459: Serviços, vivências e Praticas de saúde | |
Debatedor: Marcela Muniz | |
Data: 29/10/2020 Local: Sala 12 - Rodas de Conversa Horário: 10:30 - 12:30 | |
ID | Título do Trabalho/Autores |
8937 | DECLÍNIO DOS CASOS DE SÍFILIS EM GESTANTES EM UM MÚNICIPIO DO RIO DE JANEIRO: O REAL MOTIVO Eduardo Felipe Barbosa de Oliveira, Claudia Cristina Dias Granito, Alice Damasceno Abreu, Stefanny Jennyfer Da Silva Pacheco, Erika Luci Pires de Vasconcelos, Mariana Braga Salgueiro, Flavia Medeiros Tayt-Sohn DECLÍNIO DOS CASOS DE SÍFILIS EM GESTANTES EM UM MÚNICIPIO DO RIO DE JANEIRO: O REAL MOTIVOAutores: Eduardo Felipe Barbosa de Oliveira, Claudia Cristina Dias Granito, Alice Damasceno Abreu, Stefanny Jennyfer Da Silva Pacheco, Erika Luci Pires de Vasconcelos, Mariana Braga Salgueiro, Flavia Medeiros Tayt-Sohn
Apresentação: Os casos de Sífilis em gestantes, segundo o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/AIDS e das Hepatites virais (DIAHV), em Teresópolis, município do Rio de Janeiro, decresceram em 2018, visto que em 2017 somavam 43 casos. Segundo os indicadores do DIAHV, em 2018 foram notificados 24 casos, o que demonstra eficácia da detecção na atenção primária e do tratamento junto a secretária municipal de saúde. A Sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e pode acometer fetos ainda em formação, os levando a apresentar a forma congênita da doença que traz como principal propedêutica a má formação do feto, o que a torna uma doença de notificação compulsória segundo a portaria n° 204 de 17 de fevereiro de 2016. Objetivo: Identificar a taxa de casos notificados de gestantes com Sífilis em Teresópolis, RJ, ao DIAHV em 2017 e 2018, e evidenciar o trimestre gestacional de detecção correlacionando ao número de sífilis congênitas também notificadas. Desenvolvimento: O estudo em questão trata-se de uma pesquisa quantitativa e qualitativa apoiada na base de dados do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/AIDS e das Hepatites virais (DIAHV). Resultado: Segundo os indicadores da Sífilis em Teresópolis, RJ, disponíveis pelo Ministério da saúde em 2019, é possível observar que em 2017 foram detectadas no 1° trimestre gestacional 15 gestantes com sífilis, 10 no 2° e 16 no 3°, e 2 gestantes detectadas tiveram a IG ignorada, entretanto em 2018 obtivemos um declínio significante, tivemos 9 casos no 1° trimestre, no 2° 10 e no 3° 5 casos somente. Correlacionando os números com os casos de sífilis congênita podemos observar que em 2018 só obtivemos 1 caso, sendo esse detectado até o 7 dia de vida. Considerações finais: Concluímos assim demonstrando a possível eficácia da detecção e dos tratamentos realizados em Teresópolis seguindo os casos notificados ao Ministério da Saúde, ou a possível falta de alimentação dos indicadores de sífilis na base de dados do SINAN. Interessante ressaltar que hoje a cidade utiliza um modelo de abordagem descentralizada para o tratamento dos diagnósticos de sífilis, e essa é uma estratégia que surte efeito para a efetivação do tratamento, o que não infere na alta incidência prevalente no estado; um assunto a se discutir e entender é se esses dados estão sendo alimentados ou não. |
8938 | ASSISTÊNCIA À PESSOA IDOSA: A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) Ronilda Bordó de Freitas Garcia, Flávia Cristina Silveira Lemos, Helena Carollyne da Silva Souza, José Augusto Lopes da Silva, Edilene Silva Tenório, Érika Amorim da Silva ASSISTÊNCIA À PESSOA IDOSA: A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)Autores: Ronilda Bordó de Freitas Garcia, Flávia Cristina Silveira Lemos, Helena Carollyne da Silva Souza, José Augusto Lopes da Silva, Edilene Silva Tenório, Érika Amorim da Silva
Apresentação: O aumento da expectativa de vida é uma realidade brasileira, a população de idosos cresce nos últimos anos. concomitantemente, observa-se a necessidade de proporcionar qualidade de vida para essas pessoas. No que se refere ao contexto da saúde é imprescindível que aspectos humanizadores sejam presentes nestes serviços, respeitando os idosos e tendo ética nos atendimentos entre outros fatores, sabe-se que o sistema único de Saúde (SUS) possui diretrizes e estratégias que destacam a importância da atenção básica e integral, no trabalho em questão buscamos destacar a importância da(o) Psicóloga(o) nesse processo. O trabalho em questão é uma pesquisa de iniciação científica sem bolsa, o método utilizado foi uma revisão bibliográfica e exploratória de publicações referentes ao papel do psicólogo no âmbito da assistência à pessoa idosa. O psicólogo hospitalar, integrante da equipe multidisciplinar, deve exercer sua profissão sinalizando que a partir de determinado diagnóstico que a pessoa idosa venha apresentar, deve-se oferecer uma assistência que respeite suas subjetividades e proporcione além de saúde física, processos que envolvam fortalecimento de qualidades e vínculos com familiares, visto a necessidade da saúde mental no processo de envelhecimento para que o sujeito tenha uma melhor qualidade de vida. No atendimento ao paciente idoso, na atenção básica à saúde, no NASF e nas UBS, observa-se que deve ser realizado estratégias que integrem este sujeito de forma a levar em consideração a sua subjetividade. Dessa forma, tratar o idoso(a) como indivíduo inválido, inviabiliza o processo de qualidade de vida, além de não respeitar direitos básicos de qualquer sujeito, como a dignidade moral. Além disso, é importante também a inserção de atividades que deem enfoque também para prevenir a saúde do idoso, é importante que o psicólogo juntamente com a equipe multidisciplinar desenvolvam tais atividades. Levando-se em consideração esses aspectos apresentados, sobre as qualidades de vida e saúde do idoso, frente a psicologia e o SUS, observa-se que o conselho federal de psicologia (CFP) juntamente com políticas públicas elaboradas para pessoas no processo de envelhecimento ressaltam a necessidade de acompanhamento voltado para a integralidade do sujeito idoso, saindo de aspectos puramente patologizantes e limitantes, visto que em casos em que possui determinada fragilidade física é papel do psicólogo, olhar este sujeito como alguém com uma história de vida ampla mais ainda em construção, e também com potencialidades e habilidade. |
8949 | VIVÊNCIAS EXTENSIONISTAS COM PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Luana Borges Teixeira, Maria Lúcia Chaves Lima VIVÊNCIAS EXTENSIONISTAS COM PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Luana Borges Teixeira, Maria Lúcia Chaves Lima
Apresentação: O movimento de legitimação e institucionalização das Práticas Integrativas e Complementares (PIC) no Brasil iniciou na década de 1980, impulsionado, sobretudo, pela criação do Sistema Único de Saúde (SUS). A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) é o documento que regulamenta tais práticas no SUS e abrange tanto sistemas médicos complexos quanto recursos terapêuticos, o que é chamado de medicina tradicional e complementar/alternativa (MT/MCA). Em tais sistemas e recursos, os/as usuários/as se inserem como participantes ativos/as no processo saúde-doença, escapando a uma lógica que desconsidera o saber e a capacidade de aprender da população que não está inserida no círculo biomédico. As PIC também apresentam relevância para a integração disciplinar na medida em que têm origem em uma tradição milenar, da qual os recursos tecnológicos permanecem praticamente os mesmos, além de serem interdisciplinares. Essas práticas perpassam o campo da atenção básica, média e alta complexidade, apesar de haver maior ênfase na atenção básica, caráter presente na PNPIC. Hodiernamente, há 29 PIC inseridas no SUS, entre as quais estão Aromaterapia, Yoga, Reiki, Medicina Tradicional Chinesa, Biodança, Musicoterapia, Terapia Comunitária Integrativa, Dança Circular, Ayurveda e Arteterapia. A partir do exposto, o objetivo deste trabalho foi relatar a experiência de um projeto de extensão cujo propósito foi realizar vivências de algumas PIC na Universidade Federal do Pará (UFPA) e em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) de Belém do Pará. Todos os eventos fizeram parte do projeto “Práticas integrativas e complementares em saúde: uma pesquisa-intervenção em saúde mental em Belém” com o intuito de propiciar a formação de redes com diferentes coletivos, grupos e instituições que oferecem modalidades de PIC na cidade para estabelecer parcerias e potencializar o trabalho, bem como oferecer modalidades de Práticas Integrativas e Complementares em saúde aos/as usuários/as e servidores/as dos CAPS de Belém. Dessa forma, o primeiro evento ocorreu na UFPA em maio de 2019, com uma roda de conversa sobre o que são PIC e a importância delas no que diz respeito ao cuidado à saúde, contando com a participação de profissionais de Aromaterapia, Yoga e Reiki. Após a roda de conversa, os dois últimos ofereceram vivências de suas práticas. Participaram duas bolsistas, seis voluntárias, a professora responsável pelo Projeto, três profissionais de PIC e mais vinte participantes, entre as quais estavam alguns estudantes de graduação e outras pessoas que circulavam pelo local. Um evento similar foi organizado em agosto de 2019, agora em um dos CAPS estaduais localizados em Belém e contou com a oferta de Qi Gong – prática a qual faz parte da Medicina Tradicional Chinesa –, Biodança e Musicoterapia. Além da bolsista do Projeto e de quatro profissionais de PIC, o evento beneficiou em torno de mais trinta pessoas, as quais eram usuárias ou servidoras do CAPS. O último evento de 2019 foi realizado em outubro, novamente na UFPA. Dessa vez, houve um compartilhamento de experiências das servidoras de quatro CAPS em relação as suas práticas. Foi dialogado sobre Terapia Comunitária Integrativa, Técnica de Redução de Estresse, Capoterapia, Barra de Access e Dança Circular. O evento contou com a participação de cerca de cinquenta pessoas, lotando o auditório onde foi realizado. Em janeiro de 2020, houve um evento em outro CAPS, com uma roda de conversa e vivências de Ayurveda, Arteterapia e Tai Chi Chuan – que também faz parte da Medicina Tradicional Chinesa. Envolveram-se uma bolsista, a professora responsável pelo Projeto, quatro profissionais de PIC, cinco servidoras e aproximadamente quarenta usuários/as. As experiências descritas permitiram observar o potencial das PIC quanto ao cuidado à saúde, pois este foi tanto relatado nos momentos de discussão quanto percebido nas vivências. Antes de ocorrem as práticas, os/as usuários/as e servidores/as do CAPS, bem como as outras pessoas que compareceram aos eventos estavam mais reclusas. Após as práticas, os/as participantes estavam bem mais relaxados/as, rindo, interagindo entre si e pareceu haver uma proximidade interpessoal maior. No caso do primeiro CAPS, houve um espaço para o compartilhamento dos sentimentos que permearam as práticas. Foram relatados diversos efeitos benéficos, como bem-estar, divertimento, relaxamento, boas sensações corporais parecidas com formigamentos e trocas de afetos. Para além disso, foi perceptível o ganho em expressividade, seja corporal ou oral, a qual ficou bem mais intensa após as atividades. Houve, ainda, nos três locais, muitos agradecimentos e pedidos para que o evento ocorresse mais vezes, demonstrando a potência do que foi vivenciado. Também foi conversado sobre possíveis parcerias para a oferta de Musicoterapia e Tai Chi Chuan nos CAPS nos quais essas práticas foram ofertadas. Isso reflete, mais uma vez, que as pessoas que participaram dessas vivências sentiram-se bastante beneficiadas. No que diz respeito aos espaços somente para discussão que aconteceram na Universidade, as falas foram bem fundamentadas em relação aos aspectos técnicos que promovem efeitos terapêuticos em quem se beneficia das práticas realizadas pelas servidoras dos CAPS, assim como o que é observado por elas e mesmo dito pelas pessoas após começarem a fazer uso de tais práticas. Disto, depreendeu-se que essa forma de cuidado à saúde apresenta efeitos alcançados por métodos convencionais da biomedicina e outros que os ultrapassam, pois chegam a um nível interpessoal e de formas de se lidar e entender os afetos que dificilmente são compreendidos por esse segundo meio. Outro aspecto destacado foram algumas dificuldades para se trabalhar com as PIC, como a carência de incentivo e de locais para capacitação. Por fim, também foi possível questionar o local que outras práticas que não são reconhecidas pela PNPIC como PIC, tais como a Técnica de Redução de Estresse, a Capoterapia e a Barra de Access, ocupam na esfera da saúde. Essas práticas seguem princípios dos sistemas e recursos abarcados pelas PIC e apresentam efeitos terapêuticos que condizem com o que está presente na PNPIC. Tais experiências relatadas evidenciaram que as PIC e práticas afins são maneiras eficazes de se cuidar da saúde a partir de uma visão holística do ser humano, que supera a questão orgânica do corpo e se insere também no campo dos vínculos terapêuticos, bem como intra e interpessoais. Ademais, é importante que haja maior movimento de políticas públicas com a finalidade de promover a adesão e o alcance das PIC nos sistemas de saúde. Finalmente, devem ocorrer discussões nos dispositivos de saúde acerca de possíveis práticas que atendam aos critérios da PNPIC para serem reconhecidas pelo SUS e, assim, ganharem força para poder beneficiar um maior número de pessoas em estabelecimentos públicos. Dessa forma, vê-se que as PIC são importantes ferramentas para a integralidade e autonomia no campo da saúde, mas há entraves a serem superados para seu pleno alcance. |
8975 | VIVÊNCIAS, SIGNIFICADOS E PERSPECTIVAS DA PESSOA COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA APÓS TRANSPLANTE RENAL Alessandra Carla Ferreira, Alessandra Cardoso Rego, Alessandra Cardoso Rego, Lucas Geovane Rodrigues, Lucas Geovane Rodrigues, Samara Tayse Pessoa, Samara Tayse Pessoa, Samir Felipe Amoras, Samir Felipe Amoras, Maicon Araujo Nogueira, Maicon Araujo Nogueira, Antonia Margareth Sá, Antonia Margareth Sá VIVÊNCIAS, SIGNIFICADOS E PERSPECTIVAS DA PESSOA COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA APÓS TRANSPLANTE RENALAutores: Alessandra Carla Ferreira, Alessandra Cardoso Rego, Alessandra Cardoso Rego, Lucas Geovane Rodrigues, Lucas Geovane Rodrigues, Samara Tayse Pessoa, Samara Tayse Pessoa, Samir Felipe Amoras, Samir Felipe Amoras, Maicon Araujo Nogueira, Maicon Araujo Nogueira, Antonia Margareth Sá, Antonia Margareth Sá
Apresentação: Os rins são órgãos localizados na parede posterior do abdômen, na parte externa à cavidade retroperitoneal. Eles desempenham diversas funções importantes para a homeostase corpórea, como excreção dos metabólitos e substâncias químicas estranhas; regulação do equilíbrio da osmolaridade, água e eletrólitos no corpo; regulação da pressão arterial sistêmica; do equilíbrio ácido-base; regulação na produção de hemácias dentre outras funções. Para exercer tais funções, o órgão tem o néfron como unidade funcional, onde cada rim contém cerca de 800 mil a 1 milhão de néfrons, exercendo a função de filtração sanguínea. O rim não tem a capacidade de regenerar seus néfrons, portanto, qualquer lesão renal, envelhecimento, e outras comorbidades têm o potencial de diminuir a quantidade de néfrons, com impossibilidade de recuperação tecidual. A insuficiência renal crônica (IRC) é uma doença que ocasiona lesão estrutural ou funcional dos rins. De forma lenta, insidiosa e irreversível, causa declínio na quantidade e função dos néfrons. Tal patologia pode ser ocasionada por outros fatores etiológicos subjacentes, como: anormalidades genéticas, hipertensão, obesidade, tabagismo, doenças autoimunes, glomerulonefrite e outras doenças. Essa doença configura-se atualmente como um problema de saúde pública e com abrangência a nível mundial. Essa afirmação se dá pelo fato de a taxa de morbimortalidade ser alta, além do impacto negativo à qualidade de vida (QV) das pessoas. Com o passar dos anos, o quantitativo de pacientes que vêm realizando o tratamento dialítico, uma das estratégias terapêuticas no manejo da IRC vem aumentando gradativamente, causando impactos diretos e indiretos para os cofres públicos, paciente e seus familiares. Estima-se que, no mundo, as doenças do rim e do trato urinário sejam responsáveis por aproximadamente 850 milhões de mortes anuais, e a incidência da Insuficiência Renal Crônico (IRC) aumenta em torno de 8% ao ano. No Brasil, cerca de 12 milhões de pessoas apresentam algum grau de Insuficiência Renal (IR) e, aproximadamente, 95 mil renais crônicos dependem de diálise para sobreviverem. Existem três diferentes tipos de tratamento para a IRC, que são: hemodiálise (HD), diálise peritoneal (DP) e transplante renal (TR). HD consiste na filtração do sangue através de uma máquina, que desempenha a função renal. DP é o processo onde a função renal é substituída por um filtro que usa a força da gravidade para fazer esse trabalho dentro do corpo do paciente através de uma cavidade entre os órgãos (cavidade peritoneal). TR é uma opção cirúrgica, onde há remoção de um rim, em uma pessoa viva ou falecida, e é implantado no receptor. O TR é a mais completa alternativa de tratamento, e é imprescindível saber que o paciente tem o direito de escolha ou recusa pela alternativa cirúrgica. Objetivo: investigar o significado, as vivências e perspectivas de pessoas submetidas ao transplante renal, cadastrados na Associação de Renais Crônicas e Transplantados do Estado do Pará, Brasil. Método: realizou-se uma pesquisa descritiva, exploratória, de natureza qualitativa utilizando como instrumento um roteiro de entrevista e como técnica de coleta a entrevista semiestruturada. Participaram da pesquisa 10 pessoas que se submeteram ao transplante renal, cadastrados na Associação de Apoio aos renais crônicas e transplantadas do Estado do Pará. Pesquisa realizada no mês de abril de 2019, e para a construção dos dados, utilizou-se a técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin. Resultado: Os participantes consideram que a realização do transplante lhes oportunizou uma nova vida, considerando-se que este, permitiu-lhes vivenciar um bem-estar, satisfação e crescimento emocional, o que, por conseguinte, possibilitou retomar a qualidade de vida e condições anteriores a doença. Houve a necessidade de encontrar novas formas de viver, diante das novas condições impostas após o transplante, o que foi empreendido como um fator fato positivo, suscitando reflexões sobre o cotidiano e condições de vida, o que segundo os pesquisados, contribuiu para maior autonomia. Para quem se encontra em hemodiálise, as expectativas de um transplante se relacionam à esperança de uma nova vida, de melhoria da sua condição física e psicossocial. Salienta-se que o transplante tem significado de esperança e de fé, proporcionando à pessoa a oportunidade de libertar-se da dependência da hemodiálise, retomar sua autonomia de vida. E dentre os aspectos destacados que mais contribuem para tal significação, destacam-se o tempo e os sentimentos que vivenciaram durante o processo de hemodiálise e as mudanças ocorridas a partir do transplante. Considerações finais: Averiguou-se que o recurso metodológico aplicado permitiu a compreensão acerca do significado, as vivências e perspectivas de pessoas submetidas ao transplante renal, respondendo, assim, ao objetivo proposto no presente estudo. Nesse ínterim, constatou-se que o transplante renal tem como finalidade promover a qualidade de vida e a autonomia, mesmo que ainda precisem de cuidados com a doença crônica após o transplante. A visão dos transplantados sobre a qualidade de vida indicou que as expectativas em relação ao transplante renal foram conquistadas após a realização do procedimento, com o sentimento de renascimento e mudança de vida. Foi observado que o entendimento sobre a IRC e o transplante renal eram poucos, e que apenas após o início do tratamento, este entendimento foi consolidado e aumentou consideravelmente. Este estudo proporcionou compreender que o transplante renal tem um significado de bênção para a pessoa com insuficiência renal crônica e representa a expectativa de poder retornar a sua vida saudável e continuar de onde foi interrompida, ou seja, representa a esperança de uma vida melhor e de poder voltar a sonhar com um futuro próspero, o que exigirá cuidados pessoais, dos familiares e de profissionais, caracterizando assim a rede de cuidados e apoio a pessoa transplantada. Conclui-se, que este trabalho colabora para revelar a visão e significação das vivências das pessoas transplantadas de rim sobre a importância do transplante em suas vidas. Ao refletir sobre isso, faz-se necessário o conhecimento de vivências no pós-transplante renal, de modo a contribuir, tanto para o meio científico, quanto para as pessoas transplantadas, sobretudo para a área da enfermagem, pois essa é uma profissão que permanece o maior período, próxima da pessoa com IRC. Ainda, ao ser comparada às demais categorias profissionais da saúde, ela se torna responsável por planejar meios que gerem uma boa assistência a quem está sendo cuidada, de modo que essa possua autonomia com o novo tratamento adotado. Nesse sentido, espera-se que este estudo contribua com a construção do conhecimento relacionado à vida da pessoa após o transplante renal. E que assim, profissionais da saúde, em especial, os enfermeiros, tenham subsídios teóricos para auxiliar nessa vivência, a qual é permeada por consequências positivas e negativas. Com os resultados do presente estudo, compreendemos que é necessário a formação de novos profissionais nesta área, para que haja maior atenção aos pacientes que serão submetidos a tais procedimentos e, assim, seja dada devida sensibilização dentro desta temática. Também se faz necessário novos estudos abordando os profissionais de saúde que realizam a assistência dessas pessoas, para melhor entender o processo de sensibilização entre profissional e paciente. |
8976 | AVANÇOS DO PROGRAMA DE ATENÇÃO A SAÚDE DO HOMEM DA UFC: DIAGNÓSTICO PRECOCE DAS DOENÇAS DA PRÓSTATA NO BIÊNIO 2018-2019 Lucas Gabriel Marques, Conceição Aparecida Dornelas, José Ajax Nogueira, Vladimir Michailowsky Ribeiro, Ana Carolina Melo, Joao Victor Alencar, Nina Victória Ribeiro, Lucas Castro Nascimento AVANÇOS DO PROGRAMA DE ATENÇÃO A SAÚDE DO HOMEM DA UFC: DIAGNÓSTICO PRECOCE DAS DOENÇAS DA PRÓSTATA NO BIÊNIO 2018-2019Autores: Lucas Gabriel Marques, Conceição Aparecida Dornelas, José Ajax Nogueira, Vladimir Michailowsky Ribeiro, Ana Carolina Melo, Joao Victor Alencar, Nina Victória Ribeiro, Lucas Castro Nascimento
Apresentação: Em 2018, foi criado o PROGRAMA DE ATENÇÃO A SAÚDE DO HOMEM DA UFC: DIAGNÓSTICO PRECOCE DAS DOENÇAS DA PRÓSTATA para servidores concursados e terceirizados da Universidade Federal do Ceará. Na verdade, é realmente estarrecedor a ausência de maiores cuidados entre os servidores no quesito prevenção e diagnóstico precoce de doenças, mesmo estando dentro de uma Faculdade de Medicina e de uma Universidade. Diante disso, o programa facilita o acesso à saúde com foco no diagnóstico precoce das doenças da próstata através de palestras, mídias sociais, folders e de atendimento médico especializado. Os resultados preliminares do primeiro ano foram promissores e, como todo projeto que envolve o ser humano, novas demandas foram identificadas e consequentemente ocorreram avanços. Dessa forma, objetiva-se apresentar os avanços do Programa da Saúde do Homem no Biênio 2018 e 2019. Foi realizada análise dos dados através da estatística da quantidade e qualidade de palestras, relatórios de atendimentos médicos ambulatoriais, de eventos e seus produtos nos anos de 2018 e 2019. Em 2018, 100 pacientes foram atendidos. Em 2019, 290 pacientes marcaram suas consultas vias telefone, foram atendidos 110 servidores e 115 familiares de servidores. Os demais não compareceram à consulta médica. Dos 110 servidores 67% realizaram toque retal. No ano de 2018 foram realizadas quatro palestras e em 2019 foram realizadas seis palestras. Aconteceram duas edições da “SEMANA DA PRÓSTATA” (2018.2 e 2019.2). Foi criado, em 2019, o site SAÚDE DA PROSTATA (saudedaprostata.ufc.br), sendo ainda atualizado o folder sobre as doenças da próstata e apresentação dos programas. A nova demanda gerou o projeto “SAÚDE DO HOMEM: CUIDANDO DA FAMÍLIA”, visando atender familiares dos servidores. Além disso, foi inserida, voluntariamente, uma servidora no programa com telefone celular e horário disponível para marcação de consultas. Ocorreu um aumento expressivo no número de pacientes atendidos, do número de palestras, adição de nova tecnologia, atualizações e acréscimo de um novo projeto. Continuar melhorando é a meta do programa para aos próximos anos. É perceptível um maior engajamento dos servidores na promoção da saúde e na da qualidade de vida. O projeto, na verdade, além de oferecer primáriamente a prevenção às doenças prostáticas, trata-se também de um canal aberto para tratar outros problemas de saúde que afetam os servidores tais como hipertensão arterial e diabetes, bem como auxiliar no encaminhamento e na condução de outras demandas. |
8981 | O USO DA INFUSÃO DE MELISSA OFFICINALIS (ERVA-CIDREIRA) POR UM CIDADÃO TEFEENSE COMO COADJUVANTE NO DESMAME DE BENZODIAZEPÍNICOS Joel de Fátimo Chagas dos Santos, Maria Adriana Moreira, Adriana da Silva Zurra, Lucas Leão Caldeira, Jessica Bianca Ramires O USO DA INFUSÃO DE MELISSA OFFICINALIS (ERVA-CIDREIRA) POR UM CIDADÃO TEFEENSE COMO COADJUVANTE NO DESMAME DE BENZODIAZEPÍNICOSAutores: Joel de Fátimo Chagas dos Santos, Maria Adriana Moreira, Adriana da Silva Zurra, Lucas Leão Caldeira, Jessica Bianca Ramires
Apresentação: O presente trabalho é um relato de experiência que objetiva descrever a vivência do farmacêutico do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-ab) a respeito da relevância terapêutica do uso da planta medicinal Melissa officinalis como opção no cuidado aos cidadãos com ansiedade leve e insônia. Desenvolvimento: Os benzodiazepínicos estão entre os medicamentos mais utilizados nos dias atuais, por serem usualmente prescritos no tratamento de quadros agudos de ansiedade, transtornos de humor, crises convulsivas e outras condições relacionadas ao sistema nervoso central. Uma alternativa para evitar o uso destes fármacos em quadros leves de ansiedade e insônia, como calmante suave e evitar os seus potenciais efeitos adversos físicos e psíquicos é buscar alternativas, como as plantas medicinais. O Sistema Único de Saúde (SUS), através da Política Nacional de Práticas Integrativas (PNPIC) e a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), objetivam o acesso às plantas medicinais e fitoterápicos, com garantia, segurança e eficácia aos seus usuários. Em uma das visitas realizadas pelo NASF-ab, um cidadão relatou ser paciente do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e que fazia uso de benzodiazepínicos, para conseguir dormir, há mais de 15 anos, contudo, encontrava-se em processo de desmame há dois anos, e que tinha como meta excluir totalmente a dependência daquele medicamento. Como alternativa, o perguntei-lhe se já tinha ouvido falar do projeto Cultivando Saúde, que vem sendo implementado pela Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA/Tefé), e da planta medicinal Melissa officinalis, conhecida popularmente em nossa região como erva-cidreira e que ela poderia auxiliá-lo. Diante da positiva, o cidadão foi orientado ingerir infusão de 2g de folhas frescas de erva-cidreira em 150 ml de água pela manhã e pela noite durante o período de 15 dias e que retornaria para avaliar sua evolução. Resultado: Durante consultas de retorno, o cidadão relatou-me que havia alcançado o seu objetivo final de largar o tratamento alopático para conseguir dormir. Relatou ainda que suas noites de sono estão melhores e que sua disposição para o dia a dia e memória também melhoraram substancialmente, uma vez que não mais sofre dos efeitos residuais dos fármacos. Informou que vai continuar com a terapia e que o seu próximo objetivo é fazer com que sua esposa diminua o consumo de medicamentos controlados que também faz uso. Considerações finais: Assim, fica evidente a necessidade de continuar fortalecendo as Práticas Integrativas e Complementares (PICs), em especial a voltada às plantas medicinais e fitoterápicos, com a implantação de Farmácias Vivas, educação em saúde com a população e educação permanente com os profissionais de saúde, com o intuito de proporcionar mais uma opção no tratamento de ansiedade, problemas gastrointestinais, problemas respiratórios entre outros, aos munícipes acarretando maior acesso e adesão aos tratamentos naturais com segurança e eficácia comprovada. |
8988 | A IMPORTANCIA DO FISIOTERAPEUTA NA UTI NEONATAL Eugenia Franco Rosa Gama, Gabriel Gama de Sousa, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco, Giselle Móser Jorge Saad Ferreira, Alice Damasceno Abreu A IMPORTANCIA DO FISIOTERAPEUTA NA UTI NEONATALAutores: Eugenia Franco Rosa Gama, Gabriel Gama de Sousa, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco, Giselle Móser Jorge Saad Ferreira, Alice Damasceno Abreu
Apresentação: A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades. Quando falamos em saúde temos uma visão onde todos tenham acesso igual a saúde e a todos os serviços prestados. Infelizmente podemos encontrar o sucateamento e a extinção de alguns setores e/ou serviços, em alguns hospitais da rede pública de saúde, mesmo os serviços essências para determinados tratamentos e vitais para o restabelecimento da saúde do paciente. Quando falamos do serviço de fisioterapia em rede pública, logo se pensa na questão ambulatorial. Porém uma área de grande atuação da Fisioterapia e de extrema importância, é dentro das UTI’s neonatais. Esses pacientes necessitam de atendimento e condutas fisiterapeuticas para melhor eficácia no tratamento e na reabilitação do paciente. Muitos recém natos que necessitam de internação em unidade de tratamento intensivo são em sua grande maioria prematuros, e esses paciente necessitam de olhar mais atencioso do fisioterapeuta devido a sua prematuridade onde a assistência fisioterapêutica é fundamental e nitidamente eficiente para o desenvolvimento da criança. Este estudo relata a importância do fisioterapeuta na saúde do recém nato que necessita de unidade de tratamento intensivo para estabilização de quadros graves após seu nascimento. Desenvolvimento: A figura do profissional de Fisioterapia dentro da unidade de tratamento intensivo é de extrema importância pois auxilia na reabilitação do paciente seja ele respiratório, motor ou neurológico. A Fisioterapia trabalha diretamente na realização da manutenção e estabilização dos padrões motores, na estimulação e acompanhamento do desenvolvimento Neuropsicomotor desses prematuros, e na orientação acerca da importância do acompanhamento após alta. Esses profissionais prescrevem, quando necessário, a oxigenioterapia e atua diretamente na avaliação e no desmame do oxigênio, favorecendo um maior sucesso no processo de extubação, podendo proporcionar um maior conforto para o paciente e favorece a um número menor de possíveis sequelas geradas pelo quadro patológico. A atuação do fisioterapeuta nessas áreas é mais ampla, com necessidade da elaboração continuada de outras recomendações para orientação de sua prática clínica com a finalidade de melhorar a segurança ao usuário. Resultado: Os resultados da atuação da fisioterapia nesse ambiente são notórios, pois auxilia o processo de maturação dos recém natos, proporcionando a prevenção e a diminuição das alterações respiratórias durante a hospitalização. Os pacientes recém natos que recebem tratamento de uma equipe multidisciplinar, tem um desenvolvimento respiratório e motor melhor e mais rápido. A fisioterapia em conjunto com outras especialidades, tende a fazer com que os pacientes das UTI’s Neonatais, tenham um melhor prognóstico, diminuindo o tempo de internação hospitalar. Considerações finais: O atendimento aos pacientes internados em UTI Neonatal, principalmente o prematuro, é bem diferente do prestado a um adulto, visto que eles possuem algumas peculiaridades fisiológicas e diferenças anatômicas inerentes a idade e que favorecem ao desenvolvimento de problemas motores e respiratórios. Com isso, é notório a necessidade da presença do fisioterapeuta nesse setor, e que o atendimento fisioterápico não é um tratamento paliativo, mas uma necessidade na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal. |
9000 | A INFLUENCIA DA HUMANIZAÇÃO NA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS À SAÚDE EM ÂMBITO HOSPITALAR Ingrid da Silva Nogueira A INFLUENCIA DA HUMANIZAÇÃO NA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS À SAÚDE EM ÂMBITO HOSPITALARAutores: Ingrid da Silva Nogueira
Apresentação: A humanização é um processo amplo e complexo que pode oferecer resistência, na prestação de cuidados depende unicamente da capacidade de comunicação e de recepção das mensagens, o que viabiliza correspondência e interações entre os indivíduos como condição de conhecer o outro, compreendê-lo e atingir metas, atendendo essa finalidade, foi criada a Política Nacional de Humanização no Atendimento Hospitalar (PNHAH). Em âmbito hospitalar, a assistência a saúde deve abranger os princípios doutrinários e organizativos. Objetivo: Esse trabalho objetiva mostrar a melhora do quadro de pacientes da clínica médica em curto prazo por meio da humanização, empregando ao paciente o cuidado integral e individualizado na assistência à saúde em um hospital público local. Desenvolvimento: A metodologia utilizada para compor esse trabalho foi relato de experiência qualitativo, iniciado por estudo de caso e estudo documental, com autorização da direção hospitalar e da direção do serviço de enfermagem. Embasado na teoria da hierarquia das necessidades de Maslow – valiosa teoria para atuação sobre o comportamento humano- a meta para alcançar os objetivos foi de realizar juntamente aos pacientes, necessidades pessoais e individuais de acordo com o possível à assistência, como simplesmente atenção para interação dialógica, e posterior melhora do quadro clínico, evoluindo a alta hospitalar, uma vez que o cuidado à saúde em âmbito hospitalar deve considerar o ser humano em sua totalidade. Resultado: Na perspectiva de que o paciente interno inspira cuidados individuais e integral, foi realizada a atenção interpessoal, focando na interação dialógica pelo sentimento relatado pelos pacientes de desatenção e desproteção, justificado por ser favorável ao atendimento às demandas individuais dos pacientes. Após tal processo de atenção, foi verificada melhora do quadro psicológico e clínico, com evolução a alta hospitalar em curto prazo. |
9027 | ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA À CRIANÇA ACOMETIDA POR INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS Benisia Maria Barbosa Cordeiro Adell, Vanessa Martins De Oliveira Souza, Harumi Matsumoto, Alice Damasceno Abreu, Erika Luci Silva Pacheco, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco, Claudia Cristina Dias Granito, Lucas de Almeida Figueiredo ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA À CRIANÇA ACOMETIDA POR INFECÇÕES RESPIRATÓRIASAutores: Benisia Maria Barbosa Cordeiro Adell, Vanessa Martins De Oliveira Souza, Harumi Matsumoto, Alice Damasceno Abreu, Erika Luci Silva Pacheco, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco, Claudia Cristina Dias Granito, Lucas de Almeida Figueiredo
Apresentação: A partir do século XX, as doenças respiratórias tornaram-se a principal causa de mortalidade infantil, acometendo crianças menores de cinco anos. Os motivos estão associados à falta de conhecimento durante os primeiros sintomas, às más condições básicas de saúde e à adoção de medidas inadequadas ao tratamento. As doenças respiratórias agudas (DRA) e, particularmente as infecções respiratórias agudas (IRA), são uma das causas mais comuns de morbimortalidade na infância, atingindo principalmente a primeira infância, quando moradoras em áreas urbanas, apresentam 4 a 6 episódios de infecção respiratória aguda (IRA) por ano, enquanto em áreas rurais a frequência é de 2 a 4 episódios por criança/ano, independente do nível de desenvolvimento da região. O presente estudo visa identificar os desafios enfrentados pelos profissionais no cuidado com a criança com doença respiratória (pneumonia e asma) hospitalizadas. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura, sendo usadas apenas publicações encontradas nas bases de dados nacionais, no periódico de 2009 a 2019. A presente busca investiga as dificuldades existentes no cuidado da criança com doença respiratória (pneumonia e asma), analisando os desafios enfrentados por profissionais de saúde. Resultado: As hospitalizações de crianças asmáticas constituem um desafio para a saúde pública mundial e figuram como segunda causa de hospitalização infantil nos países desenvolvidos. As taxas (50 a 60%) de internação hospitalar por asma são elevadas, pois atualmente existem medicamentos capazes de manter o controle adequado da doença e efetivos em reduzir consultas de urgência, hospitalizações e propiciar melhor qualidade de vida ao paciente. A hospitalização é uma situação crítica e delicada na vida de qualquer ser humano e tem contornos especiais quando se trata de um acontecimento na vida de uma criança, pois implica na mudança de rotina de toda a família. A internação hospitalar traduz-se em experiência bastante difícil para o pequeno paciente, gerando ansiedade pela exposição da criança a um ambiente estressante, onde o apoio para o enfrentamento destes sentimentos é bastante restrito, de tal forma que, uma das únicas fontes de segurança é representada pela presença dos pais. Neste contexto, a equipe deixa de ser apenas realizadora de cuidados técnicos, passando a exercer a função de facilitadora da experiência de hospitalização para a criança e para seus pais. A assistência deve contemplar ações sistematizadas que caracterizam o processo de trabalho, representando uma ferramenta metodológica que possibilita identificar como uma clientela responde aos problemas de saúde. Considerações finais: O estudo identificou a necessidade de verificar os desafios existentes na assistência à criança. Nesta perspectiva, cabe aos profissionais de saúde o desenvolvimento do papel de cuidadores e de educadores, já que a hospitalização de uma criança oferece oportunidade para desenvolver medidas de promoção da saúde, indispensável a um pleno crescimento e desenvolvimento infantil. Além disso, a equipe interprofissional é imprescindível no plano de ação preventiva de doenças respiratórias, a partir de atividades de educação em saúde, pois trabalham juntamente às famílias para assegurar uma maior adesão ao tratamento da criança. |
9032 | FERRAMENTAS NÃO FARMACOLÓGICAS PARA O ALÍVIO DA DOR DO RN: APLICAÇÃO DE TECNOLOGIA LEVE Paulo Rogério Vieira Flores, Eugenia Franco Rosa Gama, Eugenia Franco Rosa Gama, Eugenia Franco Rosa Gama, Katia Fonseca Pacheco, Katia Fonseca Pacheco, Alice Damasceno Abreu, Erika Luci Pires de Vasconcelos, Katia Fonseca Pacheco, Claudia Cristina Dias Granito, Eugenia Franco Rosa Gama, Alice Damasceno Abreu, Mariana Braga Salgueiro, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco, Alice Damasceno Abreu, Alice Damasceno Abreu, Erika Luci Pires de Vasconcelos, Erika Luci Pires de Vasconcelos, Erika Luci Pires de Vasconcelos, Katia Fonseca Pacheco, Claudia Cristina Dias Granito, Claudia Cristina Dias Granito, Claudia Cristina Dias Granito, Mariana Braga Salgueiro, Mariana Braga Salgueiro, Mariana Braga Salgueiro, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco FERRAMENTAS NÃO FARMACOLÓGICAS PARA O ALÍVIO DA DOR DO RN: APLICAÇÃO DE TECNOLOGIA LEVEAutores: Paulo Rogério Vieira Flores, Eugenia Franco Rosa Gama, Eugenia Franco Rosa Gama, Eugenia Franco Rosa Gama, Katia Fonseca Pacheco, Katia Fonseca Pacheco, Alice Damasceno Abreu, Erika Luci Pires de Vasconcelos, Katia Fonseca Pacheco, Claudia Cristina Dias Granito, Eugenia Franco Rosa Gama, Alice Damasceno Abreu, Mariana Braga Salgueiro, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco, Alice Damasceno Abreu, Alice Damasceno Abreu, Erika Luci Pires de Vasconcelos, Erika Luci Pires de Vasconcelos, Erika Luci Pires de Vasconcelos, Katia Fonseca Pacheco, Claudia Cristina Dias Granito, Claudia Cristina Dias Granito, Claudia Cristina Dias Granito, Mariana Braga Salgueiro, Mariana Braga Salgueiro, Mariana Braga Salgueiro, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco
Apresentação: O recém nascido (RN) expressa a dor através de alterações fisiológicas e comportamentais. Por ser um fenômeno subjetivo dificulta as condutas de controle e avaliação por parte dos profissionais de saúde. A dor é um sinal corriqueiro nos recém nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal devido aos procedimentos dolorosos aos quais estes são submetidos durante sua internação. Os profissionais de saúde necessitam utilizar ferramentas que facilitem a avaliação dos sinais de desconforto emitidos pelo RN, sendo dessa forma, essencial o uso de métodos não farmacológicos para aliviar o desconforto. São cuidados fundamentais para qualificar a assistência ao recém nato, à família e também ao ambiente de trabalho. A utilização das tecnologias leves contribui diretamente proporcionando um ambiente tranquilo, saudável, calmo e propício para os a termos adaptarem-se à vida extrauterina. O presente estudo visa investigar as ferramentas não farmacológicas utilizadas por profissionais de saúde para auxiliar na diminuição da dor em recém nascidos e proporcionar um ambiente confortável para os pacientes, familiares e profissionais de saúde. Desenvolvimento: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura (RIL), pesquisa que utiliza como fonte de dados diferentes referências sobre o tema, foram utilizados publicações em português no período de 2015 a 2019. Utilizamos apenas artigos que abordassem as tecnologias leves e proporcionassem respostas ao nosso objetivo. Resultado: A dor pode ser prevista, diminuída e eliminada através de intervenções adequadas, sendo os métodos mais utilizados: ambiente humanizado, aleitamento materno, método canguru, diminuição de ruídos, presença de familiares no horário adequado, sendo introduzida a participação paternal como fator essencial, presença de irmãos e líder religioso caso a família tenha vínculo com alguma religião, cuidados com a iluminação, são fatores que podem diminuir o estresse do recém nascido. Considerações finais: O estudo fornece subsídios para prestação de um atendimento com resolutividade e responsabilização, orientado pelos princípios de humanização, acolhimento, ética e comunicação, norteado por tecnologias leves. A indicação de medidas não farmacológicas de alívio da dor ainda é um desafio na assistência aos neonatos hospitalizados, é notável a necessidade da implementação de protocolos efetivos de avaliação e consequente manejo adequado da dor, são diversas as intervenções que podem ser prescritas considerando a característica e circunstância do recém nascido e do ambiente |
9037 | TRABALHO E ADOECIMENTO MENTAL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE: UM ESTUDO ENTRE ESSA RELAÇÃO Paulo Rogério Vieira Lamarca Flores, Dayanne Cristina Mendes Ferreira Tomaz Infante, Alice Damasceno Abreu, Erika Luci Pires de Vasconcelos, Benisia Maria Barbosa Cordeiro Adell, Claudia Cristina Dias Granito, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco, Priscila Pimentel de Souza TRABALHO E ADOECIMENTO MENTAL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE: UM ESTUDO ENTRE ESSA RELAÇÃOAutores: Paulo Rogério Vieira Lamarca Flores, Dayanne Cristina Mendes Ferreira Tomaz Infante, Alice Damasceno Abreu, Erika Luci Pires de Vasconcelos, Benisia Maria Barbosa Cordeiro Adell, Claudia Cristina Dias Granito, Stefanny Jennyfer da Silva Pacheco, Priscila Pimentel de Souza
Apresentação: O ambiente hospitalar estabelece um vínculo significativo entre profissional e cliente e parece ser uma possibilidade de construir uma nova dimensão assistencial que procure a potencialização da saúde em sua integralidade. Sendo assim, o cuidado envolve necessidades como bio-psico-socio-espirituais e ainda pelo sentimento, relacionado ao processo de interação no ato de cuidar ou de ensinar. Fala-se de uma vinculação que acontece mediante encontros, um método que por vezes é intensivo, prenunciador ou recompensador para ambos os envolvidos nos atos de cuidar, no final de contas se lida com personalidades, comportamentos, experiências e valores distintos. Esse ambiente também é um dos fatores para se desenvolver um transtorno psíquico, pois é um espaço onde se presencia diariamente alegrias, cansaço, estresse, mas também possui o lado ruim com o sofrimento que a cada momento ocasiona um desgaste na saúde mental e física do profissional de sáude, sem contar com as condições insalubres. O estudo visa apontar o risco para o adoecimento mental dos profissionais de saúde no cenário hospitalar. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura por meio de pesquisa na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) com palavras chave pré-selecionadas, obtendo-se estudos indexados nas Bases de Dados de Enfermagem (BDENF) no período de 2015 a 2019. Resultado: Entre os trabalhadores, os profissionais de saúde estão mais propensos a desenvolverem problemas mentais, dentre eles a depressão e o suicídio são os que mais atingem essa classe profissional, pois lidam diariamente com práticas do cuidar na beira do leito, intensificando o binômio profissional-paciente que ao decorrer do processo enfrentam situações estressantes como: cobrança de produtividade com menor gasto de materiais, carga horária excessiva com o pico salarial incompatível com as demandas das atividades, desvalorização do serviço executado, contato com sofrimento e dor humano afetando sua saúde mental. Considerações finais: O bem-estar dos profissionais de saúde coloca-se como temas emergentes no processo saúde-doença, consequentes dos impactos sociais, pessoais e econômicos, além dos conflitos enfrentados no ambiente de trabalho e as condições insalubres para a prestação do cuidado. Com todo esse sofrimento psíquico o profissional tem por vezes desejos de fuga das responsabilidades, pessimismo, desesperança, que são ações comuns na depressão e no desenvolvimento da ideação suicida. Esses transtornos mentais mostram que as organizações assistências de saúde necessitam agir de forma conjunta e ativa na prevenção, identificação precoce, manejo, controle e promoção da saúde desses trabalhadores e que esses cuidados transcorre a medicalização. |
9041 | PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES COMO FERRAMENTAS TERAPÊUTICAS EM UM CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO NO MUNICÍPIO DE TEFÉ NO ESTADO DO AMAZONAS Heloíse Terezinha Alves Guimarães, Maria Adriana Moreira, Thaís Lorena Mouzinho de Brito, Alberto da Silva Retto Filho PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES COMO FERRAMENTAS TERAPÊUTICAS EM UM CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO NO MUNICÍPIO DE TEFÉ NO ESTADO DO AMAZONASAutores: Heloíse Terezinha Alves Guimarães, Maria Adriana Moreira, Thaís Lorena Mouzinho de Brito, Alberto da Silva Retto Filho
Apresentação: O Centro Especializado em Reabilitação (CER) é um ponto de atenção ambulatorial de fisioterapia que realiza avaliação, diagnóstico, orientação e estimulação. Com o intuito de ampliar, melhorar e fortalecer atenção à saúde nas mais variadas áreas, sobretudo, buscando a prevenção, promoção e manutenção da saúde baseada em um modelo de atenção humanizada e centrada na integralidade do indivíduo. O Ministério da Saúde publicou a portaria de nº 971/2006 que aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e, posteriormente, em resposta à demanda de municípios brasileiros, o Ministério da Saúde publicou a Portaria nº 702/2018 para incluir novas práticas, totalizando 29 Práticas Integrativas, e entre essas práticas são ofertadas no CER a auriculoterapia e a massoterapia. A auriculoterapia é uma técnica terapêutica que promove a regulação psíquicoorgânica do indivíduo por meio de estímulos nos pontos energéticos localizados na orelha. A massoterapia é uma técnica de massagem terapêutica, que envolve a manipulação dos tecidos do corpo, para aliviar a tensão e a dor e assim promover relaxamento. O objetivo deste estudo foi analisar a eficácia das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) em usuários do SUS no Município de Tefé no Estado do Amazonas. Tratou-se de um estudo transversal, retrospectivo e descritivo, a partir do qual foi realizada análise de dados existentes no banco de dados do CER, com tabulação pelo Software Microsoft Excel 2001. O estudo foi realizado entre julho a dezembro de 2019, com o total de 327 pacientes sendo atendidos, abrangendo crianças e adultos, sendo 255 do sexo feminino, 67 do sexo masculino e cinco crianças. Os 327 pacientes eram atendidos com a aplicação de auriculoterapia/massoterapia e os que receberam alta dos atendimentos do CER foram direcionados a participar de outros tratamentos complementares como dança circular e meditação. O encaminhamento é feito pelos profissionais da saúde, fisioterapeutas, enfermeiros, médicos, nutricionistas, entre outros, que acompanham os pacientes e verificam a necessidade dos atendimentos das PICS. As práticas são realizadas uma vez por semana no ponto de atenção ambulatorial do CER e já abrangeu para todas as Unidades Básicas de Saúde do Município de Tefé, no qual obtiveram boa aceitação na população atendida, onde 80% (n= 261) relataram melhoras, bem estar, através da avaliação realizada com a Escala Visual Analógica, que avalia de forma subjetiva a dor do paciente antes e após cada atendimento, evidenciando, assim, a importância da implementação das práticas integrativas juntamente aos atendimentos de fisioterapia. Portanto, a inclusão das PICS no SUS tem acontecido de forma gradual, porém muito lentificada. Contudo, a própria OMS estimula estudos científicos para melhor conhecimento da segurança, eficácia e qualidade dessas técnicas. |
9057 | A PRODUÇÃO DO CUIDADO EM SAÚDE NO TERRITÓRIO POR PESSOAS EM SOFRIMENTO PSÍQUICO: RELATO DE UMA PROPOSTA DE PESQUISA PARA O MESTRADO PROFISSIONAL EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Danielle da Silva Santiago, Clarissa Terenzi Seixas, Tiago Braga do Espírito Santo A PRODUÇÃO DO CUIDADO EM SAÚDE NO TERRITÓRIO POR PESSOAS EM SOFRIMENTO PSÍQUICO: RELATO DE UMA PROPOSTA DE PESQUISA PARA O MESTRADO PROFISSIONAL EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIROAutores: Danielle da Silva Santiago, Clarissa Terenzi Seixas, Tiago Braga do Espírito Santo
Apresentação: Como profissional atuante em uma instituição de saúde mental do município do Rio de Janeiro, a partir do cotidiano de atendimentos às demandas dos usuários, tenho refletido sobre o cuidado em saúde institucional e do quanto este tem se deslocado da realidade das pessoas em sofrimento psíquico por não as apreender em sua totalidade de vida. Mesmo diante de um processo histórico em que se verificam conquistas em defesa dos direitos e nas práticas assistenciais às pessoas em sofrimento psíquico, ainda é necessário avançar em um cuidado em saúde que atendam estes sujeitos em sua integralidade. A proposta desta pesquisa de mestrado surge então da importância em considerar um caminhar para além do cuidado institucional, oportunizando dar voz e visibilidade às vivências do cuidado em saúde que sujeitos em sofrimento psíquico produzem em seus territórios existenciais. Objetivo: Conhecer o cuidado em saúde produzido no território pelas pessoas em sofrimento psíquico. Método do estudo: Para esta proposta de estudo, lançaremos mão da investigação cartográfica que nos possibilitará descrever sobre a produção do cuidado em saúde, que é única, traduzida pelos afetos e acontecimentos do encontro com estes usuários, quando nos aproximamos de suas histórias de vida, seu cotidiano e conhecemos as pessoas e os lugares presentes nos seus percursos que formam e transformam seu território de vida. Para a realização, recrutaremos usuários-guias de uma unidade da Atenção Primária em Saúde da cidade do Rio de Janeiro. Resultado: Este processo de pesquisa para o mestrado me permitiu acessar a novos conceitos e aportes teóricos sobre o cuidado em saúde, que ocorre a partir do encontro, e o território, sob o olhar existencial. Possibilitou também conhecer e adotar a cartografia como método de pesquisa potente que valoriza as experiências vindas do compartilhamento das vivências, e a partir destas, construir o conhecimento conjunto com o outro, quando nos permitimos afetar e ser afetado por ele. Considerações finais: Esta pesquisa elaborada para o mestrado profissional em atenção primária à saúde permite protagonizar a experiencia de produção do cuidado em saúde por sujeitos historicamente apartados da sociedade, rompendo com o olhar restrito das práticas das instituições de saúde, que muitas vezes destoam da realidade de vida e das reais necessidades de seus usuários. Temos como norte apontar para novas descobertas sobre a produção do cuidado em saúde, que é uma experiência singular, mas que pode auxiliar em discussões para pensar o cuidado em saúde coletivo, para propor mudanças no cuidado em saúde que apreenda estes sujeitos em sua integralidade. |
9061 | GRUPO DE PAIS EM UTI NEONATAL: UM ESPAÇO POTENCIAL DE TROCA DE EXPERIÊNCIAS Juliana Araujo Mesquita, Maria de Fátima Junqueira-Marinho, Rosalice Araújo de Sousa Albuquerque, Hermínia Maria Sousa da Ponte GRUPO DE PAIS EM UTI NEONATAL: UM ESPAÇO POTENCIAL DE TROCA DE EXPERIÊNCIASAutores: Juliana Araujo Mesquita, Maria de Fátima Junqueira-Marinho, Rosalice Araújo de Sousa Albuquerque, Hermínia Maria Sousa da Ponte
Apresentação: O relato de experiência deste trabalho compreende o período de abril de 2017 a fevereiro de 2018. O objeto da experiência centrou-se nos encontros de grupos com os pais, realizado pela equipe de Psicologia de uma UTI Neonatal (UTIN). Objetivo: Discutir o grupo de pais como um espaço potencial de troca de vivências, a elaboração destas e as possibilidades de construção de rede de apoio entre pais de bebês internados em uma UTIN de um hospital de alta complexidade, situado no Rio de Janeiro.A metodologia escolhida foi o relato de experiência dos encontros semanais de grupos abertos realizado com os pais de bebês internados na UTIN do próprio hospital em questão, com duração de uma hora, em sala reservada para tal. Os encontros são realizados pela equipe de Psicologia com a proposta de possibilitar um espaço de fala e escuta das vivências desses pais. Este é um espaço onde os pais podem se conhecer, falar e ouvir a história de vida de cada participante, conforme o desejo de cada um de se colocar. A mediação e intervenções feitas pelos psicólogos objetivam facilitar a construção da rede de apoio através de processos identificatórios, de facilitar a construção de vínculos com os filhos e com a equipe da UTIN, pois diversas questões abordadas perpassam mães e pais. O convite feito pelos psicólogos aos pais tem efeito direto na adesão ao grupo. O grupo de pais, intervenção considerada terapêutica e preventiva, possibilita um espaço de fala, potencializando a troca de experiências, além da criação de identificações entre seus pares e construção de uma rede social na qual os mesmos podem encontrar apoio nesse processo. Também facilita um processo de vinculação com a equipe da unidade e, indiretamente, com os próprios filhos, além da elaboração de uma vivência potencialmente traumática, que é a da internação de um filho recém nascido. Tendo em vista os resultados, considera-se relevante para a Saúde Coletiva a criação, manutenção e aprimoramento de espaços de circulação da palavra nos serviços de saúde, de modo que seja possível o compartilhamento de diferentes histórias dos usuários e seus familiares, possibilitando a construção de novos modos de lidar com o adoecimento e sofrimento presentes nesses serviços e fortalecendo a autonomia de cada membro participante do grupo. |
9065 | A PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO DE RISCO À INFECÇÃO PELO HIV COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO E PREVENÇÃO EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA DE PORTO ALEGRE Daila Alena Raenck da Silva, Mariana Tejada de Barros, Fernanda Vaz Dorneles, Cristina Bettin Waechter, Kellem Liliane Martins Severo, Fernanda Santos de Moraes, Deise Lisboa Riquinho, Camila Raenck Vargas da Silva A PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO DE RISCO À INFECÇÃO PELO HIV COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO E PREVENÇÃO EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA DE PORTO ALEGREAutores: Daila Alena Raenck da Silva, Mariana Tejada de Barros, Fernanda Vaz Dorneles, Cristina Bettin Waechter, Kellem Liliane Martins Severo, Fernanda Santos de Moraes, Deise Lisboa Riquinho, Camila Raenck Vargas da Silva
Apresentação: Em um país que apresenta 966.058 casos de AIDS registrados pelo Ministério da saúde, de 1980 a 2019, existe a necessidade de aprofundar as estratégias de enfrentamento desse agravo. Entre diferentes ações disponíveis no Brasil, encontra-se a que chamamos de prevenção combinada. Ela reúne distintas intervenções divididas em biomédicas, comportamentais e estruturais. A Profilaxia Pós-exposição (PEP) ao HIV faz parte das tecnologias biomédicas disponíveis no escopo de possibilidades da ferramenta citada anteriormente. E possibilita trabalhar a prevenção do HIV principalmente em populações mais vulneráveis. Diante do exposto pretende-se explanar a importância da PEP como uma estratégia potente para prevenção que extrapolam as medidas biomédicas, inserindo-se como uma abordagem comportamental capaz de trabalhar o gerenciamento de risco e as exposições que tornam os sujeitos mais suscetíveis as infecções sexualmente transmissíveis. Desenvolvimento: Foi realizado um estudo transversal, retrospectivo de abordagem quantitativa. Com 79 usuários que realizaram PEP em um serviço de referência do município de Porto Alegre, de fevereiro de 2015 a dezembro de 2017. Nesta pesquisa foi possível caracterizar os indivíduos que buscavam o atendimento, identificou-se algumas características sociodemográficas e comportamentais que definem um perfil específico dos indivíduos que buscaram a PEP no período desejado. Mas acima de tudo foi possível perceber a PEP como uma inovação no cuidado para além de uma tecnologia farmacológica. Resultado: O principal objetivo da pesquisa foi atingindo, que buscou conhecer as principais características dos usuários que necessitaram da PEP. No entanto uma questão significativa se destaca entre os resultados. Essa encontra-se no número expressivo de pessoas que buscaram o atendimento por ausência total de uso de preservativo e a recorrência na procura por esse atendimento. Tais achados, embora pareçam preocupantes, demonstram a importância de ter a abordagem da PEP como um veículo de promoção e prevenção do cuidado ao que se refere ao enfrentamento das IST e principalmente ao HIV. O uso da PEP vincula os usuários ao serviço de saúde e permite o acolhimento e um aconselhamento focado a necessidade do sujeito. Sendo cada encontro no serviço de saúde uma oportunidade para os profissionais trabalharem os fatores que deixam as pessoas vulneráveis às ISTs. Considerações finais: Dessa forma, se evidencia o papel significativo da prevenção combinada como uma ferramenta potente de cuidado. Dando destaque a ela como um agente de comunicação entre os profissionais de saúde e os usuários dentro do SUS, sendo capaz de criar a vinculação e respeitar as necessidades sexuais e as especificidades de prevenção dos indivíduos. Permitindo um debate que extrapola o biologicismo, mas que dialoga com as questões de discriminação, preconceito e permite a reflexão relacionada a direitos fundamentais e cidadania. Esse fato apresenta a viabilidade desse avanço quando aplicado principalmente a populações-chave com foco na integralidade da assistência. E ainda demonstra a incapacidade de sucesso quando ocorre a adoção práticas biomédicas isoladas na prevenção de ISTs. |
9085 | DESAFIOS FUTUROS DO SUS NO CENÁRIO DO HIV/AIDS: AUTOTESTE DE HIV COMO DISPOSITIVO DE AUTOCUIDADO kelem martins severo, Daila Raenck da Silva, Gabriela Storck, Mariana Tejada de Barros, Fernanda Mathione, Glenda Sabrina Morales Franco, Janine luisa Müller, Larissa Gomes de Mattos DESAFIOS FUTUROS DO SUS NO CENÁRIO DO HIV/AIDS: AUTOTESTE DE HIV COMO DISPOSITIVO DE AUTOCUIDADOAutores: kelem martins severo, Daila Raenck da Silva, Gabriela Storck, Mariana Tejada de Barros, Fernanda Mathione, Glenda Sabrina Morales Franco, Janine luisa Müller, Larissa Gomes de Mattos
Apresentação: A AIDS é uma problemática de relevância internacional. Os dados apontam no mundo 37,9 milhões de pessoas infectadas pelo HIV e no Brasil 866 mil casos. Nesse cenário, a temática surge como uma questão a ser desenvolvida, considerando-se a importância do diagnóstico e tratamento precoce. A principal forma de controle da epidemia verificada na literatura é a identificação do vírus e a sua supressão o quanto antes. Entre os fatores que favorecem este fato está disponibilização de exame pela rede de saúde e o estímulo ao autocuidado. Desenvolvimento: Dessa forma identifica se a estratégia de autoteste para HIV como mais um instrumento para trabalhar com os indivíduos questões de prevenção e reabilitação da saúde. Diversos fatores afetam o perfil de morbimortalidade da doença, tal como o acesso às informações, aos meios de prevenção das doenças oportunistas, aos exames laboratoriais, aos antirretrovirais, à qualidade da assistência prestada, à adesão ao tratamento, ao diagnóstico precoce das infecções e às medidas terapêuticas cabíveis. O desenvolvimento de atividades educativas, bem como a construção e validação de tecnologias voltadas à promoção da saúde de indivíduos e coletivos. Objetivo: Perante o exposto, este relato objetiva descrever a aplicação (vinculada à lógica do autocuidado) do autoteste como uma estratégia importante no campo da saúde coletiva, no processo de prevenção e no diagnóstico precoce do HIV. Resultado: já está evidenciada a importância de ampliar o acesso à testagem principalmente para as populações mais vulneráveis. O autoteste é uma estratégia nova que foi aprovada pela ANVISA para a comercialização em 2017 e inserida nas farmácias privadas no mesmo ano. No sistema único de saúde foi incorporado à rede de saúde no final de 2018 como uma estratégia específica de cuidado. Portanto, o autoteste vem como mais uma ferramenta efetiva na saúde pública, para ser utilizado para diagnósticos precoces, tornando-se mais uma opção para os usuários que resistem em submeter-se ao teste em âmbito da rede de saúde e preferem realizar por conta própria, podendo ser uma estratégia para ampliar a prevenção combinada que está ligada ao acesso às informações. Neste sentido, o investimento das políticas públicas de saúde em medidas de prevenção e no controle da transmissão vem abrindo novas possibilidades nas redes de serviços e estratégias de cuidado. Considerações finais: Com isso, surge mais um desafio aos profissionais frente a esse atual cenário é de extrema importância para auxiliar no autocuidado do paciente desde o momento da entrega do autoteste até o diagnostico, sendo ele reagente ou não. Dessa forma, existe a possibilidade de proporcionar condições mais saudáveis e de maior autonomia do indivíduo quando promovem o autocuidado. É notável a formação de um novo profissional, tanto para a academia quanto para a comunidade, que seja capaz de avançar na prática da prevenção e do cuidado como um exercício integrado de solidariedade que deve fazer parte da estrutura da prática da saúde coletiva. |
9103 | ASSISTÊNCIA ALIMENTAR CARITATIVA ÀS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA: UMA REVISÃO DA LITERATURA Nathelly Moretti Freitas, Gilmar da Silva Aleixo, Leila Brito Bergold, Emerson Elias Merhy, Kathleen Tereza da Cruz, Larissa Escarce Bento Wollz ASSISTÊNCIA ALIMENTAR CARITATIVA ÀS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA: UMA REVISÃO DA LITERATURAAutores: Nathelly Moretti Freitas, Gilmar da Silva Aleixo, Leila Brito Bergold, Emerson Elias Merhy, Kathleen Tereza da Cruz, Larissa Escarce Bento Wollz
Apresentação: O número de desabrigados e pessoas em situação de rua no Brasil, cresce constantemente e revela o descaso das políticas públicas que não garantem o acesso à alimentação adequada e saudável. O desemprego, ocupações temporárias irregulares e insalubres, a falta de recursos financeiros, conflitos familiares ou até mesmo problemas mentais e a drogadição acabam levando alguns brasileiros e mesmo imigrantes e/ou refugiados a habitarem as ruas. Passam frio, fome e estão constantemente expostos à sofrer um ato de violência. Vivem em condições insalubres e, nos grandes centros urbanos, encontram-se muitas pessoas em situação de rua em caráter permanente. O objetivo do trabalho foi de revisar textos publicados sobre a população em situação de rua de maio de 2009 a maio de 2019 na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e bases de dados MEDLINE e PubMed. A metodologia foi construída a partir de uma revisão integrativa da literatura, realizada através de coleta de dados em fontes secundárias – bibliotecas virtuais, que de maneira sistemática e ordenada toma como discussão o trabalho de assistência alimentar realizado por instituições de caridade à pessoas em situação de rua; reunindo e analisando pesquisas sobre essa prática. A busca por descritores em português ocorreu na plataforma “Descritores em Ciência da Saúde” (Decs) localizado na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS); se deu de maneira aberta selecionando palavras ou termos e não restringindo à descritores exatos e consulta por índice permutado. Os termos utilizados em português foram: “Pessoas em Situação de Rua”; “assistência alimentar e “práticas caritativas”. O temo “Pessoas em Situações de Rua” gerou em subsequência o termo “Jovens em Situação de Rua”. Como resultados foram recuperados 6 artigos, todos de instituições internacionais, o que torna claro a necessidade de atenção e aprofundamento deste estudo em âmbito brasileiro. Observou-se que a maioria dos estudos possuem cunho descritivo com abordagem qualitativa e quantitativa no que tange entrevistas semiestruturadas, além de trazer a insegurança alimentar como espinha dorsal e conceito majoritariamente empregado. Destaca-se que a falta de acesso à alimentação adequada e de qualidade gera diversas consequências. Pontuam a fragilidade nutricional de instituições que distribuem alimentos por não contemplarem todas as calorias, vitaminas e nutrientes que o indivíduo necessita diariamente para manter-se saudável. Portanto, sofrem consequências e agravos de saúde devido ao descaso governamental e político, dentre elas destaca-se com maior prevalência as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), doenças infectocontagiosas e ainda doenças mentais. O trabalho foi realizado no âmbito do grupo de Pesquisa do Observatório de Saúde de Macaé, desenvolvidos na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ campus Macaé - Professor Aloísio Teixeira. |
9112 | TRANSFORMAÇÕES DA REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA AIDS DE PORTADORES DA SÍNDROME Renata Lacerda Marques Stefaisk, Denize Cristina de Oliveira, Sérgio Corrêa Marques, Yndira Yta Machado, Juliana Pereira Domingues, Hellen Pollyanna Mantelo Cecilio, Isadora Siqueira de Souza, Rômulo Frutuoso Antunes TRANSFORMAÇÕES DA REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA AIDS DE PORTADORES DA SÍNDROMEAutores: Renata Lacerda Marques Stefaisk, Denize Cristina de Oliveira, Sérgio Corrêa Marques, Yndira Yta Machado, Juliana Pereira Domingues, Hellen Pollyanna Mantelo Cecilio, Isadora Siqueira de Souza, Rômulo Frutuoso Antunes
Apresentação: As primeiras ideias acerca do vírus HIV o associavam a comportamentos de transgressão social, punição e morte, porém, o aumento da sobrevida dos portadores da doença tem gerado mudanças no perfil da epidemia e influenciado a forma como os grupos percebem a AIDS. O objetivo deste estudo é descrever conteúdo e estrutura da representação social da AIDS para um grupo que vive com a síndrome. Estudo qualitativo realizado com 384 sujeitos que vivem com HIV. Foi aplicado questionário de evocações livres de maneira que cada sujeito relatasse as cinco palavras que vêm a sua mente a partir do termo indutor “aids”. Foi realizada análise prototípica por meio do software EVOC 2005 complementada pela análise de similitude, de caráter confirmatório. O possível núcleo central possui predomínio de palavras negativas: preconceito, tristeza, medo e morte, acompanhadas por doença-normal, de caráter positivo. Os elementos negativos estão presentes desde o início da epidemia e retomam vivências de estigmatização, medo e tristeza diante dos desdobramentos da doença. Porém, a presença do termo doença-normal, de inserção mais recente nessa representação, reflete uma concepção de normalização da AIDS, colocando-a como uma doença passível de tratamento. Tal presença é um desdobramento complexo das transformações epidemiológicas que estabeleceram o HIV como doença crônica, especialmente diante da terapia antirretroviral e do aumento na expectativa de vida que se seguiu. Essa evocação expressa a superação do primeiro momento após o diagnóstico e demonstra a elaboração de estratégias de convivência com o vírus. No sistema periférico, o termo positivo cuidados-saúde se relaciona a doença-normal e se refere às estratégias colocadas em prática para cuidar da saúde e preservar a vida mesmo diante da doença. Tal elemento também possui incorporação mais recente e corrobora para a percepção da mudança representacional do objeto AIDS. Os elementos força-de-vontade, prevenção e tratamento possuem caráter positivo e reforçam o termo cuidados-saúde, incorporando as práticas de autocuidado desses indivíduos e reforçando seu esforço pela manutenção do tratamento e da sua qualidade de vida. Os elementos depressão e sofrimento remetem à dimensão afetiva negativa do núcleo central, podendo estar associados às consequências do preconceito e da possibilidade da morte. A zona de contraste contém os termos ruim, expressando uma atitude negativa frente à doença, e vida-normal, que se associa ao termo doença-normal, demonstrando o enfrentamento da doença. A análise de similitude revela a centralidade do léxico preconceito, seguida dos termos morte, tristeza e tratamento, confirmando as dimensões representacionais e a ambiguidade observadas na análise prototípica. A representação da AIDS traz elementos afetivos negativos e elementos conceituais positivos, os quais apontam para uma oposição atitudinal positivo – negativo reveladora de um processo de mudança associada a uma nova concepção da doença como tratável e compatível com práticas de cuidado em saúde. Destaca-se que compreender essa mudança pode possibilitar a promoção de práticas de saúde mais direcionadas para as necessidades do grupo com HIV, contribuindo para um cuidado de saúde humanizado e integral. |
9236 | VOLUNTARIADO EM UM GRUPO DE HUMANIZAÇÃO NO CONTEXTO INTERDISCIPLINAR DO CUIDADO EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Rayssa Raquel Araújo Barbosa, Samara Machado Castilho, Thayná Gabriele Pinto Oliveira, Rayssa da Silva Sousa, Sônia Mara Oliveira da Silva, Alessandra Maria de Melo Cardoso, Kátia Silene Oliveira e Silva, Hallessa de Fátima da Silva Pimentel VOLUNTARIADO EM UM GRUPO DE HUMANIZAÇÃO NO CONTEXTO INTERDISCIPLINAR DO CUIDADO EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA.Autores: Rayssa Raquel Araújo Barbosa, Samara Machado Castilho, Thayná Gabriele Pinto Oliveira, Rayssa da Silva Sousa, Sônia Mara Oliveira da Silva, Alessandra Maria de Melo Cardoso, Kátia Silene Oliveira e Silva, Hallessa de Fátima da Silva Pimentel
Apresentação: O projeto voluntarização, com cunho de extensão, ensino e pesquisa, foi desenvolvido com a finalidade de formar grupos de acadêmicos/colaboradores de instituições públicas e privadas de diferentes áreas de atuação para realizar atividades de nível interdisciplinar, voltadas para a humanização, com responsabilidade social e postura ética, com base na Política Nacional de Humanização (PNH) do Ministério da Saúde (portaria GM/MS nº 881, de 19/06/2001) e na Lei Federal nº 9.608 de 18 de fevereiro de 1998, a qual dispõe sobre os serviços voluntários. Este é um projeto ligado a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará – FSCMP, fundando no mês de abril do ano 2003, vinculado ao comitê de humanização da FSCMP (portaria nº 975/2014/GP-FSCMP), sendo coordenado pela terapeuta ocupacional Clévia Dantas, atual responsável do comitê de humanização da FSCMP. Objetivo: Relatar a vivência no grupo de voluntários da humanização. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência, com a finalidade de sintetizar as atividades realizadas com um grupo com mais de 150 voluntários. Os instrumentos utilizados para as dinâmicas das ações no contexto hospitalar são pautados nos diferentes princípios e diretrizes do PNH e do Sistema único de saúde (SUS), para tanto são divididos em: música, arte, leitura, cinema, dança e palhaçoterapia. Ambos são aplicados de forma lúdica e com o objetivo de ressignificar o cuidado e desenvolver habilidades de protagonismo para o acolhimento, ambiência, direitos dos usuários, entre outras. Por meio das atividades em grupo são realizadas campanhas para fortalecer políticas sobre: segurança do paciente, lavagem das mãos, captação de sangue para o hemocentro, aleitamento materno etc. Resultado: Os ganhos são indiscutíveis e plausíveis e podem ser definidos pela autonomia desenvolvida pelos voluntários, o cuidado produzido no contexto interdisciplinar e transdisciplinar, e a propagação da prevenção e promoção em saúde de forma humanizada. Considerações finais: Diante do exposto infere-se a importância social e ética dos voluntários atuantes no grupo, visto que as atividades produzidas resultam em feedbacks positivos na efetivação dos objetivos das políticas públicas, além de “construir” novos seres humanos para lidar com a dor do outro e cuidar de forma efetiva dos clientes e usuários dos serviços em saúde. |
9241 | AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DO PACIENTE HOSPITALIZADO EM UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃO CLARISSA COELHO VIEIRA GUIMARÃES, Beatriz Gerbassi de Aguiar Costa, Luiz Alberto de Freitas Felipe, Vanessa Oliveira Ossola da Cruz, Maristela Moura Berlitz, Roberto Carlos Lyra da Silva, Gicélia Lombardo Pereira AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DO PACIENTE HOSPITALIZADO EM UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃOAutores: CLARISSA COELHO VIEIRA GUIMARÃES, Beatriz Gerbassi de Aguiar Costa, Luiz Alberto de Freitas Felipe, Vanessa Oliveira Ossola da Cruz, Maristela Moura Berlitz, Roberto Carlos Lyra da Silva, Gicélia Lombardo Pereira
Apresentação: A hospitalização pode desencadear no indivíduo sentimentos negativos, pois ao deparar-se com um problema de saúde vê-se impedido de desempenhar suas atividades. A distância do convívio familiar e o fato de ter que permanecer, mesmo que temporariamente, em um ambiente com normas e rotinas a que não está habituado podem gerar insatisfação e ansiedade no paciente. A expectativa criada pelo paciente na hospitalização e a percepção que ele tem do cuidado intra-hospitalar recebido são aspectos que definem seu grau de satisfação. Relatar o grau de satisfação dos pacientes aos cuidados de enfermagem em uma unidade de internação hospitalar. Desenvolvimento: Relato de experiência, com abordagem qualitativa, no período de 2017-2018, realizada em uma Organização Militar, situada na cidade do Rio de Janeiro, sob anotações e experiências vivenciadas pela pesquisadora na pesquisa aprovada pelo o CEP, cujo número do parecer é 2.806.480. Resultado: Durante a admissão de enfermagem, fornecia-se um boletim com informações sobre o funcionamento da unidade, rotinas da equipe multiprofissional e cuidados prestados ao paciente. Sendo possível observar que a comunicação fez-se essencial para agilizar o cumprimento das rotinas de saúde de cada paciente, fundamentais para segurança no atendimento e processo de melhoria. Ao longo dos 13 meses, formulou-se um instrumento de pesquisa de opinião com preenchimento voluntário, para a aplicação nos 32 leitos. Este formulário era preenchido na alta e avaliava o atendimento de todos os profissionais desde setor. Durante o preenchimento do formulário observou-se dificuldade de preenchimento na avaliação da equipe médica justificada pela rotatividade destes profissionais, para equipe de enfermagem não houve nenhuma dificuldade ou dúvida durante o preenchimento. Considerações finais: Conclui-se que os pacientes hospitalizados apontaram uma opinião satisfatória sobre o preenchimento do instrumento, destacando o atendimento da enfermagem. Destaca-se a importância do enfermeiro conhecer a satisfação do paciente e os fatores que influenciam sua satisfação, estabelecendo um elo de confiança com quem cuida e quem recebe. |