469: A produção do cuidado no âmbito escolar: olhares diferenciados e singulares | |
Debatedor: Luciana Gomes Cotrim | |
Data: 31/10/2020 Local: Sala 03 - Rodas de Conversa Horário: 10:30 - 12:30 | |
ID | Título do Trabalho/Autores |
8834 | CRESCENDO SEM CÁRIE: PROMOÇÃO DA SAÚDE COM EDUCAÇÃO EM SAÚDE BUCAL EM CRECHES MUNICIPAIS DE MANAUS (AM) Karoliny Fernandes Tavares1; Anderson An Fernandes Tavares CRESCENDO SEM CÁRIE: PROMOÇÃO DA SAÚDE COM EDUCAÇÃO EM SAÚDE BUCAL EM CRECHES MUNICIPAIS DE MANAUS (AM)Autores: Karoliny Fernandes Tavares1; Anderson An Fernandes Tavares
Apresentação: As crianças são susceptíveis a serem livres de cárie se o hábito de higiene oral for iniciado logo nos primeiros meses de vida, tendo seus pais e cuidadores como principais responsáveis por sua saúde. A partir da promoção de saúde e prevenção é possível que um indivíduo chegue à idade adulta sem ter qualquer experiência de cárie e doença periodontal, doenças que podem ser prevenidas pelo controle mecânico do biofilme. Este trabalho tem como objetivo relatar as ações de promoção e prevenção à saúde bucal, com educação em saúde e escovação dental supervisionada em crianças de 1 a 3 anos, matriculadas em seis creches públicas no município de Manaus-Am. As crianças receberam acompanhamento semanal, onde foram observadas a dieta e a higiene bucal. As crianças participaram de atividades de educação em saúde geral e bucal e escovação supervisionada, utilizando o lúdico como instrumento, com pinturas, colagens, fantoches, teatro, música e escovação em macromodelos. Os pais ou responsáveis, e professores das creches participaram de rodas de conversa, onde dúvidas foram esclarecidas. O ganho com a participação neste projeto excede o passar de conhecimento científico sobre saúde geral e bucal às crianças, pais e professores. Há neste caminhar, especialmente, uma troca de aprendizado obtido entre os discentes de odontologia e os professores das creches, quanto à didática e metodologia de ensino a crianças de 1 a 3 anos, e também ocorre troca de experiências com os pais, em relação à inserção desses hábitos na família das crianças, incluindo a melhora das condições de saúde bucal das crianças ao longo do tempo, levando a diminuição de altos indicies de cáries e perdas dentárias precoces. Conclui-se que as vivências neste projeto elevaram a experiência acadêmica das teorias, das salas e laboratório da Universidade, indo além das práticas clínicas rotineiras, levando os acadêmicos envolvidos a estarem mais preparados para o trabalho em saúde bucal coletiva, tornando-o um profissional mais humano, com olhar e atuação para a saúde das comunidades e suas necessidades. |
7368 | PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA: O ENFERMEIRO ATUANDO NO CONTEXTO EDUCACIONAL COM ÊNFASE NO Aedes aegypti Luiz O O Alves PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA: O ENFERMEIRO ATUANDO NO CONTEXTO EDUCACIONAL COM ÊNFASE NO Aedes aegyptiAutores: Luiz O O Alves
Apresentação: O enfermeiro em sua prática profissional pode realizar atividades coordenativas e educacionais no Programa Saúde na Escola (PSE). O programa está embasado no DECRETO nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007, que instituiu no âmbito nacional o PSE. Desenvolvimento: Identificar o papel do enfermeiro nas ações durante as atividades do PSE para prevenção das epidemias em Teresópolis. O método utilizado para a realização deste trabalho foi o de pesquisa documental, com análise de boletim epidemiológico. Resultado: O PSE é uma política intersetorial, entre a saúde e a educação, trabalha voltada para crianças, adolescentes, jovens e adultos, acontece por ciclos com duração de dois anos, o município realiza as 12 ações descritas no PSE em articulação com as escolas e Unidades Básicas de Saúde. A primeira ação descrita no programa é de combate ao Aedes aegypti. O Programa norteia agregação de conceitos educacionais que envolvam a saúde no projeto político pedagógico da escola. O enfermeiro com base em competências atua na promoção da saúde e prevenção de doenças, nos contextos: social, político e econômico da região, visando traçar estratégias de prevenção de riscos. Atuando como educador em um trabalho interprofissional com o corpo pedagógico das escolas no combate ao Aedes aegypti prevenindo doenças infecciosas. Segundo o Ministério da Saúde, em 2019 foram registrados no Brasil 290.889 casos de Chikungunya, Zika e Dengue. Sabemos que o mosquito Aedes aegypti infectado pode transmitir Dengue, Zika e Chikungunya, até mesmo a febre amarela urbana com seu último registro no Brasil em 1942. Resultado: Assim acreditamos, que através das atividades realizadas pelo enfermeiro na prática em saúde desenvolvidas no PSE, estaria sensibilizando a todo público envolvido em realizar ações de combate ao Aedes aegypti para prevenção de epidemias nos municípios e bairros. |
7963 | A IMPORTÂNCIA DA INSERÇÃO DO ENFERMEIRO NO ÂMBITO ESCOLAR: REVISÃO DE LITERATURA Tereza Monique Côrtes Gomes, André Luiz de Jesus Morais, Juscilene Santos do Nascimento, Tatyane Souza da Silva, Átila Caled Dantas Oliveira A IMPORTÂNCIA DA INSERÇÃO DO ENFERMEIRO NO ÂMBITO ESCOLAR: REVISÃO DE LITERATURAAutores: Tereza Monique Côrtes Gomes, André Luiz de Jesus Morais, Juscilene Santos do Nascimento, Tatyane Souza da Silva, Átila Caled Dantas Oliveira
Apresentação: A educação em saúde na escolar é uma das práticas de cuidado dos enfermeiros. No entanto inserção do enfermeiro no âmbito escolar faz-se de suma importância para promoção, prevenção e manutenção da saúde e uma melhor qualidade de vida, não apenas das crianças, mas de seus familiares e professores. Objetivo se analisar na literatura a presença do enfermeiro no âmbito escolar para suporte familiar e assistência para as crianças com a manutenção e obtenção da saúde. Desenvolvimento: Trata-se de uma revisão integrativa, descritiva bibliográfica. A pesquisa sucedeu no período de março a novembro de 2019, a coleta de dados da análise de periódicos escritos e eletrônicos que foram selecionados nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Base de Dados de Enfermagem, biblioteca eletrônica Scientific Electronic Library Online. Utilizaram-se como critérios de inclusão, artigos originais, obedecendo o recorte temporal de cinco anos de publicação, nos idiomas português e espanhol, analisados para seleção daqueles que atendam aos critérios delimitados posteriormente. Resultado: No estudo foram encontrados 385 artigos, destes apenas 18 atenderam aos critérios de inclusão. Os artigos evidenciaram que a escola é um local onde adquirimos conhecimentos importantes para todos os âmbitos da nossa vida, pois é uma etapa congruente para a construção e desenvolvimento de planos e projetos de saúde. A inclusão do enfermeiro dentro desse ambiente pode colaborar substancialmente para a detecção prévia das patologias, promovendo assim adoção de medidas para uma boa educação em saúde através de dinâmicas lúdicas, recreativas e pedagógicas, participação ativa dos alunos nas atividades favorecendo grande interação das crianças e adolescentes com todos os profissionais, onde as crianças assumirão comportamentos saudáveis que beneficiarão o seu desenvolvimento, criando conhecimento e uma forma de autocuidado, resultando em gerações mais sadias e uma redução significativa de enfermidades. Considerações finais: O profissional enfermeiro inserido nesse âmbito torna-se indispensável no que atinge a saúde escolar, com intenção de buscar a prevenção de doenças e principalmente promover bem-estar, pois trata-se de um local onde crianças está em desenvolvimento do seu senso crítico, moral, ético e hábitos básicos para com a manutenção da sua saúde e do ambiente em que vivem. |
8402 | LAMSA E A CULTURA DE PAZ NAS ESCOLAS Natália Flôres Gertrudes, Micael Viana de Azevedo, Soraya Solon, Fátima Aparecida Lopes Flores Gertrudes LAMSA E A CULTURA DE PAZ NAS ESCOLASAutores: Natália Flôres Gertrudes, Micael Viana de Azevedo, Soraya Solon, Fátima Aparecida Lopes Flores Gertrudes
Apresentação: Desde a antiguidade, a violência esteve presente em nossa sociedade manifestando-se de diversas formas, causando conflitos e implicações sociais gravíssimas. Em vista disso, a Organização das Nações Unidas redigiu um documento intitulado "Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não-Violência". O documento informa que é responsabilidade de cada indivíduo da sociedade manifestar os valores, ações e condutas que inspiram e promovem a Cultura de Paz, diariamente, na realidade da vida de cada indivíduo. Observa-se que há uma cultura da violência em nossa sociedade, iniciando principalmente em ambientes que geralmente promovem o primeiro contato da criança com a sociedade, a escola. Com base nisso, Liga Acadêmica Multidisciplinar em Saúde do Adolescente (LAMSA), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde Pública (SESAU), desenvolveram ações e oficinas com o objetivo de promover a Cultura de Paz nas escolas através do fortalecimento de fatores que protegem a pessoa, fazendo-a evitar ou controlar os riscos da violência. Desenvolvimento: A oficina foi realizada em uma escola municipal, com a turma do 5º ano A e B em conjunto, no período matutino. Como quebra gelo, nos apresentamos e pedimos para que cada aluno se apresentasse e falasse do que gosta de fazer. Em seguida perguntamos quais os tipos de violência que existem, e fizemos uma chuva de ideias no quadro. A partir disso, pedimos para que descrevessem em suas próprias palavras os tipos de violência que citaram e dessem um exemplo com base no que eles presenciavam no ambiente escolar. Após a discussão, os alunos foram separados em grupos e distribuímos fichas com as propostas da Cultura de Paz, orientando-os para que descrevessem por meio de frases, textos, desenhos ou até mesmo teatro, formas de colocarem em prática essas propostas. Resultado: Durante a chuva de ideias, foi possível observar como desde de novos estamos expostos a violência. O que mais nos impactou foi o fato de crianças de 10 anos saberem todos os tipos de violência e descrever cada uma delas, e terem relatado que presenciavam tal situação em locais como escola, rua, mídia e em um ambiente em que não deveria existir nenhum tipo de violência, em sua própria residência. Durante as discussões, também foi possível identificar como todos desejam viver em um mundo mais seguro e livre da violência, e como cada um pode e deve contribuir para que a Cultura de Paz seja estabelecida na nossa sociedade. Considerações finais: A oficina teve como objetivo promover os aspectos que contribuem para que a Cultura de Paz seja fortalecida através de crianças e adolescentes, para que dessa forma ela substitua a cultura da violência, que está fortemente enraizada na sociedade. Ao realizarmos essa oficina acabamos fortalecendo em nós mesmos o desejo de promovermos ações e atitudes que contribuam para a redução da violência e promoção da paz. |
8430 | AÇÃO ALUSIVA AO OUTUBRO ROSA REALIZADA EM UM CENTRO DE SAÚDE ESCOLA EM BELÉM (PA): RELATO DE EXPERIÊNCIA Jéssica Suene Andrade do Nascimento, Ingrid Bentes Lima, Caio Demetrius de Lima Meireles, Victória Maria Barile Sobral, Thany Elly Oliveira Vanzeler, Paula Valéria Dias Pena Costa AÇÃO ALUSIVA AO OUTUBRO ROSA REALIZADA EM UM CENTRO DE SAÚDE ESCOLA EM BELÉM (PA): RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Jéssica Suene Andrade do Nascimento, Ingrid Bentes Lima, Caio Demetrius de Lima Meireles, Victória Maria Barile Sobral, Thany Elly Oliveira Vanzeler, Paula Valéria Dias Pena Costa
Apresentação: No Brasil, o câncer de mama é o que mais acomete mulheres, menos na região norte, onde o câncer de colo de útero (CCU) tem a maior incidência. A estimativa em 2018 foi de 16.370 casos novos de CCU e no estado do Pará 860 casos novos. Nesse contexto, se faz necessárias atividades de educação em saúde para prevenção e diagnóstico precoce dessas enfermidades. O presente estudo tem como objetivo relatar a experiência acadêmica de uma atividade de educação em saúde referente ao Outubro Rosa. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, em que a atividade ocorreu durante as aulas práticas do componente curricular Saúde da Mulher e da Criança na Atenção Básica que ocorreu no segundo semestre de 2019. A ação se deu por meio da explanação de cartazes contendo o passo a passo para o autoexame das mamas, com mitos e verdades sobre o PCCU e a explanação detalhada de tal exame. Durante a conversa, também afirmou-se a importância da realização do exame regular e manter a atenção com seu corpo e algum sinal anormal. Resultado: Pode-se constatar a importância de atividades como essa para fortificar a importância de prevenir os cânceres, bem como desvendar mitos e verdades relacionados ao tema. Além disso, promoveu uma vivência de extrema importância na formação acadêmica e pessoal aos discentes. Considerações finais: A prevenção e diagnóstico precoce dessas enfermidades são de extrema importância para a diminuição da mortalidade. Ações práticas empoderam o indivíduo como autor de sua saúde, além de proporcionar conhecimentos concretos aos discentes. |
8437 | INTERVENÇÃO NA ESCOLA GINCADOBEM - “GINCANA PARA FAZER O BEM SEM ESCOLHER A QUEM!”: RELATO DE EXPERIÊNCIA Vitória Letícia Silva, Evelyn Giovanna Alves Santos, Yandra Michaelle Moreira dos Santos, Quézia Hapuque Ferreira Miranda INTERVENÇÃO NA ESCOLA GINCADOBEM - “GINCANA PARA FAZER O BEM SEM ESCOLHER A QUEM!”: RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Vitória Letícia Silva, Evelyn Giovanna Alves Santos, Yandra Michaelle Moreira dos Santos, Quézia Hapuque Ferreira Miranda
Apresentação: Com a constante globalização e disseminação de conteúdos pelas rede sociais, os jovens tendem diretamente à coerção. Em virtude disso, foi realizada uma intervenção educativa com 72 alunos do 7º ano em uma grande Instituição do município de Belo Horizonte. Objetivo:Ppromover a empatia e o respeito entre os estudantes. Por meio do trabalho em equipe em uma gincana, difundindo a importância da socialização e solidariedade, bem como provocar a reflexão sobre as individualidades de cada pessoa. Desenvolvimento: Após a elaboração do diagnóstico situacional, por meio de conversas e observações com o diretor da instituição e os alunos. Foram considerados desafios centrais, aqueles que eram verbalizados com maior recorrência e que tenham a ver com as relações interpessoais. A saber: bullying, falta de respeito, intolerância e desunião. Em seguida, os estudantes participaram de atividades lúdicas, pois as brincadeiras estimulam a comunicação pelo compartilhamento de experiências, auxilando o modo de perceber a complexidade humana, além de reavaliar o posicionamento nas relações interpessoais, transpassando a responsabilidade social. Resultado: Para a realização das atividades propostas, os alunos foram divididos em 3 equipes, denominadas: Amor, Respeito e Empatia. Apesar do receio inicial, todos se envolveram com as atividades e por meio da avaliação final, eles demonstraram que compreenderam o objetivo da intervenção, bem como revaliaram perspectivas que se confrontavam com a harmonia das relações humanas. Considerações finais: A intervenção, com base na dificuldade dos estudantes em conceituar empatia e os elementos que a transcende, difundiu conceitos e vivências para estimular a mudança de perspectiva e comportamento. Por meio do trabalho em equipe, distribuição de responsabilidades, ajuda mútua, respeito e apoio ao colega.Observamos que a utilização de atividades lúdicas durante a gincana foi fundamental para a efetivação da proposta da intervenção, organização e atenção dos alunos. Conseguiram até, confrontar o individualismo, indiferença, preconceito e exclusão. Sendo assim, salientamos a importância de trabalhar esse tema nas escolas, considerando toda a sua complexidade e implicações. Pois, é notório que com a constante globalização e disseminação de conteúdos negativos nas rede sociais, os jovens devido a menor experiência e capacidade crítica estão diretamente expostos à coerção. |
8578 | TRASNTORNOS ALIMENTARES, PROFESSORES E AMBIENTE ESCOLAR: CONHECIMENTO PRÉVIO E INTERSETORIALIDADE PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE Carlos Felipe Fontelles Fontineles, Normanda de Almeida Cavalcante Leal, Aldo Angelim Dias, Lysrayane Kerullen David Barroso, Lucianna Leite Pequeno, Yohana De Oliveira Ponte TRASNTORNOS ALIMENTARES, PROFESSORES E AMBIENTE ESCOLAR: CONHECIMENTO PRÉVIO E INTERSETORIALIDADE PARA PROMOÇÃO DA SAÚDEAutores: Carlos Felipe Fontelles Fontineles, Normanda de Almeida Cavalcante Leal, Aldo Angelim Dias, Lysrayane Kerullen David Barroso, Lucianna Leite Pequeno, Yohana De Oliveira Ponte
Apresentação: O mundo contemporâneo vive um processo de transição nutricional, que resulta em uma alta prevalência de sobrepeso e obesidade na população mundial, caracterizando um crescimento epidêmico. No contrafluxo dessa epidemia mundial, pode-se perceber o surgimento de uma sociedade lipofóbica, que valoriza determinados padrões vigentes de beleza, que rotula os obesos, associando o excesso de peso a valores morais negativos diante da sociedade. Estes padrões, o corpo altamente idealizado no modo de vida contemporâneo, e a veiculação da mídia de uma ideologia pela construção de corpos belos e saudáveis produzem um terreno propício para o surgimento e instalação de psicopatologias associadas à distorção da imagem corporal e os mais extremos Transtornos Alimentares (TA). A adolescência é um constitui uma fase de repletas transformações que correspondem às alterações físicas, mentais e sociais. Associado a essas transformações, este púbico demonstra inúmeras preocupações, entre elas, a aparência corporal, que pode desencadear alterações no comportamento alimentar. Diante destas disso, este é um público apresenta insatisfação corporal, um dos fatores determinantes para o desenvolvimento dos sintomas de TA. A Política de Atenção Integral à Saúde do Adolescente institucionaliza um novo olhar sobre o jovem e adolescente, estimula a reflexão sobre novos conceitos, estratégias e ações na área de promoção da saúde a partir de uma abordagem intersetorial. Neste sentido, faz-se necessário a inserção dos profissionais de saúde no contexto da educação, não apenas para identificar problemas relacionados a saúde, mas desenvolver ações de educação e promoção da saúde com estratégias de diversos assuntos que permeia a vida em todo contexto dos jovens. Assim, o objetivo foi identificar a percepção dos profissionais da educação em relação aos transtornos alimentares. Desenvolvimento: Trata-se de uma pesquisa intervenção com abordagem qualitativa desenvolvida pela Nutricionista Residente em Saúde da Família. O local do estudo foi Escola Municipal Trajano de Medeiros, situada no território de abrangência do Centro de Saúde da Família Maria Aldeodata, no município de Sobral – Ceará. Os profissionais participantes foram um coordenador, uma diretora e três professores. O método proposto por Paulo Freire, círculo de cultura, foi utilizado para o desenvolvimento da oficina, esta abordagem constitui uma ideia substituição da “sala de aula” ou “turma de alunos”, por Círculo participativo com ênfase no diálogo, campo profícuo para a reflexão-ação na elaboração coletiva de uma proposta sistematizada para uma educação em saúde construtiva. O momento da intervenção desenvolvido na escola e articulada com os profissionais de saúde, realizaram-se no formato de oficinas, fundamentadas no Método de Paulo Freire, o Círculo de Cultura, que dinamiza o processo educativo possibilitando um diálogo visando à promoção da saúde dos jovens envolvidos. Desta forma, de acordo com a etiologia da palavra, o “círculo” definido pela representação geométrica, pressupõe que os participantes estejam reunidos adquirindo a forma de um círculo, em que todos se olham e se veem, onde se ensina e se aprende, ao mesmo tempo, por meio do diálogo. É “de cultura”, pois esses momentos têm o potencial de extrapolar o aprendizado individual, produzindo também modos próprios e renovados, solidários e coletivos de pensar e agir, por meio de uma interação do homem com a realidade, recriando-a e buscando-se a dinamização de seu espaço no mundo. A oficina se deu com a participação dos profissionais da educação (coordenador e professores) com o objetivo de construir um conceito a partir do conhecimento prévio sobre a temática acerca dos transtornos alimentares com o recurso da nuvem de palavras. O desenvolvimento da oficina contou com palavras disparadoras: “peso corporal”, “imagem corporal”, “saúde”, “alimentação saudável” e “redes sociais”. Estas palavras direcionou a construção do conceito, conhecimento prévio dos profissionais e sensibilização quanto ao olhar e escuta para as problemáticas atuais dos adolescentes e, assim, possíveis identificação. Para a coleta de dados foram utilizados a observação participante, o diário de campo, é importante salientar que houve o registro da intervenção através de fotos, gravações (voz e vídeos), questionários e de um diário de campo que se caracteriza por ser um instrumento de registros diários. Para análise utilizou-se o recurso do diagrama de nuvens de palavras, construído através da ferramenta Wordle, recurso de acesso gratuito e disponível na internet. Foi aplicado aplicados os Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE e o Termo de autorização de uso de imagem para os profissionais. A proposta de pesquisa foi enviada para o comitê de ética e pesquisa com seres humanos da Universidade Estadual Vale do Acaraú, sendo aprovada pelo número do parecer: 2.890.972. Resultado: As falas, para a construção do conceito e entendimento dos transtornos nutricionais segundo os profissionais da educação, são os seguintes: “Quando raramente eu ouço falar sobre transtornos alimentares, entendo que é mais presente em meninas, mulheres. E sei que tem a ver com excesso de comida, vômitos, magreza, obesidade, ausência de alimentos. São pessoas com psicológico afetado e imagem física deturpada”. (P1). “O transtorno que eu sei, é aquela pessoa que tem compulsividade por comida, ou aquela que come, se arrepende e fica vomitando e não come nada”. (P2) Ao analisar as falas, na conversa com o entrevistado P1, pode-se perceber a construção de um conceito mais amplo com relação a saúde e transtornos alimentares e uma aproximação com a literatura, que relata os TA como psicopatologias que envolvem alterações graves nos componentes biológicos, genéticos, psicológicos, socioculturais e familiares. Segundo o diagrama de palavras, As palavras que mais foi citada no diálogo com os profissionais da educação e que apresenta uma maior relevância em torno dos transtornos alimentares, são: “comida, come, transtornos alimentares, pessoas”. É perceptível a aproximação com o tema, porém, as palavras expressam um conceito limitado e relata mais o aspecto da relação das pessoas com a comida. É importante pensar na perspectiva que os TA apresenta etiologia multifatorial diagnóstico clínico de transtorno alimentar apresentam sintomas comportamentais. Considerações finais: Neste sentido, pode-se perceber que os educadores sentem grande necessidade de trabalhar os temas saúde, educação e meio ambiente em conjunto com alunos e equipe de saúde; desejavam, portanto, receber treinamentos específicos por não se sentirem preparados para a efetivação da promoção da saúde dentro de seu ambiente de trabalho, a escola. Assim, estas ações de intersetorialidade é de fundamental importância para o desenvolvimento da educação em saúde. |
8872 | A PINTURA CORPORAL COMO RECURSO DIDÁTICO PARA O APRENDIZADO DE CIÊNCIAS EM UMA ESCOLA DO AMAZONAS RODRIGO DA SILVA PEREIRA, THIAGO SANTOS DA SILVA A PINTURA CORPORAL COMO RECURSO DIDÁTICO PARA O APRENDIZADO DE CIÊNCIAS EM UMA ESCOLA DO AMAZONASAutores: RODRIGO DA SILVA PEREIRA, THIAGO SANTOS DA SILVA
Apresentação: A arte em conjunto com a ciência proporciona ao ensino um melhor rendimento. Nos últimos anos, a técnica conhecida como Body Paint, que refere-se a pintura corporal, auxilia aos acadêmicos das áreas de saúde em seu processo de aprendizagem. Este estudo trata-se de um relato de experiência de um projeto de extensão universitária realizado no interior do Amazonas, Brasil. Desenvolvimento: O presente estudo é um relato de projeto de extensão denominada “Body Paint: Conhecendo o corpo humano”, o qual tinha por objetivo proporcionar o conhecimento sobre o corpo humano aos alunos de ensino médio de uma instituição de educação federal de Coari (Amazonas, Brasil) por meio da pintura corporal. O projeto contava com a participação de alunos de graduação dos cursos da saúde do Instituto de Saúde e Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas. As atividades foram realizadas entre agosto e novembro de 2019, em que constaram: (1) Ensino de anatomia e histologia para conhecimento dos alunos acerca das generalidades anatômicas e histológicas, assim como educação em saúde, por meio de palestras interativas e jogos lúdicos. Essa etapa foi realizada nos horários da disciplina de ciências das turmas selecionadas; (2) Mostra de Anatomia, onde foi realizada uma exposição de modelos humanos elaborados em pintura corporal e banners, por parte dos acadêmicos para a comunidade da instituição participante; (3) Oficina de anatomia, na qual os próprios escolares puderam elaborar os seus modelos anatômicos utilizando técnicas de pintura corporal, com tutoria dos universitários sobre os pontos anatômicos a serem desenhados, os trajetos dos vasos sanguíneos e nervos, origens e inserções musculares e demais particularidades morfológicas. Resultado: Mais de 240 alunos foram beneficiados ao longo de toda a duração da extensão universitária, perfazendo um total de 8 turmas, 4 de 1º ano de ensino médio e 4 do 2º ano. Através da metodologia utilizada no projeto, observou-se que houve facilidade na compreensão do assunto oferecido, conhecimento ao qual acarretou aos indivíduos um melhor entendimento sobre o funcionamento correto de seu organismo. Considerações finais: A pintura corporal mostra-se um grande recurso didático para o ensino de ciências para escolares de ensino médio. Quando associada a jogos lúdicos, o potencial de aprendizagem torna-se fortemente impulsionado. Relatos envolvendo o ensino de ciências morfofuncionais em ensino superior estão sendo cada vez mais presentes, no entanto, voltados para o ensino fundamental e médio ainda são escassos. |
8876 | A SAÚDE BUCAL NAS ESCOLAS POR MEIO DAS METODOLOGIAS ATIVAS: PROPOSTA DE PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE Gabriel Gama de Sousa, Adriane das Neves Silva A SAÚDE BUCAL NAS ESCOLAS POR MEIO DAS METODOLOGIAS ATIVAS: PROPOSTA DE PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDEAutores: Gabriel Gama de Sousa, Adriane das Neves Silva
Apresentação: A saúde é um direito fundamental da pessoa humana, assegurado sem distinção religiosa, ideológica, política, social ou econômica; devendo cada um gozá-la individualmente e de forma solidária, sem prejuízo. Os cuidados primários de saúde são tidos como a base para o Serviço Nacional de Saúde, nele ocorre o contacto inicial entre a usuário com o sistema público de saúde. A promoção e proteção da saúde, a prevenção e prestação de cuidados na doença, são formas de garantir a continuidade da assistência, permitem que os serviços de saúde primários se revistam como elemento chave na obtenção da saúde para todos. Atualmente, as estratégias voltadas para melhoria das condições de saúde por meio de mudanças dos padrões e modo de vida da população é que tem maior ênfase. Um dos princípios fundamentais da promoção de saúde é o desenvolvimento de ações destinadas as necessidades que população apresenta. A grande incidência e a gravidade das morbidades bucais, estão associadas a um desenvolvimento da atenção à saúde bucal deficiente, causado pela falta de apoio a políticas de saúde pública bucal; elevados custos do serviço assistencial; a limitação dos conhecimentos da população acerca da importância da saúde bucal; as desigualdades no acesso aos serviços, principalmente para grupos vulneráveis; barreiras culturais, de gênero e outras barreiras sociais e a qualidade precária da atenção à saúde bucal. A Educação em saúde estimula a criação hábitos saudáveis em indivíduos de qualquer idade, mas principalmente em crianças, que estão na fase inicial da construção desses hábitos. Nas escolas, o trabalho de promoção em saúde deveria ser desenvolvido com a comunidade escolar pela equipe da Atenção Básica de Saúde da localidade para o desenvolvimento da capacidade de interpretar e incorporar atitudes e hábitos para a melhoria da saúde e da qualidade de vida. A promoção de saúde bucal tem como base a conscientização da importância de uma adequada higienização oral, e dos riscos para a saúde quando ela é negligenciada. A educação em saúde bucal, não consiste somente nas instruções de higiene oral e escovação dos dentes, mas mostrar ao indivíduo o protagonismo e o papel fundamental que ele exerce para a manutenção de sua saúde. Visando ações de promoção e prevenção em saúde no âmbito escolar, o Governo Federal instituiu pelo Decreto nº 6.286 de 05/12/2007, o Programa Saúde na Escola (PSE). Esse programa é resultado do trabalho integração entre o Ministério da Educação e do Ministério da Saúde. Nele, as políticas de saúde e educação voltadas aos discentes, docentes, funcionários das unidades escolares, se unem para promover saúde e educação integral aos estudantes da rede pública de ensino. Apesar da iniciativa, o Programa Saúde na Escola, ainda não é bem difundido, pela sua não obrigatoriedade e depender do apoio de gestores da Educação e da Saúde e, o decreto não obriga a incorporação do Programa Saúde na Escola (PSE) na grade de programas desenvolvidos pelos Municípios. Com isso, muitos desses municípios acabam não aderindo e implementando o PSE, como por exemplo, o município de Cachoeiras de Macacu. As ações de educação em saúde do PSE, proporcionam saberes que colaboram na prevenção de doenças e possíveis agravos, e estimulam a conscientização para a melhora da condição intraoral, melhorando o prognóstico da saúde bucal. Com o notório déficit existente na educação em saúde nos colégios do referido município, foi proposto um Projeto de Intervenção de Educação em Saúde Bucal nas Escolas. Esse Projeto de Intervenção foi desenvolvido como requisito para conclusão do curso de Especialização em Ativação de Processos de Mudança na Formação Superior de Profissionais de Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP – FIOCRUZ). Objetivo: fortalecer a parceria entre o ensino e o serviço para a promoção e prevenção da saúde bucal na comunidade escolar, na perspectiva humanizada e resolutiva. Desenvolvimento: A partir de ações educativas pautadas nas vivências dos alunos, as etapas do projeto preveem ações de convívio no ambiente escolar para a observação e levantamento dos problemas na unidade escolar, que possam interferir na saúde bucal desses indivíduos. Além da realização de reuniões com os docentes e a direção da Unidade Escolar para planejamentos das ações e busca de parceiros para compor o grupo de trabalho. Na infância e na adolescência a apresentação sobre a importância da saúde bucal, a partir do diálogo com a direção, docentes e funcionários sobre os possíveis agravos físicos, emocionais e sociais que podem acarretar a perda precoce de elementos dentários, e os prejuízos intelectuais que esses agravos podem desencadear em indivíduos em fase escolar se mostra um potencializar para a incorporação de hábitos de saúde pelos alunos. Apresentar um projeto que contemple a implementação do Programa Saúde na Escola aos gestores municipais de saúde e educação contribui para o fortalecimento das ações de saúde a essa população. A partir da apresentação palestras com temas variados em Odontologia, como a doença cárie, técnicas de escovação, tipos de escovas e cremes dentais, Câncer bucal e outras patologias que acometem o sistema estomatognático, é estimulada a discussão em rodas de conversa com os discentes e docentes, com a realização de mesas clínicas na quais os discentes possam ver, tocar e interpretar saberes adquiridos nas palestras e rodas de conversa. Além de ações com instruções de higiene oral, escovação supervisionada e aplicação de flúor tópicos em alguns casos. Resultado: Dentre os fatores que influenciam na efetividade da saúde bucal dessa comunidade específica, está a deficiência do efetivo da equipe da Atenção Básica local, dificultando a disponibilidade de tempo para que os alunos façam a higienização bucal após a refeição escolar e o alto consumo de carboidratos através de balas, chicletes e doces. Considerações finais: O Programa Saúde na Escola, quando implementado, permite a construção de hábitos favoráveis para a promoção e prevenção em saúde bucal, na infância e na adolescência. Com isso, evita possíveis mutilações e outros agravos psicossociais acarretados em decorrência de perdas dos elementos dentários. Porém, a dificuldade de acesso ao serviço odontológico encontrado pela população menos favorecida fragiliza a Atenção Primária, corroborando a importância da implementação do Programa Saúde na Escola. |
8936 | BARCO ESCOLA: UM RELATO DE EXTENSÃO MULTIPROFISSIONAL NA INTEGRAÇÃO ENSINO/SERVIÇO/COMUNIDADE Ítalo Diógenes Gomes da Silva, Kairo Gonzaga Leite, Kálytha Letícia Santos Silva, Arlindo Gonzaga Branco Junior, Mariana Bezerra dos Santos BARCO ESCOLA: UM RELATO DE EXTENSÃO MULTIPROFISSIONAL NA INTEGRAÇÃO ENSINO/SERVIÇO/COMUNIDADEAutores: Ítalo Diógenes Gomes da Silva, Kairo Gonzaga Leite, Kálytha Letícia Santos Silva, Arlindo Gonzaga Branco Junior, Mariana Bezerra dos Santos
Apresentação: Este trabalho tem por objetivo descrever a experiência vivida por acadêmicos que participaram de uma extensão universitária na região ribeirinha do Estado de Rondônia na Amazônia Ocidental, vivenciando a interdisciplinaridade na assistência às comunidades ribeirinhas do baixo madeira e a integração ensino/serviço/comunidade. Descrição: O Barco Saúde e Cidadania é um projeto de extensão acadêmica do grupo São Lucas Educacional no município de Porto Velho – RO, acontece anualmente visando à formação interdisciplinar, multiprofissional e humanista para os discentes da instituição, com atividades práticas supervisionadas por docentes, levando assistência à saúde da população local, fornecendo atendimento nas seguintes áreas: medicina, odontologia, enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, estética e cosmética, economia, biomedicina, psicologia e veterinária. Ademais foram oferecidos assistência de infraestrutura por meio dos cursos de engenharia civil, elétrica e arquitetura e urbanismo para a construção de parques de recreação infantil nas comunidades assistidas. O barco teve o propósito de realizar intervenções sanitárias de promoção e prevenção em saúde para duas comunidades ribeirinhas do “baixo madeira” interior do Estado de Rondônia, são elas: Comunidade de São Carlos e Seringal Cavalcante. A extensão teve duração de 4 dias no total, do dia 31 de outubro à 3 de novembro de 2019. Resultado: A experiência fora percebida como positiva pela maioria dos voluntários desse programa de extensão, no início da manhã do dia três de novembro foi criado uma grande roda de feedback com todos os voluntários e os responsáveis docentes e organizadores do programa de extensão. Nessa ocasião todos tiveram a oportunidade de expressarem os sentimentos, angustias e alegrias vividas durante a extensão, fomentando ainda mais a formação multiprofissional e humanista dos discentes e docentes ali presentes. Das várias lições a que mais foi comentada foi a interação dos discentes voluntários, tanto para a instalação dos equipamentos e das equipes quanto durante os atendimentos. Toda essa interação entre pessoas em formação de diversas áreas do conhecimento demonstra como é imprescindível a interdisciplinaridade para uma formação de profissionais capazes de trabalharem em equipes multiprofissionais com maestria para desenvolver uma saúde pública com qualidade. No total, quanto ao atendimento médico, foram realizados 120 atendimentos, o perfil populacional que buscou o atendimento foi o seguinte: 81 pacientes do sexo feminino e 39 pacientes do sexo masculino entre adultos e crianças. Dos 81 pacientes do sexo feminino 52 possuíam mais de 16 anos e dos 39 pacientes do sexo masculino 29 possuíam mais de 16 anos. Considerações finais: Ante o teor constante apresentado, fica evidente a necessidade de políticas públicas em Porto Velho – RO que auxiliem na integração ensino/serviço/comunidade para que uma saúde pública de qualidade seja alcançada juntamente com uma educação eficiente que não apenas integre a prática de ensino com serviço à comunidade, como também, desenvolvam a oportunidade do atendimento continuado por discentes em estágio supervisionado, e assim ter-se-á profissionais devidamente capacitados e capazes de atuarem adequadamente em equipes multiprofissionais melhorando a saúde pública . |
11964 | ENTRE O CONHECER E O ESCOLHER: A EXPERIÊNCIA DA APRESENTAÇÃO DA PREVENÇÃO COMBINADA EM ATIVIDADE DO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA EM EDUCANDOS DA ZONA SUL DE PORTO ALEGRE (RS) Vinicius de Souza Casaroto, Gabriela Loss Lize, Rejane Malaggi ENTRE O CONHECER E O ESCOLHER: A EXPERIÊNCIA DA APRESENTAÇÃO DA PREVENÇÃO COMBINADA EM ATIVIDADE DO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA EM EDUCANDOS DA ZONA SUL DE PORTO ALEGRE (RS)Autores: Vinicius de Souza Casaroto, Gabriela Loss Lize, Rejane Malaggi
Apresentação: Uma questão que vem sendo muito discutida na Saúde Pública de Porto Alegre é o aumento da prevalência de Infecções Sexualmente Transmissivies (ISTs) entre toda sua população, com destaque entre jovens, e o aumento da taxa de gravidez na adolescência e o papel das Unidades de Saúde (US) na prevenção e orientação para estes casos. Com isto, tornam-se necessárias ações que busquem formas de diálogo efetivas entre Instituições de Saúde e os jovens. Entre as ações de promoção à saúde que as US’s tem como meta está a realização local do Programa Saúde na Escola (PSE) que entre as atividades pactuadas está a de Educação Sexual. Uma prática que vem se tornando exitosa nos serviços de saúde é a prevenção combinada que pode ser caracterizada como: um conjunto de ações de prevenção às ISTs e seus fatores associados por meio de combinações de intervenções: biomédica, comportamentais e estruturais, aplicadas ao âmbito individual e coletivo com a escolha do indivíduo sendo o centro da ação. Com isso o objetivo da ação relatada neste trabalho foi realizar uma série de atividade com metodologias diversas centradas no princípio da prevenção combinada em uma ação do PSE em turmas dos anos finais do ensino fundamental de uma escola da zona sul de Porto Alegre. Desenvolvimento: O público alvo foram aproximadamente 50 alunos do 8° e 9° ano com idades entre 13 e 17 anos. A atividade se realizou com cinco encontros realizados em com intervalo de uma semana para os quatro primeiros e o último acontecendo após intervalo de um mês. Cada encontro era composto por dois momentos de uma hora totalizando ao final da atividade 10 horas de atividade com cada turma. Uma parte do encontro era realizado com a turma coletivamente por acadêmicas de enfermagem da UFRGS. O outro acontecia com dois residentes da do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva UFRGS no qual a turma se dividiam em um primeiro momento por gênero e outro por escolhas pessoais a turma em dois grupos. As metodologias que foram empregadas foram jogos, discussão de um conto, roda de conversa, exposição teórico prática, gincana, entre outros. Alguns dos temas escolhidos foram: ISTs, Prevenção contra ISTs, Métodos Anticoncepcionais, Prevenção Combinada, testagem rápida para ISTs, gravidez na adolescência, Mitos e Sexualidade. Resultado: Durante a atividade além dos temas escolhidos surgiram temas como: violência (gênero, social e intrafamiliar), racismo, SUS, perspectivas de futuro, estigmas da AIDS, tratamento com antirretrovirais, higiene pessoal, entre outros. Um resultado apontado pelos estudantes foi a maior aproximação do assunto com seu cotidiano, tanto por serem outros profissionais falando quanto por a linguagem utilizada tornando mais fácil a sua replicação. Ao final pode se observar um maior contato dos jovens com a US tanto para aconselhamentos, testagem rápidas, exames preventivos quanto para retirada de preservativos. Considerações finais: A abordagem da educação sexual por meio da Prevenção Combinada se mostra como uma estratégia potente para aumento do vínculo da US com os jovens podendo ser utilizada como sendo uma ferramenta estratégica para a educação em saúde. |
7910 | RELATO DE EXPERIÊNCIA – VIVÊNCIAS DE GRADUANDOS DE ODONTOLOGIA NO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA Taila Franken, Daniela Lemos Carcereri, Déborah Oliveira Renzetti, Samara Silva Pinto, Thais Nunes Lima, Victor Carlos Santos Coelho, Ruthinere Ribeiro Farias RELATO DE EXPERIÊNCIA – VIVÊNCIAS DE GRADUANDOS DE ODONTOLOGIA NO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLAAutores: Taila Franken, Daniela Lemos Carcereri, Déborah Oliveira Renzetti, Samara Silva Pinto, Thais Nunes Lima, Victor Carlos Santos Coelho, Ruthinere Ribeiro Farias
Apresentação: O Programa Saúde na Escola (PSE), visa a melhoria da qualidade de vida de estudantes da educação básica por meio de ações intersetoriais de promoção, prevenção e atenção à saúde. Desse modo, graduandos do sexto período de Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com a Prefeitura Municipal de Florianópolis/SC, possuem a oportunidade de realizar atividades de saúde bucal coletiva em instituições escolares. Desenvolvimento: Os graduandos foram alocados em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de interesse, caracterizada por um território em situação vulnerável devido suas questões socioeconômicas. Por meio de uma práxis crítico reflexiva com apoio da cirurgiã dentista da UBS, da supervisora escolar e da professora orientadora, puderam compreender a realidade escolar em que estavam inseridos e os desafios que enfrentariam. A construção do planejamento das atividades que seriam desenvolvidas na escola, contou também com o engajamento da equipe de professores. Em uma reunião com a coordenação pedagógica foram repassadas as demandas solicitadas pela comunidade escolar, entre elas: o consumo excessivo de chicletes, a alta incidência de cárie e situações pontuais de alunos com dificuldades de acesso ao cuidado da saúde bucal, e que rotineiramente reclamavam de dor de dente, afetando o desempenho escolar. O processo de elaboração do cronograma das atividades foi um momento de grande aprendizagem para os graduandos, devido ao trabalho em equipe e a autonomia que lhes foi conferida. Resultado: Procurando atender da melhor forma as demandas apresentadas pela escola e buscando a maior resolubilidade possível em atividades educativo – preventivas e de promoção de saúde, o calendário de atividades contou com a participação nas reuniões do PSE, realização da “Feira de Saúde Bucal” estruturada com atividades lúdico-educativas para as séries iniciais, exames intra – orais com classificação de risco em saúde bucal e de atendimento conforme a necessidade, revelação de placa bacteriana, escovação supervisionada, aplicação tópica de flúor em alunos que possuíam indicação e uma palestra para as séries mais avançadas em relação à saúde geral e bons hábitos, abordando a demanda da escola sobre o uso exagerado de chicletes por parte dos alunos. Considerações finais: A troca de diferentes saberes entre graduandos, profissionais da odontologia, professores da rede básica de ensino e dos próprios alunos da escola, resultou em um ambiente riquíssimo de aprendizagem para todos os envolvidos, mas principalmente para os futuros profissionais em formação, que exercitam suas atitudes críticas reflexivas, seu poder de tomada de decisões em equipe e dialogam com profissionais de diferentes áreas. As experiências intersetoriais vivenciadas foram capazes de aliar ao aprendizado da técnica saberes humanísticos, e éticos pautados no trabalho coletivo interdisciplinar. |
8544 | RELATO DE EXPERIÊNCIA DA INSERÇÃO DE ACADÊMICOS DE SAÚDE EM PROJETO DE EXTENSÃO DE EDUCAÇÃO SOBRE O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE PARA ALUNOS DE ESCOLA PÚBLICA NO MUNICIPIO DE MANAUS – AM. Mahéli Giovanna Amaro dos Santos Galvão, Karina Costa Correia, Tathianny Pereira da Silva, Anna Luisa Oliveira dos Santos, Kemily Bezerra de Souza, Sônia Maria Lemos, Eduardo Jorge Sant´Ana Honorato RELATO DE EXPERIÊNCIA DA INSERÇÃO DE ACADÊMICOS DE SAÚDE EM PROJETO DE EXTENSÃO DE EDUCAÇÃO SOBRE O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE PARA ALUNOS DE ESCOLA PÚBLICA NO MUNICIPIO DE MANAUS – AM.Autores: Mahéli Giovanna Amaro dos Santos Galvão, Karina Costa Correia, Tathianny Pereira da Silva, Anna Luisa Oliveira dos Santos, Kemily Bezerra de Souza, Sônia Maria Lemos, Eduardo Jorge Sant´Ana Honorato
Apresentação: Nas universidades existem diversas estratégias que possibilitam aos estudantes desenvolverem conhecimentos e habilidades através de atividades extracurriculares, as ligas acadêmicas são uma dessas alternativas, que buscam ampliar o ensino curricular promovendo vivências teórico-práticas que proporcionam ao acadêmico uma visão expandida do que é ensinado em sala de aula. As ligas acadêmicas atuam pautadas no tripé universitário (ensino, pesquisa e extensão). A extensão universitária enriquece a formação pessoal e profissional do acadêmico de saúde ao realizar projetos de extensão que os conduzem a um contato com a futura realidade profissional. Oferece experiência por meio de equipe multidisciplinar como campo de trabalho e quando faz o estudante sair dos muros da universidade para dialogar com a comunidade, compartilhar conhecimentos e ouvir as demandas do povo a respeito da saúde pública. Nesse contexto, surge a Liga Acadêmica de Atenção Integral a Saúde, uma liga multidisciplinar que representa uma estratégia de mudança na formação, uma vez que visa à inserção e o aprofundamento dos conhecimentos dos acadêmicos no contexto do Sistema Único de Saúde através de pesquisas, roda de conversa, discussões entre docentes e discentes e extensão onde são executadas atividades com a comunidade, compartilhando saberes e informações a respeito do SUS e suas vertentes na Atenção Primária. O presente trabalho faz referência a uma narrativa sobre a experiência vivenciada por estudantes dos cursos da área da saúde (Medicina, Odontologia e Enfermagem) ofertados na Universidade do Estado do Amazonas que participam da Liga Acadêmica de Atenção Integral à Saúde (LAAIS), onde o objetivo consiste em apresentar o desenvolvimento de atividades do projeto de extensão da liga, SUS na Escola, realizado em uma Escola Pública de Manaus – Amazonas, ressaltando o olhar do acadêmico de saúde no processo do ensinar e, conjecturar sobre a importância da Educação em Saúde para sua formação e para a comunidade. Desenvolvimento: A Liga Acadêmica de Atenção Integral à Saúde desenvolve suas atividades pautadas no tripé universitário. Na Extensão trabalha-se com o projeto “SUS na Escola”, onde os ligantes executam um cronograma de atividades de Educação em Saúde em uma escola pública da cidade de Manaus. Para iniciar um projeto de extensão é necessário primeiramente levar os acadêmicos à reflexão, o que só é possível mediante oficinas e rodas de conversa, de desconstrução do senso comum sobre a saúde através da exposição em sala de aula, acerca da realidade sobre a saúde. No intuito de despertar nos ligantes sensibilidades e desenvolver habilidades, para então estarem aptos a levar aos outros o conhecimento em saúde, direitos e realidades sobre o SUS. As atividades foram desenvolvidas no segundo semestre do ano letivo de 2019, em uma escola estadual, localizada na zona Sul de Manaus, onde acordado com a coordenação pedagógica da escola trabalharam com as três turmas finalistas de ensino médio (3ºano 1, 3ºano 2 e 3ºano 3). O Projeto SUS na Escola é constituído por três fases de aprendizagem, que correspondem a níveis crescentes de envolvimento teórico-prático com o exercício da cidadania dos estudantes participantes: fase de Reconhecimento; fase Específica; fase de feedback. O primeiro momento com os estudantes tem como objetivo apresentar o projeto, conhecer a classe e os conhecimentos que cada um deles carrega sobre a temática abordada, através da introdução das primeiras temáticas bases para a discussão sobre saúde: “1. O que é o SUS? Lei nº8.080/90 e Lei nº8.142/90; 2. Determinações Sociais do Processo Saúde – Doença.” O desenvolvimento do projeto ocorre pautado em um cronograma de assuntos selecionados para serem abordados com os alunos que dizem respeito à estruturação dos serviços no SUS e suas políticas de saúde (Atenção Primária, Secundária e Terciária; Unidades de Atendimento à Saúde; Profissionais da Estratégia de Saúde da Família; Pacto pela Saúde; Programas de Atenção Primária; Políticas de Saúde e Saúde de Minorias; Controle Social). No último dia de projeto as atividades são apresentadas para que os estudantes sejam os protagonistas em sala, onde identificam os temas que mais lhe interessaram e na conversa devolutiva comentam sob sua percepção, depois de se apropriar de um conhecimento mais ampliado sobre a saúde e o SUS. Podem expressar o que aprenderam no decorrer dos encontros e como correlacionam com seu contexto de vida, família, escola, comunidade e usuário do sistema de saúde. Resultado: A partir da experiência vivenciada pelos acadêmicos de saúde é possível afirmar que a utilização de metodologias ativas como estratégia de ensino possibilitou aos ligantes uma fluidez no desenvolvimento das atividades que colaboram para o acolhimento em sala de aula, tendo em vista que estes não estão longe da faixa etária dos estudantes do ensino médio. É necessária uma dose de ponderação e leveza na explicação das ideias para acompanhar o ritmo da turma, refletindo com os jovens sobre a importância do projeto para a vida deles. Compreendendo que a educação em saúde é uma ferramenta de transformação social que busca levar o sujeito à reflexão sobre as determinações sociais que implicam no processo saúde-doença, deve-se estimular em todos os campos de educação escolar. Todo cidadão tem deveres sociais e um destes é entender como o sistema público de saúde de seu país funciona e compreender que cada um dos usuários tem representatividade garantida através da participação popular no controle social do SUS. A experiência no campo do ensino, onde os ligantes compartilham o conhecimento científico aprendido na universidade com a comunidade, abre um caminho de possibilidades para os futuros profissionais da saúde que não se limita aos ambientes de serviços, mas que pode desenvolver o interesse pela carreira acadêmica, incluindo a docência e a pesquisa em saúde pública. Por meio dessa prática em saúde, há contribuições para o crescimento pessoal e profissional dos acadêmicos da área da saúde. Ao compartilharem conhecimentos e informações sobre o SUS com os alunos estimulam a corresponsabilidade com as mudanças da realidade social das populações, no tocante as problemáticas em saúde. Considerações: A Liga Acadêmica de Atenção Integral à Saúde atua como espaço importante para o crescimento do acadêmico da área de saúde como sujeito crítico e ciente do seu papel político cidadão na luta em defesa do Sistema Único de Saúde. Também mostra a amplitude das ações e engajamento que devem ocorrer com os demais setores e áreas do conhecimento para que se possa alcançar a real compreensão da promoção da saúde e a necessidade das políticas públicas para a sua efetivação. A multidisciplinaridade da Liga e esta vivência no projeto de extensão trouxe aos acadêmicos enriquecimento para a formação individual de cada estudante. O compartilhar de saberes de seus cursos proporcionou ambientes férteis para boas práticas profissionais de educação em saúde, além de torná-los mais humanizados, uma vez que em contato com a realidade observaram a verdadeira necessidade da população. As práticas de educação em saúde desenvolvidas por acadêmicos de saúde para estudantes do ensino médio, como propõe este relato, ampliam o conceito da promoção da saúde e o público que dele tem acesso, estimulando nos jovens o conhecimento sobre o SUS, o desejo de modificar seu espaço social e a multiplicação das informações sobre a saúde pública, serviços e acesso. |
8589 | A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO JUNTO AO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA EM UMA ESCOLA DO MUNICÍPIO DE MANAUS: RELATO DE EXPERIÊNCIA Beatriz Ferreira Monteiro, Aderlaine da Silva Sabino, Ariella Auxiliadora Barroso Pires dos Santos, Elienay Campos Vinholt, janaina da silva santana, aurilis cibila neves pereira, Rose Nayara Oliveira da Silva A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO JUNTO AO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA EM UMA ESCOLA DO MUNICÍPIO DE MANAUS: RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Beatriz Ferreira Monteiro, Aderlaine da Silva Sabino, Ariella Auxiliadora Barroso Pires dos Santos, Elienay Campos Vinholt, janaina da silva santana, aurilis cibila neves pereira, Rose Nayara Oliveira da Silva
Apresentação: Ao ingressar na graduação em Enfermagem não era perceptível a abrangência da atuação profissional. Possuía- se apenas como principais campos de trabalho os hospitais e as unidades de atenção básica de saúde. Ao decorrer da caminhada acadêmica durante as vivencias da futura profissão, foi possível expandir essa visão de atuação. E identificarmos a escola como uma área de grande relevância, por ser o local de formação do senso crítico e moral, hábitos básicos de saúde, e principalmente para o desenvolvimento de ações de educação, prevenção e promoção em saúde O presente trabalho tem por objetivo descrever as experiências vivenciadas na prática do Estágio Curricular I, na Atenção Primária da cidade de Manaus -AM. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência de caráter qualitativo, durante o Estágio Curricular I do Centro Universitário Luterano de Manaus. Durante o estágio foram desenvolvidos em uma escola estadual de um bairro da periferia do município de Manaus o programa do Ministério da Saúde programa saúde na escola. A educação em saúde na escola é o método utilizado para colaborar na formação de uma consciência crítica na criança e adolescente, que resulte na obtenção de hábitos que visem à promoção, manutenção e recuperação de sua própria saúde e de seus familiares bem como da comunidade em que está inserido. Os escolares participavam de atividades de higiene pessoal, orientação sobre prevenção a acidentes domésticos, Avaliação antropométrica, alimentação saudável, sexualidade. Resultado: O enfermeiro é considerado um educador de saúde, e no âmbito escolar é responsável por desenvolver atividades que estimulem a melhoria da qualidade de vida da comunidade em geral. Para que isto ocorra deve haver um trabalho articulado entre a gestão da escola e a unidade básica de saúde. Foi observado a grade adesão das crianças e pais para a participação das atividades propostas, pois a gestão escolar trabalha a comunicação com a comunidade. Considerações finais: O Programa Saúde na Escola – PSE, é uma política que deve ser encorajada constantemente para que se tenha mais saúde no decorrer do aprendizado em geral. A atuação do enfermeiro como incentivador de ensinar que a pessoa pode ser o protagonista da sua saúde influencia beneficamente para a adesão ao conteúdo exposto e autonomia para dar continuidade a essa responsabilidade. |
9639 | A UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS EDUCATIVAS NA SAÚDE COLETIVA POR ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM EM UMA ESCOLA NO INTERIOR DO AMAZONAS Vanessa de Oliveira Gomes, Yasmim de Souza Gomes, Paula Andreza Viana Lima, Abel Santiago Muri Gama, Firmina Hermelinda Saldanha Alburquerque, Elisson Gonçalves da Silva, Mariana Paula da Silva A UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS EDUCATIVAS NA SAÚDE COLETIVA POR ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM EM UMA ESCOLA NO INTERIOR DO AMAZONASAutores: Vanessa de Oliveira Gomes, Yasmim de Souza Gomes, Paula Andreza Viana Lima, Abel Santiago Muri Gama, Firmina Hermelinda Saldanha Alburquerque, Elisson Gonçalves da Silva, Mariana Paula da Silva
Apresentação: A educação em saúde é uma prática inteligível que valoriza o conhecimento coletivo e promove o a participação ativa no controle e prevenção de algumas enfermidades. A escola se tornou um lugar acessível para abordar diversas temáticas, tais como, as doenças tropicais, por ser um ambiente que possui uma proximidade com a comunidade. Desta maneira, as crianças e adolescentes estão passando pelo processo de desenvolvimento e incorporam facilmente novos hábitos. As tecnologias educativas possuem metodologias classificadas como tecnologia leve, que se baseia durante o acolhimento por meio do relacionamento interpessoal, a tecnologia leve-dura que se aplica no processo de enfermagem em seus protocolos e a tecnologia dura que envolve os equipamentos como as máquinas. Analogamente, essas ferramentas corroboram para a transformação do cotidiano das pessoas, com o desígnio que se tenha uma melhor qualidade de vida. O objetivo desse trabalho foi descrever a utilização de tecnologias educativas na Saúde Coletiva por acadêmicos de enfermagem em uma escola no interior do Amazonas. Desenvolvimento: /Aspectos éticos: O estudo não foi submetido à apreciação em Comitê de Ética em Pesquisa, por se tratar de um relato, porém foram assegurados e respeitados os preceitos éticos na apresentação dos dados. Delineamento do estudo: Este trabalho trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência da disciplina de Enfermagem em Saúde Coletiva II do curso de enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Sujeitos das vivências: Discentes do 7° período do curso de Enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB/UFAM) de Coari-AM. Local e período das vivências: A vivência dos acadêmicos aconteceu em uma escola municipal da rede educacional pública do município de Coari, a ação ocorreu no turno da manhã em novembro de 2019. O município de Coari está situado a 363 km em linha reta da capital Manaus, com acesso a capital apenas por via fluvial (em média de 9 a 30 horas de viagem a depender da embarcação) ou aérea (em média 1 hora de voo. O público alvo tratava-se de alunos do ensino fundamental com a faixa etária 9 a 14 anos. Contexto da vivência: A ação foi realizada em dois momentos. A primeira etapa ocorreu por intermédio de uma reunião com o preceptor da referida disciplina na qual sugeriu a temática educativa, para embasamento científico os acadêmicos de enfermagem realizaram uma revisão da literatura para a elaboração da atividade, posterior a isso surgiu a ideia de utilizar as tecnologias do cuidado (Tecnologia leve, leve – dura e dura). A segunda etapa foi a realização da ação na escola das quais participaram 140 alunos do turno da manhã. Materiais utilizados durante a ação na escola Maria de Nazaré: Nesta atividade utilizou-se como tecnologia leve - dura um banner ilustrativo sobre o ciclo do mosquito (Aedes aegypti) e a sua forma de prevenção, com auxílio da mídia visual com os dados do Departamento de Vigilância Sanitária (DEVISA) do município de Coari, das três doenças que são transmitidas pelo inseto. Elaborou-se um jogo dos sete erros por meio das informações supracitadas com intuito de testar o saber e as condutas do público alvo, mediante a identificação dos focos de dengue em algumas imagens dos bairros que foram notificados casos no ano de 2019. Seguindo esta metodologia ativa, os participantes tiveram a oportunidade de visualizar através do microscópio de lupa, as larvas do mosquito em seus diferentes estágios. Coleta dos dados: O relato foi baseado conforme as observações diretas e anotações dos discentes de enfermagem feitas sobre as vivências. Resultado: A escola municipal Maria de Nazaré, é frequentada por alunos de baixa renda, tornando as atividades de educação em saúde um instrumento importante na gestão de saúde dos escolares, pois ao promover a conscientização através de medidas simples e acessíveis a população, doenças como a Dengue, Zika e Chikungunya são combatidas na atenção primária, o que demonstra a necessidade de intensificar ações que são atuantes nos serviços de saúde do município de Coari. Nesta ação, foi possível identificar que as tecnologias do cuidado despertam nos alunos o interesse de conhecer as diversas formas de prevenção e combate ao ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti, o que ficou evidente com a interação dos alunos ao explicarem aos acadêmicos de enfermagem as implicações trazidas pela água parada que se refletia nas imagens do jogo dos sete erros, uma representação da realidade de alguns bairros do município. Desse modo, devido à falta de saneamento básico é essencial esse olhar voltado para a conscientização da população em evitar locais com água parada e realizar o descarte correto dos lixos de suas residências e, desta forma, educando as crianças e adolescentes podendo disseminar conhecimentos entre seus familiares. A exposição do estágio da lava do inseto foi algo inovador, que permitiu explorar e conhecer a prevenção como barreira eficaz contra o processo de disseminação do vetor. Durante a visualização no microscópio de lupa, foi notório a expressão de admiração, curiosidade e o entusiasmo dos escolares. Ficou evidente que as tecnologias auxiliam no processo de aprendizagem durante as ações, além de desperta o sentido de aprender a aprender e o sonho de ingressar no ensino superior. Outro aspecto preponderante, foi o reconhecimento da realidade dos bairros e alunos do município de Coari, o que proporcionou aos acadêmicos de enfermagem o anseio de buscar novas metodologias que possam ser trabalhadas em pareceria com o programa saúde na escola. A experiência ainda contribuiu, para promover nossa criatividade e a necessidade de diversificar o processo de formação profissional, despertando o olhar para a saúde coletiva, com práticas críticas e inovadoras. Considerações finais: As tecnologias de cuidados corroboraram para a compreensão e conscientização dos alunos em relação as doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, assim esses indivíduos tiveram a oportunidade de observar a realidade que se assemelham aos seus contextos sociais, econômicos e culturais. Ademais, está vivência foi uma experiência ímpar para os acadêmicos, alunos e professores que participaram da ação com abordagem inovadora. |
9707 | EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UMA FORMA DE ADESÃO À VACINAÇÃO CONTRA O PAPILOMAVÍRUS HUMANO, DENTRO DE ESCOLAS PÚBLICAS DA PERIFERIA DE BELÉM (PA). Raiane Bacelar dos Anjos, Patrick da Costa Lima, Ingrid Bentes Lima, Elizabeth Ferreira de Miranda EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UMA FORMA DE ADESÃO À VACINAÇÃO CONTRA O PAPILOMAVÍRUS HUMANO, DENTRO DE ESCOLAS PÚBLICAS DA PERIFERIA DE BELÉM (PA).Autores: Raiane Bacelar dos Anjos, Patrick da Costa Lima, Ingrid Bentes Lima, Elizabeth Ferreira de Miranda
Apresentação: O Papilomavírus Humano (HPV) é o precursor de lesões benignas e malignas, denominadas verrugas, que infecta pele ou mucosas, e está associado ao desenvolvimento do câncer de aproximadamente 54,6% de jovens entre 16 e 25 anos no Brasil, onde se estima que cerca de 40.000 casos novos surjam anualmente. Em Belém a prevalência de infectados chega a 50,8%, representando uma das capitais do país com um dos maiores índices registrados. A transmissão ocorre através do contato sexual com ou sem o uso de preservativos, caracterizando-se como uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Em mulheres, é o tipo de câncer do colo útero que apresenta o maior índice de mortalidade, registrando cerca de 311 mil casos no mundo. Atualmente a medida mais eficaz para prevenir tal infecção é a vacinação anti-HPV, que protege especialmente contra os vírus oncogênicos 16 e 18 responsáveis pelo aparecimento de lesões cancerígenas. A partir de estudos, identificou-se que o imunobiológico é indicado a meninas entre 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, antes do seu primeiro contato sexual. Os fatores que afetam a adequada cobertura vacinal, sendo assim a sua eficácia, em determinada população, são examinadas em diferentes níveis sócio territoriais, que incluem cunho político, comunitário, organizacional, interpessoal (relação pais e filhos) e intrapessoal (profissional). Por outro lado, a disseminação de informações sem credibilidade muitas delas fornecidas pela internet, representa um alto problema para os jovens, que muitas vezes procuram esses meios pela facilidade e rapidez, representando também um dos desafios que corroboram para a baixa adesão da vacina. Nesse sentido, a comunidade escolar assume o papel de centro formador do ser humano, essencialmente responsável por disseminar conhecimentos, sendo assim um local em que a promoção de hábitos saudáveis deve ser discutida. Diante do exposto, atividades de educação em saúde no meio escolar oferecem uma nova oportunidade de esclarecer dúvidas e quebrar os “tabus” existentes, proporcionando a propagação de conhecimentos de prevenção e promoção a saúde de adolescentes. Objetivo: Relatar a experiência acadêmica, em um projeto de extensão universitária que realiza ações de educação em saúde e a imunização anti-HPV em adolescentes de escolas públicas da periferia de Belém (PA) Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. O projeto de extensão universitária denominado “Ação de Vacinação contra HPV nas Escolas de Ensino Fundamental e Médio no Município de Belém (PA)”, vinculado a Universidade do Estado do Pará, desenvolveu suas atividades durante o ano de 2019, entretanto a experiência aqui relatada iniciou somente no segundo semestre deste mesmo ano. O segmento das atividades transcorriam em basicamente três momentos: O primeiro contato com a comunidade escolar iniciava com orientações de educação em saúde, sensibilizando primeiramente os pais, educadores, funcionários e todos que de forma direta ou indireta estariam contribuindo para o sucesso na adesão a imunização contra HPV nas escolas públicas da periferia de Belém (PA). Nesse primeiro momento, os termos de consentimento eram entregues para os responsáveis que autorizavam ou não a participação do adolescente no projeto. No segundo momento, cerca de três a quatro pessoas, entre acadêmicos e profissionais de enfermagem, conduziam as ações de educação em saúde dentro da sala de aula com o público alvo. Para despertar a atenção sobre a temática, houve a adoção de estratégias educativas, como rodas de conversas com a utilização de materiais ilustrativos, dinâmicas competitivas que avaliaram o grau de compreensão acerca do tema em questão. Ao final, sucedia um espaço aberto reservado para feedbacks, dúvidas, perguntas ou curiosidades sobre a temática do HPV. No terceiro momento ocorria a triagem e a Vacinação. Após a palestra educativa, os alunos eram encaminhados para triagem, onde eram identificados o nome completo, situação da carteira de vacinação e o termo de consentimento autorizado. Posteriormente iniciava a imunização da primeira e/ou segunda dose da vacina. Em uma sala reservada previamente pela diretoria da escola, encontravam-se de três e cinco acadêmicos e profissionais de enfermagem, biomédica e farmacêutica que ofertavam todo o suporte físico e emocional afim de tornar o processo menos traumático possível. Ressalta-se que as ações ocorriam dois dias em cada escola justamente com a finalidade de alcançar a meta de imunizar o maior quantitativo de jovens possível. Resultado: Ao todo cinco escolas públicas da periferia de Belém foram beneficiadas, imunizando em média 800 adolescentes com idade entre nove e quatorze anos. Tais resultados apontam que ações como essas apresentam resultados positivos no transcorrer do seu processo, devendo ser realizada com mais frequência. Identificou-se também que mesmo com a oferta de informações dedicadas aos pais, alguns responsáveis ainda apresentaram certa resistência e não permitiram a participação dos seus filhos na campanha. Tal impacto reflete diretamente no resultado de imunizações realizadas, tendo em vista que ao serem comparados o quantitativo de escolas beneficiadas, número de alunos com o intervalo de idade preconizado e a quantidade de vacinas disponibilizadas, ainda há um número reduzido na adesão. Por outro lado, nota-se que essa nova geração recebe novas informações com bastante atenção. A cada ação demonstraram-se receptivos, interessado e disposto a ouvir. Era perceptível que mesmo com a sensação de medo ocasionado pela dor da agulha, os próprios colegas impulsionavam uns aos outros para irem se imunizar, por vezes até ofertavam a mão amiga para acalmar e tonar o procedimento menos doloroso. Este ato demonstra que a mensagem de conscientização alcançou o seu objetivo, que era justamente orientar sobre o HPV, seus riscos, formas de contágio, e a importância da prevenção através da vacina e outros métodos contraceptivos. Considerações finais: Jovens e adolescentes apresentam baixa frequência nas salas de vacina em virtude de fatores relacionados a própria fase de transição vivenciada nesse período de descobertas, que podem estar agregadas a impasses da própria rede familiar. Entende-se também que a proliferação de notícias equivocadas interfere diretamente na adesão efetiva desta importante profilaxia de combate ao câncer. Diante disso, ressalta-se a importância da adoção de estratégias como essas no âmbito escolar para conscientizar e promover a saúde, garantido a essa futura geração a diminuição de agravos e o seu empoderamento biopsicossocial. Nesse sentido, a efetividade de ações educação em saúde permite a construção de novos colabores que irão disseminar as informações adquiridas para familiares, amigos e a comunidade ao seu redor. |
10291 | ATUAÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA (PSE): A PARTIR DO OLHAR DO EDUCADOR HERMÌNIA MARIA SOUSA PONTE, Rosalice Araujo de Sousa Albuquerque, Juliana Araujo Mesquita, Amelia Romana Almeida Torres, RAYLANE SANTOS ALBUQUERQUE ATUAÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA (PSE): A PARTIR DO OLHAR DO EDUCADORAutores: HERMÌNIA MARIA SOUSA PONTE, Rosalice Araujo de Sousa Albuquerque, Juliana Araujo Mesquita, Amelia Romana Almeida Torres, RAYLANE SANTOS ALBUQUERQUE
Apresentação: O presente estudo buscou compreender a atuação dos profissionais da equipe Saúde da Família no Programa Saúde na Escola (PSE) a partir do olhar do educador, onde o PSE prevê uma articulação continua entre saúde e educação. A metodologia trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva com abordagem qualitativa. Participaram como colaboradores 35 profissionais da área da educação, sendo aplicado no decorrer do mês de maio de 2019, um questionário com perguntas abertas, analisadas a partir da análise de conteúdo. Os principais achados apontaram a ausência de articulação entre os setores, comprometendo a intersetorialidade e a integralidade das ações de saúde. Dentre os 35 entrevistados, 31,5% dos educadores, conseguiram responder a questão enunciada sobre o PSE, 68,5% afirmaram “Não ter conhecimento deste programa”. Compreende-se que os profissionais da educação deveriam ter mais entendimento acerca do programa para compartilhar e facilitar sua efetivação. Inferiu que são poucos educadores que realizavam atividades de Educação em Saúde e que descreveram suas participações no planejamento ocorre por meio das reuniões entre Gerente/coordenação. Questionado sobre quais os problemas de saúde abordados a escola com maior frequência, elencaram nesses ordem: Doença Viral (42,8 %), problemas bucais (25,7%), dificuldades visuais (14, 2%) e transtorno mental(11,4%). Quanto aos aspectos facilitadores para implementação das ações de saúde do PSE, a maioria dos educadores relataram a disposição da escola em colaborar no desenvolvimento das ações de saúde do programa, uma oportunidade de implementar estratégias que possam potencializar o fortalecimento dessas ações. Como aspectos desafiadores foram citados a falha na comunicação entre os atores envolvidos no programa. Os educadores quando indagados sobre sua formação para desenvolver as ações e eventos de promoção 62,8% (22) afirmaram não ter nenhuma formação para o desenvolvimento das ações. Identificou-se que os profissionais com maior atuação no programa foram os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), seguidos pelos enfermeiros, técnicos de enfermagem e o Dentista. Constatou-se nas reflexões dos colaboradores um consenso de que a parceria entre essas duas áreas -saúde e educação- é um dos caminhos para uma gestão democrática com qualidade. Conclui-se, portanto, que a saúde, a educação e a sociedade tem muitos desafios a enfrentar para a consolidação da intersetoriedade e o programa saúde na escola. |
11489 | RELATO DE EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE: ABORDAGEM DE PRIMEIROS SOCORROS NO AMBIENTE ESCOLAR – UM PROJETO A PARTIR DA PERSPECTIVA DE ACADÊMICOS DE UMA UNIVERSIDADE DO AMAZONAS Raquel da Mata Serique, Tamyres Soares Rodrigues, Alice Lima Maceda RELATO DE EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE: ABORDAGEM DE PRIMEIROS SOCORROS NO AMBIENTE ESCOLAR – UM PROJETO A PARTIR DA PERSPECTIVA DE ACADÊMICOS DE UMA UNIVERSIDADE DO AMAZONASAutores: Raquel da Mata Serique, Tamyres Soares Rodrigues, Alice Lima Maceda
Apresentação: Os serviços de primeiros socorros no ambiente escolar visam intervenções de prevenção e promoção à saúde para possíveis acidentes e violências. Visto que a maioria dos acidentes são ocasionados durante as aulas esportivas ou no horário de intervalo, envolvendo acidentes de choque contra os objetos, quedas e outros, podem deixar sequelas, ou até levar á morte caso não tenham o atendimento imediato adequado e eficaz. Grande parte dos docentes e colaboradores não são qualificados em primeiros socorros, o que dificulta a assistência ao aluno, uma vez que estão mais próximos dos discentes em tais eventualidades. Objetivo: Relatar uma experiência em educação em saúde de urgência e emergência para docentes e colaboradores que não possuem conhecimento técnico-científico em primeiros socorros. Método: Trata-se de um relato de experiência, descritivo e intervencional. Para a abordagem foram montadas quatro estações com temas referentes a Suporte Básico de Vida (SBV) para o público escolhido, realizados em uma universidade do amazonas, com a participação de dez discentes da educação básica. Cada estação possuía três momentos instrução teórica, instrução prática e momento Hands – On. Resultado: Os professores passaram pelas seguintes estações: pequenos curativos, SBV, primeiros socorros em vítimas de afogamento e atendimento inicial em escolares com crises de epilepsia. Foi estabelecido um fluxo para as estações montadas próximas uma das outras, os acadêmicos conduziam o público ao ambiente, onde tiveram 5 minutos de ensino teórico de acordo com os 4 temas abordados, depois instruções práticas de 10 minutos e colocavam em prática o que aprenderam segundo os protocolos apresentados. Considerações finais: Todo corpo docente e também colaboradores demonstraram satisfatório o conhecimento compartilhado com eles por contribuir com a segurança dos alunos pois estão capacitados para atender determinadas demandas. Tendo em vista que o ambiente escolar é propício para acidentes devido ao grande número de atividades e alunos, torna-se fundamental o treinamento de abordagem sobre os princípios básicos de primeiros socorros para minimizar danos da incorreta manipulação com a vítima e falta de socorro imediato. |
11842 | EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COM ESCOLARES: UMA INTERFACE COM O CONTEÚDO PEDAGÓGICO Jacqueline Gomes Ravange, Olívia Pinheiro Lima, Morganna Mayra Batista Azevedo, Ida Helena Carvalho Francescantonio Menezes, Fernanda Araujo Domingues Soares EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COM ESCOLARES: UMA INTERFACE COM O CONTEÚDO PEDAGÓGICOAutores: Jacqueline Gomes Ravange, Olívia Pinheiro Lima, Morganna Mayra Batista Azevedo, Ida Helena Carvalho Francescantonio Menezes, Fernanda Araujo Domingues Soares
Apresentação: O estágio é um componente curricular teórico e prático que tem como propósito principal aproximar o estudante da realidade de sua prática em um contexto social, político, pedagógico com vistas a formação do exercício profissional e da cidadania. Nessa perspectiva, a Universidade Federal de Goiás (UFG) oferece aos seus estudantes um campus no interior do Estado de Goiás, onde são desenvolvidas atividades do estágio em saúde pública dos cursos de Enfermagem, Medicina, Nutrição e Odontologia. Uma das formas de atuação dos estagiários na Secretaria Municipal de Educação é por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que visa, dentre outras, a formação de práticas alimentares saudáveis junto aos escolares por meio de ações de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) que façam uma contextualização com a realidade, trabalhando de forma conjunta com a coordenação pedagógica da escola. Objetivo: Relatar uma ação de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) desenvolvida no âmbito do PNAE com escolares de três escolas municipais da cidade de Firminópolis - Goiás, conduzida por estagiárias de nutrição da UFG e supervisionada pela nutricionista responsável técnica pelo PNAE. As escolas municipais de Firminópolis desenvolvem atividades referentes a datas comemorativas nacionais como o dia do Livro Infantil, em que a escola destina uma semana para trabalhar a temática com metodologias diversas. Em consonância a essa proposta, a nutricionista e as estagiárias realizaram uma ação que buscou fazer uma interface entre o tema trabalhado pela equipe pedagógica “Semana do Livro Infantil” e a alimentação, a fim de instigar, de modo interativo e por meio da leitura, o interesse das crianças por uma alimentação saudável. Desenvolvimento: como método-ação foram construídos três murais interativos idênticos e fixados em locais estratégicos nas escolas para que todas as crianças tivessem acesso às informações. A estrutura do mural consistia em: (1) título do mural “Papa Histórias”, (2) subtítulo “Histórias para abrir o apetite”, (3) passo a passo da dinâmica do mural escrito em letras de EVA coloridas, (4) três livros feitos de EVA colorido contendo histórias infantis sobre alimentação, (5) uma roleta dividida em três cores diferentes em que cada cor representava um dos livros e (6) ilustrações referentes a temática espalhadas pelo mural. Durante a dinâmica do mural a criança girava a roleta, posteriormente observava em qual cor a roleta parava e em seguida lia o livro que representava aquela cor. As histórias dispostas no mural tinham como títulos: “A rima da banana”, “Joãozinho e Maria geração saúde” e “O segredo das frutas e verduras”. Todas elas foram escolhidas por trazerem em seu conteúdo referência a uma alimentação saudável no formato de história infantil. Elas foram adaptadas pelas estagiárias para adequar a linguagem e a informação nutricional a faixa etária. As histórias, bem como o layout do mural, foram enviados à coordenação pedagógica da escola para sugestões e aprovação do conteúdo. Foi instruído aos educadores que eles incentivassem as crianças a visitarem o mural e que observassem como seria a reação deles frente a uma mural interativo, diferente do que eles estavam comumente acostumados. Além disso, para avaliação do conhecimento prévio das crianças em relação ao conteúdo exposto, foi aplicado um pré teste e na semana seguinte o pós teste, com um intervalo significativo entre um teste e outro para que as crianças interagissem com o mural ao longo desse tempo. Resultado: O processo de construção do mural foi planejado em etapas, que compreendeu desde a formulação da ideia criativa, construção do layout, seleção e confecção dos materiais, montagem do mural, até a escolha do local estratégico e a forma de fixá-lo para leitura. A atividade foi desenvolvida juntamente com a coordenação pedagógica das escolas, e a partir da característica transdisciplinar da EAN, integrou-se a temática da “Semana do Livro Infantil” com a alimentação saudável, buscando uma metodologia ativa e inovadora, no desenvolvimento de um mural diferente do que os alunos estavam habituados, tendo como foco um recurso interativo. As histórias infantis adaptadas para esse público específico trouxeram protagonismo para os alimentos in natura e minimamente processados, recriando-os como personagens promotores de uma vida saudável. Desenvolver ações inovadoras e que trazem a participação ativa do educando no processo de ensino/aprendizagem é condição indispensável para a mudança comportamental. Para a avaliação do impacto da atividade de EAN realizada, foi elaborado, com base no conteúdo abordado nas histórias sobre alimentação saudável, um teste de objetivo, composto por 4 questões de múltipla escolha, com três alternativas em cada questão e apenas uma única resposta correta. Quando analisados os acertos do pré-teste com os acertos do pós-teste não foi visto mudanças significativas em nenhuma escola. A Escola A manteve o mesmo percentual de acertos (69,2%) tanto no pré quanto no pós-teste. Já a Escola B obteve um percentual de acertos inferior no pós-teste (35%) em relação ao pré-teste (45,8%). Apenas a Escola C foi a que apresentou um número maior de acertos no pós-teste (72,2%) quando comparado com o pré-teste (50%). Alguns pontos podem ter comprometido o desempenho dos alunos na avaliação, como: quatro alunos não estavam presentes no dia em que foi realizado o pós-teste; parte dos alunos relataram não saberem ler; alguns alunos apresentaram dificuldade em responder as questões do teste; no momento em que foi aplicado o pós-teste muitos alunos afirmaram não terem sido instruídos pelos professores para lerem o mural. Por outro lado, as equipes pedagógicas das respectivas escolas observaram uma visita aos murais mais frequente do que observado nos murais anteriores, gerando em certos momentos até tumulto. Os resultados do teste evidencia que os alunos não dominavam o tema e não possuíam conhecimentos consistentes acerca da alimentação saudável e que embora fossem até o mural nem sempre liam as histórias, seja por dificuldade em leitura ou por falta de incentivo. Diante da importância da inclusão da EAN no âmbito escolar, é incontestável que estratégias pontuais não surtem os resultados esperados e para que as ações de EAN sejam realmente resolutivas elas precisam ser contínuas, permanentes e possuir caráter interdisciplinar com os conteúdos ministrados nas escolas, com o objetivo de assegurar o direito à alimentação adequada, e garantir a segurança alimentar e nutricional dos alunos, ademais, a qualidade e o sucesso das iniciativas dependem do envolvimento e compromisso tanto dos grupos envolvidos, quanto dos profissionais. Considerações finais: Dessa forma, é importante que os educadores e os demais atores do PNAE trabalhem de forma conjunta para explorar melhor o período de intenso aprendizado e desenvolvimento das crianças e as incentive, de forma lúdica e interativa, a adotarem práticas alimentares saudáveis, priorizando o resgate de hábitos alimentares regionais inerentes ao consumo de alimentos in natura produzidos em âmbito local com o intuito de despertar maior interesse pela alimentação saudável e desenvolver um paladar receptivo a estes alimentos. |