498: As várias facetas da formação em enfermagem | |
Debatedor: Felippe de Oliveira Cezário | |
Data: 31/10/2020 Local: Sala 05 - Rodas de Conversa Horário: 16:00 - 18:00 | |
ID | Título do Trabalho/Autores |
10874 | ENSINANDO A CRESCER - IMPACTO DE ATIVIDADES EXTENSIONISTAS NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM. Camila Araújo de Albuquerque, Alessandra Aparecida de Saldes, Camila Dias da Silva Barros, Luciana Marques Andreto, Karla Ramos, Vita Mongiovi, Isabelle Diniz ENSINANDO A CRESCER - IMPACTO DE ATIVIDADES EXTENSIONISTAS NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM.Autores: Camila Araújo de Albuquerque, Alessandra Aparecida de Saldes, Camila Dias da Silva Barros, Luciana Marques Andreto, Karla Ramos, Vita Mongiovi, Isabelle Diniz
Apresentação: Este estudo trata de um relato de experiência realizado a partir de atividades extensionistas desenvolvidas durante o ano letivo de 2019, através do projeto Ensinando a Crescer ofertado pela Faculdade Pernambucana de Saúde e tem por finalidade relatar o impacto do projeto sobre a formação social e acadêmica de graduandos em enfermagem. Desenvolvimento: O projeto Ensinando a crescer faz parte da Faculdade Pernambucana de Saúde e tem por finalidade promover atividades de educação em saúde voltadas para promoção e prevenção de agravos na adolescência. O projeto realiza seleção de 24 graduandos de todos os cursos a partir de edital lançado todo ano, possuindo apoio de quatro monitores também graduandos e quatro docentes, além dos utilizados nas aulas para capacitação. Ele foi realizado em uma Escola de Referência em Ensino Médio em Recife, com 32 adolescentes do primeiro ano do ensino médio, com idades entre 16 e 18 anos. Através de ações foram abordados os temas de educação em saúde como gravidez na adolescência, métodos contraceptivos, alimentação saudável, depressão, ansiedade, autoimagem, autoestima, bullying, entre outros. Resultado: O Ensinando a Crescer adquire papel de formação educacional devido à formação social e humana que proporciona aos envolvidos, ele permite atuação intersetorial entre saúde e escola, com isso, proporcionando maior responsabilidade social, olhar reflexivo para comunidade, atuação interdisciplinar, intersetorial e aproximação com a realidade profissional na atuação com adolescentes; O ato de ensinar, descrito como transmitir conhecimento, permite aos graduandos desenvolver perfil de profissional de saúde educador, encorajando-os a envolver-se mais, criar ideias para ações, refletir sobre o que poderia influenciar na absorção por parte dos alunos, organizar dinâmicas, perceber os privilégios de sua vida particular, os tornando mais responsáveis, organizados, envolvidos em sua vida acadêmica e estimulados a participar dessa. Além disso, as capacitações realizadas de educação em saúde popular, saúde mental e teatro ensinaram o que é educação popular, como envolver os alunos no processo de aprendizado, como ouvi-los e identificar problemas, estimulou criatividade, promoção do autoconhecimento, melhora da timidez e fortalecimento da comunicação do grupo para a educação popular ser aplicada com melhor qualidade, utilizando metodologias ativas. Considerações finais: O Ensinando a Crescer é inspirador, ele proporcionou aos estudantes selecionados a oportunidade de capacitações, os colocou em contato com a realidade de muitos adolescentes atuais, permitindo visão ampla dos problemas da sociedade, mostrou a necessidade de levar conhecimento, retirar dúvidas, dialogar, despertou responsabilidade, criatividade, comunicação entre diversos cursos, entre outros. O impacto causado para os graduandos envolvidos no processo é positivo na vida acadêmica e na vida pessoal, sendo perceptível o crescimento como estudante e como pessoa. Além disso, o projeto modificou a vida de muitos alunos, como eles mesmos relataram a partir de questionários aplicados e relatos pessoais. Sendo assim, foi possível observar como o Ensinando a Crescer é e pode atuar como transformador social e acadêmico para todos os envolvidos. |
12084 | IDAS E VINDAS FORMATIVAS DO ALUNO DE ENFERMAGEM DE UM POLO UNIVERSITÁRIO: CONSTRUINDO VÍNCULO COM O ORIENTADOR ACADÊMICO Davidson Eduardo de Carvalho, Andressa Ambrosino Pinto, Gabriela D'almada Borduam, Donizete Vago Daher, Débora Borges de Souza IDAS E VINDAS FORMATIVAS DO ALUNO DE ENFERMAGEM DE UM POLO UNIVERSITÁRIO: CONSTRUINDO VÍNCULO COM O ORIENTADOR ACADÊMICOAutores: Davidson Eduardo de Carvalho, Andressa Ambrosino Pinto, Gabriela D'almada Borduam, Donizete Vago Daher, Débora Borges de Souza
Apresentação: Na vida acadêmica os desafios e as perspectivas são inerentes a todo alunado, logo, se ter um orientador acadêmico, é algo de extrema relevância e potência dentro das Instituições de Ensino Superior (IES). Algumas universidades, adotam esse sistema proporcionando ao aluno, suporte necessário de auxílio nos processos administrativos, de adaptação e na compreensão do funcionamento da universidade, a partir do ensino - pesquisa - extensão. Destarte, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Campus Macaé - RJ, adere a essa proposta como prática que apoia e acompanha o aluno; ação coordenada pela Comissão de Orientação e Acompanhamento Acadêmico (COAA). Apreende-se que essa estratégia de acompanhamento pedagógico, permite a aproximação entre o docente orientador e alunos, estreitando o vínculo entre eles. Logo, a díade orientador – aluno, passa a trilhar o caminho acadêmico de forma partilhada e colaborativa, permitindo um melhor aproveitamento do período acadêmico. Objetivo: Relatar as percepções dos alunos de enfermagem, sobre seu caminho formativo, e qual a influência do orientador acadêmico neste caminho. Desenvolvimento: Relato de experiência, em que se apreendeu as percepções do alunado de enfermagem, em um acolhimento inicial realizado pela COAA, em 2019. O registro dos relatos foi feito, a partir de três questões disparadoras: 1) Me apresentando; 2) Como eu me sinto hoje, em relação ao meu desenvolvimento no curso de enfermagem?; 3) O que você sugere para melhorar a sua caminhada? Resultado: Em relação, a primeira questão: “[...] tenho 20 anos, estou no 3º período de enfermagem. Sou de Bambuí - MG. Sou bem feliz em enfermagem e pretendo continuar”, “[...] tenho 19 anos e moro em Cabo Frio. Meu objetivo era cursar medicina, mas vim cursar enfermagem e me apaixonei”, “[...] vim da cidade de Mendes - RJ, para cursar enfermagem em Macaé, tenho 21 anos”, “[...] tenho 20 anos, sou de São Paulo. Curso enfermagem e estou muito feliz”. Na segunda questão, apontam: “Me sinto bem. Enfrento as dificuldades propostas pela carreira acadêmica’’, “O curso tem me mostrado outras vertentes da enfermagem, além da técnica”, “No curso tenho uma nova descoberta a cada dia”, “Estou me desenvolvendo bem, a cada dia amo mais meu curso”. E, na terceira questão, assinalam: “Faltam momentos mais leves. A dinâmica de ensino, não deve se restringir ao modelo tradicional”,“Preciso organizar meu tempo, para não ficar sobrecarregada”, “Tenho que ter mais foco, para alcançar meus objetivos”, “Sinto falta de momentos de descontração”. Sob este viés podemos considerar a importância do apoio pedagógico disposto pela COOA, ao propor um acolhimento, que busca estreitar e vincular o aluno ao seu orientador acadêmico, com vistas a minimizar conflitos e possíveis intercorrências comuns a trajetória acadêmica. Considerações finais: Seguindo linearmente as ideias de dialogicidade, a educação dentro das IES é mais eficiente quando compartilhada. Ter um “mentor”, é uma estratégia que constrói uma nova possibilidade para o aluno, sendo que o progresso deste dentro da IES deve ser intrínseco a essa estratégia. Dessa forma, a díade aluno–orientador, ganha mais credibilidade, potência. |
11895 | A EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM: As contribuições do projeto VER-SUS Eduardo Carvalho de Souza, Ana Suelen Pedroza Cavalcante, Maria Rocineide Ferreira da Silva A EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM: As contribuições do projeto VER-SUSAutores: Eduardo Carvalho de Souza, Ana Suelen Pedroza Cavalcante, Maria Rocineide Ferreira da Silva
Apresentação: As graduações da saúde ainda são escassas de espaços que promovam a educação interprofissional. Neste sentido, os graduandos necessitam muitas vezes procurar atividade extra-curriculares para preencher esta lacuna em sua formação. Inserimos assim o projeto de Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS) como uma dessas possibilidades. O objetivo deste trabalho é descrever as contribuições da educação interprofissional a partir do projeto VER-SUS na formação em enfermagem. Método do estudo: Trata-se de um estudo cartográfico, sob abordagem qualitativa. Foi realizado no centro-sul piauiense, com os 10 enfermeiros participantes do projeto VER-SUS na região durante suas respectivas graduações que estivessem vinculados a algum serviço de saúde do SUS e que residisse na região citada anteriormente. Este estudo ocorreu no período de 2017 a 2019. Para a coleta de dados foi utilizada a entrevista com os enfermeiros, os diários de afecção e a observação em seus lócus de atuação profissional. Para a condução deste estudo foi utilizado o referencial teórico-metodológico de análise cartográfica (DELEUZE; GUATTARI, 1995). Realizou-se também a análise de conteúdo temática proposta por Minayo (2014) para a análise das entrevistas. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará, com o parecer favorável n°: 2.974.518. Resultado: Antes de participar do VER-SUS alguns dos participantes do estudo já haviam tido contato com estudantes de outras graduações em outros projetos extra-curriculares vinculados às suas universidades de origem. No entanto, o VER-SUS oportunizou uma experiência singular em suas vidas acadêmicas que lhes permitiu uma maior aproximação com diferentes graduações pelo tempo de convívio de imersão que tiveram com os participantes da vivência. Assim, por meio da empatia conseguiram conhecer algumas das atribuições dos diversos núcleos profissionais a partir da noção de práticas regulamentas e executadas na realidade local o que ampliou os olhares que a formação básica muitas vezes não permite. Foi nítida o reconhecimento da importância do trabalho em equipe e da noção de complementaridade das diversas profissões a partir das vivências conjuntas assim como o amadurecimento do grupo a partir dos conflitos prévios que ocorreram no início das vivências. Os participantes do estudo relataram ainda que mantiveram contato com alguns dos estudantes, agora profissionais. Neste sentido, o VER-SUS sensibiliza os graduandos para o trabalho em equipe a partir da aprendizagem significativa, com a inserção deles na realidade dos serviços e dos territórios em que eles estarão atuando. Considerações finais: O VER-SUS mostra-se como uma potente estratégia de educação interprofissional na formação em enfermagem que pode influenciar positivamente as práticas interprofissionais em saúde. |
11904 | ATIVIDADE DIDÁTICA EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR PRIVADA EM RECIFE: UMA PONTE PÚBLICO-PRIVADO EM PROL DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Alessandra Maria Monteiro ATIVIDADE DIDÁTICA EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR PRIVADA EM RECIFE: UMA PONTE PÚBLICO-PRIVADO EM PROL DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDEAutores: Alessandra Maria Monteiro
Apresentação: A lógica de mercado imposta ao consumo de ações e serviços de saúde no modelo liberal-privatista impossibilita a prestação do cuidado sob a ótica técnica das necessidades. Ao mesmo tempo que o financiamento em ações e serviços públicos de saúde (ASPS) no Sistema Único de Saúde (SUS) apresenta características de subfinanciamento desde a sua implantação. A partir deste contexto, torna-se necessário que haja o amplo conhecimento acerca da lógica de funcionamento do setor privado de saúde – tanto suplementar quanto complementar -, assim como da legislação vigente do financiamento do SUS para uma atuação consciente dos futuros profissionais de saúde. Assim, partir da idealização de uma atividade extraclasse na disciplina de Fundamentos da Economia da Saúde, ofertada pelo Instituto Aggeu Magalhães-IAM/FIOCRUZ-PE para as turmas de Mestrado e Doutorado Acadêmico em Saúde Pública e alunos externos no segundo semestre de 2019, realizamos atividades de ensino em uma Instituição de Ensino Superior (IES) na Região Metropolitana do Recife. Tivemos como objetivo promover reflexões acerca do conceito de economia aplicado ao setor da saúde, legislação do financiamento de ASPS e a importância da participação da comunidade através do controle social, como meio de garantir os direitos constitucionais e reivindicação de aspectos secundários necessários à garantia desses direitos. As atividades de diálogo com os estudantes de graduação foram realizadas em 4 encontros com turmas distintas dos cursos de Nutrição e Enfermagem no mês de setembro de 2019. A metodologia utilizada foi de encontros de 4 horas em média de duração, início da atividade com a questão norteadora de: “você usa o SUS?” e “qual a experiência que você já teve com o SUS?”, construção coletiva de um mapa mental sobre economia da saúde e financiamento do SUS para alcance dos conhecimentos prévios das turmas e posterior exposição dos conteúdos e reflexões dialogadas. Salvaguardando diferenças entre as turmas em questão, notamos um marcante desconhecimento de aspectos básicos do SUS como estrutura, funcionamento e financiamento, a exemplo do imaginário que o SUS se restringe ao cuidado na assistência, em detrimento das atividades de gestão, vigilância e ensino em serviço. Contudo, notamos a potencialidade desta atividade na aproximação dos estudantes com as temáticas e facilitação do empoderamento através do conhecimento para o fortalecimento e defesa do SUS. É de interesse ressaltar que apesar da natureza privada da IES, os profissionais egressos além da atuação no modelo liberal-privatista, também estarão aptos a prestação de cuidados a sociedade por meio do SUS, sendo assim, é de importância a assimilação durante o processo formativo dos aspectos estruturais, organizacionais e doutrinários do SUS. Portanto, é de responsabilidade das IES privadas proverem subsídios para a formação ampla dos profissionais de saúde, tornando-os aptos a exercerem a profissão além do modelo liberal-privatista, que em sua essência presta serviços à sociedade de forma suplementar ou complementar ao SUS. |
11937 | COMO ANDA O CONHECIMENTO SOBRE INFECÇÕES IMUNOPREVENÍVEIS E A SITUAÇÃO VACINAL DE ALUNOS DE CURSOS DE GRADUAÇÃO DA ÁREA DA SAÚDE? Claudia Lamarca Vitral, Caio Henrique da Silva Teixeira, Paula Salgueiro Xavier, Paulo Ricardo Telles da Silva, Gina Peres Lima dos Santos, Sandra Cardoso Fonseca, Silvia Maria Baeta Cavalcanti COMO ANDA O CONHECIMENTO SOBRE INFECÇÕES IMUNOPREVENÍVEIS E A SITUAÇÃO VACINAL DE ALUNOS DE CURSOS DE GRADUAÇÃO DA ÁREA DA SAÚDE?Autores: Claudia Lamarca Vitral, Caio Henrique da Silva Teixeira, Paula Salgueiro Xavier, Paulo Ricardo Telles da Silva, Gina Peres Lima dos Santos, Sandra Cardoso Fonseca, Silvia Maria Baeta Cavalcanti
Apresentação: A imunização é uma das intervenções mais efetivas na promoção de saúde e prevenção de doenças. Alguns estudos investigaram o estado vacinal dos profissionais de saúde, mas poucos abordaram estudantes em formação. O objetivo foi avaliar a situação vacinal e o conhecimento sobre infecções imunopreveniveis entre graduandos dos dois primeiros anos da área da saúde da Universidade Federal Fluminense, UFF. Participaram 478 alunos dos cursos de Medicina, Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Odontologia e Biologia (média 21,8 anos, 75,7% do sexo feminino). De posse da carteira de vacinação, os alunos responderam a um questionário relativo às vacinas estudadas, doenças associadas e formas de transmissão. Apenas uma pequena parcela dos alunos afirmou que sua carteira de vacinação já tinha sido solicitada em algum momento da graduação (31,2%), embora 68,6% tenham sido anteriormente orientados sobre a necessidade de vacinação, com diferença entre os cursos (p=0,000). Poucos relataram doenças imunopreveníveis, com exceção de caxumba (7,1%) e varicela (65%). Lacunas importantes foram observadas em relação ao conhecimento das formas de transmissão de algumas doenças imunopreveníveis, como sarampo e difteria, cuja transmissão por contato com secreções respiratórias foi desconhecida pela maior parte dos participantes (53,1% e 78,5%, respectivamente). Poucos alunos reconheceram a possibilidade de transmissão da hepatite B por meio de ferimentos ou lesões na pele (21,4%) e pela via vertical (35,8%). Conceitos errados foram também observados, como a transmissão do sarampo pelo sangue (5,0%), pela via sexual (1,9%), vertical (8,8%), ou mesmo por ferimentos ou lesões na pele (18,0%), sem diferença entre os cursos. História de exposição a material potencialmente contaminado foi relatada por 42,9%, sendo mais frequente entre os alunos de enfermagem (60,4%) e odontologia (44,4%) (p=0,016). Apenas 24,3% dos alunos souberam informar quais vacinas devem estar em dia para o profissional de saúde, tendo maior índice de acertos os alunos de Medicina, Biomedicina e Biologia (p=0,000). Embora 39,1% dos alunos afirmassem estar com a carteira de vacinação em dia, apenas 5,2% de fato estavam, sem diferença entre os cursos. Considerando apenas as vacinas disponíveis no SUS, esse percentual subiu para 26,2%, um pouco mais elevado para os cursos Farmácia (35%) e Enfermagem (33%), (p=0,001). Quando analisadas individualmente, as vacinas com menor cobertura foram gripe (43,1%) e dT (62,1%), com diferença favorável aos cursos de Farmácia e Enfermagem (p=0,015 e 0,000, respectivamente para cada vacina). Entre os alunos que tinham conhecimento sobre o reforço da dT a cada 10 anos, 70% estavam com a vacina dT em dia (p=0,037). O mesmo foi observado em relação à vacina da gripe, com maior taxa de vacinação em dia entre os alunos que reconhecem o esquema anual de revacinação. O estudo apontou baixa completude vacinal entre alunos da área da saúde, acompanhada de baixo conhecimento sobre a transmissibilidade das infecções imunopreveníveis e do calendário vacinal. Considerando o risco de exposição destes profissionais, e que em breve serão responsáveis por orientar a população, os resultados são preocupantes. As abordagens do ensino do tema e outras estratégias, como campanhas e acesso a vacinas não disponíveis no SUS, devem ser reforçadas. |
11321 | DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM UM PRONTO-SOCORRO Marcela dos Santos Hipy, Nayara da Costa de Souza, Eurinete Catarina Guimarães, Maria Alex Sandra Leocádio, Joaquim Rodrigues da Silva Neto DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM UM PRONTO-SOCORROAutores: Marcela dos Santos Hipy, Nayara da Costa de Souza, Eurinete Catarina Guimarães, Maria Alex Sandra Leocádio, Joaquim Rodrigues da Silva Neto
Apresentação: Trata-se de um relato de experiencia de uma finalista de enfermagem da Escola de Enfermagem de Manaus (EEM) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), sobre uma vivência no Núcleo de Segurança do Paciente em um Hospital e Pronto-Socorro de grande porte, localizado na Zona Leste de Manaus – Am, no período de 31 de outubro a 30 de novembro de 2018, durante o estágio curricular II em gestão. Durante o período de estagio, as finalistas de enfermagem passaram por diversos setores do referido hospital: clínica médica, clínica cirúrgica, politrauma, semi-intensivas e gestão. Na gestão, passamos por quatro setores: Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Núcleo de Educação Permanente em Enfermagem (NEPE) e Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), no qual permaneceram a maior quantidade de tempo. O NSP do referido hospital ainda está em processo de implantação e o hospital contou com ajuda das finalistas nesse processo. Para isso, as formadas auxiliaram em alguns quesitos, como o desenvolvimento e adequação de três Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s): Higienização das Mãos, Prevenção de Lesão por Pressão e Prevenção de Quedas. Desenvolvimento de dois instrumentos estratégicos para organização: Check list: organização de semi-intensivas e Normas e rotinas de semi-intensivas: uma unidade piloto. As finalistas também auxiliaram o NSP na implantação das fichas de notificação de eventos adversos, na unidade piloto, notificando todos os profissionais sobre a existências das fichas e correto preenchimento das mesmas. Além de ajudarem em uma campanha de higienização das mãos: Mãos limpas, paciente seguro, realizado nos dias 26, 27 e 28 de novembro, com a utilização da ferramenta de gestão 5W3H. A campanha de higienização das mãos ocorreu em dois momentos: pela manhã, era realizado um momento descontraído com atividades lúdicas com músicas e uma paródia criada pelas finalistas para conscientizar sobre a importância da correta higienização das mãos. Pela tarde, aconteceu as rodas de conversa in loco com a equipe de enfermagem e demais profissionais do plantão, na qual as enfermeiras do NEPE e NSP fizeram uma atividade de educação permanente sobre o tema. Entre as atividades, diariamente foi realizado a aplicação da Estratégia Multimodal da Organização Mundial de Saúde (OMS), para a melhoria da higiene das mãos. Os locais de aplicação da estratégia eram as Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) e uma unidade semi-intensiva, que foi reformada e está sendo utilizada como unidade piloto para a aplicação dos POP’s e instrumentos de organização. Para correta implantação, as finalistas faziam a vistoria diária nessa unidade afim de corrigir possíveis erros nos instrumentos e reforçar o funcionamento delas com a equipe do dia. Objetivo: Elucidar os desafios e perspectivas da implantação de um núcleo de segurança do paciente em um pronto-socorro. Resultado: Antes de iniciarmos o estágio de gestão, já havíamos entrado em contato com as ferramentas de gestão e realizado a aplicação de algumas dessas ferramentas em estágios anteriores. À primeira vista, trabalhar apenas coordenando os eventos e tarefas de um local parece ser fácil, porém quando participamos ativamente dessas tarefas nos deparamos com atividades mais complexas e trabalhosas do que aparentam. A construção e atualização dos POP’s, bem como as outras ferramentas, nos trouxe uma visão crítica sobre a segurança do paciente e nos fez refletir que embora os hospitais públicos passem por dificuldades em relação aos déficits de materiais, algumas atitudes só dependem da responsabilidade e boa vontade dos profissionais em realizar suas atividades de forma correta visando a segurança dos pacientes. Um exemplo disso, é o preenchimento das fichas de notificação de eventos adversos no hospital. Percebeu-se que poucos profissionais aderiram ao preenchimento dessas fichas e da implantação dos demais instrumentos de organização nessa unidade piloto, necessitando de uma vistoria diária para o fortalecimento e conscientização dos profissionais sobre a importância de mantermos normas e rotinas em unidades de internação hospitalar. Na vistoria diária eram realizadas a inspeção da presença de insumos necessários para uma boa higienização das mãos, distribuição de folders e orientação aos acompanhantes quanto a importância de manter o ambiente e materiais pessoais do paciente limpos e organizados, orientação aos profissionais da equipe de enfermagem quanto a organização geral do ambiente e utilização dos POP’s e demais instrumentos. Contudo, no período de estágio não conseguimos obter êxito quanto a adesão dos profissionais na implantação do NSP e, pouquíssimos profissionais passaram a utilizar os instrumentos já implantados. Outro desafio encontrado durante a implantação do núcleo, é a falta de materiais necessários para trabalhar, como luvas de procedimentos. A falta de luvas acarreta em riscos para o profissional de saúde e paciente, podendo levar há infecção hospitalar e cruzada. Porém, esse é um dos problemas que ultrapassam as barreiras da gestão em enfermagem do NSP. Dessa forma, um dos maiores desafios encontrados na implantação do NSP é a falta de adesão dos profissionais aos instrumentos que se fazem necessários para que o núcleo funcione com eficácia. Isso acontece por alguns motivos, um deles é porquê os profissionais mais antigos tendem a não continuar se atualizando profissionalmente para melhor atender seus pacientes. Outro motivo é a resistência dos profissionais antigos em atender as demandas dos novos gestores a cada troca de cargos. Bem como a falta de tempo para participar das oportunidades de educação permanente disponibilizadas pelo hospital. A sobrecarga de trabalho também pode ser apontada como um dos motivos para a falta de adesão dos profissionais, no entanto, com uma conscientização continua dos profissionais é possível aumentar cada vez mais a adesão dos mesmos aos protocolos e instrumentos que viabilizam a implantação do NSP. Assim, com a implantação do NSP, espera-se que a cultura do paciente seguro seja mantida no hospital e a longo prazo, os índices de eventos adversos diminuam de forma considerável. Considerações finais: Por fim, conseguimos elucidar alguns dos desafios e perspectivas da implantação de um Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), o qual se destaca o desafio da falta de adesão dos profissionais na utilização de instrumentos e protocolos em processo de implantação. Dessa forma, uma das maneiras de continuar conscientizando os profissionais da importância do NSP, é através de eventos que acolham esses profissionais, como campanhas e mais atividades de educação permanente in loco, pois muitas vezes o profissional não pode se deslocar do seu ambiente de trabalho até a atividade. |
10987 | O ENTENDIMENTO DA INTERPROFISSIONALIDADE POR PROFISSIONAIS DA SAÚDE PARA A INTEGRALIDADE DO CUIDADO. Bruna Gabriela Ribaldo, Júlia Beatriz Silva Ferreira, Rebecca Sampaio Florentino, Thaís Fernanda Vieira, Marina Sayago França, Fabiana Banci Ferreira O ENTENDIMENTO DA INTERPROFISSIONALIDADE POR PROFISSIONAIS DA SAÚDE PARA A INTEGRALIDADE DO CUIDADO.Autores: Bruna Gabriela Ribaldo, Júlia Beatriz Silva Ferreira, Rebecca Sampaio Florentino, Thaís Fernanda Vieira, Marina Sayago França, Fabiana Banci Ferreira
Apresentação: O PET-Saúde, em sua nona edição, busca explorar a interprofissionalidade tanto no campo de atuação profissional quanto na formação de novos profissionais de saúde. O programa, criado em 2008 pelo Ministério da Saúde, visa à interação entre docentes, trabalhadores e estudantes da área da saúde por meio de práticas colaborativas que fortaleçam o trabalho em equipe. Em março de 2019, o projeto iniciou suas atividades com um grupo composto por estudantes de Enfermagem, Farmácia, Medicina, tutores e preceptores profissionais da área da saúde. Partindo da ideia de que a base do PET-Saúde é a interprofissionalidade, o presente trabalho visa apreender o entendimento da interprofissionalidade dos profissionais de saúde de uma UBS, localizada em Diadema. Desenvolvimento: Durante 2019, o grupo esteve na UBS conhecendo, analisando e criando projetos na tentativa de colaborar com a unidade proporcionando espaços e discussões sobre interprofissionalidade e cuidado integral aos usuários, observando as reuniões de matriciamento, grupos de gestantes, consultas, visitas domiciliares, assistência farmacêutica, recepção e conhecendo a rede de atenção integrada do SUS em Diadema. Para começar uma discussão sobre o conceito de interprofissionalidade na UBS, o grupo PET-saúde iniciou a discussão aplicando um formulário anônimo eletrônico para todos os profissionais da UBS, entre eles agentes comunitários de saúde, agente administrativo, auxiliares de serviços gerais, assistente social, dentista, enfermeiras, farmacêutica, médicos, psicóloga e técnicas de enfermagem. Dos 50 profissionais da UBS, 33 (66%) responderam o formulário, que contava com as perguntas: “Você sabe o que é interprofissionalidade? Você acha que a UBS tem trabalho interprofissional?” Posteriormente foi realizada uma discussão sobre os temas apresentando os conceitos, as principais dificuldades e principalmente os espaços com potencial para serem desenvolvidas atividades que proporcionem a interprofissionalidade, o respeito entre as diferentes profissões e a integralidade do cuidado. Resultado: Observou-se que apesar de mais de 59% responderem saber o que era interprofissionalidade e 51% disserem que o trabalho na UBS era desenvolvido de forma interprofissional, ao decorrer da discussão e com a observação realizada pelos estudantes foi percebido que existem obstáculos consideráveis para o trabalho interprofissional. Durante a análise que foi feita pelo grupo PET-Saúde, nos locais de atuação dos profissionais, o matriciamento foi o que gerou maior expectativa quanto à interprofissionalidade, por ter um processo de construção compartilhada. Porém, não apresentava propostas realmente articuladas entre os profissionais e a rede. Além disso, com a aplicação do questionário e posterior discussão foi possível perceber que existem dúvidas sobre o conceito de interprofissionalidade. O PET-saúde vem trabalhando com os profissionais por meio de discussões e fortalecimento dos espaços já existentes, mas que não são bem aproveitados e incentivando novos. Considerações finais: Após o apreendido na UBS e análise das respostas do questionário, ficou evidenciado que as dificuldades do trabalho interprofissional na UBS estão associadas à baixa literacia dos profissionais acerca dos espaços e das práticas interprofissionais, assim, é vista necessidade de se discutir o conceito de interprofissionalidade e aproveitar os espaços que apresentam potencial para essas práticas. |
10168 | DIFICULDADES IMPLICADAS NO ATENDIMENTO A ESTRANGEIROS EM SITUAÇÃO DE REFUGIAMENTO NUM CAPS III: ESTRATÉGIAS PARA MELHORAR A QUALIDADE DO ATENDIMENTO Paula Isabella Marujo Nunes da Fonseca, Conrado Bandeira de Albrecht Tapajós, Pedro Ignacio Vidal Figueiredo, Eliza Fernanda Mesquita Picoli DIFICULDADES IMPLICADAS NO ATENDIMENTO A ESTRANGEIROS EM SITUAÇÃO DE REFUGIAMENTO NUM CAPS III: ESTRATÉGIAS PARA MELHORAR A QUALIDADE DO ATENDIMENTOAutores: Paula Isabella Marujo Nunes da Fonseca, Conrado Bandeira de Albrecht Tapajós, Pedro Ignacio Vidal Figueiredo, Eliza Fernanda Mesquita Picoli
Apresentação: Em meio a níveis recordes de deslocamentos forçados desde a Segunda Guerra Mundial, a Agência ONU para Refugiados (ACNUR, 2019), estima que mais de 68,5 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas em todo o mundo. Segundo a Agência 57% de todos os refugiados vêm do Afeganistão, Sudão do Sul e Síria, sendo este último o principal ponto de origem de refugiados em nível global. Em relação ao Brasil, ao final de 2018, o Sistema de Registro Nacional Migratório (SISMIGRA) contava 1,1 milhão de cadastros ativos de estrangeiros residentes no país, ao passo que o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE) registrava 154,5 mil solicitações ativas de refúgio. Tais dados servem como base para este relato, uma vez que foi realizado na 2ª semana de dezembro de 2018 e na 1ª semana de abril de 2019, o atendimento, em um CAPSIII localizado no Rio de Janeiro, de dois casos de imigrantes, identificados como originários do Egito e da Guiana Inglesa. O objeto da experiência são as dificuldades implicadas no processo de atendimento de imigrantes. Objetivo: descrever que tipo de obstáculos estão interpostos no atendimento de pessoas imigrantes. Método observacional e descritivo das experiências vivenciadas. Resultado: dificuldades identificadas foram a barreira da língua (inglês); socioculturais; desconhecimento dos equipamentos de saúde do SUS e seus níveis de atenção; informações de localização incorretas. Embora não tenham inviabilizado o cuidado, os obstáculos identificados podem corroborar para aumentar a vulnerabilidade destas pessoas que possuem para além de questões de saúde mental, complexas questões sociais, culturais e econômicas. Frente a isso, o grupo de alunas estagiárias de enfermagem do 7º período da Escola de Enfermagem Anna Nery, sob orientação da docente responsável, sugeriram para a equipe do CAPS a produção de um instrumento físico explicando em termos gerais o que é o SUS e o que é o oferecido pelo sistema em termos de cuidados em saúde mental, focando na orientação de como funciona o CAPSIII, quais as atividades que oferece, quais os objetivos de sua assistência, qual é a população alvo de atendimento, bem como seus horários de funcionamento e sua localização. Deste modo, a partir destas situações vivenciadas e como forma de colaborar com um melhor atendimento proporcionado pelo serviço do CAPS a população estrangeira, sobretudo a população refugiada, criou-se um folder informativo sobre o SUS e sobre o serviço oferecido pelo CAPSIII, que foi deixado na unidade nas versões em inglês e português, esta última para auxiliar os funcionários a entenderem quais as informações estão dispostas na versão em inglês. Atualmente o folder é utilizado no Grupo de Recepção da unidade. Por fim, para além da divulgação e utilização do folder, para as unidades que atenderem casos como estes de pessoas refugiadas, recomenda-se o estabelecimento de parcerias com ONGs e/ou iniciativas governamentais que auxiliem na capacitação de equipes de saúde/saúde mental, instrumentalizando funcionários para que estes encaminhem estes sujeitos para outros setores que não somente da saúde, no sentido de auxiliá-los na regularização de sua situação migratória, educacional e de trabalho. |
12288 | REPRESENTAÇÃO DA ENFERMAGEM PELO ACADÊMICO DE ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA Giovanna Rosario Soanno Marchiori, Jennifer Soanno Marchiori, Jeferson Horsth Sathler, Mônica Golder, Bruna Emanuely Vieira de Souza, Mariana de Fátima Santos Gomes REPRESENTAÇÃO DA ENFERMAGEM PELO ACADÊMICO DE ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Giovanna Rosario Soanno Marchiori, Jennifer Soanno Marchiori, Jeferson Horsth Sathler, Mônica Golder, Bruna Emanuely Vieira de Souza, Mariana de Fátima Santos Gomes
Apresentação: A enfermagem possui uma imagem perante a sociedade brasileira. Mediante sua representação no curso histórico, não é fácil para a maioria dos brasileiros defini-la ou até mesmo entender o importante papel na saúde ao qual ela desenvolve. Tem como objetivo: discutir as representações outorgadas pelos acadêmicos de enfermagem que refletem o ser enfermeiro. Método: o estudo se caracteriza como relato de experiência, construído na disciplina História da Enfermagem, por 21 acadêmicos de 1º período do curso de graduação em Enfermagem. A coleta dos dados foi realizada através do exercício reflexivo, onde as questões: “O que você pensa da Enfermagem?” e “Faça um desenho que representa a Enfermagem para você”, foram norteadoras desse relato. Para análise dos dados foi utilizada Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici. Resultado: Os acadêmicos apresentaram a função identitária da Enfermagem como “Enfermagem caridade”, “Enfermagem Profissão” e “Enfermagem Salvadora” e uma representação a “Enfermagem auxiliar”. O destaque maior ficou nas representações com conceitos religiosos. A enfermagem precisa mostrar a verdadeira imagem da profissão, refletindo sobre a representação social que atualmente apresenta. Pautar as ações com conhecimento científico, habilidades, competências e humanidade para atendimento das necessidades de saúde dos usuários, desmitificando sua prática da imagem do cuidar por caridade ou por missão divina. Considerações finais: A identidade social, construída nos acadêmicos de Enfermagem antes de seus ingressos no curso de graduação, impacta o modo como o futuro Enfermeiro tem o olhar sobre si e o que isso representa para ele e para a sociedade ao qual pertence. |
12064 | PROGRAMA ANDIFES DE MOBILIDADE ACADÊMICA: DENTRO E FORA DAS FRONTEIRAS Maira Larissa Ramos da Rosa, Giovanna De Carli Lopes PROGRAMA ANDIFES DE MOBILIDADE ACADÊMICA: DENTRO E FORA DAS FRONTEIRASAutores: Maira Larissa Ramos da Rosa, Giovanna De Carli Lopes
Apresentação: Participar de programas de mobilidade acadêmica podem se tornar oportunidade de agregar valor profissional e pessoal. A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) em 2003 institui o Programa Andifes de Mobilidade Acadêmica (PAMA), destinado à alunas e alunos de graduação e realizado exclusivamente no território brasileiro. Desenvolvimento: Foi relatada a experiência discente de mobilidade estudantil realizada entre agosto de 2018 e julho de 2019 na Universidade Federal da Bahia. Resultado: Quanto ao ensino, a experiência permitiu vivenciar aprendizados e práticas de saúde em outros contextos, contribuindo para o desenvolvimento de competências importantes para a formação cidadã de profissional de saúde atenta às diversidades culturais, sociais e organizacionais de sociedade. Além disso, foi possível enriquecer a formação acadêmica dentro e fora do ambiente universitário, por meio da pesquisa e da extensão lá desenvolvidas. Foi perceptível a ampliação de referenciais teóricos e vivenciais quando estabelecido uma relação com a universidade de origem. Ressalta-se a aproximação pela área da pesquisa durante a mobilidade pois a universidade preceptora possui uma diversidade de temáticas abordadas em seus programas e projetos, dentre os quais Gênero e Raça, que deram subsídios ao Trabalho de Conclusão de Curso em andamento. Considerações finais: Por fim, é necessário fazer referência à crescimentos que vão para além da academia como o aumento da autoconfiança, independência e a sensação de amadurecimento proporcionados por este período em outra IFES. Aponta-se o pouco destaque para a mobilidade nacional dentro da instituição e a tentativa de incentivar interessadas e interessados a realizar a mobilidade acadêmica. |
12168 | RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O USO DE ESTUDOS DE CASO REALÍSTICOS NA FORMAÇÃO DE MESTRES EM ENFERMAGEM Ana Paula Gomes da Cruz Gomes da Cruz, Catrine Storch Moitinho Storch Moitinho, Vanessa Sena de Almeida Sena de Almeida, Cândida Caniçali Primo Caniçali Primo, Mirian Fioresi Fioresi, Walckiria Garcia Romero Sipolatti Garcia Romero Sipolatti, Eliane de Fátima Almeida Lima de Fátima Almeida Lima RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O USO DE ESTUDOS DE CASO REALÍSTICOS NA FORMAÇÃO DE MESTRES EM ENFERMAGEMAutores: Ana Paula Gomes da Cruz Gomes da Cruz, Catrine Storch Moitinho Storch Moitinho, Vanessa Sena de Almeida Sena de Almeida, Cândida Caniçali Primo Caniçali Primo, Mirian Fioresi Fioresi, Walckiria Garcia Romero Sipolatti Garcia Romero Sipolatti, Eliane de Fátima Almeida Lima de Fátima Almeida Lima
Apresentação: A formação de profissionais competentes, crítico-reflexivos e capazes de transformar sua realidade social é um dos compromissos e responsabilidades da educação superior. Neste contexto, novas tendências pedagógicas surgem para implementar estratégias de ensino-aprendizagem dinâmicas e que integrem o ensino e o serviço. O objetivo deste trabalho foi descrever a experiência de discentes no desenvolvimento de estudos de caso realísticos. Desenvolvimento: relato de experiência de discentes de um Mestrado Profissional em Enfermagem de uma universidade da região sudeste do Brasil no processo ensino e aprendizagem, planejamento e desenvolvimento de atividades no período de agosto a dezembro de 2019. Resultado: Os discentes elaboraram estudos de caso a partir da sua prática clínica e para tal desenvolveram o processo de enfermagem baseado em um referencial teórico, elaboraram um plano de cuidados com resultados esperados. Assim, foi apresentado o estudo de caso realístico contendo o histórico de enfermagem, exame físico, levantamento dos problemas com os principais diagnósticos de enfermagem, o plano de cuidados e os resultados esperados interligando as classificações NANDA-I, NIC, NOC e CIPEÒ. A disciplina proporcionou um processo educativo no qual conduziu os discentes a observar a realidade prática do ambiente de atuação do enfermeiro e por meio de estudos de casos discutir a prática profissional, com consequente desenvolvimento do raciocínio clínico. O processo de enfermagem foi a ferramenta empregada para orientar o cuidado, estabelecer uma documentação prática e profissional, utilizando uma linguagem padronizada que permitiu consistência e uniformidade à comunicação. Considerações finais: Associar a experiência da prática profissional ao estudo e construção de um caso clínico com desenvolvimento do processo de enfermagem em sala de aula, trouxe a oportunidade dos discentes aprimorar a prática profissional aliando o conhecimento científico à realidade prática. A didática apresentada pelos docentes, possibilitou o desenvolvimento do raciocínio clínico e crítico voltado para o fazer do enfermeiro e o repensar na sua atuação profissional enquanto ciência, com uso de metodologias científicas capazes de auxiliar, direcionar e qualificar a prática diária e fornecer ao paciente uma assistência individualizada e com uma visão holística e individualizada. |
9775 | EXPERIÊNCIA DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO À SAÚDE DO HOMEM NO MUNICÍPIO DE NITERÓI Gabriela Wakim Schiessl, Elaine Silva Miranda, Mykaella Braga Miranda, Idelzira Machado de Araujo, Andréa Siqueira da Silva Bittencourt, Letícia Coelho Viana EXPERIÊNCIA DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO À SAÚDE DO HOMEM NO MUNICÍPIO DE NITERÓIAutores: Gabriela Wakim Schiessl, Elaine Silva Miranda, Mykaella Braga Miranda, Idelzira Machado de Araujo, Andréa Siqueira da Silva Bittencourt, Letícia Coelho Viana
Apresentação: As estratégias para prevenção e promoção à saúde do homem no Brasil enfrentam diversos desafios, sendo um deles a adesão, pela população masculina, aos serviços de saúde. Tendo em vista os objetivos e diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem (PNAISH), são necessárias ações que contribuam de forma significativa para compreensão da realidade dessa população e assim favorecer o cuidado em saúde. O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) vigorando no município de Niterói-RJ vem promovendo a educação e atuação Interprofissional visando respostas efetivas na atenção à saúde. A Policlínica Regional do Largo da Batalha (PRLB) é um dos locais de atuação de estudantes e profissionais do PET-Saúde. Objetivo: Apresentar estratégias desenvolvidas em Niterói, para ampliar e melhorar o acesso e cuidado em saúde da população masculina adulta. Método: Foram feitas reuniões com homens no sentido de abordar cinco eixos temáticos: acesso e acolhimento do usuário, saúde sexual e reprodutiva, paternidade e cuidado, doenças prevalentes na população masculina e prevenção da violência doméstica. As reuniões do Grupo de Homens (GH) contaram com dinâmica de roda de conversa mediada por profissionais capacitados e alunas do PET-Saúde, de diferentes áreas de atuação, que constroem uma abordagem interprofissional. Além disso, são reservados momentos para a realização de serviços da policlínica considerados essenciais pelo Ministério da Saúde, tais como, teste rápido de infecções virais e bacterianas (HIV, Hepatite B e C, Sífilis), vacinas obrigatórias de acordo com o perfil do usuário, aferição de pressão arterial e índice glicêmico. Resultado: A convivência no GH apontou para necessidade de formular instrumento específico para auxiliar nos encontros. Assim, foi elaborada a Caderneta da Saúde do Homem. O preenchimento da caderneta é feito com base nas experiências vividas no GH e nos aspectos relacionados à saúde mais relevantes para esse público. O material auxilia na adesão desses usuários, uma vez que suas informações estão mais organizadas para serem usadas, posteriormente, em um acompanhamento em longo prazo. Pelos relatos trazidos nas reuniões do GH a maioria dos participantes busca assistência à saúde quando apresentam sintomas e incômodos. É notável a dificuldade em aderir a um estilo de vida saudável, pois quase metade dos homens envolvidos no GH está acima do peso e a maioria declara ter hipertensão e hipercolesterolemia. E, embora sejam orientados sobre os riscos e sintomas de problemas cardíacos, menos da metade dos participantes procurariam imediatamente um médico diante de sinais indicativos de infarto. Muitos assumem substituir, frequentemente, consultas médicas por buscas na internet. Além disso, a maior parte do público relata exceder-se regularmente em açúcar, sal ou gordura, enquanto a minoria faz exercícios físicos pelo menos três vezes por semana. CONCLUSAOSão necessárias estratégias de prevenção dirigidas a para população masculina. O GH, desenvolvido na perspectiva interprofissional, tem se mostrado uma ferramenta útil para promover a saúde entre os usuários da PRLB. |
10968 | PROJETO TRABALHO, CIÊNCIA E CULTURA: INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM UMA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE Letícia Silva, Flávia Coelho Ribeiro Mendonça, Jairo Dias PROJETO TRABALHO, CIÊNCIA E CULTURA: INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM UMA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDEAutores: Letícia Silva, Flávia Coelho Ribeiro Mendonça, Jairo Dias
Apresentação: O objetivo deste trabalho é compartilhar uma experiência de iniciação científica realizada em escola técnica de saúde no município do Rio de Janeiro. O Projeto Trabalho, Ciência e Cultura (PTCC) é componente curricular obrigatório de cursos técnicos em saúde integrado ao Ensino Médio, inserido do Projeto Político Pedagógico da referida escola com carga horária integral. O objetivo do PTCC é possibilitar aos estudantes adolescentes a vivência da investigação científica como atitude cotidiana a ser construída entre alunos e educadores/orientadores durante a realização do curso técnico. O foco é promover a educação pela pesquisa, possibilitar que os jovens possam ser produtores de conhecimento. Nesse sentido a formação compreende a pesquisa como um princípio educativo, explicitado em seu Projeto Político Pedagógico e abordado no currículo do ensino médio integrado ao longo de todo o processo formativo. O exercício da pesquisa como princípio educativo tem por objetivo a consolidação, crítica e reflexiva, da inter-relação entre ensino e pesquisa, considerando o estudante como sujeito do processo de apreensão da investigação científica. Nessa compreensão, considera-se fundamental que o processo investigativo seja construído a partir do interesse, da curiosidade do estudante. A pesquisa se desenvolve como parte integrante do processo formativo do aluno. A pesquisa é uma estratégia curricular transversal, desenvolvida ao longo dos quatro anos dos cursos técnicos, permitindo o aluno a viver e experimentar o fazer científico ao longo do currículo. Na 1ª série dos Cursos Técnicos de Nível Médio em Saúde, são desenvolvidas reflexões acerca da construção sócio-histórica do conhecimento no campo das ciências naturais, humanas, da filosofia e das linguagens no âmbito dos Eixos da Iniciação à Educação Politécnica. Na 2ª série, o estímulo à pesquisa e construção do conhecimento é abordado no Trabalho de Integração, em que os alunos desenvolvem juntos temáticas de pesquisa. Na 3ª série, essa discussão é aprofundada na disciplina de Metodologia, que trata dos processos e metodologias de pesquisa, visando apoiar os estudantes na elaboração dos seus projetos de monografia. Tais projetos, na 4ª série, dão continuidade à elaboração da monografia, trabalho acompanhado pelos seus orientadores, passando por sua qualificação, até a banca no final do curso. O desenvolvimento de um trabalho de final de curso, como uma monografia, contribui para o seu processo formativo, pois permite uma melhor compreensão da natureza do conhecimento científico, podendo ser os trabalhos de temas diversos, os quais não precisam estar necessariamente relacionados à sua área de formação. Além disso, o desenvolvimento de um projeto de pesquisa, ainda nessa faixa etária, instiga o aluno a sanar suas curiosidades, e possibilita o desenvolvimento de características como: raciocínio lógico, capacidade de observação, atenção e pensamento crítico. A atividade científica no âmbito do ensino técnico de nível médio visa promover a apropriação do conhecimento socialmente produzido, bem como estimular o diálogo crítico e criativo com essa produção. O PTCC é conduzido por uma coordenação colegiada, visando colaborar para a integração entre a formação técnica com a formação geral. Atualmente, os alunos do quarto ano, recebem uma bolsa de Iniciação Científica. |
10417 | RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O EVENTO “IMPACTOS DAS IMIGRAÇÕES NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE” Annanda da Silva Pereira Mattos, Ana Beatriz Maciel Pereira, Beatriz Valim Egito do Amaral, Marienne de Moura Meira, Mary Ann Menezes Freire, Vanessa de Almeida Ferreira Corrêa RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O EVENTO “IMPACTOS DAS IMIGRAÇÕES NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE”Autores: Annanda da Silva Pereira Mattos, Ana Beatriz Maciel Pereira, Beatriz Valim Egito do Amaral, Marienne de Moura Meira, Mary Ann Menezes Freire, Vanessa de Almeida Ferreira Corrêa
Apresentação: O presente trabalho consiste em um relato de experiência e discorre sobre a organização e execução de um evento intitulado “Impactos das imigrações no Sistema Único de Saúde’’ produzido pela Liga Acadêmica de Atenção à Saúde Coletiva - LAASC, que visa abrir espaço para discussões sobre temas referentes à Saúde Coletiva, já que esta é uma área de grande relevância para a Saúde Pública, mas que apresenta poucos debates, além de incentivar a troca de conhecimentos sobre aspectos relevantes para formação acadêmica, atuação profissional e saúde da população em geral. Pensando também na chegada de imigrantes no território brasileiro, que totalizam 11.231 refugiados reconhecidos, sendo 1.086 apenas no ano de 2018, a LAASC observou a necessidade de trazer a tona esse assunto pouco discutido, que mostra ser uma temática atual e de impacto no sistema público de saúde, já que estas pessoas trazem consigo demandas sociais, culturais, econômicas e de saúde que devem ser acolhidas e assistidas, já que têm previstos em lei, dentre outros direitos, acesso igualitário e livre do migrante a serviços, programas e benefícios sociais, educação, trabalho, moradia, além de acesso a serviços públicos de saúde e de assistência social. Objetivo: Evidenciar os resultados alcançados com o encontro acadêmico intitulado “Impactos das Imigrações no Sistema Único de Saúde” realizado pela Liga Acadêmica de Atenção à Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Método: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência sobre a realização do encontro “Impactos das Imigrações no Sistema Único de Saúde”, que contou com o desenvolvimento da dinâmica “Mural de fotos: Como você enxerga a situação dos imigrantes?” que ocorreu no dia 25 de Setembro de 2019, em uma Universidade Federal no Rio de Janeiro. Estas fotos retratavam abrigos, principalmente um abrigo localizado em Roraima, já que este foi visitado por um membro da LAASC que viu de perto a realidade local. Resultado: O evento reuniu 46 ouvintes e 7 palestrantes. Entre eles, buscamos ter diferentes visões acerca do fenômeno das imigrações, convidando-os por causa da sua atuação e contribuição ao tema, cada um em uma área do SUS, abrangendo profissionais de expedições de resgate, associação não governamental, representante do Estado e graduando que trabalhou diretamente com a assistência à saúde em abrigos, tendo a oportunidade de contar como foi associar a teoria aprendida na graduação com a prática e quais suas dificuldades pela falta de abordagem desse assunto na faculdade. Iniciou-se com um espaço para as palestras e, em seguida, uma mesa redonda onde houve debate e interação com o público. Os palestrantes levantaram questões sobre determinantes sociais da saúde dos imigrantes, a situação no país de origem e motivos de deslocamento, tais como desastres naturais, guerras, violência (envolvendo agressões, roubos, estupro e mortes), separação familiar, falta de acesso à alimentos, entre outros. Além dessas questões, foi levantado pontos pertinentes sobre os desafios enfrentados pelos imigrantes ao acesso à saúde no Brasil, tais como a barreira do idioma e o desconhecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Como medida para minimizar essa dificuldade, uma palestrante trouxe uma cartilha elaborada e utilizada pelo Governo Estadual do Rio de Janeiro, que existe em 4 línguas diferentes (português, inglês, espanhol e francês) e que orienta a população imigrante e refugiada sobre o SUS. Abordou-se também a existência e as condições dos abrigos para refugiados, debatendo seus pontos positivos e negativos, sua estrutura física, suas regras de permanência e os serviços oferecidos, tais como alimentação, assistência social e de saúde, encaminhamento das crianças para as escolas públicas, entre outros. O evento contou com a participação de uma imigrante da República Democrática do Congo, que trouxe um relato rico sobre sua experiência e ainda um depoimento emocionante sobre o que a fez sair do Congo, como enfrentou os desafios e a nova vida quando chegou ao Brasil e a assistência que lhe foi fornecida. Aliado a isso, houve a aplicação da dinâmica do mural de fotos, onde os participantes observaram as fotos expostas sobre a temática abordada, e responderam a seguinte pergunta: “Como você enxerga a situação dos imigrantes?” em post-its disponibilizados ao redor do mural. Algumas respostas foram: “Vulnerabilidade”, “Enxergo que não há algo específico que assegure o acesso a saúde para o imigrante”, “Lamentável”, “A situação hoje dos imigrantes é preocupante porque mesmo que o pedido de ajuda seja aceito, com a chegada dos imigrantes se escancara a xenofobia, as condições de vida precária, a falta de auxílio de saúde de qualidade. existem políticas que garantes direitos”, “Falta assistência necessária para esta população minoritária”, “Necessita de mais visibilidade”, “Solidão, falta de integração”. Com isso propôs-se uma reflexão sobre as condições em que vivem os refugiados e o processo de mudança, a fim de sensibilizar os presentes a respeito das situações enfrentadas por estes que buscam uma vida melhor, de despertar o senso crítico e estimular a formação de profissionais que queiram fazer a diferença, que busquem melhorias para essa população e que enxerguem o paciente de forma holística, agindo em defesa destas pessoas e tentando atender a todas as suas necessidades, não apenas a uma doença. Considerações finais: A realização do evento e o levantamento da temática em torno da imigração e suas necessidades possibilitou evidenciar a situação dos imigrantes no território brasileiro, dar voz para esta população muitas vezes negligenciada e discutir medidas públicas existentes para amparar os refugiados, como os abrigos. Dessa forma, ao realizar tal discussão, amplia-se o conhecimento científico e preenche lacunas encontradas na grade curricular dos cursos de graduação em saúde, proporcionando conscientização dentro e fora da instituição acadêmica por parte dos profissionais e futuros profissionais de saúde, já que esses imigrantes possuem demandas específicas que diferem das necessidades da população local com as quais os profissionais estão acostumados a lidar. O conhecimento sobre a realidade dessa população e a conscientização, então, promovem a humanização acerca do acolhimento e da assistência a esse grupo, deixando de lado o preconceito causado pela falta de informação e, quem sabe, aumentando em número e em qualidade as políticas assistenciais. |
10796 | A INTERPROFISSIONALIDADE COMO FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO NA ÁREA DA SAÚDE Caroline Pamplona Tavares, Gabriel Mobilon Pinheiro, Mike Rocha Alves, Carla Gianna Luppi, Daniele França, Marcelle Martim Bianco A INTERPROFISSIONALIDADE COMO FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO NA ÁREA DA SAÚDEAutores: Caroline Pamplona Tavares, Gabriel Mobilon Pinheiro, Mike Rocha Alves, Carla Gianna Luppi, Daniele França, Marcelle Martim Bianco
Apresentação: O Programa de Ensino pelo Trabalho para a Saúde/Interprofissionalidade (PET - Saúde), em sua nona edição, busca explorar a interprofissionalidade tanto no campo de atuação profissional, quanto na formação de novos profissionais de saúde. O programa, criado em 2008 pelo Ministério da Saúde, promove a interação entre docentes, trabalhadores e estudantes da área da saúde através de práticas colaborativas que fortaleçam o trabalho em equipe, visando à integração ensino-serviço-comunidade. O objetivo do presente trabalho é descrever as vivências de um grupo PET- Saúde em área de elevada vulnerabilidade no município de Diadema, com a preocupação em reconhecer o espaço e suas demandas, suas dificuldades e potencialidades e, principalmente, identificar onde e como se desenvolve o trabalho interprofissional. Desenvolvimento: Em 2019, o PET- Saúde da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) iniciou suas atividades com um grupo tutorial composto por seis estudantes dos cursos de graduação de Medicina, Enfermagem e Farmácia, preceptores profissionais de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Diadema - enfermeiro, psicólogo e farmacêutico -, e dois tutores da universidade. Para apreender a ação interprofissional e a integralidade do cuidado no contexto da Atenção Básica (AB), os discentes observaram o território, a rotina dos trabalhadores de diversas profissões da saúde, os atendimentos e grupos. A partir dessas atividades organizadas na UBS, após discutir com o grupo tutorial sobre quais foram as impressões mais marcantes em relação à experiência no local e focar em uma situação de saúde do território, a temática escolhida foi interprofissionalidade na Saúde Materno-Infantil. A apresentação de seminário em grupo sobre a importância do pré-natal para pacientes do grupo de gestantes da UBS permitiu que o conhecimento técnico de cada disciplina da área da saúde fosse reunido, interpretado e ensinado pelo grupo todo, proporcionando, além de um cuidado mais integral e amplo com as gestantes, um aprendizado mais profundo e diverso, que pouco a pouco foi aprendendo na prática os fundamentos, a importância e a aplicabilidade da interprofissionalidade na Atenção Básica (AB). Resultado: Ainda que a UBS conte com profissionais de diversas formações e atuações, há dificuldade na implementação do trabalho interprofissional, em decorrência, dentre outros fatores, de possíveis lacunas na formação em saúde em relação ao preparo para se trabalhar interprofissionalmente. A interprofissionalidade, que era objeto de estudo, tornou-se ferramenta de aprendizado, proporcionando aos estudantes do PET – Saúde uma oportunidade de formação ampla e integral, reunindo diferentes áreas de conhecimento com o objetivo de aumentar a eficiência do processo de resolução de problemas. Considerações finais: A região de atuação da UBS apresenta vulnerabilidades tanto no campo social, quanto econômico. Assim sendo, o olhar qualificado e integral do profissional da saúde para com a população local é essencial para criação do vínculo ensino-serviço-comunidade. Tal tarefa enfrenta alguns obstáculos diante de falhas na distribuição territorial, pois dificultam as ações das equipes que atuam no bairro, sobrecarregando o serviço e refreando a implementação do serviço interprofissional integral e resolutivo. |
11628 | TERRITORIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA COMUNIDADE VAL DA BOA ESPERANÇA Inara Russoni de Lima Lago, Flavia Dorneles Clemente Gontijo, Verônica Carla Gonçalves Lima, Laleska Gabriella Regis Pereira TERRITORIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA COMUNIDADE VAL DA BOA ESPERANÇAAutores: Inara Russoni de Lima Lago, Flavia Dorneles Clemente Gontijo, Verônica Carla Gonçalves Lima, Laleska Gabriella Regis Pereira
Apresentação: Mapeamento do território da Comunidade Val da Boa Esperança a fim de fazer um diagnóstico de saúde. Objetivo: Conhecer os moradores da comunidade Val da boa esperança. Conhecer os pontos de potencialidade e vulnerabilidade do território. Conhecer os principais problemas de saúde dos moradores. Conhecer os principais agravos de saúde de cada família. Conhecer as principais demandas de saúde de cada comunidade. Justificativa: Este projeto é importante porque a região avaliada não é coberta pela Estratégia Saúde de Família e, também, não há nenhum mapeamento da região e nenhum trabalho que vise o diagnóstico de saúde desta comunidade. Sendo assim, esse projeto permitirá conhecer o território estudado, bem como os principais agravos em saúde e subsidiará a implantação de futuras intervenções em saúde. Materiais: Serão utilizados dois questionários com informações baseadas nas fichas de cadastro Domiciliar e Territorial e de Cadastro Individual disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde para cadastramento familiar e individual nas Unidades de Saúde da Família. Esses questionários serão transcritos em uma planilha do programa Excel que será respondida diretamente enquanto ocorrem as entrevistas com os familiares. Método: Os ligantes da Liga Acadêmica de Medicina de Família e Atenção Primária (LAMFAP) da Universidade Federal do Oeste da Bahia irão em carro particular até a comunidade. Em primeiro momento, será realizado uma reunião com os moradores da comunidade, principais figuras da comunidade para um conhecimento geral da comunidade, da sua história, principais demandas dos moradores em relação à saúde e, também, será apresentado este plano de ação. Em um segundo momento, os questionários serão aplicados aos moradores do local. Resultado: esperados: Ao final do estudo, esperamos obter um conhecimento geral da população quanto aos aspectos de saúde. Mais especificamente, esperamos conhecer os locais de potencialidades e vulnerabilidades do território e os principais problemas de saúde. A partir desses dados, planejamos traçar estratégias para melhorar as condições de saúde da região, como feiras de saúde, feiras de educação em saúde, de educação continuada com os Agentes Comunitários de Saúde. |
10941 | A NUVEM: QUANDO FORMAR PROFISSIONAIS DE SAÚDE É LEMBRAR QUE SOMOS CORPO Denise Mattos, Monica Rocha A NUVEM: QUANDO FORMAR PROFISSIONAIS DE SAÚDE É LEMBRAR QUE SOMOS CORPOAutores: Denise Mattos, Monica Rocha
Apresentação: Este trabalho é o relato de experimentação sensível realizada na cerimônia de acolhimento de alunos de graduação da área da saúde de uma instituição de ensino superior tradicional e apresenta o recolhimento de seu efeito 18 meses depois. Descrição da experiência Primeiro Ato _ “Vocês não querem apresentar algo do Laboratório de Sensibilidades e Devires-LSD-para os alunos? O convite partiu da professora que acabara de encerrar sua conferência sobre Habilidades de Comunicação, na recepção dos calouros de quatro cursos da área da saúde da faculdade de medicina de tradicional instituição de ensino superior. Havia uns duzentos alunos. Uma dúzia de pais e mães. Emocionadíssimos. Orgulhosíssimos. Mais dez docentes de peso. Compenetradíssimos. E. Estávamos lá, nós três, professoras do LSD. Uma exposição do diretor da instituição sobre a excelência das ofertas dos cursos e outra da docente das Habilidades de Comunicação sobre a importância do tema. Na sequência à aula formal esta última realizou e atividade de escuta de narrativas em duplas. Finda a qual, o campo estava pronto. Ao receber o convite, uma de nós respondeu de imediato se colocando à frente no palco: _Sim. Proponentes a postos. Proposta na roda.” Impossível se perder “ seria a interferência, uma ação incluída num de nosso projetos de trabalho – Corpo e Aura. Logo as três sacamos alegremente canetas hidrográficas para oferecer e, a seguir, a explicação da ação. Quem topasse tiraria os sapatos, desenharia a caneta na planta de um dos pés o mapa de sua vida do nascimento até aquela hora e depois caminharia lentamente, pé ante pé, no ritmo da própria respiração. Pé direito na inspiração e pé esquerdo na expiração. Ou o inverso, porque importava o ritmo e não a ordem. A esmo. No anfiteatro, no corredor externo do Centro. Até que se esgotasse o ciclo desejante. A necessidade de perseverar sem conteúdo a priori. Sem meta. Sem explicação final. Risos nervosos, rostos incrédulos. A proposição fez circular inquietação frente ao estranho. Um unheimlich freudiano. Momento de alarme gerador de energia vital. A maior parte dos jovens calouros aderiu ao proposto. Sapatos retirados, mapas traçados. E subitamente a multidão começou a se movimentar ritmicamente em anárquicos sentidos. Caminhando pelo anfiteatro, pelo corredor externo do Centro. Caminhando, caminhando. Uma professora de fora do LSD aderiu. Os demais professores se mantiveram estáticos, observando a tudo, subsumidos ao tempo para eles visível como subjetivamente interminável da curta proposta. Ao fim e ao cabo do último retornado encerramos a interferência e nos despedimos. Deixando que flutuassem ou se precipitassem as vivencias geradas. E que cada actante levasse consigo a experiência em reverberação. Sem problematização, sem tentativas de explicação, sem enquadramento em efeitos (im)previsíveis. A questão foi a ação, o ato, o instante em si. A ação instituinte repercutiu nas figuras chave do instituído presentes como um excesso, algo descabido, fora da curva aos cânones tradicionalmente admitidos numa cerimônia de tal relevância. As críticas nos chegaram depois. E o que afetou os corpos dos calouros não nos foi dado saber. Eles apenas lá se foram para casa. “ Intervalo: O acolhimento dos calouros é um ritual revestido de aura transcendente, centrado na valoração da tradição acadêmica e na produção de conhecimento sobre a doença tendo como base a excelência da pesquisa científica. Aspectos de reconhecida importância. Mas bom lembrar que toda prática do cuidado se dará também nos corpos dos estudantes, dos profissionais formados e dos usuários dos serviços de saúde como experiência subjetiva dos sujeitos submetidos a um fora em acontecimento. No sensível além do cognitivo. Na afecção além da ciência. Num lugar onde a transcendência do instituído, valor a priori incorporado de imediato pelos discentes, terá de conviver com a produção de imanências, no plano dos corpos em conversa. Na busca de um compartilhamento de repertórios no encontro e não de práticas puramente prescritivas. A partir e sobre corpos vivos, desejantes, muitas vezes quase indomáveis. E como apreender essa subjetividade do corpo outro sem se dar conta do corpo próprio? Essa fragilidade do eu desconhecido na tensão, na fricção com o outro? No trabalho micropolítica cotidiano este é um dilema inescapável. A questão é a como produzir novos valores. O Programa Laboratório de Sensibilidades e Devires tem como objetivo reunir experiências de alargamento do sensível na formação de corpos inclinados ao encontro, principalmente aquelas pautadas em conhecimentos e práticas classicamente definidas como marginais ou externas àquelas coroadas e destacadas na academia, tendo como fio de amarração as muitas possibilidades de arte. Visa constituir-se um espaço-tempo no qual se possa experimentar coletivamente, discutir sobre as experiências e produzir interferências que se manifestem em ondas para fora do Laboratório. Propõe, como recurso metodológico, a realização de atividades de experimentação artística e reflexão sobre suas possibilidades de operar no afrouxamento das bordas do sensível, em diferentes espaços, momentos e com diferentes possibilidades de propostas de intervenção e participação. Esta ação foi organizadas na forma de um de nossos projetos, Corpo e Aura, voltado para experimentações sensíveis em dinâmicas de grupo tomando como dispositivo, no caso, intervenção de dinâmica corporal. Efeitos percebidos Segundo ato: Um ano após a ação de acolhimento dos calouros lá estava uma das professoras do LSD novamente diante da turma. Agora como coordenadora adjunta de disciplina obrigatória, sua outra função na escola de medicina. Ao lembrar ao grupo ser uma das proponentes da interferência inaugural houve uma troca de sorrisos olhares curiosos. Foi uma turma especialmente participativa. Ao fim do semestre da disciplina, data da prova final, todos os alunos respondem a uma avaliação anônima do curso. Neste dia, movida por impulso irresistível, a professora pediu que aqueles que recordassem da ação do acolhimento escrevessem em uma ou poucas palavras no que a interferência vivida os havia afetado. Final: O recolhimento obtido foi organizado como a nuvem que será apresentada no Congresso. Para fim de adequação à ferramenta, respostas constituídas por pequenas frases foram transformadas em unidade única, como palavra, sem o que seria inviabilizado o emprego da nuvem. O tamanho maior das letras das palavras corresponde ao número maior de vezes em que foram citadas. Ficaram as marcas nos corpos de cada um deles. E a nuvem. E lá se foram para casa... |
10963 | WORLD CAFÉ NA FORMAÇÃO EM SAÚDE: REFLEXÕES A PARTIR DA POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA Vanessa de Almeida Ferreira Corrêa, Juliana Roza Dias WORLD CAFÉ NA FORMAÇÃO EM SAÚDE: REFLEXÕES A PARTIR DA POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICAAutores: Vanessa de Almeida Ferreira Corrêa, Juliana Roza Dias
Apresentação: Relato de experiência do uso do método world café na formação em saúde em um Curso de Graduação em Enfermagem de uma Universidade Federal localizada no Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Evidencia-se, a necessidade do debate entre a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) aprovada no ano de 2017 e o ensino do referido campo nos Cursos de Graduação em Enfermagem. Nesse contexto, a partir da busca em desenvolver processos de ensino-aprendizagem participativos que articulem perguntas significativas para a reflexão do cotidiano de políticas em saúde no Brasil, utilizou-se o método world café como uma estratégia educativa na formação em saúde. O world café tem como objetivo criar um ambiente seguro para que conversas significativas aconteçam e as pessoas possam falar do que realmente importa. É um método onde as pessoas podem compartilhar ideias e propor soluções para os problemas identificados. Assim, o referido método estimula o diálogo e o aprendizado significativo, a partir de um tema definido. Nesta perspectiva, este relato de experiência tem como objetivo: Relatar a experiência de uso do world café como estratégia de ensino-aprendizagem participativa na formação em saúde em um Curso de Graduação em Enfermagem de uma Universidade Federal localizada no Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Desenvolvimento: Estudo qualitativo e descritivo. Trata-se de um relato de experiência através da apresentação dos seguintes passos: 1º passo: Preparo do ambiente seguro para discussão e apresentação da temática; 2º passo: Explicação do método: world café; 3º passo: Divisão dos grupos; e 4º passo:Apresentação: das perguntas disparadoras. Resultado: Os locais de desenvolvimento foram salas de aulas; refrigeradas; e com a disponibilidade de cadeiras e mesas para a realização do world café. Desenvolveu-se o total de 04 experiências com o referido método durante os anos de 2018 e 2019, com duração de 03 horas cada e a participação de 25 discentes. No início do world café criou-se um espaço acolhedor e informal, com a disponibilidade de cadeiras e mesas em 03 pequenos círculos. O que remeteu a um ambiente de liberdade e diálogo. Cada círculo possuía cartolinas, canetas e etiquetas autoadesivas, de modo que os discentes pudessem registrar suas ideias. Também garantiu que não se tratava de uma atividade avaliativa, porém, uma estratégia para apresentar ideias. Explicou-se o world café como um método de discussão e construção do conhecimento de forma compartilhada, a partir das experiências e leituras previa de cada participante. Em seguida, apresentou-se uma sistematização acerca das principais conquistas na PNAB dos anos de 2006 e 2011. Dividiu-se os discentes em três grupos para debate e troca de ideias, a partir de um roteiro previamente elaborado com 03 perguntas disparadoras para a discussão entre os participantes: I: Qual é o contexto político, econômico e social de aprovação da PNAB 2017?; II: Quais são as mudanças aprovadas no modelo da Estratégia Saúde da Família apresentadas na PNAB 2017?; III: Quais são as estratégias de resistências desenvolvidas/a serem desenvolvidas pela comunidade universitária, profissional e usuária? Posteriormente, escolheu-se um anfitrião que permaneceu na mesa para registrar as ideias apresentadas, enquanto os outros discentes trocaram de mesa a cada rodada e foram orientados a discutirem as ideias que surgissem no grupo. Cada rodada teve duração entre 15 e 20 minutos. Após o retorno dos participantes para a sua pergunta inicial, estes aprofundaram as perguntas realizadas, organizaram as ideias e sintetizam suas descobertas. Posteriormente, solicitou-se que os anfitriões apresentassem as ideias compartilhadas pelos discentes, de forma que fosse possível uma síntese do conteúdo desenvolvido pelo grupo. Finalmente, é sugerido à turma que as ideias registradas nas cartolinas, a partir de cada pergunta disparadora, sejam digitadas pelos grupos e compartilhadas entre os discentes para que sirvam como um guia de estudo e reflexão. Considerações finais: Observou-se que as perguntas elaboradas serviram como orientadoras das propostas apresentadas pelos participantes e que todos os discentes participaram da discussão em grupo. Portanto, a elaboração de perguntas disparadoras é uma etapa importante na estratégia em apreço, por sensibilizar os participantes, gerar debates, potencializar a troca de conhecimentos e favorecer a contextualização das ideias, a partir do cotidiano de práticas em saúde. Na apresentação das ideias, identificou-se que os discentes intervieram nas ideias expostas tanto para exemplificá-las quanto para defender a sua importância. Percebeu-se que, esse foi um momento de troca de experiências e angústias sobre a formação universitária e o campo da atenção básica. Destaca-se que, a primeira temática foi a temática de maior dificuldade de apresentação pelos discentes; sendo a segunda temática, apresentada com maior facilidade ao pontuar as mudanças ocorridas. E, finalmente, na terceira, as possíveis formas de resistência desenvolvidas/a serem desenvolvidas no diálogo entre universidade e comunidade, também foram pouco mencionadas. Destaca-se, o método world café, como uma estratégia participativa de ensino-aprendizagem. Este possibilita o diálogo entre os participantes e a síntese do conhecimento no momento de discussão em grupo. Neste momento, é possível que o docente, como facilitador da aprendizagem, indique a leitura de artigos científicos, apresente reportagens atualizadas referentes à política de atenção básica e discuta as dúvidas referentes às políticas de saúde. Destacou-se que, os discentes identificaram a técnica do world café como importante estratégia a ser utilizada em outros momentos da formação em saúde, por permitir uma maior participação. Assim, espera-se, com este relato incentivar o uso do world café na formação em saúde e na reflexão sobre os diversos olhares quanto à temática em apreço, como um momento de reflexão compartilhado entre os participantes. Tal reflexão colabora para qualificar a proposta de intervenção construída de forma coletiva, pois se torna um projeto a partir da consciência crítica dos participantes do seu cotidiano de práticas. Sugere-se, o uso do world café como uma estratégia de ensino-aprendizagem participativa na reflexão sobre o campo da atenção básica e as políticas em saúde; além de sua contextualização no cotidiano das práticas. Além de novos estudos que possam qualificar o uso do world café como uma estratégia de construção coletiva na formação em saúde e propostas de ação para os problemas identificados nos diferentes contextos em saúde. |
10948 | GRUPOS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM MÚLTIPLOS CENÁRIOS: A EXPERIÊNCIA DO PROGRAMA CANDEAL Lavinia Boaventura Silva Martins, Thiago Santos de Souza, Arlene de Queiroz Alves, Renata Roseghini, Cláudia de Carvalho Santana, Sidney Carlos de Jesus Santana, Léa Maria dos Santos Lopes Ferreira, Ubton José Argolo Nascimento GRUPOS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM MÚLTIPLOS CENÁRIOS: A EXPERIÊNCIA DO PROGRAMA CANDEALAutores: Lavinia Boaventura Silva Martins, Thiago Santos de Souza, Arlene de Queiroz Alves, Renata Roseghini, Cláudia de Carvalho Santana, Sidney Carlos de Jesus Santana, Léa Maria dos Santos Lopes Ferreira, Ubton José Argolo Nascimento
Apresentação: As propostas de reorganização curricular, elaboradas para as diversas áreas do campo da saúde a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais e de políticas implementadas para uma formação de qualidade, humanística, que possa atender às demandas da população e do sistema de Saúde, inspiraram a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) implantar o Programa Candeal. Trata-se de uma prática curricular interdisciplinar, interprofissional e extramuros, alicerçada no tripé ensino-pesquisa extensão que ocorre desde agosto de 2006, com foco na saúde coletiva, sobretudo na promoção à saúde através de práticas de educação em saúde. Inicialmente a participação dos estudantes no Programa equivalia a uma atividade complementar. Posteriormente, pautada na necessidade de formar profissionais com competências para trabalhar em grupo, foi delineado, em 2015, um componente curricular – Prática Interprofissional em Saúde (PIS) - comum a todos os cursos da EBMSP (Biomedicina, Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Odontologia, Psicologia e Educação Física). O objetivo do presente trabalho, portanto, é descrever a experiência do Programa Candeal. Desenvolvimento: Atualmente, o Programa Candeal integra estudantes e professores de todos os cursos de graduação da IES. Semestralmente, cerca de 260 estudantes distribuem-se em uma média de 27 equipes multiprofissionais e atuam sob a coordenação de um professor-tutor, podendo haver a participação de representante da instituição parceira. Os grupos de Educação em Saúde (GES) acontecem semanalmente nos territórios de dois Distritos Sanitários de Salvador, a partir de parcerias intersetoriais entre a EBMSP e outras organizações governamentais e não governamentais em diferentes cenários (escolas, associações comunitárias, unidades de saúde, igrejas, creches, entre outros). A atividade é operacionalizada a partir de um plano de trabalho pré-determinado e cuja sequência envolve as seguintes etapas: I) Encontros de integração/qualificação da equipe de estudantes; II) Visita às comunidades para identificação do território; III) Atividades específicas junto à comunidade nos GES; IV) Avaliação do processo de trabalho; V) Encontro de Práticas Interprofissionais para compartilhamento das experiências. Resultado: O Programa Candeal mobiliza, aproximadamente, 523 pessoas semanalmente. Ao longo dos últimos 13 anos o Programa tem impactado nos distintos atores envolvidos: docentes, discentes e comunidade. O corpo pedagógico orienta-se por processos de educação permanente, desenvolvimento de pesquisas e projetos de extensão, apresentação de trabalhos em eventos, criação de tecnologia educativa digital e ressignificação do seu processo de trabalho. Com base no sistema de avaliação instituído, os discentes avaliam que a oportunidade é enriquecedora e construtiva à sua formação. A atuação em equipe é apontada como potente à ampliação do olhar sobre o outro e sobre o contexto onde ocorrem as atividades. Quanto à comunidade, foi utilizada uma matriz avaliativa, fruto de um projeto de iniciação científica, a qual revelou que os GES promoviam acolhimento e vínculo, possibilitam trocas de saberes e fazeres e estimulam a população melhorar sua qualidade de vida. Considerações finais: O Programa Candeal apresenta-se como estratégia pedagógica inovadora no ensino da graduação universitária. A educação interprofissional em múltiplos cenários tem se revelado como potente ferramenta para efetiva prática colaborativa e formação de profissionais socialmente comprometidos. |
11077 | QUEIMADAS NA AMAZÔNIA: QUALIDADE DE VIDA E Desenvolvimento: SUSTENTÁVEL TRABALHADOS NA DISCIPLINA SAÚDE E MEIO AMBIENTE Vitória Cristiane Leandro da Silva, Camilla Gomes Rodrigues, Rebecca Lobato Marinho, Lucinéia Ferreira Ferreira QUEIMADAS NA AMAZÔNIA: QUALIDADE DE VIDA E Desenvolvimento: SUSTENTÁVEL TRABALHADOS NA DISCIPLINA SAÚDE E MEIO AMBIENTEAutores: Vitória Cristiane Leandro da Silva, Camilla Gomes Rodrigues, Rebecca Lobato Marinho, Lucinéia Ferreira Ferreira
Apresentação: Em agosto de 2019, o índice de queimadas na Floresta Amazônia aumentou 196% em relação ao mês do ano anterior, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A motivação foi a divulgação de dados de julho de 2019 pelo Inpe que mostrava a elevação dos focos de incêndio. Insatisfeitos com as afirmações, agricultores e grileiros organizaram o “Dia do Fogo”, incendiando áreas da floresta visando chamar a atenção estatal. Manifestações como “#PrayForAmazônia” tiveram grandes proporções em diversos países e foram temas principais nas redes sociais como Twitter, Facebook e Instagram. Diante disso, a temática das queimadas na Floresta Amazônica foi escolhida para o seminário da disciplina Saúde e Meio Ambiente no curso de Enfermagem, relacionada com a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável e culminando em uma proposta de intervenção ao problema grave da América Latina. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência das acadêmicas na elaboração de um seminário sobre as queimadas na Amazônia e seus impactos sociais. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência sobre o seminário ocorrido no segundo semestre do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará, como avaliação da disciplina Saúde e Meio Ambiente em 2019. Realizado por acadêmicas, ele consistiu no levantamento de uma problemática presente na sociedade que estivesse relacionada com a qualidade de vida e desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, as acadêmicas fizeram a associação com o aumento do índice de incêndio na Amazônia: foram realizadas buscas em plataformas científicas como LILACS e BVS, a fim de expor as circunstâncias das queimadas na floresta e elaborar uma intervenção para combater o impacto das queimadas na qualidade de vida da população e no equilíbrio do ecossistema. Resultado: O seminário teve resultados positivos, já que as acadêmicas enfatizaram a importância do incentivo ao desenvolvimento sustentável, do fomento à pesquisa científica e aos projetos desenvolvidos nas universidades como alternativa à exploração desenfreada dos recursos naturais. Por meio desse, observou-se o quão importante é tal tema, pois está diretamente ligado com a vida da região: fauna, flora e sociedade. Ademais, as queimadas têm um grande impacto no clima devido à emissão de carbono que chega à atmosfera, além da mudança no balanço hídrico e na distribuição das chuvas. Outrossim, as substâncias geradas pelos incêndios prejudicam a saúde, pois são fonte de produção de gases tóxicos como o CO, CO2 e ácidos carbônicos causadores de doenças respiratórias e cardiovasculares. Considerações finais: A realização dessa atividade contribuiu para a formação acadêmica das graduandas e ampliou o conhecimento mediante uma visão mais ampla do tema discutido em sala de aula, evidenciando a importância que o meio ambiente tem sobre a saúde do ser humano e o desenvolvimento sustentável. Dessa forma, as estudantes tiveram uma visão holística do tema abordado, visando cumprir seu papel profissional e de membro da sociedade e utilizando esse meio pedagógico que não se aplica somente às disciplinas relacionadas à saúde, mas para outras grandes áreas do conhecimento. |
12072 | A EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE HIGIENE COMO FORMA DE CUIDADO EM ESTUDANTES DE UMA ESCOLA PÚBLICA NA PERIFERIA DE BELÉM (PA) Ana Carolina Santos dos Santos, Manuela Cristina Gouveia do Amaral, Breno Pereira Martins, Marcos José Risuenho Brito Silva A EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE HIGIENE COMO FORMA DE CUIDADO EM ESTUDANTES DE UMA ESCOLA PÚBLICA NA PERIFERIA DE BELÉM (PA)Autores: Ana Carolina Santos dos Santos, Manuela Cristina Gouveia do Amaral, Breno Pereira Martins, Marcos José Risuenho Brito Silva
Apresentação: A educação é um método de promoção à saúde que se trata de assegurar o autocuidado. Na atenção básica há o Programa Saúde na Escola que tem o papel essencial de desenvolver ações educativas em saúde, ampliando o acesso a informações durante a processo de ensino-aprendizagem dos estudantes de escolas de ensino fundamental, médio e superior. Com isso, é importante analisar que, durante esse período muitos escolares se descuidam com sua higienização pessoal e para diminuir esses agravos é necessário que seja abordado a importância desse processo de autocuidado dentro das escolas. Este trabalho tem como objetivo descrever uma experiência de sensibilização dos estudantes a respeito importância da higiene como forma de promoção da saúde e prevenção de doenças. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos de enfermagem em ações de educação em saúde como forma de cuidado da higienização dos alunos em uma escola da rede pública em Belém-Pa. A atividade foi realizada com 30 estudantes de uma sala do 6º ano abordando sobre a importância da higienização para a saúde dos escolares, tratando-se de uma abordagem descritiva com a metodologia do Arco de Maguerez que é dividido em cinco etapas: observação da realidade; levantamento dos pontos chaves; teorização; hipóteses de soluções e aplicação da realidade Resultado: Na etapa de observação da realidade, atentou-se as práticas de higienização diárias e foi realizado alguns diálogos individuais para a análise dos pesquisadores. No levantamento de pontos chaves, destacou-se pelos estudantes através de questionários, as práticas não higiênicas que eram hábitos entre eles, como o compartilhamento de utensílios pessoais, a ausência de lavagem das mãos após suas práticas de educação física e/ou suas necessidades fisiológicas, sendo a maioria por falta de conhecimento dos riscos. A etapa de teorização foi fundamentada em pesquisas, para obter um efetivo conhecimento sobre formas de prevenir os problemas observados e dar subsídio teórico para os pesquisadores. Na etapa seguinte buscaram-se formas de intervir na realidade observada, seguindo a alternativas viáveis de modo crítico e adaptadas ao público-alvo. Por fim, seguiu-se a etapa de aplicação à realidade, onde foi ilustrada para as crianças, uma breve palestra de maneira lúdica e resumida, com o auxílio de curta-metragem, evidenciando a exata postura para os cuidados de higiene, com ênfase à escovação de dente, lavagem das mãos e os cuidados ao compartilhar copos, bem como as consequências da não higienização básica. Após isso, foi distribuído um kit de higiene constituído por uma escova de dente, um creme dental, um copo e um frasco de álcool em gel, com o intuito de sensibilizar os estudantes a manterem as práticas higiênicas. Considerações finais: este trabalho, possibilitou aos acadêmicos uma aproximação com a público estudantil, ampliando o conhecimento da realidade que os cerca e entendendo a importância da educação em saúde nas escolas, bem como a importância da higienização na adolescência para garantir que haja uma boa qualidade de vida. |