503: Formação e saberes da saúde: as diferentes abordagens do cuidado | |
Debatedor: Rebecca Barbosa de Decco Monteiro Marinho | |
Data: 30/10/2020 Local: Sala 06 - Rodas de Conversa Horário: 16:00 - 18:00 | |
ID | Título do Trabalho/Autores |
6062 | A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA APLICADA AO MEIO ACADÊMICO Joaquim Gabriel Lima Santos, Nelson Antonio Bailão Ribeiro, Letícia Calandrini Chagas, Thyla Valle, Sarah Rodrigues Pinheiro, João Gabriel Castro A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA APLICADA AO MEIO ACADÊMICOAutores: Joaquim Gabriel Lima Santos, Nelson Antonio Bailão Ribeiro, Letícia Calandrini Chagas, Thyla Valle, Sarah Rodrigues Pinheiro, João Gabriel Castro
Apresentação: A ergonomia é conhecida como a área de estudo que analisa a interação com o ambiente, na execução de uma tarefa ou atividade. Tem por objetivo minimizar o esforço físico e desconforto e maximizar a eficiência da produtividade. Trazendo esta abordagem para o meio acadêmico, os exercícios ergonômicos podem ser considerados fundamentais para a saúde do discente, pois o mesmo se encontra diariamente em situações de estresse e desconforto como longos períodos de aulas sem intervalo, pressão por parte de uma má estruturação do projeto político pedagógico do curso que por diversas vezes vê o discente, que está em processo de formação, como uma mera tela em branco a ser preenchida, poucas horas de sono, cansaço físico e emocional, dentre outros problemas. Além do fato que passar longos períodos de tempo sentado, como ocorre na grande maioria das aulas da graduação. Objetivo: Analisar a importância da prática de exercícios ergonômicos no meio acadêmico como forma de prevenção e manutenção da saúde do discente. Método: Este estudo trata-se de uma revisão de literatura, as buscas foram realizadas com base nos descritores de Ciências da Saúde (DeCS) aplicado a Biblioteca Virtual em Saúde - BIREME seguindo critérios de inclusão, no qual, foram localizados 23 artigos, e destes foram selecionados 9 artigos para análise. Resultado: Os problemas ergonômicos, de uma forma geral, repetem-se em todos os ambientes. Ao realizar o levantamento, objetivando encontrar estudos que relacionam os exercícios ergonômicos aplicados ao meio acadêmico, constatou-se uma certa precariedade devido ao fato que os estudos na área da ergonomia estão diretamente relacionados ao ambiente de trabalho levando sempre em consideração o melhoramento do desempenho do trabalhador, não havendo relação direta com o meio acadêmico. Em relação a isso, visando acentuar a importância destas práticas de exercícios ergonômicos no meio acadêmico, foi planejado um folder educativo para divulgação e sensibilização neste meio, focando em descrever o conceito de ergonomia e sua importância na manutenção da saúde do discente. Considerações finais: Ao realizar a pesquisa foi possível observar a escassez de estudo voltados a ergonomia no campo acadêmico, o que provoca um cenário preocupante, visto que, os discentes também necessitam de cuidados para uma saúde de qualidade, pois como citado anteriormente, muitos passam por diversos problemas de saúde física e mental como cansaço, estresse, dores musculares, cefaleia, dentre outros. Assim, é importante que a universidade esteja consciente de seu papel na formação não somente técnica, mas também da saúde físico/mental do formando em enfermagem e de como isso irá refletir no decorrer da vida acadêmica dos alunos. |
6699 | PARTICIPAÇÃO NA PRÉ-CONFERÊNCIA DE SAÚDE NA ARENA DA BIBLIOTECA CENTRAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Renata Oliveira Caetano, Daniel Reis Correia, Débora Mol Mendes, Laís Sousa da Silva, Lara Lelis Dias, Thais Bitencourt Faria, Larissa Ferreira Lopes Silva, Beatriz Santana Caçador PARTICIPAÇÃO NA PRÉ-CONFERÊNCIA DE SAÚDE NA ARENA DA BIBLIOTECA CENTRAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Renata Oliveira Caetano, Daniel Reis Correia, Débora Mol Mendes, Laís Sousa da Silva, Lara Lelis Dias, Thais Bitencourt Faria, Larissa Ferreira Lopes Silva, Beatriz Santana Caçador
Apresentação: Conferências de saúde são importantes ferramentas de participação social direta da comunidade e de reivindicações junto à administração pública. Dessa forma, fez-se necessário discutir a temática “Democracia e Saúde” por discentes do curso de enfermagem por meio da pré-conferência de saúde, a qual antecedeu a 11° Conferência de Saúde de Viçosa-MG, destacando a importância social desses eventos, a promoção de mudanças e como tal participação contribui para a melhora das políticas de saúde do município. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos do primeiro período de enfermagem, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), que participaram no dia 12 de Abril de 2019 da pré-conferência de saúde ocorrida na arena da biblioteca central da UFV. Os graduandos foram divididos em grupos referentes a três eixos que seriam abordados na Conferência: “Saúde como direito”, “Princípios do SUS” e “Financiamento do SUS”. Durante a discussão, dentro de cada grupo, foram confeccionados cartazes com palavras-chaves para serem apresentados perante aos demais presentes, destacando os principais e mais importantes pontos abordados. Resultado: Todos os participantes tiveram voz na discussão sobre os eixos apresentados, ficando evidente a importância de eventos desse porte em que todos da comunidade reivindicam e opinam junto à administração pública. A pré-conferência proporcionou uma amostra para os discentes de enfermagem, de forma exemplar, do que seria a 11° Conferência de Saúde de Viçosa-MG. Considerações finais: É valido destacar a importância da participação em conferencias de saúde, pois é uma forma de exercer nosso papel de cidadão e buscar a melhora da saúde local, e para os calouros de enfermagem fica a memorável experiência e um despertar incipiente do engajamento político que o enfermeiro deve ter no seu município de atuação. |
7997 | SAÚDE E EDUCAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DA PRÁXIS NO SERVIÇO SOCIAL Samara Ayres Moraes, Miriam Dias, Gabriela Stopassola, Fernanda Souza Oliveira SAÚDE E EDUCAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DA PRÁXIS NO SERVIÇO SOCIALAutores: Samara Ayres Moraes, Miriam Dias, Gabriela Stopassola, Fernanda Souza Oliveira
Apresentação: O presente resumo objetiva apresentar a experiência vivenciada na disciplina Seguridade Social: Saúde do curso Bacharelado em Serviço Social, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A referida disciplina versa acerca das relações saúde e sociedade, a partir da análise crítica, dando visibilidade ao processo saúde-doença; bem como à organização do Sistema Único de Saúde e a participação do Serviço Social na construção desta política pública. Durante o semestre, foi possível refletir e discutir sobre o campo da saúde enquanto um espaço sócio ocupacional do/da Assistente Social, tratando sobre os parâmetros para a atuação do profissional no campo da saúde. Assim, um dos eixos trabalhados foi: A participação na saúde e o Controle Social, em que uma das atividades propostas foi a elaboração de um vídeo com diferentes temas, possibilitando elucidar a atual situação do SUS. A autoria deste resumo se dá por estudantes que estavam em grupos distintos, mas que partilharam da mesma temática. Neste sentido, é relevante observar as diferentes abordagens utilizadas para apresentar o mesmo tema. Tendo como exemplo, um dos grupos trouxe a perspectiva de um usuário de uma unidade básica de saúde (UBS); enquanto o outro, expôs a ótica e atuação de um gestor em saúde. Mesmo com diferentes abordagens, ambos os grupos confluíram na necessidade da defesa intransigente do SUS em tempos de retrocessos, ataques às políticas públicas e mercantilização da saúde. Sobretudo, quando compreendemos que o nosso sistema público de saúde é resultante de inúmeras lutas populares, com reconhecida participação de diferentes atores sociais. Outrossim, posteriormente, através da promulgação da Constituição Federal de 1988, tem-se a saúde como um direito do cidadão e dever do Estado, devendo o SUS garantir a universalidade, integralidade e equidade, através da gestão descentralizada dos serviços da saúde e da participação da comunidade em todos os níveis de governo. A partir desse processo de construção, entendemos que o contato realizado com gestores e usuários, ocasionado pelo movimento de saída da Universidade, em conjunto à teoria abordada em aula, é a práxis, enquanto unidade da teoria e da prática. Os referenciais teóricos estudados na disciplina partem da análise da realidade. E para apreendê-la, é também necessário estabelecer um contato direto com os sujeitos que vivenciam diariamente a Política de Saúde, profissionais e usuários. A escuta em relação às experiências desses sujeitos políticos, é fundamental para a articulação dos espaços de enfrentamento e reflexões para a resistência frente aos ataques neoliberais que visam modificar o papel do Estado por um modelo privatista que visa o lucro. É a partir do nosso cotidiano que podemos fortalecer o espaço democrático de decisões para o controle social, enquanto direito de cidadania da população. O campo da saúde é uma arena política de disputas, as quais referem-se a projetos sociais. Compreendemos a defesa da saúde como a defesa da própria vida, sendo este direito articulado com os demais direitos sociais. Sendo assim, o nosso projeto enquanto assistentes sociais em formação e trabalhadoras da saúde, é o da vida, radicalmente democrático. |
8292 | INTENÇÃO DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS ENTRE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM: INFLUÊNCIA DO CONHECIMENTO NA DECISÃO SAMILY GUIMARAES ROCHA, Thalissa Thaina Thalissa Thaina Santos de Souza, Maicon de Araujo Nogueira INTENÇÃO DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS ENTRE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM: INFLUÊNCIA DO CONHECIMENTO NA DECISÃOAutores: SAMILY GUIMARAES ROCHA, Thalissa Thaina Thalissa Thaina Santos de Souza, Maicon de Araujo Nogueira
Apresentação: A doação e transplante de órgãos e tecidos são temas que têm despertado interesse e suscitado discussões na sociedade em geral. A falta de esclarecimento e a forma como são veiculadas as informações através dos meios de comunicação de massa comumente geram mitos e reforçam polêmicas e preconceitos sobre essa temática. O transplante de órgão é uma alternativa terapêutica eficaz para pacientes de doenças graves, podendo ser de natureza agudas ou crônicas, e que não possuem uma alternativa terapêutica. Este processo envolve várias ações na assistência ao potencial doador (PD) pelos profissionais de enfermagem visando a manutenção hemodinâmica e viabilidade dos órgãos para transplante, além do manejo das dúvidas e conflitos que permeiam a relação com os familiares que vivenciam a dor da perda. Potencial Doador (PD) de órgãos e tecidos são indivíduos que são diagnosticados e declarado nos termos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, que dispõe sobre a retirada de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento, determina em seu artigo 3º que compete ao Conselho Federal de Medicina definir os critérios para diagnóstico de morte encefálica. No cenário mundial, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking dos países com o maior número de transplantes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos da América (EUA). Acerca deste aspecto, é importante ressaltar que o Brasil é líder mundial no que tange a cirurgias de transplantes pelo sistema público de saúde. A despeito dos avanços inquestionáveis nos cenários atuais, os números ainda indicam uma fila de espera grande e inversamente proporcional ao número de transplantes realizados, mostrando que o número de doadores de órgãos e tecidos ainda é insuficiente para suprir essa demanda, que se configura como a única chance de vida de muitos brasileiros. Nesse contexto, é necessário um melhor entendimento acerca do processo de doação de órgãos e transplante, pois as dúvidas geram uma tomada de decisão desfavorável por parte da população; entendendo que o transplante representa um dos maiores avanços da área da saúde, e em alguns contextos se caracteriza como a última alternativa terapêutica nas falências terminais de órgãos e tecidos. Contudo este assunto ainda é permeado por mitos, e desperta muita discussão e debate nos diversos segmentos da sociedade Objetivo: Investigar a opinião e a intenção da população universitária de uma universidade privada de Belém, Estado do Pará a respeito de doação de órgãos e tecidos para transplante. Determinar os fatores demográficos, socioeconômicos e culturais que influenciam a decisão dos indivíduos de doar seus órgãos e tecidos após a morte; Método: O tipo deste estudo foi de coorte, transversal de base populacional, descritivo com abordagem quantitativa, onde o local e período do estudo foram realizados em uma universidade privada de Belém, Estado do Pará, no mês de abril de 2019. A amostra foi de 272 alunos de um total de 930 alunos que possuíam registro acadêmico na instituição. Foi utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário. A coleta de dados se desenvolveu em etapas de trabalho: ETAPA 01: Foi enviada para a IES uma cópia do projeto juntamente com a solicitação para a realização da pesquisa. Foi feito um contato pessoal com a IES para exposição da pesquisa a ser realizada. ETAPA 02: Convite aos participantes, agendamento da pesquisa e assinatura do TCLE. Resultado: /Discussão: Nesta primeira parte dos resultados são caracterizados os participantes da pesquisa a partir das variáveis que compõem a primeira parte do questionário, sobre identificação e caracterização dos participantes. Após a coleta de dados, verificou-se que alguns fatores demográficos, socioeconômicos e culturais podem influenciar na decisão dos indivíduos de doar seus órgãos e tecidos ou de seus familiares após a morte, tais como desconhecimento do tema (145; 48%) e o medo de ter o corpo mutilado (103; 34,1%), além da religião (90; 29,8%) que foram os fatores mais citados pelos entrevistados. A finalidade de conceder órgãos e tecidos é maior entre os jovens com idade entre 17 e 26 (136; 55,5%). A concordância da doação dos órgãos e tecidos dos familiares está correlacionada com a discussão prévia do tema. Contudo, os resultados mostram que a maioria dos participantes ouviu falar sobre doação de órgãos e teve uma atitude positiva em relação à doação de órgãos. O estudo destaca que, embora a maioria dos participantes tenha conhecimento e apoiado a doação de órgãos, ainda há uma falta de confiança elevada no Sistema de Saúde, além da falta de confiança no diagnóstico de morte encefálica e a presença de crenças como o medo de ter o corpo mutilado. Ademais, mostrou a importância da mídia na conscientização sobre a doação de órgãos entre a população em geral. Considerações finais: Com a realização deste estudo, foi possível identificar o nível de conhecimento e as intenções da população sobre a doação e transplante de órgãos e tecidos, sendo fundamental sensibilizar a população através de campanhas de formação e informação. A existência de mitos e crenças sobre esta temática demonstra a necessidade de informar e desmistificar, levando a uma decisão consciente e informada. Os resultados mostram que a maioria dos participantes ouviu falar sobre doação de órgãos e teve uma atitude positiva em relação à doação de órgãos. A maioria dos participantes estava ciente da doação de órgãos e esses achados são semelhantes aos de estudos anteriores. Em consonância com pesquisas anteriores, também se evidenciou que a internet e a televisão são as principais fontes de informação sobre doação de órgãos. Destaca-se que, embora a maioria dos participantes tenha conhecimento e tenha intenção de apoiar a doação de órgãos, ainda há uma falta de confiança elevada no Sistema de Saúde, além da falta de confiança no diagnóstico de morte encefálica e a presença de crenças como o medo de ter o corpo mutilado. Evidenciou-se a importância da mídia na conscientização sobre a doação de órgãos entre a população em geral. O conhecimento e a intenção positiva de doação dos estudantes de enfermagem revelados neste estudo serão utilizados como dados básicos para fornecer educação sobre o assunto, incluindo conteúdos sobre o transplante de órgãos no currículo regular de enfermagem no futuro, contribuindo para a ampliação da doação de órgãos. DESCRITORES: Transplante, Doação de Tecidos e Órgãos, Conhecimento, Bacharelado em Enfermagem. |
8407 | PET - SAÚDE: AS EXPERIÊNCIAS INTERPROFISSIONAIS DA ODONTOLOGIA INSERIDA NA REDE SUS Rayane Fernandes da Silva Machado, Marcos Antônio Albuquerque De Senna PET - SAÚDE: AS EXPERIÊNCIAS INTERPROFISSIONAIS DA ODONTOLOGIA INSERIDA NA REDE SUSAutores: Rayane Fernandes da Silva Machado, Marcos Antônio Albuquerque De Senna
Apresentação: PET - Saúde/ Interprofissionalidade é um projeto do Ministério da Saúde que visa integrar a pesquisa, o ensino e o serviço à comunidade, a fim de melhorar a qualidade na atenção à saúde através do enfoque no trabalho interprofissional, este incentivado desde a graduação. Neste trabalho, objetiva-se relatar as experiências interprofissionais da odontologia na rede SUS, proporcionadas pelo programa PET-Saúde/Interprofissionalidade, destacando a sua importância no processo de formação e compreensão da interprofissionalidade como fator fundamental para uma melhor oferta de cuidado à saúde. Desenvolvimento: Trata-se de um trabalho tipo relato de experiência, a respeito das vivências, sobre o ponto de vista da odontologia, em uma unidade do programa de Saúde da família em Niterói (RJ), a partir do PET- Saúde/Interprofissionalidade. As atividades no local são sempre realizadas em grupo, constituído por acadêmicos de diferentes cursos da área da saúde da UFF, juntamente com os preceptores e demais profissionais da unidade. As ações consistem em visitas domiciliares, interconsultas, participações em grupos, organizações de campanhas e outras demais colaborações no serviço da unidade. Resultado: A realização das ações, a partir da integração de alunos e profissionais de diferentes áreas, proporcionam uma constante troca de saberes que acarretam em uma mudança postural e reflexiva do modo de trabalhar o cuidado em saúde enfatizando a importância do trabalho interprofissional desde a formação. Considerações finais: As vivências experimentadas nesse processo de ensino aprendizagem proporcionado pelo PET-Saúde estão sendo de grande relevância para a formação, visto que o programa promove, através da prática, a importância de saber trabalhar e aprender com e sobre o outro, de modo a não somente dividir o espaço, mas compartilhar processos de trabalho, abrindo novas perspectivas no campo teórico e prático na Odontologia ofertando uma maior qualidade na assistência e ao cuidado em saúde da população adscrita a rede de serviços. |
8586 | DOENÇA RENAL CRÔNICA DIALÍTICA: UMA FORMA DE CONTROLE DA HIPERFOSFATEMIA E HIPOCALEMIA POR MEIO DE AÇÕES EDUCATIVAS E AUTOCONSCIENTIZAÇÃO DOS PACIENTES, RELATO DE EXPERIÊNCIA Júlia Fialho Cauduro, Estevan Criales Lopez DOENÇA RENAL CRÔNICA DIALÍTICA: UMA FORMA DE CONTROLE DA HIPERFOSFATEMIA E HIPOCALEMIA POR MEIO DE AÇÕES EDUCATIVAS E AUTOCONSCIENTIZAÇÃO DOS PACIENTES, RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Júlia Fialho Cauduro, Estevan Criales Lopez
Apresentação: Doença renal crônica (DRC) é definida como alterações na estrutura renal ou sua função que estejam presentes por mais de 3 meses e tenham implicações na saúde do paciente. A DRC tem várias classificações avaliando sempre a filtração glomerular e níveis séricos de albumina. Existem diversas complicações e entre essas podemos destacar o hiperparatireoidismo secundário que é uma das mais prejudiciais para a qualidade de vida do paciente. Isso ocorre devido um distúrbio metabólico do cálcio e do fósforo (hiperfosfatemia e hipocalcemia) que é ocasionado pela perda da função renal o que aumenta o risco de fraturas, doenças cardiovasculares (DCV) e reduz a sobrevida dos pacientes. Objetivo: Visando diminuir as taxas de variação de fósforo (P) e cálcio (Ca) em comparação às dosagens estabelecidas pelas guidelines, realizou-se uma campanha em promoção em saúde para ajudar os portadores de DCR dialítica. Desenvolvimento: O CDR-AM (Centro de Doenças Renais do Amazonas) tem o trabalho de atendimento por meio de consultas e realização de procedimentos como biópsia renal e diálise que ocorrem tanto pelo meio privado quando per meio do Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade de Manaus. Assim os acadêmicos da UFAM (Universidade Federal do Amazonas) abordam os portadores do último estágio da DCR que necessitam da diálise 3 vezes por semana na instituição. Realizaram-se 6 dias de palestras (espaçados por uma semana cada) sempre com os mesmo grupos sobre os seguintes temas: o que é a DCR, suas causa e tratamento; dieta: por que é importante; doença óssea: causa, efeito e soluções; ganho de peso interdialítico e suas consequências; DCV e DCR e adesão ao tratamento: dificuldade e soluções. Além disso na sétima semana foi realizada uma oficina na qual se utilizou caixas de pizza para construção artesanal pelos próprios pacientes de um porta-medicamentos divididos em quatro setores de acordo com os horários que deveriam ser ingeridos junto com uma cartilha com informações básicas e questionamentos frequentes. Resultado: Observou-se um desconhecimento por parte dos frequentadores e acompanhantes do CDR que se mostraram muito interessados com as palestras tendo múltiplas dúvidas sanadas pelos acadêmicos que as ministraram. Foi notável que com a explicação dos acontecimentos e de como poderia impactar na sua qualidade de vida, ocorreu uma maior adesão ao tratamento seja reduzindo as faltas nas diálises como pelo uso mais adequado dos medicamentos algo relatado pelos próprios funcionários da clínica. Foram analisados também os registros laboratoriais de P e Ca nos prontuários, analisando os períodos de antes, durante e após as atividades sendo visível uma discreta melhora dos resultados. Considerações finais: Desse modo foi uma atividade enriquecedora para os acadêmicos que conseguiram entrar em contanto com o público-alvo e observar suas maiores dificuldades sobre a condição da DRC dialítica e tratamento incentivando a abordagem mais humanitária possível. Além disso foi uma ação fundamental para a melhora de qualidade de vida dos portadores da DRC no CDR. |
8594 | ILHA LAMSA Alecsandra fernandes da Silva, Carlos Eduardo dos Santos Nascimento, Soraya Solon ILHA LAMSAAutores: Alecsandra fernandes da Silva, Carlos Eduardo dos Santos Nascimento, Soraya Solon
Apresentação: A cada ano, aumenta-se o número de casos das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), estas que por sua vez são causadas por patógenos que podem ser adquiridos por via sexual ou não sexual, no qual ocorre o contato de mucosa ou pele não íntegra com secreções contaminadas. São prevalentes nos países em desenvolvimento, que de acordo com os dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, em 2018 foram registrados cerca de 158.051 mil casos, onde 93.946 (59,5%) casos foram do sexo masculino e 63.983 (40,5%) casos do sexo feminino. Esse aumento expressivo a cada censo, pode ser reflexo do aumento do diagnóstico como também a exposição a relação sexual sem o uso do preservativo. Para tanto, umas das formas de prevenção são as ações de educação em saúde, sendo essas uma ferramenta em que o usuário recebe informações e orientações a respeito das ISTs. Contudo para que estas sejam efetivas, precisa ser atrativa, lúdica, marcante e que principalmente atenda a necessidade do usuário, instigue a curiosidade e o compartilhamento de informações e que corresponsabilize o usuário pelo cuidado com a própria saúde. Assim umas das formas é ser falado na linguagem e com a realidade local, sendo que uma adolescente falando para outra adolescente sobre o tema, pode surtir maior efeito do que o profissional da saúde, sendo que as informações fornecidas precisam ser claras, objetivas e corretas. Os adolescentes multiplicadores são formados nas temáticas pela Liga Acadêmica Multidisciplinar em Saúde do Adolescente (LAMSA), e aprendem sobre as infecções, sobre a colocação correta do preservativo, entre outras temáticas relativas à saúde de uma maneira ativa, lúdica e dinâmica. Assim, podemos usar do protagonismo juvenil para que essas temáticas sejam abordadas naturalmente em qualquer local do território, inclusive pelas adolescentes multiplicadores dentro da unidade de saúde. Esse trabalho descreve uma experiência de educação em saúde realizada por multiplicadores da LAMSA sobre ISTs, preservativos e sexualidade com a determinada realidade populacional. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência sobre uma ação de educação em saúde realizada em uma na Unidade Básica da Saúde da Família (UBSF), localizada no município de Campo Grande – Mato Grosso do Sul (MS), em dezembro de 2018. A ação foi protagonizada pelos profissionais de saúde, na qual realizou-se orientações relacionadas as ISTs e sobre as formas de prevenção como: uso de preservativos, diagnóstico precoce, além da realização de testes rápidos de sífilis e HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) com os usuários. Em especial, esta ação, também teve a participação dos acadêmicos que integram na LAMSA, em conjunto com a adolescente multiplicadora de 13 anos, na qual realizou-se a “Ilha Lamsa”. Esta estação, consistiu em proporcionar orientações sobre a colocação do preservativo masculino e feminino, tirar dúvidas em relação às ISTs como formas de transmissão e de prevenção, sobre planejamento familiar e métodos contraceptivos O percurso consistia em: cadastrar-se para a realização do teste rápido, passar pela “Ilha Lamsa” para educação em saúde, tirar dúvidas e atender a demanda da população, realização do pré-aconselhamento, procedimento de teste rápido e pós-aconselhamento. Caso o usuário não passasse pela ilha lamsa no ínicio era aconselhado a passar no final do teste, de acordo com a própria vontade e necessidade. Após as orientações foi pedido para que os participantes registrassem a opinião sobre a experiência da orientação. Resultado: Observou-se uma variação de faixa etária, no qual foram atendidos de adolescentes a idosos, sendo entre 17 a 60 anos de idade. Alguns relatos como, “foi legal”, “achei muito bom, além de se prevenir contra doenças e gravidez não desejada. Super legal, obrigada”, foram alguns deles. Percebe-se que a população carece de maiores orientações a respeito das ISTs (tipos, formas de transmissão e prevenção), diante das perguntas realizadas e também de detalhes que muitas vezes o profissional de saúde julga ser conhecido e que o usuário não tem a mínima ideia ao risco que está exposto e muito menos as condutas que se deve tomar diante de determinadas situações. Além disso possibilitou que a adolescente multiplicadora da Lamsa expusesse o conhecimento adquirido durante os momentos formativos, e conduzisse em diversos momentos as orientações de saúde, inclusive com adolescentes como ela, uma linguagem mais próxima e pertencente ao meio. Outro ponto foi que proporcionou a adolescente multiplicadora participar da testagem e entender como acontece o fluxo de atendimento. A intenção é que a adolescente conhecendo a unidade de saúde e o que ela tem para oferecer, possa divulgar aos outros adolescentes que tenham dúvidas e que necessitam utilizar a unidade de saúde, que por medo ou falta de conhecimento não o faz. A ação possibilitou a troca de conhecimento de diferentes faixas etárias, e também a corresponsabilização do usuário pelo cuidado com a sua saúde. Muitos relataram que não sabiam que havia uma maneira correta da utilização da camisinha masculina, e nem sabiam da existência da camisinha feminina, mesmo que esta seja distribuída gratuitamente nos postos de saúde. Considerações finais: Conclui-se que, abordar o tema IST, planejamento familiar e educação sexual de maneira geral, se mostra importante e necessário para conhecimento da população em geral. Além de fomentar outros momentos que não sejam somente em épocas de campanha, sendo articulações, com as escolas e outras ferramentas sociais para que a prevenção aconteça antes do início da primeira relação sexual, e que para aqueles que já tem vida sexual ativa, possam saber das suas atitudes e das consequências que essas podem gerar para a própria saúde. E dessa forma, tentar juntamente com o usuário de saúde estimular a mudanças de hábitos, algo que é muito difícil, pois vai além de apenas receber informações/conhecimento. Enfrentar a temática com preconceito, é deixar a população vulnerável, possibilitando aumento dos casos de ISTs a cada dia. É necessário buscar outras formas significativas e efetivas para realizar orientações e fazer com que a população procure mais pela unidade de saúde antes que o agravo se instale. Assim, para que aconteça a prevenção, umas das maneiras a se enfrentar e corresponsabilizar o usuário, e que ele tenha a percepção da importância da sua saúde. |
8952 | O USO DA REALIDADE AUMENTADA, NA ATIVIDADE SER HUMANO, NO CENTRO DE CIÊNCIAS ITINERANTE, CIÊNCIAS SOB TENDAS Roberta Pires Corrêa, Lucianne Fragel Madeira, Gustavo Henrique Varela Saturnino Alves, Maria Lídia Oliveira Valim Coutinho Pereira, Helena Carla Castro O USO DA REALIDADE AUMENTADA, NA ATIVIDADE SER HUMANO, NO CENTRO DE CIÊNCIAS ITINERANTE, CIÊNCIAS SOB TENDASAutores: Roberta Pires Corrêa, Lucianne Fragel Madeira, Gustavo Henrique Varela Saturnino Alves, Maria Lídia Oliveira Valim Coutinho Pereira, Helena Carla Castro
Apresentação: As pessoas têm acesso ao conhecimento em diferentes espaços que convivem sejam eles: na escola, espaço formal de educação; nos espaços informais, geralmente associadas ao âmbito da família e na conversa com amigos; e nos espaços não formais como nos museus, centros de ciências, praças, teatros entre outros. Fora do âmbito da educação formal, os espaços não formais como Museus e Centros de Ciências Itinerantes, que preconiza dar acesso aos conhecimentos científicos para um público diversificado vem cumprindo seu papel de popularização da ciência. O Ciências sob Tendas (CST) que é um Centros de Ciências Itinerantes, com a atividade, Ser Humano, aborda questões anatômicas e a importância dos órgãos. É uma das dez atividades realizadas em espaços formais e não formais de ensino através do Centro de Ciências Itinerante, Ciências sob Tendas (CST), criado em 2013 na Universidade Federal Fluminense (UFF) como um projeto de extensão que realiza ações no município do Rio de Janeiro e em cidades do interior. O CST visa a divulgação e alfabetização científica e tecnológica da comunidade local através de atividades lúdicas e interativas sobre 4 eixos temáticos: Natureza, Tecnologias, Humanidades e Saúde. As ações ocorrem ao menos uma vez ao mês e no mínimo oito vezes ao ano. Suas atividades científicas itinerantes visam a popularização da ciência e da tecnologia para a comunidade local através de atividades lúdicas sobre temas relacionados à saúde. O objetivo desse trabalho é avaliar o uso da Realidade Aumentada como ferramenta educacional na abordagem de questões anatômicas e a importância dos órgãos do corpo humano, na atividade Ser Humano. No âmbito tecnológico a evolução da Realidade Virtual e Aumentada é vista sob diversos parâmetros que envolvem: interfaces; inteligência; tipos de interação e tempo. A Realidade Aumentada difere da Realidade Virtual. Esta, o participante é imerso no ambiente virtual. A tecnologia da realidade aumentada o participante continua no ambiente físico e o ambiente virtual é estendido para o ambiente do participante, por meio de dispositivos tecnológicos; combina elementos virtuais e elementos reais de maneira interativa. Dessa maneira, a interação do participante com a atividade ocorre de maneira intuitiva e até mesmo natural, sem a necessidade de treinamentos. Ademais, essa tecnologia pode oferecer um ambiente seguro proporcionando uma experiência significativa na popularização da ciência em ambientes de aprendizagem imersivos tridimensionais. Nesse espaço, os participantes exploram aspectos deste espaço por meio da visão, audição e tato. Nas visitas nos espaços formais a maioria do público correspondente a alunos do Fundamental I e II e, em menor quantidade, alunos do Ensino Médio. Em espaços não formais de ensino a faixa etária atendida é diversificada. Dentre as dez atividades ofertadas pelo CST em suas ações, este trabalho apresenta a atividade Ser Humano, que aborda questões anatômicas e a importância dos órgãos do corpo humano através da Realidade Aumentada. Como mediadores atuaram, principalmente, os alunos de graduação em Ciências Biológicas e Biomedicina da Universidade Federal Fluminense e pós-graduação em Ensino de Biociência e Saúde (FIOCRUZ) e Ciências e Biotecnologia (UFF). O tempo de duração desta atividade foi de até 10 minutos. A atividade Ser Humano utilizou aplicativos de Realidade Aumentada instalados em dois dispositivos móveis (Tablets Samsung Tab E e Samsung Galaxy 7) associados a um modelo anatômico. Este modelo foi elaborado a partir de uma adaptação de uma boneca manequim comercial de vestuário, cujos órgãos internos eram feitos artesanalmente em feltro para explicar o funcionamento dos sistemas digestivo, cardiovascular e reprodutor. A abordagem com a realidade aumentada foi constituída a partir da utilização de três aplicativos: Sophus, Human Brain e Heart RA. O Sophus é um aplicativo desenvolvido pelo Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais. O Human Brain foi desenvolvido pela empresa Magic Software com sede na Índia e o Heart RA, pela empresa Bloc Digital, com sede no Reino Unido. Todos são voltados para a área de estudos da biologia. O primeiro aborda o corpo humano, com descrições dos respectivos sistemas e órgãos. O segundo explora o encéfalo em diversos ângulos, sendo possível observar todos os lóbulos cerebrais, tronco encefálico (composto por Mesencéfalo, Ponte e Bulbo) e cerebelo. O terceiro é um aplicativo interativo o qual o visitante tem a possibilidade de colocar o marcador sobre seu peito, onde na aplicação é apresentado o coração em funcionamento, podendo ser saudável ou doente, e indicando as veias, artérias e as quatro cavidades. Em todos os aplicativos utilizados foi preciso a utilização do marcador exclusivo para apresentar os órgãos humanos. O marcador digital é um referencial para o software projetar imagens em 3D. Também possui a vantagem de ser prático e dinâmico, proporcionando aos visitantes não apenas a interação in situ, mas também a possibilidade de ter acesso aos aplicativos a partir de seus próprios dispositivos. Para a aplicação da realidade aumentada utilizamos marcadores digitais específicos de reconhecimento dos softwares para cada aplicativo, que exibiam as ilustrações dos órgãos virtuais, junto às imagens reais de forma interativa. O registro da avaliação da atividade foi feito por observação e fotografia, com aviso prévio feito aos participantes. Os resultados preliminares apontam o uso da Realidade Aumentada como ferramenta promissora em Centros de Ciência Itinerantes, que requerem estratégias e materiais de qualidade, mas de baixo custo, fácil transporte e bom perfil comunicacional. Ademais, o uso de tecnologias se mostra como um método alternativo na construção do conhecimento científico na área da saúde, dando acesso virtualmente a conteúdos/materiais de alta complexidade e/ou difícil acesso e/ou alto custo que atende o público de ampla faixa etária com interação em curtos períodos, com uma linguagem clara e objetiva. Com a Realidade Aumentada foi possível que o público visitante visualizasse de forma interativa sistemas e órgãos do corpo humano, como o encéfalo em diversos ângulos, o sistema digestivo e o coração em pleno funcionamento. O engajamento do público visitante demonstra que a o uso da Realidade Aumentada aliada a temas de saúde é um campo em crescimento na popularização tecnológica e cientifica. Porém, observamos a falta de informação referente ao conhecimento desta tecnologia, destacando a necessidade de divulgação e implementação em ambientes formais e não formais de educação para que as comunidades locais tenham experiências marcantes no acesso a ciência, saúde e tecnologia. |
9086 | A ARTE DE FORMAR ENFERMEIROS EM TEMPOS MODERNOS AMANDA DA SILVA MARQUES FERREIRA, CLAUDIA CRISTINA DIAS GRANITO, ALICE DAMASCENO ABREU, ERIKA LUCI PIRES DE VASCONCELOS, MARIANA BRAGA SALGUEIRO, EDUARDO FELIPE BARBOSA DE OLIVEIRA, PAULO ROGÉRIO VIEIRA LAMARCA FLORES, STEFANNY JENNYFER DA SILVA PACHECO A ARTE DE FORMAR ENFERMEIROS EM TEMPOS MODERNOSAutores: AMANDA DA SILVA MARQUES FERREIRA, CLAUDIA CRISTINA DIAS GRANITO, ALICE DAMASCENO ABREU, ERIKA LUCI PIRES DE VASCONCELOS, MARIANA BRAGA SALGUEIRO, EDUARDO FELIPE BARBOSA DE OLIVEIRA, PAULO ROGÉRIO VIEIRA LAMARCA FLORES, STEFANNY JENNYFER DA SILVA PACHECO
Apresentação: Atualmente nas universidades, a tecnologia se faz presente como recurso facilitador do processo ensino-aprendizagem. Contudo, percebe-se a necessidade das Instituições de Ensino Superior disponibilizarem aos docentes capacitações e ferramentas de recursos tecnológicos a serem utilizados em encontros presenciais e no ambiente virtual de aprendizagem, melhorando a interação com os estudantes da “Geração Y”, favorecendo a aprendizagem com a utilização de tecnologia de comunicação e informação. A necessidade de absorção de conhecimento do estudante e a flexibilização da matriz curricular proposta pela instituição de ensino, faz com que o objeto de estudo desta pesquisa consista na sensibilização e instrumentalização das competências e habilidades do docente em relação a oferta de conteúdos atrativos no ambiente virtual, garantindo referências relevantes (livros, artigos, vídeos, podcast), fóruns que levem o estudante agregar conhecimentos acerca dos temas trabalhados, enfatizando sua relação com a clínica, principais agravos à saúde da população e a interação do indivíduo com seu meio físico, biológico e social, consonante ao processo de aprendizado desenvolvido presencialmente. Considerando a questão de quais são os obstáculos para a implementação do ensino a distância na matriz curricular do curso de graduação de enfermagem? O objetivo geral da pesquisa é desenhar a partir de uma mapa conceitual teórico, uma proposta de ensino baseado na pedagogia híbrida, visando a aplicação das tecnologias da informação e comunicação pelo corpo docente de um curso de graduação em enfermagem. Os objetivos específicos são: discutir a utilização das tecnologias de informação e comunicação no processo ensino-aprendizado do graduando de enfermagem; apontar o crescimento e os impactos universitários em virtude do uso das tecnologias; conhecer os desafios na Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação. Justifica-se esse trabalho a partir da universidade, enquanto instituição social vê-se incumbida de atender as exigências da modernidade, pois deve propiciar conhecimentos e habilidades necessários ao graduando, propondo que ele exerça integralmente a sua cidadania, construindo uma relação de sustentabilidade e respeito a diversidade. A sociedade em rede é utilizada para romper as barreiras dos muros universitários. A aplicação da tecnologia da informação em educação implica em inovar na arte de comunicar, desenvolver o pensamento crítico-reflexivo e ensinar/aprender. A informatização das universidades não deve se resumir o conteúdo do currículo, mas deve ser utilizada como um recurso para auxiliar o professor na integração das competências e habilidades, há um leque de oportunidades que deve ser explorado por docentes e discentes. Desenvolvimento: Com o intuito dos objetivos propostos, foi elaborado um estudo de abordagem qualitativa, de caráter descritivo e explicativo, por meio da revisão integrativa da literatura (RIL) sobre publicações nacionais e internacionais em periódicos de representatividade na área de ciências da saúde, indexados ao banco de dados virtual, dentro do período de tempo delimitado para esta pesquisa, de 2013 a 2019, com análise dos descritores: com os seguintes descritores: Aprendizado Ativo; Pedagogia Híbrida; Educação em Enfermagem. A revisão integrativa da literatura é uma forma de pesquisa que utiliza como fonte de dados diferentes referências sobre o tema. Inclui a análise e a apreciação crítica de pesquisas relevantes que dão suporte para a tomada de decisão e para melhoria da prática. Além disso, possibilita um resumo das evidências relacionadas, e a verificação do estado de conhecimento sobre determinado tema, observando lacunas e necessidades de pesquisas, estudos e investigações futuras sobre o assunto. Resultado: A tomada da adoção de uma pedagogia híbrida, o conhecimento virtual como facilitador na solução de problemas de saúde de uma população. Considerando a importância da formação do enfermeiro desenvolvida nos cenários de prática, propondo a participação ativa e comprometida dos alunos na sociedade. Faz-se necessário a atualização dos professores, a fim de que as tecnologias sejam incorporadas ao currículo, e não vista como meramente um acessório ou aparato marginal. É preciso pensar como incorporá-la no cotidiano da educação. Vale ressaltar a construção de conteúdos inovadores e atrativos, utilizando o potencial desta galáxia da internet. Considerações finais: Esta pesquisa versa sobre a Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs) no contexto ensino-aprendizagem do mundo universitário, com ênfase a formação dos profissionais de enfermagem. O mundo passa por uma grande transformação, decorrente às novas tecnologias de informação e comunicação, que aos poucos, tem-se interligando a atividade educativa. A revolução da informática trouxe consigo inúmeros impactos que por conseguinte atingiram diversas áreas. A educação superior é uma delas e cada vez mais a tecnologia se faz presente nos bancos e pátios acadêmicos, seja pelo uso de equipamentos tecnológicos (como o celular, tablets, notebook...), ou por meio de projetos envolvendo a integração ensino e tecnologia. Diante deste avanço nas últimas décadas a adaptação das escolas de ensino superior ao uso das Tecnologias da Informação e Comunicação, ainda tem sido um desafio. Pois alguns professores não possuem domínio das ferramentas tecnológicas. A utilização desses recursos tecnológicos no processo de ensino, tem sido cada vez mais necessária, tornando a aula mais atrativa, proporcionando aos alunos um jeito inovador de agregar valores, conteúdos e competências a sua espiral do conhecimento . Porém, para que haja a concretização das tecnologias no currículo de enfermagem, é preciso que todos os envolvidos se sintam beneficiados, a consolidando as tecnologias da informação e comunicação na educação. Haja vista, que ensinar e aprender caminham juntamente podendo usufruir juntos os benefícios proporcionados por estas tecnologias, pois hoje, a internet, que oferece uma diversidade de informações, mídias e softwares, que podem auxiliar de forma valorosa nesta aprendizagem. Perante a inevitabilidade de se conviver com as TIC na educação, faz-se necessário analisar as transformações nas formas de comunicação e de intercâmbio de conhecimentos, desencadeadas pelo uso generalizado das tecnologias digitais nos distintos âmbitos da sociedade contemporânea, o que demanda de uma reformulação das competências de ensino e aprendizagem, tanto no que tange o que é feito nos componentes curriculares presenciais, quanto o que colocado nas plataformas de ambientes virtuais de aprendizagem, pois ambos precisam estar cadenciados e uniformes, para que não ocorram as divergências. Para tal, compreender quais são suas especificidades técnicas e seu potencial pedagógico é inevitável. |
9228 | SOBREVIVÊNCIA E LINGUAGEM: COSTURANDO VOZES E HISTÓRIAS Cláudia Graça SOBREVIVÊNCIA E LINGUAGEM: COSTURANDO VOZES E HISTÓRIASAutores: Cláudia Graça
A preparação do fonoaudiólogo para o mundo do trabalho, traz consigo expectativas e uma infinidade de apostas que refletem na formação adequada desse profissional para uma atuação que atenda: aos ciclos da vida, as diversidades e desigualdades sociais, econômicas, regionais, dentre outras. Com vistas ao fortalecimento de uma prática formativa que possibilite aos futuros fonoaudiólogos estarem aptos a trabalharem de acordo com o que é proposto pelo Sistema Único da Saúde (SUS) e privilegiando uma preparação voltada a atenção integral à saúde, com ênfase na promoção da saúde e prevenção de doenças, este trabalho tem como objetivo apresentar uma experiência formativa dos estudantes de Fonoaudiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com grupos de adolescentes, em um cenário de aprendizagem diferenciado: a Vila Olímpica Da Mangueira, território do Instituto Mangueira do Futuro (IMF). Situada na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, o IMF oferta atividades esportivas e educacionais aos seus usuários, com o propósito de educar e formar cidadãos com autonomia, tendo na manifestação do esporte educacional sua sustentação, com a participação de crianças, adolescentes e da melhora na qualidade de vida para a terceira idade. Esse trabalho apresenta as estratégias utilizadas pelos estudantes da graduação, criadas a partir da interação e do diálogo com os adolescentes participantes da escola de futebol de campo do IMF, que ao longo de quatro meses vivenciaram 16 oficinas de práticas fonoaudiológicas elaboradas a atenderem aos interesses dos sujeitos envolvidos e que pudessem acontecer no local das práticas do futebol. As atividades práticas-teóricas aconteceram semanalmente e o quantitativo dos adolescentes presentes era fluído, uma vez que a grande maioria residia em áreas da cidade que historicamente são estigmatizadas no discurso do senso comum, como também nas falas e ações governamentais, como locais de violência e de pobreza. A grande meta do trabalho fonoaudiológico era que, através de jogos linguísticos entrelaçados com atividades psicomotoras, os adolescentes vivenciassem situações que desafiassem certa concepção escolarizada e/ou pedagogizada da linguagem e que ao final das experiências, os sujeitos, através do uso de narrativas pudessem reinventar suas experiências e suas histórias de vida. Para esse trabalho, entendemos narrativa como uma performance, ou seja, quando um adolescente narra a sua história, eles estão envolvidos na performance de quem são na experiência de contar a narrativa e assim, pelas suas falas e seus discurso– costuram suas vozes e histórias por diferentes estéticas ou mesmo por distintos pertencimentos étnico-raciais, sociais etc., potencializando a esperança como um afeto ensinável e coletivo. |
9782 | O USO DE TECNOLOGIA EDUCATIVA NO ENSINO DE PRIMEIROS SOCORROS Magda Milleyde de Sousa Lima, Priscila Martiniano dos Santos, Rafaella Beatriz de Aguiar, Rafaela Farrapo Carneiro, Dariane Veríssimo de Araújo, Joselany Áfio Caetano, Lívia Moreira Barros O USO DE TECNOLOGIA EDUCATIVA NO ENSINO DE PRIMEIROS SOCORROSAutores: Magda Milleyde de Sousa Lima, Priscila Martiniano dos Santos, Rafaella Beatriz de Aguiar, Rafaela Farrapo Carneiro, Dariane Veríssimo de Araújo, Joselany Áfio Caetano, Lívia Moreira Barros
Apresentação: O Brasil enfrenta anualmente altas taxas de morbidade e mortalidade devido agravos no ambiente pré-hospitalar. Por isso, é de fundamental importância que o público leigo tenha conhecimento sobre as principais condutas realizadas em casos de parada cardiorrespiratória, acidentes de trânsito, intoxicações, queimaduras, quedas, afogamentos, traumas, engasgo, entre outros, visto que essas situações podem acontecer nos diversos âmbitos da sociedade. Neste contexto, entre as metodologias de ensino-aprendizado, o profissional de saúde pode utilizar tecnologias educativas para ensinar primeiros socorros, pois são ferramentas que favorecem a memorização das informações por meio da ludicidade. Com isso, o presente estudo objetiva descrever a aplicação do jogo de tabuleiro na aquisição de conhecimentos sobre primeiros socorros entre a população leiga. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo de intervenção comunitária e não controlado, desenvolvido por meio da aplicação de um jogo de tabuleiro sobre primeiros socorros para 12 leigos em primeiros socorros da região noroeste do Estado do Ceará no mês de novembro de 2019. Os dados foram registrados em um diário de campo. O estudo seguiu os critérios estabelecidos pela Resolução 466/2012 e foi aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa com CAAE 07908619.3.0000.505Resultado: Foi aplicado um jogo de tabuleiro sobre primeiros socorros contendo 20 “casas”. O início do jogo era representado pela palavra saída e o fim representado pela palavra chegada. Cada “casa” correspondia a uma pergunta sobre primeiros socorros, de acordo com os temas: parada cardiorrespiratória (PCR), queimadura, convulsão, engasgo e intoxicação. Os 12 participantes foram divididos em 3 equipes, e após estarem cientes de todas as regras, iniciaram o jogo. Após cada resposta, o facilitador explicava aos leigos sobre a conduta correta. Com isso, foi possível identificar as seguintes respostas: Quando questionados sobre o local correto para realizar as compressões torácicas em uma PCR, todos os participantes responderam que seria no “meio” do peito. Por sua vez, todos informaram que chamariam ajuda, pois não saberiam realizar os procedimentos adequados. Em relação ao tema queimadura, os participantes afirmaram erroneamente que tecidos aderidos à pele devem ser removidos imediatamente. Sobre as convulsões, os participantes disseram que o ideal é puxar a língua da vítima. Em relação a situações de engasgo total, a manobra mais indicada foi ficar atrás da vítima e apertar com as duas mãos acima do umbigo, segundo os participantes, Em pacientes com intoxicação por medicamentos, os dos participantes responderam que dariam leite, se o paciente estivesse acordado, para reduzir os efeitos do medicamento e levariam para o hospital. Considerações finais: A aplicação do jogo de tabuleiro permitiu analisar que a população leiga ainda possui muitos conhecimentos empíricos sobre as condutas necessárias em casos de primeiros socorros, principalmente nos temas queimadura, convulsão e intoxicação. Ademais, nos temas parada cardiorrespiratória e engasgo, observou-se que apesar de identificar a conduta correta, os leigos não sabem a técnica. Sendo assim, o jogo educativo foi uma tecnologia educativa que permitiu a construção do conhecimento por meio da diversão e da ludicidade. |
9789 | CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE UMA TECNOLOGIA EDUCATIVA SOBRE PRIMEIROS SOCORROS Magda Milleyde de Sousa Lima, Priscila Martiniano dos Santos, Rafaella Beatriz de Aguiar, Rafaela Farrapo Carneiro, Dariane Veríssimo de Araújo, Joselany Áfio Caetano, Lívia Moreira Barros CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE UMA TECNOLOGIA EDUCATIVA SOBRE PRIMEIROS SOCORROSAutores: Magda Milleyde de Sousa Lima, Priscila Martiniano dos Santos, Rafaella Beatriz de Aguiar, Rafaela Farrapo Carneiro, Dariane Veríssimo de Araújo, Joselany Áfio Caetano, Lívia Moreira Barros
Apresentação: No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta muitos desafios devido as altas taxas de morbidade e mortalidade relacionadas com situações de urgência e emergência. Neste contexto, capacitar o público leigo sobre primeiros socorros é uma maneira efetiva na redução do índice de mortes no âmbito pré-hospitalar. Entre as metodologias de ensino-aprendizado, destaca-se o jogo educativo, caracterizado como uma tecnologia que favorece a memorização das informações por meio do envolvimento do participante. Com isso, o presente estudo objetiva construir e validar um jogo de tabuleiro para o ensino de primeiros socorros. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo metodológico desenvolvidos seguindo as etapas: 1) elaboração do projeto; 2) revisão integrativa de literatura; 3) realização de grupo focal com 11 leigos; 4) construção do tabuleiro; 5) validação de aparência com 10 leigos. A coleta de dados foi realizada na região noroeste do Estado do Ceará, no período de 2018 a 2019. Na etapa de validação de aparência foi utilizado um questionário com informações sobre o material com escala de Likert. Os dados foram tabulados no Excel e analisados no SPSS Statistics versão 24. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa com CAAE 07908619.3.0000.505Resultado: Foi construído um jogo com 20 “casas” tendo o início (representado pela palavra ―saída), sequência de números de 1 a 20 e o fim (representado pela palavra ―chegada) com temas sobre parada cardiorrespiratória, desmaio, queimadura, intoxicação exógena, engasgo e choque elétrico. O jogo terminou quando um dos participantes atingiu a chegada. Entre as fichas dos temas do jogo estavam também as seguintes ações: jogue novamente, avance duas casas e volte duas casas – tudo isso, para trazer mais emoção. Por sua vez, no processo de validação, houve uma aprovação do material estatisticamente significante, com uma proporção de entre os participantes de maior que 90% e um Índice de Validação de Conteúdo (IVC) maior que 0,90 em todos os itens. Considerações finais: O jogo educativo foi construído e teve validade de aparência entre o público alvo, sendo considerado uma tecnologia educativa utilizada para a aquisição de conhecimento do público leigo sobre primeiros socorros. |
10538 | RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA AÇÃO EDUCATIVA A RESPEITO DE PRIMEIROS SOCORROS EM UMA ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS DE VITÓRIA-ES Carolina Pretti Tumang de Andrade, Caio Lucas Franco Inocêncio, Karielly Gasperazzo Pansini, Francine Alves Gratival Raposo, Raimundo Luiz Inocêncio dos Santos RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA AÇÃO EDUCATIVA A RESPEITO DE PRIMEIROS SOCORROS EM UMA ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS DE VITÓRIA-ESAutores: Carolina Pretti Tumang de Andrade, Caio Lucas Franco Inocêncio, Karielly Gasperazzo Pansini, Francine Alves Gratival Raposo, Raimundo Luiz Inocêncio dos Santos
Apresentação: Durante o segundo semestre de 2019, acadêmicos do curso de medicina organizaram um projeto de educação em saúde para uma associação de catadores demateriais recicláveis. A necessidade da intervenção com enfoque educacional se deu apartir da constatação de relatos de recorrentes acidentes no local de trabalho. Uma vezque estes cooperados estão facilmente expostos a acidentes com perfurocortantes, intoxicação por agentes químicos e quedas no local de trabalho. Estas questões foramalarmantes e agentes motivacionais para a atuação dos acadêmicos. Desenvolvimentodo trabalho: A estratégia de trabalho foi a elaboração de duas frentes de cursos teórico-práticos com enfoque nas atividades laborais cotidianas, sendo elas a prevenção deacidentes no ambiente de trabalho e as corretas abordagens de primeiros socorros.Quanto à prevenção dos acidentes, os pontos abordados foram a importância dautilização do equipamento de proteção individual no manuseio de perfurocortantes e nocontato com agentes químicos e biológicos encontrados no material a ser reciclado, afim de minimizar a ocorrência de acidentes. Além disso, os impactos ergonômicos damovimentação dos fardos de material. No âmbito dos protocolos de primeiros socorros, o grupo de estudantes instruiu acerca de movimentos de emergência como a manobrade Heimlich para desengasgo em adultos, a reanimação cardiorrespiratória, a preparaçãoadequada de curativos em casos de acidentes com perfurocortantes e a imobilização doacidentado em caso de quedas. Os materiais necessários para as demonstrações, como gazes, compressas e manequins especializados, assim como materiais dos kits deprimeiros socorros, foram cedidos pelos próprios alunos participantes. Resultado: Espera-se que após a intervenção, os cooperados usufruam de um ambientede trabalho mais saudável, haja vista que a mudança de hábitos, como a utilização dosequipamentos de proteção individual, tende a minimizar os efeitos nocivos dos agentespatológicos, materiais tóxicos e perfurocortantes que comumente entram em contatocom os trabalhadores. As mudanças na ergonomia do trabalho, como demonstrado naparte prática do curso de prevenção a acidentes, visam minimizar as fraturas por quedase as doenças ocupacionais adquiridas por carregar peso de forma inadequada. Além dasprevenções a acidentes, espera-se que os cooperados sejam mais protagonistas ao lidarcom situações como engasgos, paradas cardiorrespiratórias, elaboração de curativos eimobilizações pós-queda, uma vez que possuem a base teórica e prática para lidar comessas situações do ambiente de trabalho. Considerações finais: A execução dos cursosteórico-práticos buscou empoderar os trabalhadores da associação de catadores demateriais recicláveis, de modo a promover a autonomia necessária para a garantir saúdee o bem-estar dos cooperados. |
10716 | COMBATE ÀS IST NO CONTEXTO UNIVERSITÁRIO Bruna Fernanda Medeiros de Oliveira COMBATE ÀS IST NO CONTEXTO UNIVERSITÁRIOAutores: Bruna Fernanda Medeiros de Oliveira
Apresentação: Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência em promoção e prevenção sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis na comunidade universitária da UFRN/RN que se dão através do projeto de extensão Programa de Aconselhamento em Saúde (PAS). O PAS tem como objetivo trabalhar a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) na Universidade Federal do Rio Grande do Norte e comunidade arredores através de ações de divulgação, informação, distribuição de insumos e diagnóstico precoce do contágio pelo HIV, Sífilis e Hepatites virais. Um de seus horizontes, também, é a promoção de orientação sexual no sentido de diminuir às IST/HIV/AIDS na comunidade que faz a UFRN, possibilitando dessa forma atenuar a vulnerabilidade desta população. Desenvolvimento: O projeto tem como público-alvo estudantes, servidores da UFRN e comunidade aos arredores. As ações ocorrerem através dos seguintes procedimentos: 1) divulgação pelas mídias da UFRN das ações do projeto, 2) atendimento individual de orientação e distribuição de insumos, 3) ações de prevenção nos setores de aulas, 4) testagem rápida de HIV, sífilis e hepatites virais, 5) rodas de conversa sobre temática ligadas à prevenção das IST, 6) capacitação dos profissionais da Diretoria de Atenção a Saúde da UFRN (DAS/UFRN) quanto às inovações sobre a temática IST/HIV/AIDS. Este projeto tem como parceiro a Secretaria Municipal de Saúde de Natal, que disponibiliza materiais informativos, os testes rápidos e insumos de prevenção. Resultado: Ao longo do ano de 2019 o projeto possibilitou a realização de mais de 1800 testagens rápidas e distribuição de aproximadamente 4000 insumos. Esses resultados foram obtidos por meio da promoção de Tendas de Saúde - equipe itinerante de promoção em saúde da UFRN -, testagem rápida de HIV, Sífilis, Hepatites B e C, orientação em saúde, participação em eventos de saúde segundo agenda da OMS e alguns momentos junto aos serviços de saúde do município, a campanha Dezembro Vermelho de prevenção a AIDS, salas de espera - rodas de conversa em salas de espera do ambulatório da DAS -, e distribuição de insumos. Considerações finais: As ações desenvolvidas ao longo do projeto têm propiciado a disseminação de conhecimentos através da troca educativa e informativa sobre as ITS e consequentemente a aproximação da população com a temática que muitas vezes é tida como um tabu e até mesmo temida. Tal projeto fortalece, também a ampliação do acesso ao Sistema Único de Saúde, não só por propagar sua agenda e informações mas também seus serviços e as ferramentas que hoje disponibiliza para prevenção que são mais amplas que a oferta de testes rápidos ou insumos, por desconhecimento de suas outras estratégias, como a PEP – Profilaxia Pós-Exposição e PrEP – Profilaxia Pré-Exposição ao HIV. |
11470 | RADIOLOGIA NO WORKSHOP DE MEDICINA PARA VESTIBULANDOS Magali Werneck, Cristina Asvolinsque, Mari Ballantyne, Ramon Maciel RADIOLOGIA NO WORKSHOP DE MEDICINA PARA VESTIBULANDOSAutores: Magali Werneck, Cristina Asvolinsque, Mari Ballantyne, Ramon Maciel
Apresentação: Há anos o Diretório Acadêmico Barros Terra (DABT) representando os alunos de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Niterói (RJ), tem uma importância na graduação, nos movimentos estudantis e esportivos e na sociedade. Desde 2018 o DABT criou o Workshop da Medicina UFF, e dentre tantas oficinas teóricas e práticas direcionadas ao público jovem (em sua maioria abaixo dos 19 anos), vestibulandos do Rio de Janeiro que são interessados e buscam esclarecimentos sobre o curso e futura profissão. Metodologia e discussão: Umas semanas antes do evento abrimos 100 vagas, sendo 40% vagas sociais e os demais pagantes (R$ 40,00). Neste ano foi realizado dia 26/04/2019, num domingo no Hospital Universitário Antônio Pedro, com início às 8:00hs intervalo para almoço em restaurantes parceiros na região e término às 18:00hs com uma pausa durante a tarde para um lanche providos pelo DABT. Na parte da manhã tivemos a abertura e entrega de crachás, mesa com convidados, alunos e professores, onde foi discutido sobre cada ciclo da Medicina: básico, clínico e internato, com momento para dúvidas e apresentação da Faculdade de Medicina. Após o almoço os vestibulandos foram divididos em 4 grupos que rodaram em 4 oficinas organizada pelos próprios alunos da graduação de Medicina, dentre elas: Radiologia, Patologia, Sutura e Suporte básico para vida. Sendo temas que levam a grande interesse dentro da Medicina e fora. A oficina de Radiologia foi organizada e administrada por uma monitora do departamento com auxilio da professora, tendo duração de 1 hora com cada grupo composto por 25 alunos, tivemos inicialmente apresentação de PowerPoint abrangendo informações sobre: o profissional médico radiologista, sobre os caminhos a partir do vestibular de Medicina, introdução básica à Radiologia, com contextualização histórica e física da produção de imagens, seguido de uma aula básica de tórax e idade óssea. Terminando a oficina, foi apresentado um questionário de imagens online e interativo de 13 perguntas, onde as respostas eram projetadas depois de cada questão com um ranking atualizado dos componentes do grupo, que respondiam através do próprio celular. Importância: Tendo em vista que está sendo exigido dos jovens a escolha profissional cada vez mais cedo, o workshop esclarece algumas dúvidas pessoais e profissionais, além de aproximá-los do ambiente universitário. Radiologia no Workshop de Medicina para vestibulandos |
12111 | “EXPERIENCIA INSTITUCIONAL EN TALLERES DE INTEGRACIÓN DE LA CARRERA DE MEDICINA” María Gabriela Picón, Lidia Margarita Maldonado de Harón, Emilio Melchor Luque, María Lorena Méndez “EXPERIENCIA INSTITUCIONAL EN TALLERES DE INTEGRACIÓN DE LA CARRERA DE MEDICINA”Autores: María Gabriela Picón, Lidia Margarita Maldonado de Harón, Emilio Melchor Luque, María Lorena Méndez
Presentación: La Carrera de Medicina dependiente de la Facultad de Ciencias Médicas (FCM) de Santiago del Estero, Argentina, presenta un plan de estudios semi-integrado con espacios curriculares denominados Talleres de Integración. Éstos tienen como finalidad correlacionar los conocimientos adquiridos en las asignaturas correspondientes a cada año. Objetivo: Relatar la experiencia del proceso de construcción de los Talleres de Integración desde la mirada del equipo técnico-pedagógico de la FCM. Desarrollo: Los Talleres de Integración se desarrollan al finalizar cada cuatrimestre del año académico mediante la modalidad Abordaje Basado en Problemas. Durante una semana los estudiantes abordan un caso-problema con la tutorización de los docentes, elaboran el informe escrito y lo defienden oralmente. Previamente, los docentes diseñan los casos-problemas desde los contenidos de las materias del mismo año, diseñan las rúbricas de evaluación y organizan la semana de trabajo. Resultado: - Construcción conjunta, entre autoridades y docentes, de un dispositivo de trabajo como es el Abordaje Basado en Problemas. - Planificación de Talleres de Integración con un sesgo diferente al de la asignatura: en organización, en estrategias docentes, en acompañamiento didáctico a los alumnos, en sentido y finalidad de la evaluación, en duración, entre otros. - Adecuada coordinación entre las asignaturas involucradas, representando un desafío pedagógico-didáctico para superar la tensión entre desarrollo curricular lineal y la propuesta integradora. - Avance en el diseño de competencias de complejidad creciente teniendo en cuenta el año de cursado, con la adecuación del instrumento de evaluación. - Talleres de reflexión docente que dan cuenta de la dificultad para tutorizar a los estudiantes sin direccionar el trabajo del ABP; para evaluar con una matriz que despliega todas las competencias que se valoran durante las instancias de análisis del caso, hipotetización y fundamentación desde la teoría. - El tránsito docente del trabajo individual, intra-asignatura, hacia un trabajo en equipo e interdisciplinario. - Aceptación progresiva de que no hay asignaturas estrellas y otras satélites. Todas tienen su importancia y aportan a la formación del futuro médico. Consideraciones Finales: La organización de los Talleres de Integración se considera una empresa con avances y crisis, con logros y dificultades, con cuestionamientos y aceptaciones, con pocas certezas y muchas dudas y cavilaciones sobre el sentido de su puesta en marcha. Se trata de una tarea artesanal de hacer, ajustar, reorientar, reflexionar, repensar, retroceder, valorizar, en la que se pone en juego la trayectoria de los docentes como estudiantes, SUS biografías personales, paradigmas, modelos didácticos, modalidad de evaluación, concepciones del papel del docente como mediador, acompañante y posibilitador. Los que mejor transitaron y transitan este proceso de consolidación de los Talleres de Integración son los alumnos: son los que señalan, en el desempeño docente, las debilidades de los primeros Talleres de Integración y de los que aún persisten. En ellos se ve la flexibilidad para trabajar en grupo-equipo, para comunicar los trabajos en una tarea de integración, para trabajar con TIC y con recursos de presentación de los materiales. |
12175 | EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA SERVIDORES DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR SOBRE A CAMPANHA OUTUBRO ROSA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Beatriz Christina Matos dos Santos, Ana Carla Vilhena Barbosa, Georgia Helena de Oliveira Sotirakis, Maiza Silva de Sousa, Dione Seabra de Carvalho EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA SERVIDORES DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR SOBRE A CAMPANHA OUTUBRO ROSA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAAutores: Beatriz Christina Matos dos Santos, Ana Carla Vilhena Barbosa, Georgia Helena de Oliveira Sotirakis, Maiza Silva de Sousa, Dione Seabra de Carvalho
Apresentação: O câncer de mama possui grande letalidade no cenário mundial e é o que possui maior taxa de mortalidade em mulheres no Brasil. A Campanha Outubro Rosa, visa chamar a atenção da sociedade a respeito dessa patologia. Objetiva-se retratar a experiência da realização de educação em saúde sobre o Outubro Rosa para servidores públicos de uma Instituição de Ensino Superior. Desenvolvimento: Relato de experiência sobre as ações desempenhadas durante a campanha Outubro Rosa, por acadêmicos de enfermagem no período de outubro de 2018. Foram realizadas diversas rodas de conversa com os servidores, com a utilização de materiais informativos como folders e cartazes, a fim de propagar informações envolvendo câncer de mama, por fim foram distribuídos laços cor de rosa que são o símbolo da luta contra o câncer de mama. Resultado: Foi observado no decorrer das atividades realizadas o grande interesse pelo assunto, a presença de alguns pré-conceitos envolvendo o câncer, bem como a participação ativa das mulheres presentes através de questionamentos e compartilhamento de experiências. Considerações finais: A temática câncer sempre trás consigo certo estigma e através da educação em saúde, em específico da sociedade, que se pode reduzi-lo, bem como também promover a saúde e prevenir agravos, socializando o máximo possível de conhecimentos verídicos. Ressalta-se ainda a importância do desenvolvimento do papel educador do acadêmico de enfermagem desde a academia, assim contribuindo de maneira significativa para a formação deste futuro profissional. |
12224 | A FORMAÇÃO DO MÉDICO E AS DOENÇAS RARAS: O EXEMPLO DA FIBROSE CÍSTICA Marise Basso Basso Amaral, Carolina Nascimento Spiegel, Liliam Koifman A FORMAÇÃO DO MÉDICO E AS DOENÇAS RARAS: O EXEMPLO DA FIBROSE CÍSTICAAutores: Marise Basso Basso Amaral, Carolina Nascimento Spiegel, Liliam Koifman
A formação de profissionais da saúde de forma interdisciplinar, para além do modelo estritamente biomédico, exige um entendimento que permita englobar as questões políticas, humanas, socioculturais e econômicas. Nesse sentido, este trabalho aborda os conteúdos biológicos, sociais, culturais, políticos e culturais que envolvem o tema da Fibrose Cística. Tais conteúdos são oferecidos na disciplina de Biologia Celular e na disciplina Trabalho de Campo Supervisionado 1 a (TCS1a), ambas obrigatórias no primeiro período do Curso de Medicina da UFF. A atividade relatada neste trabalho é desenvolvida pelas duas disciplinas em atividade integrada com a participação de convidada, professora da Faculdade de Educação e representante dos familiares de pessoas com doenças raras (ACAM e Instituto Unidos pela Vida). Busca discutir de forma ampla: a importância da pesquisa de medicamentos órfãos, do diagnóstico precoce, dos aspectos éticos e sociais, atendimento multidisciplinar, relação médico-paciente e uma política governamental para doenças raras. Um dos aspectos discutidos, que apresenta grande originalidade e atualidade, se refere ao fornecimento de medicamentos de alto custo e de drogas que não estão na listagem de medicamentos liberados em território nacional pela ANVISA. Essa atividade tem como objetivo abordar as discussões sobre a complexidade de viver com uma doença rara, a partir da experiência concreta de pessoas com fibrose cística e seus familiares. Esse diálogo, realizado a cada semestre, desde 2017, se propõe a aproximar os alunos da realidade complexa de cuidado, estabelecendo conexões com os demais temas da disciplina TCS1a e seus objetivos: refletir sobre as dimensões do processo saúde-doença e sua relação com a prática médica; perceber a saúde como um direito; conhecer o papel das organizações sociais e seus movimentos para a garantia dos direitos de diversos grupos populacionais. Os encontros acontecem em uma manhã, geralmente no meio ou final do semestre, com a presença de todos os professores envolvidos e a representante da associação de pacientes e os alunos. Ao longo desse tempo muitas coisas aconteceram no campo da inovação biotecnológica e no tratamento da Fibrose Cística. Mesmo assim, no Brasil e no Estado do Rio de Janeiro - em especial - pacientes com fibrose cística e com outras doenças raras ainda enfrentam dificuldades no acesso ao diagnóstico correto e no tempo adequado, bem como acesso aos medicamentos já disponibilizados no SUS, mas que se encontram frequentemente em falta. Considerando que praticamente todo tratamento das pessoas com doenças raras é um tratamento de alto custo e considerando também que existe um enorme fosso entre as inovações biotecnológicas feitas em outros países e as produções nacionais de medicamentos órfãos para doenças raras (praticamente inexistentes), pode-se dizer que a vida das pessoas com doenças raras esteve sob ameaça desde outubro de 2016, quando esses processos foram colocados em julgamento e considerados de repercussão geral (ou seja, aquilo que for decidido para eles irá servir para todos os demais). Essa é uma dimensão importante do trabalho porque possibilita mostrar a complexidade envolvida no tratamento de uma doença rara. Pacientes e seus familiares precisam e precisaram lutar desde sempre pelos seus direitos. A invisibilidade, junto com o desconhecimento por parte das equipes de saúde de suas doenças e realidades marca a trajetória dessa parcela importante da população. Para os estudantes de medicina, entrar em contato com esse conhecimento aumenta seu arsenal de ferramentas para compreender sua futura profissão desde o primeiro período. As doenças raras são definidas em função de sua pouca prevalência na população, geralmente são crônicas, progressivas e incapacitantes, podendo ser degenerativas e também levar à morte, afetando a qualidade de vida das pessoas e de suas famílias. Além disso, muitas delas não possuem cura, apenas tratamentos que vão tentar minimizar os sintomas da doença e proporcionar uma maior qualidade de vida aos pacientes. Esses tratamentos demandam acompanhamento clínico especializado e complexo e envolvem várias áreas do campo da saúde, como fisioterapia, fonaudiologia, psicoterapia, entre outras. Algumas doenças têm se beneficiado enormemente dos avanços na pesquisa e na biotecnologia, outras continuam ainda sem nenhuma forma efetiva de tratamento. Algumas são consideradas “prevalentes” entre as raras, tal como a Fibrose Cística, outras são extremamente raras, reunindo poucos casos no mundo inteiro e, consequentemente, poucos recursos para pesquisa e desenvolvimento de fármacos. Assim, cabe dizer, que além da baixa prevalência em relação às demais doenças, o que as doenças raras têm em comum é sua grande heterogeneidade. Assim, nesse espaço generoso de encontro entre vários de saberes múltiplos realidades são discutidas e muitas trocas acontecem. Ainda acreditamos que as discussões feitas sobre inovação, tecnologia, doenças raras e acesso a novos tratamentos, não devem e nem podem ser insuladas num campo só, muito menos devem se ater a espaços restritos ou reduzidas a grupos de especialistas. Essas discussões são sociais, científicas, econômicas, políticas, morais e éticas. Nesse campo, especificamente, elas falam da possibilidade concreta de vida de muitos sujeitos nelas tramados e tem consequências contundentes na vida de todos que os cercam. Tais considerações precisam ainda ser contextualizadas em um cenário nacional marcado ainda por uma forte dependência tecnológica mesmo nas doenças prevalentes e pela ausência de uma política de investimentos diferenciados para a pesquisa para doenças raras e produção de novos fármacos, os pacientes e seus familiares não tem outra alternativa a não ser brigar aqui pelo direito ao acesso às descobertas e inovações de lá. Inovações feitas em outros países. Que só chegam ao nosso sistema público de saúde com anos de atraso, após muitas mobilizações e disputas políticas que drenam grande parte da energia das famílias e dos próprias pacientes. Essa luta por acesso, não precisa nem dizer, guarda muitas assimetrias e desigualdades nas relações de poder entre os diversos atores e interesses envolvidos. Poder dar visibilidade a todas essas questões no próprio processo formativo de futuros profissionais que irão muito provavelmente encontrar pacientes nessa situação complexa de cuidado, permite apostar que essas ações formativas poderão engendrar novas formas de cuidado. Ainda nesse sentido acreditamos que as experiências compartilhadas nesses encontros poderão também auxiliar no entendimento e na reflexão crítica do lugar do profissional de saúde frente a tantas questões que as doenças raras nos apresentam. |
11860 | USO DE TECNOLOGIAS EM VIDEOLAPAROSCOPIA - A SIMULAÇÃO REALÍSTICA COMO MEIO DE APRENDIZAGEM Juliana Suave Mayrink, Kayan Magnago Barboza, Ana Paula Ribeiro Perini, Carla Venância Aguilar Santos, Luilson Geraldo Coelho Junior, Julia Dal Bem Assad, Gabriela Campos Rezende, Guilherme Rodrigues Moreira USO DE TECNOLOGIAS EM VIDEOLAPAROSCOPIA - A SIMULAÇÃO REALÍSTICA COMO MEIO DE APRENDIZAGEMAutores: Juliana Suave Mayrink, Kayan Magnago Barboza, Ana Paula Ribeiro Perini, Carla Venância Aguilar Santos, Luilson Geraldo Coelho Junior, Julia Dal Bem Assad, Gabriela Campos Rezende, Guilherme Rodrigues Moreira
Apresentação: Metodologias ativas de ensino-aprendizado são um assunto em pauta nos últimos anos. Com a necessidade de reformular as formas de aprendizado, a simulação realística se tornou uma opção por ser um método ativo de ensino que, visa desenvolver habilidades nos alunos de forma prática e objetiva. Com base nisso, a Liga Acadêmica de Cirurgia e Atendimento ao Trauma do Espírito Santo - LACATES, desenvolveu um curso intensivo de curta duração sobre as novas tecnologias em videolaparoscopia, com o objetivo de trazer para os alunos o conhecimento sobre os novos e modernos equipamentos que simulam uma cirurgia videolaparoscópica e, praticar e desenvolver habilidades técnicas. Desenvolvimento/descrição da experiência: A Liga Acadêmica contou com a presença de um médico especialista na cirurgia videolaparoscópica para a demonstração de habilidades e breve exposição teórica sobre o assunto. Para medir o conhecimento fixado pelos alunos durante o curso, foi realizado um pré-teste e um pós-teste com perguntas sobre aspectos técnicos da cirurgia videolaparoscópica. Após a demonstração técnica e exposição teórica do médico convidado, os alunos participantes puderam treinar suas habilidades nos equipamentos disponíveis. Resultado: A metodologia prática baseada na simulação realística permitiu maior interação entre os alunos, além de estimular a curiosidade sobre o assunto e o desenvolvimento de habilidades com os quais o aluno deve se familiarizar a fim de se preparar para seu futuro profissional. De acordo com os resultados dos pós-testes aplicados, foi evidenciado um aproveitamento significativo dos alunos, demonstrado pelo alto índice de acertos das questões formuladas em relação ao pré-teste. Considerações finais: A metodologia ativa apresentada demonstrou grande proveito por parte dos estudantes, mostrando que essa nova configuração do processo de aprendizado desperta o interesse e estimula a participação dos estudantes. |
11865 | DEBATES BIOÉTICOS SOBRE A EDIÇÃO DO DNA EM UMA DISCIPLINA BÁSICA PARA GRADUANDOS DA ÁREA DA SAÚDE Carolina Nascimento Spiegel, Amanda Amorim Mugayar DEBATES BIOÉTICOS SOBRE A EDIÇÃO DO DNA EM UMA DISCIPLINA BÁSICA PARA GRADUANDOS DA ÁREA DA SAÚDEAutores: Carolina Nascimento Spiegel, Amanda Amorim Mugayar
Apresentação: A nova técnica de edição do DNA, CRISPR/cas9, trouxe inúmeras possibilidades para o tratamento e até mesmo cura de doenças. Recentemente, conseguiu recuperar grande parte da pele de uma criança que corria risco de vida e tinha uma doença genética rara denominada Epidermólise Bolhosa, intimamente relacionada à disciplina de Biologia Celular. No entanto, junto às inovações no campo da ciência, essa técnica traz também muitos embates bioéticos acerca de seu uso, mas que ainda são pouco difundidos e conhecidos por estudantes brasileiros. Assim, discutir essa temática com estudantes da área da saúde ajuda a despertar uma maior consciência acerca dessa problemática desde o início da formação. Este trabalho tem por objetivo relatar um projeto desenvolvido com graduandos dos cursos de Ciências Biológicas, Medicina e Odontologia aliando a biologia celular e molecular à clínica médica e a debates bioéticos contemporâneos. O projeto tinha ainda como meta estimular a busca ativa por conteúdo, trabalho em grupo, a tolerância e o debate de opiniões. Desenvolvimento: Inicialmente os alunos dos cursos de graduação de Medicina, Ciências Biológicas e Odontologia realizaram uma internetQuest dividida em três partes diferentes a saber: Epidermólise Bolhosa, Técnica CRISPR/cas9 e Discussão Bioética a ser realizada em grupos de 3/4 alunos no prazo de 2 semanas. A internetquest tem como base a aprendizagem a partir de processos investigativos na construção do saber utilizando a internet como ferramenta e que visa não somente trabalhar um conteúdo de forma ativa, mas desenvolver um interesse maior sobre o assunto, estimulando o acesso e a busca por conteúdos diversos. A 1ª parte, sobre Epidermólise Bolhosa, apresenta informações sobre a doença e, para aprofundamento no assunto, foram disponibilizados links da Wikipedia, da Debra (instituição internacional sem fins lucrativos de pesquisa médica dedicada à Epidermólise Bolhosa), de um artigo de revisão em português sobre a Genética Molecular das Epidermólises Bolhosas e de um relato de caso clínico da Sociedade Brasileira de Pediatria. Foram feitas 4 perguntas discursivas abordando tanto a epidemiologia quanto a fisiopatologia da doença, dando ênfase em sua correlação com a Biologia Celular. A 2ª parte da internetQuest trazia uma breve introdução acerca da utilização da Técnica CRISPR/cas9 para o tratamento da Epidermólise Bolhosa, junto com uma reportagem do Fantástico acerca desse caso e um TED Talk com uma das pesquisadoras responsável pela descoberta e desenvolvimento da técnica e que também levanta as questões bioéticas a respeito da edição do DNA. Também continha 2 perguntas que abordavam a técnica CRISPR/cas9 de maneira sucinta e sua utilização no caso do paciente com Epidermólise Bolhosa retratado no início da etapa. Ao final do internet Quest, foi disponibilizado o link do episódio “DNA projetado” da série “Explicando”, da Netflix, que apresenta o embate bioético que acompanha a utilização da técnica CRISPR/cas9 para alterações no DNA. Neste documentário é discutida a tênue fronteira entre cura e melhoramento, os perigos da eugenia e a diferença da aplicação da técnica de edição do DNA em células embrionárias e somáticas. Além disso, foi disponibilizado um artigo da Folha de SP, trazendo o caso tratado com a técnica assim como a temática bioética sob uma perspectiva baseada na renomada obra cinematográfica “Gattaca”. A segunda etapa do projeto foi realizada em sala de aula apenas com os cursos de Medicina (40 alunos) e Ciências Biológicas (60 alunos). Como as turmas são grandes, ela foi feita em dois momentos diferentes com a turma dividida. Foi solicitado que os alunos apresentassem uma proposta de legislação frente ao uso da técnica CRISPR/cas 9 em nosso país. Foi sugerido que houvesse uma subdivisão da temática em 4 eixos para facilitar a discussão conforme apontado no documentário “DNA projetado”: terapia e melhoramento em células somáticas e células embrionárias. No curso da Medicina, inicialmente separamos os alunos em pequenos grupos (2 ou 3 alunos) para que todos tivessem a oportunidade de emitir suas opiniões e o debate fosse mais aprofundado. Em seguida, realizamos um debate com todos os grupos. No curso de Ciências Biológicas, as turmas realizaram apenas o debate geral. Levamos um diário de campo para realizar uma avaliação qualitativa da atividade. Resultado: As turmas de Medicina, Odontologia e Ciências Biológicas realizaram a internetQuest com base nas fontes para consulta disponibilizadas e pela busca ativa por conteúdo. Vários alunos relataram que assistiram ao filme GATTACA e viram outros documentários, ou seja, que se envolveram com o tema e buscaram outras fontes além das apresentadas na ferramenta. Na turma de Ciências Biológicas ficou claro que houve a divisão do trabalho pelos integrantes do grupo e vários alunos não assistiram nem o documentário nem o TED Talk. Como o debate era estruturado pela divisão apresentada no documentário, apresentamos o documentário para a turma e não houve tempo para que fossem realizadas as discussões nos pequenos grupos, mas apenas o debate geral. As turmas de Medicina e Ciências Biológicas realizaram o debate em sala de aula. Os alunos mostraram grande interesse ao longo da das discussões, alegando ao final que gostariam de dar continuidade ao debate fora da sala de aula, em uma mesa redonda com diversos profissionais como economistas, sociólogos, geneticistas, antropólogos entre outros. Além disso, ao longo do debate, algumas diferenças entre as turmas foram evidentes, como uma maior ênfase na importância do SUS pelos alunos da Medicina, e na necessidade do acesso gratuito e igualitário para todos os cidadãos caso essa técnica passasse a ser utilizada. Além disso, os alunos do curso de Ciências Biológicas, apesar de abordarem principalmente a utilização da técnica em humanos, também trouxeram para o debate a utilização em animais, vegetais e até mesmo vírus e bactérias. Outra questão bastante discutida foi a fronteira entre melhoramento e terapia, de como é tênue e o perigo da eugenia e o perigo do aprofundamento das desigualdades sociais. Apesar de a maioria dos alunos não conhecer a técnica antes desse projeto, houve tamanha participação e interesse durante os debates que em nenhuma das 4 vezes que foi realizado, os alunos ficaram satisfeitos com uma hora disponível para isso, solicitando o aprofundamento do debate e a continuidade após as aulas. Considerações finais: Desse modo, frente ao engajamento dos alunos na internetQuest e nas atividades realizadas em sala de aula, fica evidente que os objetivos específicos do projeto foram contemplados com êxito. Ainda que apresentassem pouco contato prévio com debates bioéticos ou com a própria técnica CRISPR/cas9, os alunos conseguiram, por meio das fontes disponibilizadas e pela busca ativa por conteúdo, adquirir maior conhecimento acerca dos assuntos abordados, realizando um debate que estimulou tanto o raciocínio crítico quanto um maior interesse e conscientização acerca da problemática trazida. Além disso, é importante ressaltar que os alunos puderam evidenciar a importância da realização de debates de caráter bioético ao longo das disciplinas de graduações da área de saúde, uma vez que a bioética se perpassa de modo transversal diversas áreas e níveis de formação do profissional. |