enfermeiros acerca das reações transfusionais e o que fazer nesses casos é satisfatório. Diante disso, observa-se que esses profissionais conseguem tomar decisões importantes e corretas para manutenção da vida do paciente, uma vez que os profissionais demonstram compreender o conhecimento acerca das principais reações que acometem os pacientes intensivos. Diante dessa realidade, observou-se que a assistência do enfermeiro é imprescindível na prevenção, no reconhecimento precoce e no tratamento imediato das reações transfusionais. Considerações finais: As intervenções de enfermagem aos pacientes com reações transfusionais são relativamente recentes, contudo, os estudos analisados constataram que os profissionais entrevistados compreendem bem essa temática e desenvolvem uma assistência satisfatória.

8637 QUALIFICAÇÕES VIVENCIADAS E APONTADAS COMO NECESSÁRIAS POR ENFERMEIROS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DE UMA MICROREGIÃO DE SAÚDE DO CEARÁ
FRANCISCO ROSEMIRO GUIMARÃES XIMENES NETO, Catarina de Vasconcelos Pessoa, Layse Fernandes Queiroz Vasconcelos, Maria Helena Machado

QUALIFICAÇÕES VIVENCIADAS E APONTADAS COMO NECESSÁRIAS POR ENFERMEIROS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DE UMA MICROREGIÃO DE SAÚDE DO CEARÁ

Autores: FRANCISCO ROSEMIRO GUIMARÃES XIMENES NETO, Catarina de Vasconcelos Pessoa, Layse Fernandes Queiroz Vasconcelos, Maria Helena Machado

Apresentação: A gestão da educação na saúde nas últimas décadas tem tomado lugar entre as prioridades macro do Setor Saúde no Brasil, bem como dos problemas identificados por gestores dos diferentes níveis (Federal, Estadual, Distrital e Municipal), quanto a descontextualização dos trabalhadores da saúde para a implantação, implementação e o desenvolvimento de diversas políticas, que necessitam de profissionais com conhecimentos específicos para atuarem com um rol de práticas comunitárias, focalizadas no processo saúde-doença-cuidado das famílias, e em especial, àquelas em situação de risco e/ou vulnerabilidade social e sanitária. O trabalho dos profissionais da saúde exige cada vez mais qualificação, para manterem-se num mercado com competência. Muitas vezes o Enfermeiro sai da graduação, com fragilidades para atuar, podendo haver dúvidas e incertezas no início da carreira. O ideal seria a inserção de práticas profissionais que qualificassem o ensino e aprendizagem, ressaltando a importância do papel da Enfermagem na saúde pública. O estudo objetiva identificar as qualificações realizadas nos últimos doze meses pelos enfermeiros da Estratégia Saúde da Família (ESF) e aquelas consideradas importantes por eles. Método: Pesquisa exploratória, sob a abordagem quantitativa, baseado em estudo de caso, desenvolvido na 12ª Microrregião da Saúde de Acaraú, localizada no litoral oeste do Estado do Ceará - Brasil, abrangendo os municípios de Acaraú, Bela Cruz, Cruz, Itarema, Jijoca de Jericoacoara, Marco e Morrinhos. A população foi composta por 90 enfermeiros da ESF. Como critérios de inclusão consideramos: 1) Está em pleno exercício da profissão; 2) Atuar na ESF há pelo menos seis meses. Foram excluídos do estudo os enfermeiros que estivessem de licença por doença, maternidade ou outros fins. Após a assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), 73 responderam, e por conta de problemas no banco de dados, apenas 64 tiveram suas respostas validadas. A coleta de dados ocorreu no período de julho a setembro de 2019, a partir de um questionário, que foi dividido em blocos, sendo utilizado somente o Bloco II - Formação profissional (somente as variáveis referentes às qualificações). Os demais blocos serão utilizados em outras publicações. O questionário foi adaptado do instrumento original utilizado na pesquisa “Perfil da Enfermagem no Brasil” realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)/Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). A semelhança do instrumento de coleta de dados com a referida pesquisa foi intencional e objetiva dialogar com os resultados nacionais permitindo, no entanto, conhecer realidades micro com foco no cotidiano de trabalho desse contingente de trabalhadores. O questionário foi transformado em um formulário da plataforma Google Forms®, e encaminhado aos sujeitos do estudo pelo WhatsApp® e e-mail, com o convite para participação e o TCLE. Antes da aplicação do instrumento, foi realizado um pré-teste. Os dados foram compilados no software Excel® 2010, analisados estatisticamente com o apoio do software R versão 3.5.0. A análise descritiva dos dados incluiu o cálculo de frequências absolutas, percentuais, medidas de tendência central e de dispersão. Para as proporções de variáveis categóricas foram calculados intervalos de confiança de 95%. Por conseguinte, apresentados em tabelas, com posterior análise à luz da literatura da Sociologia das Profissões. Esta pesquisa buscou seguir as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos, emanados pela Resolução Nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) que incorpora, sob a ótica do sujeito e das coletividades, referenciais da bioética. Após assinatura da Carta de Anuência pelos Secretários Municipais e Diretor da Regional da Saúde, o protocolo desta pesquisa foi submetido para apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), sendo este aprovado, sob Parecer Nº 3.474.234. Resultado: Do coletivo de enfermeiros, 75% informaram as qualificações/capacitações consideradas mais importantes para a carreira profissional na área de Enfermagem realizadas por eles, destacando-se: as temáticas relativas à Saúde Pública e Saúde Família, 53,1%; Enfermagem Obstétrica - 34,3%; Enfermagem do Trabalho - 25%; Urgência, Emergência e Pré-Hospitalar - 18,7%; Prevenção Câncer Colo Uterino e Saúde da Mulher - 15,6%; Puericultura/Saúde da Criança 7,8%; Atenção ao Pré-natal 6,2%; Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Gestão/Auditoria e Saúde Mental e Atenção Psicossocial, 4,6%, respectivamente; Imunização e Sala de Vacina, Saúde do Idoso, Tuberculose e Hanseníase e Interpretação de Exames, 3,1%, respectivamente; Qualifica-APSUS, Teste Rápido e IST, Abordagem as Doenças Crônicas, Saúde Homem, Curativos e Feridas/Estomaterapia – 1,6%, respectivamente. A respeito das qualificações/capacitações profissionais realizadas nos últimos 12 meses pelos enfermeiros, estes apontaram como destaque: interpretação de exames laboratoriais e de imagem, 13,6%; saúde materna e infantil - 12,1%; processos gerenciais, urgência e emergência e ginecoobstetrícia - 10,6%, respectivamente; Lato Sensu – 6,0%; Estomaterapia e Preparatória para Concursos – 4,5%, respectivamente; Imunização e sala de vacina – 3,0%; Educação permanente e Arboviroses – 1,5%, respectivamente. Diante desse cenário, nota-se uma relação daquelas consideradas importantes quanto às realizadas, ainda que a área de Saúde Pública e da Família, destacadas com as mais importantes segundo este estudo, não tenha sido realizada por estes no período de 12 meses. Tanto as qualificações consideradas importantes, quanto aquelas vivenciadas nos doze meses pelos enfermeiros estão voltadas para a clínica hospitalar, o que talvez deva-se ao atual cenário político, econômico, trabalhista e profissional que tem exigido profissionais qualificados, com um bom benchmarking para manterem sua empregabilidade junto ao o mercado sanitário. As tentativas de aperfeiçoamento e qualificação estão presentes na rotina dos profissionais da ESF, um aprimoramento que subsidia melhorias na qualidade das práticas e contribui para as transformações mais efetivas. Considerações finais: O fazer do enfermeiro na ESF compreende uma diversidade de atividades e responsabilidades que vão desde o cuidado aos sujeitos, famílias e comunidades nas diferentes fases da vida; na organização do serviço próprio das práticas cotidianas da Enfermagem, o que exige destes uma diversidade de saberes e práticas em áreas relacionadas à gestão sanitária, ao cuidado de famílias, sujeitos e populações, ao manejo das determinações sociais e sanitárias. A educação permanente é uma ferramenta de gestão educacional importante e necessária para o enfermeiro manter-se atualizado e qualificado, com o intento de dá conta ao rol de demandas e práticas do território-sanitário na Atenção Primária à Saúde (APS) que atua. Uma competente gestão da educação dos enfermeiros na APS pode evidenciar transformações no desenvolvimento das práticas profissionais. Para tal, compreendemos que os gestores municipais e regional, desenvolvam um política de educação permanente coletiva, que focalize as temáticas relativas às demandas dos enfermeiros, com o intuito de ressignificar o processo de trabalho destes e de suas equipes, com prioridade para as necessidades do território locorregional, o que corroborará com o fortalecimento do vínculo com as famílias, sujeitos e comunidades, além de contribuir com a melhoria da qualidade de vida, o alcance dos objetivos de desenvolvimento sustentável e a ampliação do acesso universal aos sistemas de saúde.