5: O serviço como campo de prática: criando laços e produzindo cuidado
Debatedor: A definir
Data: 01/06/2018    Local: FCA 02 Sala 02 - Bodó    Horário: 08:30 - 10:30
ID Título do Trabalho/Autores
2984 RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE AÇÕES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE EM UM AMBIENTE ESCOLAR
Letícia Góes, Lília Araújo, Paula Castro, Rennan Bastos, Ruan Freitas, Suelem Santos, Thaís Flexa, Jacyra Nunes

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE AÇÕES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE EM UM AMBIENTE ESCOLAR

Autores: Letícia Góes, Lília Araújo, Paula Castro, Rennan Bastos, Ruan Freitas, Suelem Santos, Thaís Flexa, Jacyra Nunes

Apresentação: A disseminação de informações sobre saúde para a comunidade, por meio de ações de intervenção social, objetiva a promoção da saúde e prevenção de doenças e outros agravos. As escolas têm se tornado um importante local para iniciativas de promoção da saúde e desenvolvimento de educação em saúde, fornecendo importantes elementos para capacitar o cidadão para uma vida saudável, por isso, a interação entre saúde e educação constitui um caminho importante para a conquista da qualidade de vida. Segundo o Ministério da Saúde, a promoção da saúde pode ser compreendida como “um conjunto de estratégias e formas de produzir saúde, no âmbito individual e coletivo, caracterizando-se pela articulação e cooperação intra e intersetorial”. Logo, faz-se essencial a atuação da intersetorialidade sobre questões estruturais da sociedade e que interferem no processo saúde-doença. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência dos acadêmicos de enfermagem, da Universidade Federal do Pará, sobre o desenvolvimento de ações de promoção da saúde no ambiente escolar. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, vivenciado pelos acadêmicos de enfermagem sobre as  ações desenvolvidas por meio do Projeto de Extensão “Ludicidade como ferramenta para promoção da saúde de crianças e adolescentes no espaço escolar” durante a Feira da Família da Escola Parque Amazônia, realizada no dia 25 de novembro de 2017, em Belém-PA. O público alvo foram os alunos, os pais, responsáveis e/ou acompanhantes dos alunos. Inicialmente, os acadêmicos realizaram a pesquisa bibliográfica a fim de enriquecer seus conhecimentos sobre a temática abordada. Dessa forma, foi possível estabelecer quais pontos seriam abordados para melhor compreensão do público. Para isso, foram montadas tendas para verificação da Pressão Arterial e Glicemia Capilar com orientações sobre conceito, causas, sintomas, riscos e hábitos saudáveis para prevenção das doenças. Ao  iniciar as atividades, foi indagado aos participantes que expressassem suas impressões, conceitos e concepções sobre os temas propostos. Logo em seguida, fez-se uma breve introdução da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e da Diabetes Mellitus, abordando os tópicos que seriam discutidos. A condução da apresentação foi realizada por meio do banner,  apresentando os seguintes tópicos, respectivamente: “O que é hipertensão?’’; “O que é diabetes?”; “Meio Ambiente versus a pressão alta versus a diabetes”; “Vida saudável: o segredo da longevidade’’; “Anti-hipertensivo e Antidiabéticos é coisa séria’’; e “Bem me quero ou mal me quero?”. No primeiro e segundo tópico foram abordadas as questões fisiopatológicas da HAS e da diabetes; no terceiro discutiu-se sobre as questões socioambientais que interferem nos níveis pressóricos do portador de hipertensão e nos níveis glicêmicos do portador de diabetes; no quarto tópico foi debatido as práticas saudáveis e seus reflexos nos portadores de HAS e diabetes; no quinto tópico  foi tratado a importância dos medicamentos utilizados; e no sexto tópico foram discutidas as consequências de uma terapia eficaz e os malefícios de um tratamento incorreto no paciente. Posteriormente, os participantes realizaram verificação da pressão arterial e teste de glicemia capilar. E, ao fim da atividade, foi distribuído panfletos orientativos sobre as doenças apresentadas. Resultados e/ou impactos: A primeira atividade realizada pelo grupo, consistia na orientação sobre HAS e Diabetes, devido à relevância em alertar e conscientizar o público ao nível de atenção primária em saúde sobre os riscos e cuidados cotidianos de um paciente hipertenso e/ou diabético, pois a falta de informações a respeito leva o usuário a uma negligência do tratamento e das possíveis complicações dessa morbidade, que apesar de controlável apresenta grandes consequências quando não tratada corretamente. Além disso, orientar os que desconhecem sobre as duas patologias, alertando sobre o que são as doenças, suas causas e as formas de prevenção. O local escolhido apresentava grande movimentação e estava bem visível para aqueles que chegavam na escola, o que possibilitou a abordagem de um número significativo de pessoas. No primeiro momento, os alunos abordavam todos que passavam pelas tendas e os convidavam a receber orientações e permitiam que o público participasse de forma mais ativa. Durante a orientação, a maioria do público foi pouco participativa, percebeu-se, ainda, que a maioria não estava interessada em receber as orientações devido à pressa, mas sim, em apenas verificar os valores de pressão arterial e glicêmicos. Dentre as pessoas orientadas, não havia nenhum diabético, porém a minoria, os portadores de hipertensão, eram os mais participativos, perguntando, respondendo e indagando sobre os tópicos; mostraram-se interessados no tema, preocupando-se quando algo não se encaixava no estilo de vida deles. Outro serviço disponível no local era a verificação da pressão arterial e monitoramento da glicemia capilar. Este serviço foi bem aceito pelas pessoas abordadas, tanto pelos alunos que se mostravam curiosos com a atividade, quanto pelos adultos que estavam realmente interessados em verificar. Durante diálogo com os participantes, observou-se um baixo índice de adesão de adultos hipertensivos ao tratamento da doença. Devido a identificação dessa problemática, houve a necessidade de reforçar a importância do tratamento medicamentoso e não-medicamentoso, conscientizando a população para que este problema seja evitado. Para ampliar a adesão ao tratamento anti-hipertensivo são utilizadas estratégias multidisciplinares, sendo de grande relevância e em prol do bem-estar do indivíduo a atuação direta e indireta do enfermeiro e da sua equipe de saúde no processo de mudança de hábito de vida, do conhecimento das crenças em saúde e a comunicação interpessoal com o paciente hipertensivo. Por meio de educação contínua, é possível a redução da taxa de adultos diagnosticados com HAS e que negligenciam a gravidade dessa doença crônica. Por fim, houve a distribuição dos panfletos. Estes foram feitos a partir da leitura bibliográfica dos alunos e confeccionados pelos mesmos, ressaltando os hábitos saudáveis para prevenção das doenças e a importância do tratamento correto. Segundo o público, a distribuição dos panfletos foi muito positiva, pois contribuiu para reforçar o que foi explicado pelos alunos e ajudar as pessoas que não tiveram tempo de assistir à orientação. Considerações finais: A Hipertensão Arterial Sistêmica e a Diabetes Mellitus são doenças crônicas com altos índices de ocorrências nas últimas décadas e os seus agravantes estão relacionados diretamente com os hábitos diários da população. Sendo assim, a educação em saúde se torna um instrumento efetivo para a promoção e prevenção destas doenças, pois alia ao processo de ensinar o melhor entendimento da população que precisa desse conhecimento através de uma comunicação mais popular e menos científica. É fundamental que os acadêmicos de enfermagem adotem essas práticas durante sua formação para que, quando forem enfermeiros, possam ser autônomos para realizar essas ações na comunidade onde atuam.

3074 Integração ensino-serviço: realidades e desafios
Daniela Lacerda Santos, Lucille Annie Carstens, Eliane Oliveira Pinheiro

Integração ensino-serviço: realidades e desafios

Autores: Daniela Lacerda Santos, Lucille Annie Carstens, Eliane Oliveira Pinheiro

Introdução Este trabalho visa descrever, através de um relato de experiência, a vivência da interação entre o professor de campo na Estratégia de Saúde da Família (ESF) com os profissionais preceptores da equipe – médica e enfermeira – dentro do processo de trabalho e ensino-aprendizado. Essa interação foi possível a partir da mudança curricular proposta no curso de medicina de uma instituição privada, na região serrana, do estado do Rio de Janeiro que possibilitou, através da disciplina Saúde e Sociedade, que o aluno esteja inserido no cenário ensino-serviço da ESF, conciliando esta prática com o conteúdo discutido em sala de aula. Osatores importantes nesse processo de construção do conhecimento são os preceptores do campo, através dos seus processos de trabalho, desenvolvidos no exercício profissional, como médica e enfermeira e a professora da instituição de ensino. Objetivo: Descrever, através de um relato de experiência, o processo de construção de um planejamento didático no campo prático da saúde, considerando a interação entre docente e preceptores, atuantes na equipe de saúde da família, com o intuito de fortalecer e intercâmbio entre a instituição de ensino e o serviço de saúde.   Metodologia A construção do planejamento didático nas práticas no campo foi elaborada entre alunos, professora e equipe técnica, baseado em um planejamento estratégico, onde foram consideradas as demandas em saúde do território e necessidade de fortalecimento do processo de trabalho da equipe. No primeiro dia na unidade de saúde os alunos expuseram o diagnóstico de território, realizado no primeiro período, este foi cotejado com a exposição das demandas em saúde, expostas pela equipe de saúde local. Cenário do estudo: A peculiaridade desse campo consiste na interlocução, a relação entre uma instituição privada de ensino e um campo de Atenção Primária à Saúde, sob coordenação do ente municipal, todos os profissionais da equipe atuam com carga horária em consonância à ESF. As demandas prioritárias para esse momento foram consideradas de acordo aos indicadores da unidade, como à baixa adesão das usuárias ao pré natal e baixa adesão dos adolescentes à imunização contra o HPV. Resultados: Foi elaborado um check list, a partir das recomendações do Ministério da Saúde para a gestação de baixo risco, com visitas domiciliares para busca ativa e verificar adesão às recomendações do pré natal. Sobre a vacinação de HPV, foi planejada uma atividade dinâmica com as turmas de uma escola que aderiu ao PSE para sensibilização e desmistificação, além de agendada reunião com os pais para maiores esclarecimentos. Resultados:Das 25 gestantes ,16 foram visitadas. As demais não foram encontradas no domicílio ou acompanham no serviço de Referência de alto risco. Entregues pedidos de exames que ainda não tinham sido realizados e reagendadas avaliações na unidade de saúde. Na dinâmica sobre vacina HPV, os adolescentes tiveram dinâmicas realizadas de forma descontraída para dúvidas sobre o assunto, sendo receptivos ao assunto. Agendada segunda reunião com os pais responsáveis para demais esclarecimentos. Considerações finais A integração ensino serviço ainda é um desafio devido às constantes modificações necessárias para inserção desse estudante e fatores internos que atrasam a continuidade das ações.

3164 PROJETO AGIR EDUCATIVO CUIDATIVO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE ATENDIMENTOS EM HIDROTERAPIA
Fernanda Jacqueline Teixeira Cardoso, Andreza da Silva de Freitas, Caroline Amaral Diniz, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Franciane de Paula Fernandes, Marcelo Silva de Paula, Ana Cely de Sousa Coelho, Dammy Klésia Silva de Lima

PROJETO AGIR EDUCATIVO CUIDATIVO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE ATENDIMENTOS EM HIDROTERAPIA

Autores: Fernanda Jacqueline Teixeira Cardoso, Andreza da Silva de Freitas, Caroline Amaral Diniz, Sheyla Mara Silva de Oliveira, Franciane de Paula Fernandes, Marcelo Silva de Paula, Ana Cely de Sousa Coelho, Dammy Klésia Silva de Lima

Apresentação: A hidroterapia é um recurso amplamente difundido na reabilitação ortopédica, neurológica, geriátrica, pediátrica, reumatológica e desportiva. Os benefícios dessa prática ocorrem devido às propriedades físicas da água associada ao calor, que atuam em diversos sistemas: circulatório, respiratório, musculoesquelético, nervoso, além dos diversos benefícios psicológicos associados. O presente trabalho tem como objetivo descrever a experiência na atuação em extensão universitária durante os atendimentos de hidroterapia no campus universitário. Desenvolvimento: Estudo descritivo na modalidade relato de experiência desenvolvido por discentes e docentes da Universidade do Estado do Pará-Campus XII Santarém. Os atendimentos no setor de hidroterapia foram realizados no primeiro semestre de 2017, através do projeto de extensão agir educativo cuidativo no complexo aquático.Resultados e/ou impactos: Os atendimentos realizados no setor de hidroterapia beneficiaram cerca de 60 pacientes, com diversas patologias, desde criança com lesão de plexo braquial, até idosos com Parkinson, isso mostra a grande variedade de pacientes. A realização dos atendimentos foi possível com o serviço voluntário de profissionais e acadêmicos de Fisioterapia e Enfermagem. Antes dos atendimentos na piscina terapêutica, os pacientes eram acolhidos pela equipe de enfermagem e após tal ação se iniciava os atendimentos. A consulta de enfermagem envolvia também orientações acerca do tratamento ofertado. Os atendimentos duravam 30 minutos, compostos de aquecimento, tratamento e desaquecimento. Considerações finais: A experiência do cuidado em hidroterapia foi muito positiva enriquecendo o aprendizado mútuo. O serviço oportunizou observar, tratar e avaliar as diversas necessidades em saúde dos pacientes acompanhados bem como suas evoluções. Assim, tal vivência ressalta a grande valia de aproximar os acadêmicos aos pacientes em todos os momentos da vida universitária, buscando ainda relação de aprendizagem quando realizada em colaboração com outros cursos.

3169 A relação médico-paciente sob a ótica de médicos especialistas e generalistas em um município na Amazônia
VIVALDO GEMAQUE DE ALMEIDA, TATIANA SOUSA CAVALCANTE, JENNIFER JORGE DE SALES, EDNA FERREIRA COLHO GALVÃO, EDNA FERREIRA COLHO GALVÃO

A relação médico-paciente sob a ótica de médicos especialistas e generalistas em um município na Amazônia

Autores: VIVALDO GEMAQUE DE ALMEIDA, TATIANA SOUSA CAVALCANTE, JENNIFER JORGE DE SALES, EDNA FERREIRA COLHO GALVÃO, EDNA FERREIRA COLHO GALVÃO

APRESENTAÇÃO: A medicina hoje passa por novas adequações. O contexto atual exige cada vez mais que o médico em formação integre o conhecimento técnico às habilidades humanísticas, uma vez que a relação médico-paciente se encontra fragilizada em detrimento da maior facilidade de diagnósticos por exames mais elaborados e complexos. A implantação do internato rural, que é considerado um avanço nos currículos dos cursos da Amazônia, representa um dos aspectos que privilegiam o olhar regional para a formação em medicina. Buscou-se entender, então, onde está a essência desta relação e como podemos resgata-la, segundo a ótica de médicos especialistas e generalistas atuaentes na região. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de uma pesquisa descritiva, de natureza qualitativa, em um corte transversal. A coleta de dados foi feita através de entrevistas, utilizando pergunta aberta voltadas para profissionais médicos que atendiam em suas especialidades em hospitais públicos e/ou na atenção básica no município de Santarém,Pará, obedecendo-se a análise de conteúdo. RESULTADOS: Foram entrevistados 13 médicos, de um total de 330 cadastrados no município, segundo dados de 2017 do CRM-Pa, selecionados de diversas unidades de saúde e hospitais de referência. As unidades de registro identificadas foram: Vinculo de Confiança e/ou Respeito; Atendimento Biopsicossocial; Honestidade; Contato/Escuta; Empatia; Diagnóstico. Destacou-se a necessidade de olhar o paciente como um todo, entendendo a necessidade de uma visão holística. Depoimentos reafirmaram a importância de olhar além da queixa do paciente, além daquilo que é relatado. Muitos destacaram que as universidades são essenciais na formação da relação-médico paciente, por ser o primeiro contato e quem molda os acadêmicos como futuros profissionais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que é necessária uma mudança na abordagem da educação médica, com metodologias que proporcionem uma relação mais simétrica e empoderada, e que comtemple outros pontos desta relação que não somente a cura. Igualmente importante é que o médico tenha uma visão mais ampla, envolvendo também questões sociais e psicológicas durante sua formação, para que se sinta capacitado a tratar as doenças do corpo e da alma, e prover a saúde em um sentido além da simples ausência de doença.

3181 SAÚDE COLETIVA E OS CAMPOS DE PRÁTICAS: A VIVÊNCIA DOS PROFESSORES NESSE CENÁRIO
ANA FRANCISCA FERREIRA DA SILVA, Fabiana Mânica Martins, Bahiyyeh Ahmadpour Ahmadpour, Luciana Barros de Lima Matuchewski, Sorene Veloso Gouveia Melo

SAÚDE COLETIVA E OS CAMPOS DE PRÁTICAS: A VIVÊNCIA DOS PROFESSORES NESSE CENÁRIO

Autores: ANA FRANCISCA FERREIRA DA SILVA, Fabiana Mânica Martins, Bahiyyeh Ahmadpour Ahmadpour, Luciana Barros de Lima Matuchewski, Sorene Veloso Gouveia Melo

Apresentação: Este trabalho traz a proposta de apresentar o desenvolvimento da disciplina Saúde Coletiva III, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) em seus cenários de práticas, que foram as Unidades Básicas de Saúde (UBS) Ivone Lima localizada na Zona Leste e Morro da Liberdade localizada na Zona Sul. Essas vivências são relevantes pelo fato de ajudarem na consolidação do ensinar, do aprender e do fazer Saúde Coletiva, compartilhando saberes tanto com acadêmicos, professores e a comunidade. Objetivo: Relatar a experiência sobre as aulas práticas realizadas em duas UBS como parte da disciplina de Saúde Coletiva III. Desenvolvimento do trabalho: Estudo do tipo relato de experiência dos professores responsáveis pela disciplina Saúde Coletiva III, que ocorreu todas as sextas-feiras, das 8h até 10h no período de 01/09/2017 à 17/11/2017, nas Usos Ivone Lima e Morro da Liberdade. Cada Unidade recebia os grupos de alunos para desenvolver as atividades: acompanhar a equipe do acolhimento, triagem, vacinação, entrega de medicamentos, realização de exames como o Preventivo e o Eletrocardiograma, consultas de enfermagem referente aos Programas de Saúde que compões a Estratégia Saúde da Família (ESF), sala de espera com a realização de Educação em Saúde (com temas variados), visitas domiciliares junto com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) na área de cobertura da UBS para reconhecimento do território. No final das aulas práticas os alunos foram orientados a realizar a devolutiva/relatório compartilhando as experiências vivenciadas, onde cada aluno tinha seu momento de fala sobre sua percepção desse cenário. Para a complementação teórica também foi utilizada a estratégia didática do Ensino a Distância (EAD), no qual os alunos discutiam temas relacionados a disciplina que pudessem estar contribuindo no seu cenário de prática. Resultados: A vivência do acadêmico de Medicina dentro da UBS, acompanhando o dia a dia da Unidade, oportuniza a construção de um conhecimento sólido, priorizando a promoção da saúde como principal estratégia dentro da Atenção Básica, para a melhoria da qualidade de vida da população. Alguns temas desenvolvidos na sala de espera em Educação em Saúde foram: outubro Rosa, Aleitamento Materno, Hábitos Alimentares Saudáveis, novembro Azul, Menopausa, A prática de atividade física, como evitar a dengue, Primeiros Socorros, dentre outras. Durante as devolutivas/relatório final dos alunos, coordenados pelas professoras, foi evidenciado algumas falas como: “a população gosta de ouvir sobre saúde”; “eles interagem conosco professora”; “professora não sabia que existia esse trabalho dentro de uma equipe de saúde”; “nossa professora, o dr. Fulano sabe o nome de todos da família da paciente”, reforçando a importância da Promoção da Saúde dentro da UBS. Considerações Finais: Oportunizar vivências significativas nos cenários de práticas para acadêmicos de Medicina dentro da graduação, proporcionou a construção dialógica e compartilhada das relações dos alunos para com a comunidade, consolidando a promoção da saúde como estratégia de mudança de perspectivas sociais, pois a dinâmica das ações na Atenção Básica, estimulou os alunos a desenvolver o um olhar mais crítico - reflexivo para as necessidades de saúde do território, integrando a teoria à sua prática. 

3216 Vivência de uma Disciplina Integradora
juliane cristine de camargo, Lislei Teresinha Preuss

Vivência de uma Disciplina Integradora

Autores: juliane cristine de camargo, Lislei Teresinha Preuss

APRESENTAÇÃO   Este resumo expandido visa socializar a experiência vivenciada na disciplina Linhas de Cuidado Multiprofissional, de caráter multidisciplinar, da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG, sob coordenação do departamento de medicina. A disciplina teve seu início no segundo semestre de 2017 envolvendo seis cursos, os quais são: Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Medicina, Odontologia e Serviço Social e um total de vinte e quatro alunos;  tem o aporte de treze professores, incluindo a coordenação desta. A disciplina tem como meta, o estímulo aos acadêmicos, à aproximação ao sistema público de saúde e   aos espaços da comunidade através da inserção em Unidades Básicas de Saúde- UBS. Para que isto acontecesse, foram escolhidas duas Unidades, que teve como um dos critérios, a distância e nenhuma atividade específica desenvolvida pela UEPG, pois por esse motivo, não há participação de outros acadêmicos nesses equipamentos de saúde. São elas: ZILDA ARNS, localizada no bairro Nossa Senhora das Graças e EGON ROSKAMP, no bairro Santa Paula, na cidade de Ponta Grossa- Paraná. A partir da inserção dos alunos nestes espaços, busca-se levantar informações afim de construir um diagnostico referente aos atendimentos de saúde prestados a comunidade, de forma que identifiquem dificuldades relatadas pelos Profissionais e Usuários da UBS.  Através deste, propõe-se a construção de um projeto de intervenção de forma coletiva, que contribua tanto para a formação profissional dos alunos envolvidos, quanto para a equipe que trabalha na Unidade,  os usuários que frequentam e recebem atendimento da mesma. A metodologia utilizada nesta disciplina contempla rodas de conversa, jogos interativos, inserção na UBS e comunidade, dentre outras metodologias que proporcionam a integração entre alunos. O presente resumo tem como principal objetivo relatar, como é para uma aluna do segundo ano do curso de Serviço Social, integrar esta disciplina que reúne diversas áreas do saber, ou seja, multidisciplinar.   O RELATO DE EXPERIÊNCIA A disciplina integradora iniciou no  segundo semestre de 2017, sendo ofertada nas sextas-feiras no período da tarde. Foram realizados no total dez encontros, que se caracterizaram em aulas, observação na Unidade de Saúde, realização de um projeto de intervenção, e aplicação e por fim a avaliação de todo o processo. Todos os momentos vivenciados foram de forma dinâmica, com o objetivo de contribuir com a formação profissional de todos os cursos envolvidos. A disciplina iniciou com uma acolhida, onde os professores se apresentaram e também apresentaram a proposta da disciplina e com o objetivo de aproximar a turma e proporcinar a integração entre os alunos de diversos cursos, foi realizado uma dinâmica. Em encontros que foram realizados na sala de aula, as metodologias  foram ativas, um exemplo é aplicação do jogo do Sistema Único de Saúde - SUS, o qual foram organizados grupos de alunos de diferentes cursos. O jogo além de proporcionar uma maior aproximação entre os alunos, levou aos acadêmicos importantes conhecimentos a cerca do SUS. O jogo evidencia uma forma descontraída e prazerosa de se aprender. A disciplina possibilitou, a partir da inserção na comunidade, uma aproximação à prática profissional de uma equipe multiprofissional. Na observação realizada, a partir desta atividade, alguns pontos foram observados como: estrutura física, profissionais que compõe a equipe, se há Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF, serviços, maneira de organizar a agenda desses serviços, dificuldades da unidade, como se faz o registro de atividades desenvolvidas, e as maiores demandas que chegam até a Unidade. A disciplina possibilitou conhecermos a UBS, o público da mesma, através de conversas com as Agentes Comunitárias de Saúde - ACS e a inserção no bairro, as condições sociais, econômicas e de saúde destes sujeitos. Observamos, ainda, através da aplicação de um formulário, como é o atendimento da unidade, os problemas do bairro e na UBS, e quais seriam as soluções para o problema apontado. A falta de especialistas e a demora para marcar uma consulta com estes foram os problemas apontados. Através desse diagnóstico, foi construído um projeto de intervenção objetivando promover a capacitação das ACS para uma melhor orientação acerca da rede de atendimento da saúde no município, os medicamentos distribuídos nas Unidades Básicas de Saúde e o calendário de vacinas A construção do projeto de intervenção ocorreu de forma tranquila e consesual, com a participação de todos da equipe responsável. Foi construído um folder sobre orientações básicas a cerca  do fluxo de atendimentos. Na apresentação deste estiveram presentes enfermeiras da unidade e as mesmas reiteraram a importância deste. As intervenções, a partir do projeto,  ocorreram em três tardes, onde o grupo de acadêmicos se reuniu com as ACS e promoveram um espaço de discussão com troca de conhecimentos. As informações sobre a temática em pauta foram levantadas em forma de questões , o que favoreceu uma ampla participação e troca de experiências.     Resultados   A disciplina Linhas de Cuidado Multiprofissional, possibilitou a aproximação ao universo do trabalho multidisciplinar, que atualmente, no mercado de trabalho está ganhando bastante destaque, pois uma equipe que planeja junto suas ações tem mais efetividade.  Também viabilizou muito mais do que a integração entre diversos cursos, possibilitou o conhecimento a cerca das necessidades dos usuários que frequentam o SUS, e de que é necessário para que nós futuros trabalhadores da saúde tenhamos uma prática que vise atender suas reais necessidades e isso só se faz possível quando todos trabalham coletivamente. Alguns aspectos positivos e negativos foram vistos durante a disciplina, por sermos a primeira turma. Como pontos fracos citamos a rotatividade de professores, pois assim não há alguém fixo que acompanhe o trabalho desenvolvido pelos alunos do começo ao fim. No início havia um cronograma, ao qual teve muitas alterações ao decorrer da disciplina, o que ocasionou uma certa desorganização. Também houve muita desistência de alunos durante a disciplina, o que dificultou a realização de atividades dentro da mesma. Como pontos fortes podemos destacar as aulas dinâmicas que tornou a disciplina leve e favoreceu a integração entre os alunos. A disciplina nós trouxe a oportunidade de conhecermos diferentes visões diante de um mesmo propósito, durante a construção do projeto de intervenção e execução do mesmo, afim de deixar a individualidade do seu curso para um trabalho multidisciplinar. E viabilizou a aproximação da atenção básica, executada nas Unidades de Saúde, o que é campo de trabalho de todos cursos envolvidos.   Considerações Finais   A criação desta disciplina conduz a chance dos alunos da UEPG conhecerem  o que é um trabalho multiprofissional, sendo muito importante para a formação dos cursos envolvidos, pois durante a graduação alguns cursos acabam não vivenciando uma integração.  A iniciativa de promover encontros e debates entre cursos é de extrema importância para a atualidade, pois muitos alunos quando se formam e vão para o campo de trabalho, acabam não sabendo trabalhar em equipe multidisciplinar. Ter essa promoção desde a formação é um preparo essencial para uma maior produtividade no mercado de trabalho. A disciplina fortalece a ideia de trabalho horizontal, onde os profissionais não devem centralizar seus conhecimentos. Para o Serviço Social fazer parte dessas atividades é muito agregador, pois quando trabalhamos com as demais áreas do saber, conhecemos as reais necessidades dos usuários, para a amplitude de políticas públicas.

3274 RELATO DE EXPERIÊNCIA: A INTEGRALIDADE DO CUIDADO NO PÓS-ALTA DA HANSENÍASE
Sabrina Maria José Novais Meira, Daniela Arruda Soares, Eriedna Chaves Soares, Maria Fernanda Nunes Queiroz, Laurita Oliveira Dutra, Pamela Siqueira Rocha, Renata Matos e Matos

RELATO DE EXPERIÊNCIA: A INTEGRALIDADE DO CUIDADO NO PÓS-ALTA DA HANSENÍASE

Autores: Sabrina Maria José Novais Meira, Daniela Arruda Soares, Eriedna Chaves Soares, Maria Fernanda Nunes Queiroz, Laurita Oliveira Dutra, Pamela Siqueira Rocha, Renata Matos e Matos

A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa que pode causar lesões dermatoneurológicas, sendo o acometimento dos nervos periféricos um grande acarretador de incapacidades físicas. Além disso, a doença é associada a danos de ordem psicológica e social, tais como diminuição da capacidade de trabalho, limitação da vida social e depressão. Tendo em vista as incapacidades físicas e deformidades que podem se instalar ou já se encontrarem presentes no pós-alta, a fragilidade no acesso à atenção à saúde, os preconceitos, a auto-segregação e a desinformação, depreende-se que este período carece de maior atenção por parte dos serviços de saúde, no sentido de garantir a coordenação, longitudinalidade e reolutividade no cuidado que é produzido a estes indivíduos. O estudo objetivou relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem na implementação de ações integradas em saúde coletiva a uma usuária no pós-alta de hanseníase, de acordo com as necessidades sócio-sanitárias apresentadas pela mesma. Foram realizadas entrevistas para aplicação de um formulário estruturado, aplicação de uma escala de avaliação de vulnerabilidade familiar, genograma, ecomapa e trajetória de cuidados representativos da composição e dinâmica familiar, da conformação da rede de suporte social e do trânsito pelos serviços de saúde até alcançar o diagnóstico e tratamento. Destaca-se que no pós-alta a situação da usuária envolve entraves relacionados aos problemas físicos, com os tratamentos nos serviços de saúde, a situação de pobreza, a desagregação familiar, além dos problemas psicológicos específicos à doença, relativos à rejeição e à baixa autoestima. Após a análise profunda em relação à situação e as necessidades da usuária analisada, observou-se que as mesmas possuem potencial para modificar a relação desta com sua identidade, com o próprio sentido da vida, com as suas limitações funcionais. Contudo, outras carecem ser desenvolvidas no sentido de garantir a reinserção social, provimento econômico e qualidade de vida.

4966 Atividades de educação permanente no estágio supervisionado da atenção hospitalar: um relato de experiência do ensino da gestão cuidado de enfermagem
Denise Zocche, Fabiane Pertille, Michelle Kuntz Durand, Andreia Dallgnol

Atividades de educação permanente no estágio supervisionado da atenção hospitalar: um relato de experiência do ensino da gestão cuidado de enfermagem

Autores: Denise Zocche, Fabiane Pertille, Michelle Kuntz Durand, Andreia Dallgnol

O exercício profissional do enfermeiro contempla uma diversidade de ações e saberes que culminam na garantia da integralidade da atenção em saúde. Neste sentido, a dimensão educativa do trabalho em enfermagem propicia o desenvolvimento de relações direta e contínua entre profissionais, usuários e instituições. Tais relações se constituem por meio de ações educativas (capacitações, treinamentos, qualificações). As ações são transversais ao processo de formação dos profissionais de enfermagem com vistas a desenvolver habilidades e competências que assegurem a integralidade da atenção e a humanização do atendimento à saúde de indivíduos, famílias e comunidade.Tais ações de educação em saúde estão intrínsecas nas condutas de enfermagem, configurando-se num elemento-chave da identidade profissional da enfermagem. Nesse cenário, processos formativos se fazem presentes, como por exemplo, os Estágios Curriculares Supervisionados (ECS), que são períodos de maior interação com os serviços de saúde onde todas as dimensões do trabalho em enfermagem bem como a mobilização de valores humanos, são desenvolvidos. Considerando tais características, a realização dos ECS I no contexto hospitalar, oportuniza o desenvolvimento de todas as dimensões necessárias ao exercício profissional, ou seja, a educativa, a assistencial, a gerencial e investigativa de enfermagem. Sobre a dimensão educativa, cabe destacar que nos processos formativos esta dimensão constitui um eixo importante pois trata dos processos de ensinar e aprender em serviço, no serviço, a fim de que os profissionais possam atender as demandas de saúde e cuidado tantos dos indivíduos quanto da população em geral. Tais atividades exigem a constante busca de conhecimento atualizado e reconhecido pela comunidade científica da área da saúde, o que requer dedicação e compromisso por parte da comunidade acadêmica. Assim, este trabalho tem como objetivo descrever a experiência de um grupo de docentes supervisores do estágio supervisionado I, que utilizam a dimensão educativa para o desenvolvimento de competências e habilidades no ECS na atenção hospitalar. Metodologia Estudo descritivo, tipo relato de experiência, elaborado no contexto da disciplina Estágio Curricular Supervisionado I, ministrada na nona fase do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC. Esta disciplina tem o objetivo de desenvolver habilidades e competências para o exercício da gestão e gerência de enfermagem na atenção hospitalar, incluindo ações educativas. Os ECS foram realizados em Hospitais públicos e privados da região oeste e da capital de Santa Catarina e ainda, região metropolitana do Rio Grande do Sul no período de fevereiro a novembro de 2017. Os setores hospitalares onde os estágios foram desenvolvidos realizam atendimentos de pacientes adultos e pediátricos em diversas especialidades médicas. Os critérios que fundamentam as das ações educativas estão orientados a partir da pauta de educação continuada e permanente do hospital, ou também podem ser identificadas através da vivência in loco, solicitação do enfermeiro supervisor do campo e ainda, relato da equipe de enfermagem.  Ao identificarem o tema, os acadêmicos elaboram plano de aula e material complementar para capacitação e treinamento dos profissionais envolvidos. Destaca-se que todas as dimensões do trabalho de enfermagem, no ECS I, estão articuladas com as atividades investigativas, que são pautadas nos princípio das Prática Baseada em Evidência (PBE), utilizando a revisão de literatura como um dos pilares para a construção de materiais pedagógicos e/ou de formação em serviço. A dimensão educativa é realizada com o intuito de promover a produção e incorporação de saberes, entre e pela equipe de enfermagem. O acadêmico participa ativamente destas atividades, planejando capacitações, treinamentos ou rodas de conversa sobre temas, onde os acadêmicos elaboram material educativo a partir de revisões de literatura, que passam a ser incorporadas em outros instrumentos como os Procedimentos operacionais padrão (POP), protocolos assistenciais ou rotinas de trabalho. Resultados e discussão: a atividade educativa, possui um dinamismo próprio, fornece informações relevantes para a tomada de decisão e contribui para fundamentar as discussões e reflexões sobre a prática do cuidado em enfermagem junto a equipe. Foram realizadas 45 atividades educativas, considerando atividades educativas agendados com o serviço e realizadas de modo formal com a equipe de enfermagem. As temáticas envolvem aspectos relacionadas a qualidade da assistência no que se refere a dimensão técnica do cuidado (revisão de procedimentos técnicos, atendimento de situações de urgência e emergência), rotinas do serviço (quanto a alterações nos processos institucionais de oferta da atenção à saúde e/ou incorporação de novos conceitos). Outras ações envolveram o repasse de informações quanto aos aspectos gerenciais do cuidado (registros de enfermagem, aspectos de auditoria hospitalar, normativas e orientações que envolvem a segurança do paciente). Destaca-se também ações que foram elaboradas observando as características do setor e do perfil dos usuários atendidos, sendo fortemente evidenciadas em setores que realizam atendimentos em setores especializados (tratamento oncológico, saúde materna infantil). Também foram desenvolvidas ações em saúde, tomando por base períodos e campanhas temáticas de saúde como campanhas de higienização de mãos, agosto dourado (amamentação), outubro rosa, novembro azul. As ações educativas foram direcionadas em grande parte para as equipes de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares), visto que possuem protagonismo das ações em saúde e/ou participam ativamente da organização do cuidado. Considerações finais. A inserção do acadêmico na realidade dos trabalhadores do SUS tem favorecido experiências de caráter multiprofissional e interdisciplinar, envolvendo professores, estudantes e profissionais num movimento o qual um capacita o outro em suas atividades diárias, com o compartilhamento de saberes, atendendo os pressupostos da educação permanente. As vivências subsidiam o crescimento acadêmico, pois possibilitam a intervenção em problemas do cotidiano do processo de trabalho das equipes de saúde. O enfrentamento de problemas, considerando a participação de todos os envolvidos e numa perspectiva inovadora e abordagem crítico-reflexiva, contribui para o desenvolvimento de competências como a liderança e sobretudo, para a autonomia do futuro profissional. Os movimentos originados pelas atividades investigativas, geram inserções de outros membros da equipe, em especial dos enfermeiros assistenciais, e técnicos de enfermagem, pois o produto de tais atividades é socializado e compartilhado com todos os membros da equipe, sendo incorporado na elaboração de instrumentos gerenciais e de tomada de decisão dos enfermeiros. Portanto, a inserção de atividades investigativas por meio de estudos de caso aliados a aplicação de todas as etapas do processo de enfermagem, contribuem para o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias às práticas de pesquisa em saúde e enfermagem, pois oportunizam o desenvolvimento do raciocínio clínico, da autonomia nos acadêmicos, atributos tão necessários aos futuros profissionais enfermeiros.

4975 ATUAÇÃO DOS VOLUNTÁRIOS DE MEDICINA NO AMBULATÓRIO DE CIRURGIA VASCULAR PARA PROMOÇÃO DA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES PORTADORES DE PÉ DIABÉTICO E/OU ÚLCERA FLEBOPÁTICA ATENDIDOS NA FUNDAÇÃO HOSPITAL ADRIANO JORGE
Flávio Renan Paula da Costa, Synaha Rachel Romão de Almeida, Tainá Afonso de Almeida, Brenda Keroleyne Batista Serrão, Dayanna Lopes da Silveira, Fábio Rodrigo da Silva Pinheiro

ATUAÇÃO DOS VOLUNTÁRIOS DE MEDICINA NO AMBULATÓRIO DE CIRURGIA VASCULAR PARA PROMOÇÃO DA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES PORTADORES DE PÉ DIABÉTICO E/OU ÚLCERA FLEBOPÁTICA ATENDIDOS NA FUNDAÇÃO HOSPITAL ADRIANO JORGE

Autores: Flávio Renan Paula da Costa, Synaha Rachel Romão de Almeida, Tainá Afonso de Almeida, Brenda Keroleyne Batista Serrão, Dayanna Lopes da Silveira, Fábio Rodrigo da Silva Pinheiro

INTRODUÇÃO: Úlcera flebopática e pé diabético causam um significante impacto social e econômico na população que é portadora de tais comorbidades. Quando não manejadas adequadamente correm o risco de infeccionar e evoluir para complicações que podem ser fatais. Dessa forma, os pacientes portadores de úlcera flebopática e pé diabético necessitam de acompanhamento ambulatorial semanalmente para que seja feito o tratamento adequado das úlceras. Objetivo: relatar a experiência dos acadêmicos de medicina e a importância dos cuidados médicos na melhoria da qualidade de vida de pacientes com úlceras venosas e pé diabético atendidos no ambulatório de cirurgia vascular (ACV) da Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ), durante o ano de 2016. Relato da experiência: Trata-se de uma experiência vivenciada por acadêmicos de medicina em um projeto de extensão da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Os pacientes antes de serem encaminhados para o ACV, passam em uma consulta com o especialista, cirurgião vascular, que os encaminha para acompanhamento ambulatorial todas as quintas-feiras pelo período da manhã e tarde.  Os voluntários que passaram no processo seletivo são submetidos a treinamentos específicos para este tipo de cuidado em saúde e em seguida começam as atividades. A limpeza da úlcera é feita com a utilização de soro fisiológico e posteriormente é colocada a bota de unna que contém basicamente uma mistura de gaze impregnada com óxido de zinco, glicerina e gelatina que em conjunto, atuam no processo de cicatrização. A bota de unna é colocada a partir dos dedos, no sentido inferior para superior, de forma a manter a melhorar a circulação sanguínea e proporcionar conforto para o paciente. O procedimento é realizado semanalmente e as consultas com o especialista são realizadas mensamente para a avaliação do paciente. Resultados: Nota-se que a atuação dos acadêmicos de medicina no ambulatório de cirurgia vascular tem um valor inestimável para estes voluntários, pois proporciona experiência e enriquece o conhecimento teórico, além disso, os cuidados médicos para proporcionar alívio do desconforto do paciente causado pela úlcera tem um valor imprescindível na melhoria da qualidade de vida desses pacientes. Conclusão: A atuação dos voluntários no ACV tem importância significativa na melhoria da qualidade de vida dos pacientes, proporcionando-lhes conforto e segurança na realização de suas atividades cotidianas. Ademais, os cuidados oferecidos diminuem os riscos de infecção como também aumentam as chances de cicatrização da ferida.

5029 A Relevância das Aulas Práticas em Laboratório na Consolidação de Conhecimentos aos Discentes
Andreia Doria Cardoso da Silva, Lie Tonaki, Lie Tonaki, Marcela Catunda Souza Michiles, Lie Tonaki, Marcela Catunda Souza Michiles, Maria Raika Guimarães Lobo, Maria Raika Guimarães Lobo, Thays Cristine Torres Martins, Marcela Catunda Souza Michiles, Thays Cristine Torres Martins, Maria Raika Guimarães Lobo, Thays Cristine Torres Martins

A Relevância das Aulas Práticas em Laboratório na Consolidação de Conhecimentos aos Discentes

Autores: Andreia Doria Cardoso da Silva, Lie Tonaki, Lie Tonaki, Marcela Catunda Souza Michiles, Lie Tonaki, Marcela Catunda Souza Michiles, Maria Raika Guimarães Lobo, Maria Raika Guimarães Lobo, Thays Cristine Torres Martins, Marcela Catunda Souza Michiles, Thays Cristine Torres Martins, Maria Raika Guimarães Lobo, Thays Cristine Torres Martins

Apresentação: A Enfermagem é a ciência baseada em conhecimento que está em constante mudança através de novas pesquisas e descobertas, cujo objetivo é promover a assistência ao ser humano individualmente, em família ou comunidade. Suas ações podem ser desenvolvidas em meios sociais, éticos e políticos. Como ciência, a Enfermagem é dotada de conhecimentos técnico-científicos que quando aplicadas juntamente às diversas teorias de enfermagem, exemplificado pela Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta, Teoria da Adaptação de Callista Roy ou Teoria do Autocuidado de Dorothea Orem, formam o método científico. Esse é considerado um dos instrumentos básicos da Enfermagem, por se tratar de uma abordagem sistemática. Com a necessidade de reorganizar a assistência prestada aos pacientes, surge, então, a Sistematização de Assistência de Enfermagem (SAE), uma metodologia científica que confere maior segurança aos pacientes e maior autonomia aos profissionais de enfermagem, uma vez que passam a possuir respaldo científico. Além disso, o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) por meio da Resolução 358/2009 preconiza a implementação do Processo de Enfermagem (PE) durante a assistência. O PE é uma ferramenta que deve ser usada por acadêmicos e enfermeiros para a aplicar, durante a atividade prática, todo o conhecimento técnico-científico da maneira mais assertiva possível. O objetivo é a melhora na qualidade assistencial. Sabe-se então, que para a plena atuação prática no campo da enfermagem, é necessário seguir os métodos científicos. Esses são ensinados no decorrer da graduação em Enfermagem, tanto nos ambientes teóricos, quanto práticos. Em relação às aulas práticas, a disciplina Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem, é uma das primeiras, durante a graduação em Enfermagem, em que há um contato maior e mais aprofundado com a área assistencial. A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) apresenta em seu Projeto Político Pedagógico (PPC) essa disciplina fragmentada em Semiologia e Semiotécnica I e II. A segunda, atualmente, possui carga horária de 150 horas, sendo 120 horas destinadas às práticas em unidades de saúde pública: Hospitais e Serviço de Pronto Atendimento (SPA). Por se tratar de uma disciplina com grande carga horária prática em Hospitais e SPA's, percebe-se que muitos acadêmicos demonstram ansiedade e apreensão diante do desconhecido. Além de que diversas vezes sentem-se inseguros e incapazes de realizar as atividades propostas pela disciplina. Visto que a Universidade do Estado do Amazonas dispõe de laboratórios específicos para melhor capacitação dos futuros profissionais de Enfermagem, objetiva-se relatar a relevância das aulas práticas em laboratório, durante a disciplina Semiologia e Semiotécnica II, aos discentes de enfermagem da Universidade do Estado do Amazonas. Desenvolvimento: Assim sendo, trata-se de um relato de experiência de caráter nominal, a respeito da importância aos acadêmicos de enfermagem diante das aulas práticas em laboratório, realizadas no decorrer da disciplina Semiologia e Semiotécnica II, durante o período de Fevereiro à Abril de 2017. Após finalizado os conteúdos teóricos, a seguinte etapa da disciplina Semiologia e Semiotécnica II é a realização de práticas no âmbito hospitalar. No entanto, percebeu-se, por parte dos professores, ansiedade, preocupação e insegurança dos acadêmicos. Esses fatos poderiam gerar um conhecimento insatisfatório. Diante do ocorrido, os professores decidiram programar uma semana dedicada somente às aulas práticas em laboratório.O laboratório de enfermagem da Universidade possui um cenário que tem como função principal a mimetização do ambiente hospitalar. A finalidade é retirar dos discentes as dúvidas quanto o uso dos diversos dispositivos como: equipos, suporte de medicação, leitos, biombos, cadeira de rodas, sondas gástricas, vesicais e de aspiração, equipamentos para a oxigenoterapia entre outros. O laboratório desfruta, também, de bonecos de simulação realística (feminino e masculino), neles foi possível treinar a passagem de sonda vesical, gástrica, enteral e a sonda de aspiração, utilizando materiais e equipamentos necessários, de acordo com as técnicas preconizadas. As demais atividades realizadas foram: curativos, banho no leito e mudança de decúbito.As aulas eram ministradas pelos professores da disciplina, com o auxílio e supervisão dos monitores. Uma das principais orientações era certificar que todos os acadêmicos realizaram as técnicas integralmente. As atividades tinham como propósito a repetição dos procedimentos a serem realizados durante as práticas em hospitais e SPAs, com a finalidade de dar autonomia e segurança aos acadêmicos. Impactos: A utilização do laboratório de Enfermagem foi de suma relevância uma vez que o espaço propicia a realização de procedimentos semiotécnico. O resultado é o aprimoramento da destreza manual e habilidades psicomotoras dos acadêmicos, que são consideradas instrumentos básicos para o cuidar, melhorando a aprendizagem, uma vez que essas são as principais dificuldades do acadêmico durante o contexto hospitalar.  Além das circunstâncias tecnicista, o laboratório também é um ambiente, onde se explora a reflexão, criação do pensamento crítico e raciocínio clínico, desenvolvimento da capacidade de trabalho em equipe, criatividades e comunicação, sendo todas essas habilidades importantes para a atuação profissional do enfermeiro. Durante e após execução das práticas em laboratório identificou-se diversos relatados dos acadêmicos sobre o quanto essas atividades consolidaram seus conhecimentos teórico-científico, além de exemplificar a utilização do Processo de Enfermagem através da Sistematização da Assistência em Enfermagem, associado às Teorias de Enfermagem na prática profissional, propiciando assim uma mentalidade mais crítica, raciocínio clínico e abordagem holística. Portanto, percebeu-se nos acadêmicos uma maior facilidade em relacionar a teoria com a prática, pois muitas das dificuldades e embates no processo de formação do enfermeiro foram esclarecidos com a utilização do Laboratório de Enfermagem, retornando, então, um sentimento de segurança e menos ansiedade uma vez que relataram estar mais preparados para a plena execução do conhecimento teórico- científico no decorrer das práticas. Entendendo a relevância na integralização do conhecimento teórico e prático e do treinamento propriamente dito, para aquisição de destreza manual, habilidades e atitudes clínicas, que somente as práticas presenciais podem proporcionar no processo de formação do acadêmico de enfermagem, questiona-se de que forma os cursos de graduação à distância em Enfermagem poderiam oferecer todo esse suporte pedagógico, dinamismo e diálogo vistos nos cursos presenciais entre o acadêmico e o docente. Considerações finais: Através destas mudanças, os acadêmicos passam a ter um contato mais abrangente com a realidade, a fim de associar a teoria e a prática em Enfermagem para o desenvolvimento de um olhar crítico, clínico e racional, oferecendo assim uma assistência holística e de qualidade, embasada cientificamente, ultrapassando a simples acumulação do saber.  

2350 Educação em saúde: uma iniciativa para a conquista de novos talentos na educação básica.
Flávio Renan Paula da Costa, Tainá Afonso de Almeida, Brenda Kerolayne Batista Serrão, Márcia Gonçalves Costa, Rejane Gomes Ferreira

Educação em saúde: uma iniciativa para a conquista de novos talentos na educação básica.

Autores: Flávio Renan Paula da Costa, Tainá Afonso de Almeida, Brenda Kerolayne Batista Serrão, Márcia Gonçalves Costa, Rejane Gomes Ferreira

Introdução: Estimular o desenvolvimento de múltiplas habilidades de estudantes da educação básica e universitários parece ser um desafio para muito educadores e instituições de ensino.  Educar em saúde traz um significado de aprendizagem, quando se toma em consideração que o conhecimento possibilita uma mudança de comportamento. Diante dessa possibilidade, buscou-se promover a educação em saúde, no âmbito de uma proposta da Universidade do Estado do Amazonas UEA apoiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, empregando as novas tecnologias e formas de comunicação interativa, por meio de diversas mídias. Além da interação entre os participantes, o que se produz é um aprendizado dinâmico, contribuindo para o desenvolvimento de um trabalho cooperativo, pessoal e de formação profissional. Objetivo: Este artigo relata a experiência da prática de educação em saúde, destacando as atividades desenvolvidas e os resultados obtidos tanto para os monitores quanto para os estudantes de uma escola pública que participaram do projeto. Descrição da experiência: Esta é a descrição de um relato das atividades vivenciadas e desenvolvidas por três acadêmicos de medicina universitários que atuaram como monitores no Projeto ‘‘Diversidade e tecnologia para a conquista de Novos Talentos na educação básica’’, realizado junto a 20 estudantes de uma escola pública estadual, no município de Manaus (AM), no período de abril a setembro de 2016. Foram desenvolvidas várias oficinas semanais e abordados diversos temas como: Alimentação saudável, envelhecimento com qualidade de vida, drogas, infecções sexualmente transmissíveis, métodos contraceptivos e gravidez na adolescência. As oficinas tiveram um caráter dinâmico e criativo, envolvendo também o manuseio de equipamentos de mídia que serviram como elementos facilitadores. A estratégia de interação e comunicação também utilizada foi a roda de conversas, com a presença de um monitor responsável e duração máxima de trinta minutos. Constatou-se a participação efetiva dos estudantes diante do levantamento de vários questionamentos. Outro momento da atividade deu-se no ambiente da Escola Superior de Saúde da UEA, quando os estudantes visitaram os laboratórios unidade e ouviram o relato de estudantes universitários representantes de cada curso, sobre a abrangência de sua área de atuação. Este constitui-se num momento motivacional para estes jovens, despertando o interesse manifestado por alguns pela área da saúde. Resultados: As experiências adquiridas ao longo do projeto foram singulares tanto para os estudantes quanto para os monitores. A atuação como monitor permitiu transmitir os conhecimentos adquiridos na universidade pelo exercício da prática da educação em saúde, bem como trouxe o aprender com “o outro” no campo de atuação, no caso o ambiente de ensino. Outro ponto verificado foi a participação efetiva dos estudantes nas oficinas e o interesse em desenvolver as atividades na Universidade. Considerações finais: O desenvolvimento de atividades interdisciplinares que visam o aprendizado sobre assuntos relevantes durante o início da adolescência mostrou-se indispensável despertar o interesse sobre novas questões, incentivado por ambientes de aprendizagem motivadores, além de despertar vocações nos estudantes, promovendo a criticidade, a criatividade.

1484 A HUMANIZAÇÃO EM RESPEITO AO PARTO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Gabriela Oliveira de Nazaré, Ana Eliza Ferreira Pinto, Fabiana Santarém Duarte, Pablo Stephano Lopes da Silva, Rebeka Santos da Fonseca, Suan Kell dos Santos Lopes, Adalgisa Azevedo Lima

A HUMANIZAÇÃO EM RESPEITO AO PARTO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Gabriela Oliveira de Nazaré, Ana Eliza Ferreira Pinto, Fabiana Santarém Duarte, Pablo Stephano Lopes da Silva, Rebeka Santos da Fonseca, Suan Kell dos Santos Lopes, Adalgisa Azevedo Lima

Apresentação: A Política Nacional de Humanização (PNH), implica em traduzir os princípios do SUS, que orientam as boas práticas de atenção e gestão, a partir das experiências concretas do trabalhador e usuário, construindo um sentido positivo de humanização. O profissional da enfermagem deve ter a competência e conhecimento técnico-cientifico e ético, com maturidade emocional para lidar com este momento sublime da mulher, direcionando seu olhar acolhedor e sensível para ela e para o seu acompanhante, dedicando atenção rigorosa no monitoramento e orientações sobre o trabalho de parto. Dentro desse contexto, o objetivo deste trabalho consiste em descrever a importância da promoção da assistência humanizada ao parto. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, desenvolvido durante a aula prática da disciplina de enfermagem obstétrica em um hospital público, no município de Santarém-Pará, no período de 19 de setembro a 06 de outubro de 2017. Para o desenvolvimento da prática os acadêmicos realizavam o acolhimento das gestantes em trabalho de parto e já estabeleciam um vínculo de confiança com as mesmas e com suas respectivas acompanhantes, nos procedimentos de rotina e no decorrer do atendimento orientavam sobre as posições de escolha no leito e aplicavam massagens de conforto, ficando sempre que possível ao lado das gestantes conversando e tranquilizando-as quanto ao trabalho de parto. Resultados: Através do vínculo criado entre os acadêmicos com as famílias foi possível obter melhora significativa no contexto hospitalar. O relato mais preocupante das gestantes com relação ao seu atendimento foi a cerca do toque vaginal, pois tinham receio quanto ao profissional que executaria o procedimento, sendo essa uma oportunidade para o esclarecimento da sua importância de sua realização; outros gestos que geravam conforto e segurança era o fato dos acadêmicos prezarem pela aparência das gestantes, fazendo tranças em seus cabelos antes do parto, assim como acompanhá-las durante as caminhadas nas proximidades da sala de pré- parto, orientá-las quanto a importância do banho, respiração e concentração na força exercida no abdômen no momento da contração uterina. A assistência foi bem aceita e benéfica para as pacientes e seus familiares desde a entrada até o pós-parto e proporcionou uma melhora significativa em sua autoestima, estado emocional e conforto em relação ao parto normal. Considerações finais: Ao final das aulas práticas percebeu-se o quanto as mães e suas acompanhantes apreciaram a presença da equipe durante todo o processo, sanando as dúvidas que surgiam, realizando massagens relaxantes, aliviando suas dores lombares, gesto, este, tão simples, mas necessário e importante para aquele momento único que antecede o nascimento de seu filho (a). Quanto a primeira experiência dos acadêmicos na ala obstétrica, foram de grande importância, pois, além dos procedimentos praticados, propôs para nossa formação o entendimento sobre a valorização e o respeito à vida humana, e que  a humanização é um dever ético para todo profissional de enfermagem.

3212 A produção do cuidado interdisciplinar a bebes portadores da Síndrome do ZIKAV Congênito na Clínica Escola de Odontologia do Centro Universitário Christus.
MARIA CLÁUDIA DE FREITAS LIMA, ISABELLA FERNANDES CARVALHO, FABRICIO BITU, PHILLIPE NOGUEIRA BARBOSA ALENCAR, LAVINA SOUSA ARAÚJO, MICHELLY CAVALCANTE MONTEIRO PEDROSA

A produção do cuidado interdisciplinar a bebes portadores da Síndrome do ZIKAV Congênito na Clínica Escola de Odontologia do Centro Universitário Christus.

Autores: MARIA CLÁUDIA DE FREITAS LIMA, ISABELLA FERNANDES CARVALHO, FABRICIO BITU, PHILLIPE NOGUEIRA BARBOSA ALENCAR, LAVINA SOUSA ARAÚJO, MICHELLY CAVALCANTE MONTEIRO PEDROSA

Apresentação: A identificação no Brasil em maio de 2015, com casos confirmados inicialmente na região nordeste, do vírus Zika, um arbovírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypt por método de biologia molecular tem proporcionado fomento a pesquisas e a produção do conhecimento, bem como redimensionado o processo de trabalho no âmbito da saúde. Nesse contexto, é importante ressaltar que os casos apresentavam exames de imagem, cujo padrão era compatível com infecção congênita e as mães referiam quadro sugestivo de infecção pelo Zika Vírus na gestação. Além da microcefalia, outras alterações vêm sendo detectadas: lesões oculares, perda auditiva, falta de tônus muscular e artrogripose, denominando-se esta infecção como Síndrome do ZIKAV Congênito. No município de Fortaleza essa realidade tem se constituído num desafio para a área da saúde. Descrição da experiência: considerando esse cenário e as possíveis consequências na cavidade oral dos bebes, foi estruturada uma equipe de profissionais e discentes monitores na Clínica Escola de Odontologia - Unichristus com o propósito de assegurar atenção à saúde, pesquisar e acompanhar alguns bebês com Síndrome do ZIKAV Congênito, as malformações e sequelas decorrentes da mesma. Destaca-se nesse ínterim, que os cuidados necessários a esses bebês modificam a rotina das famílias, uma vez que eles necessitam de cuidado multiprofissional, e desse modo compromete bastante o tempo dos pais, em especial das mães, para a realização dos procedimentos e das atividades com diversas especialidades. Acrescenta-se a esse contexto, a angústia vivenciada pelas famílias, frente às incertezas do prognóstico da síndrome, visto que nem mesmo a comunidade científica possui informações de como essa doença vai se comportar a médio/longo prazo. Nessa compreensão, a equipe se organizou no sentido de realizar ações para os bebes e familiares e com esse propósito realizou uma oficina de planejamento com as famílias, considerando suas potencialidades, fragilidades e expectativas. As ações de saúde bucal desenvolvidas compreendem: exame e avaliação, exame por imagem radiográfica e prevenção e as atividades de promoção são desenvolvidas com as famílias, por meio de metodologias participativas, com temáticas previamente pactuadas, como por exemplo, ações focadas no cuidado ao cuidador e saúde da mulher. Resultados: evidencia-se no desenvolvimento das atividades que os pais se dedicam com esforço hercúleo à atenção dos bebês de forma sistemática. A organização e execução das ações de forma pactuada com o grupo proporcionam novos sentidos para os familiares, fortalecem o protagonismo e contribuem de forma significativa para o acompanhamento a saúde bucal do bebe e familiares. Destaca-se ainda, que esse processo gera ressignificação quanto à concepção ampliada da saúde na formação em Odontologia. Considerações finais: o acolhimento aos bebes e as famílias e a construção e pactuação de ações de atenção à saúde com os diversos sujeitos implicados no processo favorecem o compartilhamento das vivências, fomento ao trabalho interdisciplinar propiciando cuidado integral e produção do conhecimento a partir de novos olhares sobre a vida.

3584 Educação em saúde: uma abordagem da temática drogas em escolas de educação básica do Estado do Amazonas
Flávio Renan Paula da Costa, Marcela Cristina Barros Lopes, Tainá Afonso de Almeida, Luana sanches da costa, Synaha Rachel Romão de Almeida

Educação em saúde: uma abordagem da temática drogas em escolas de educação básica do Estado do Amazonas

Autores: Flávio Renan Paula da Costa, Marcela Cristina Barros Lopes, Tainá Afonso de Almeida, Luana sanches da costa, Synaha Rachel Romão de Almeida

Introdução: No Brasil, existem vários problemas de saúde pública que podem ser minimizados pela transmissão de conhecimentos atuais para alunos da educação básica. Por isso, os integrante do Projeto MEDensina, à convite dos dirigentes das escolas, ministram palestras atuais sobre temas relacionados aos problemas mais frequentes enfrentados pela faixa etária desse público alvo como: Gravidez na adolescência, DST-AIDS e Drogas, dentre outros. Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo relatar a experiência na abordagem da temática “Drogas” com adolescentes da educação básica do Estado do Amazonas, pelos integrantes do projeto de extensão MEDensina, da Universidade Federal Amazonas. Relato da experiência:O tema sobre Drogas é o mais abordado, sendo ministrado tanto em escolas públicas quanto particulares de Manaus e região metropolitana.  Durante o primeiro semestre de 2017, o projeto realizou mais de 10 palestras educativas para um público de aproximadamente 300 ouvintes, com idades entre 10 e 19 anos. Todas as palestras foram direcionadas a promover a conscientização e a educação no que tange aos riscos de saúde e sociais dessas crianças e adolescentes. Desse modo, o projeto MEDensina, por meio das metodologias educativas, cumpre junto à Universidade seu papel social em prol do bem-comum da comunidade amazonense. Resultados: Estima-se que os ouvintes tenham transmitido o conhecimento adquirido durante as palestras sobre Drogas, cujo conteúdo é de extrema importância para a sociedade atual. A linguagem acessível, de fácil entendimento e a idade dos palestrantes possibilitaram uma boa troca de conhecimentos, onde os estudantes participaram ativamente fazendo perguntas e dividindo suas histórias pessoais sobre o tema. Os alertas quanto aos perigos do uso de drogas, os malefícios à saúde e ao convívio social, causados por essa prática, e onde procurar ajuda, foram devidamente transmitidos. Conclusão: tendo em vista o alto índice de envolvimento com drogas que assola crianças e adolescentes brasileiros faz-se necessário uma abordagem educativa a respeito desse assunto e os melhores ambientes para tal prática são as escolas. Alertar, informar e discutir sobre essa temática é a melhor maneira de combater esse mal que se alastra por nossa sociedade.